Imortal escrita por Razi


Capítulo 13
XII - 15:28


Notas iniciais do capítulo

Surpresos?
Bem, explico lá embaixo a razão do retorno.



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Folheava uma revista de fofoca esperando que o tempo passasse com velocidade para me encontrar com Gabriel.

Tudo bem que nosso romance não era os dos mais quentes, só que tínhamos nos conhecido apenas há quatro dias não poderia querer que nos pegássemos como se fossemos canibais.

Queria ficar ao lado dele apenas para ver seu sorriso e ouvir as coisas simples e doces que ele falava.

Realmente parece algo meloso, mas que me acalenta o coração.

Isso foi um tanto tosco.

Acho que estou apaixonada... De novo.

Novidade?

Nem tanto.

Apaixono-me com uma freqüência saudável com a mesma freqüência que meus amores se dispersam.

Seja por encontra alguém melhor, por descobrir que é gay; saúde são sempre motivos diferentes que sempre acabam com o mesmo resultado.

Tristeza.

Dei um suspiro com meus olhos presos na imagem de um modelo. Já passei por esse emprego algumas décadas atrás pra nunca mais.

Não sei como agüentam ficar em pé, já que não tem que ser magra, precisa ser um palito e com elegância ainda por cima.

Simplesmente não servia para mim.

Ergui meu olhar para a entrada ficando surpresa ao ver a mulher loira que vi ontem passar da porta colocando seu óculos escuro no alto da cabeça enquanto sua tatuagem de dragão ganhava destaque.

Fui ao seu encontro escondendo minha curiosidade da melhor maneira possível.

-Boa-tarde – a cumprimentei – Em que posso ajudá-la?

Seus olhos saíram das prateleiras para encontrar os meus.

-Preciso de um perfume masculino – ela respondeu quase sussurrando – Rápido.

-Tem alguma objeção em relação à fragrância? – indaguei já tendo em mente o perfume perfeito.

-Contanto que seja masculino...

Assenti com a cabeça enquanto encaminhava para a prateleira pegar o perfume ao segundo que sentia o olhar da mulher sobre mim.

-Eu te conheço de algum lugar – ela disse numa voz baixa.

-Talvez porque nos vimos ontem – expliquei pegando o perfume – Quer experimentar

-Não – ela negou com a mão também – Você já foi modelo, artista...

-Nenhuma dessas coisas – a interrompi com um leve sorriso.

Não me agradava o rumo da conversa.

-Seu rosto me é familiar – ela pôs o indicador no queixo – Não irei me lembrar agora, mas tudo bem.

-Embrulho? – indaguei mudando de assunto.

-Não – ela disse rapidamente – Entregarei agora de qualquer forma.

Aquiesci terminando o resto da compra, querendo que fosse embora antes que me reconhecesse de algum lugar de anos decorridos.

Ao segundo que ela se virava para ir embora Gabriel entrava deixando a surpresa tingir seu semblante.

-Verônica – ele disse mostrando seu maravilhoso sorriso.

-Gabriel – ela o abraça – Quanto tempo.

-Também, nunca deu noticias.

-Tive problemas e acabei perdendo contato com você – ele se explicou – Nossa você ficou um gato.

Agora só falta você chamá-lo para beber algo e pronto o grude está formado.

-Está me deixando sem graça – ele disse encabulado.

-Seu bobo – ela brincou rindo – Onde está estudando?

-Turks – ele respondeu a olhando.

-Que coincidência! – ela exclamou – Irei estudar lá.

-Não terminou o colegial? – ele indagou cético.

-Perdi dois anos – ela coloca a mão na nuca – Triste não?

-Provável – disse ele rindo.

Revirei os olhos.

Iria ficar de papinho até quando?

Melhor, quando ela iria se atirar pra cima dele para que eu a matasse?

Maravilhoso estava com ciúmes. Ciúmes!

-Verônica – Gabriel disse me olhando – Está é Josephine.

O rosto dela se iluminou antes de um meio sorriso formar em seus lábios.

-Prazer – ela disse me encarando – Realmente é um prazer.

Acho que notei algo de errado no seu tom. Algo obscuro, errado que não queria saber no momento.

-Digo o mesmo – disse solene.

Ela olhou para seu relógio de pulso.

-Tenho que ir – ela disse já abrindo a porta – Dominic está me esperando. Até mais.

Acenei rapidamente antes de Gabriel se voltar para mim.

-Será que posso roubar sua noite hoje? – ele pediu me olhando intensamente.

-Vou acabar te denunciando por roubo – brinquei dando-lhe um rápido sorriso.

-Acho que estou disposto a correr o risco – ele replicou.

Fiz uma careta fazendo-o lançar seu glorioso sorriso para mim.

-Terei que passar essa vez – disse suave – Preciso cuidar de um assunto tediante.

-Assunto? – ele sibilou franzindo a testa.

-É – disse indo ficar atrás do balcão – Tenho que dar uma força para Russel.

-Aconteceu algo com ela? – ele indagou preocupado.

-Não, ela está bem – disse – Não se preocupe.

Ele assentiu.

-Então vou indo nessa – ele me deu um beijo na testa – Nos vemos amanhã.

-Tudo bem – consenti.

-Sonhe comigo e os anjos – brincou ele saindo do boticário.

Sorri com sarcasmo.

Teria que dispensar a recomendação hoje.


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Notas finais do capítulo

Por onde começo...
Bem realmente não tinha como continuar a história porque não sabia o que colocar necessariamente como enredo, só que peguei por esses dias no que tinha escrito e digamos acabei tendo a idéia de como guiar a história até o final.
Assim sendo ela está de volta e com carga total.
Além do que esses dois cap. são fracos na minha opinião, mas estou apenas me aquecendo nela novamente.
Só que o próximo dia relatado será bem interessante, penso eu.
Next!