Santa Vaquinha, Me Apaixonei! escrita por Yusagi


Capítulo 3
Missão


Notas iniciais do capítulo

NOSSA SENHORA! Que demora pra atualizar, não? É que acabei de sair de um bloqueio, coisa que é simplesmente irritante... mas agora eu pretendo diminuir o intervalo entre atualizações, pode deixar.
Peço desculpas já que o cap é curto, completamente sem sentido, com algumas palavras feias e com humor forçado e sem-graça, mas né... hoje é meu aniversário, então eu tenho desculpa!
Aproveitem o cap!



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Suspirei ao pensar ter visto Sasuke pela milésima vez hoje. Minha raiva era tanta que, de repente, onde quer que eu olhasse, o malditinho estava lá – no espelho do quarto, no reflexo da água dentro da privada (o que, aliás, era um ótimo lugar pra ele), no formato de uma batata ou simplesmente algum ninja infeliz que se parecia com ele.

Minha vida estava virando um verdadeiro inferno. Culpa de quem? Do oh-tão-maravilhoso Sasuke, que da noite pro dia virou um pervertido pior que o Jiraiya-sensei, e tudo por causa de uma aposta.

E, acredite, até no meu precioso sono eu fui atormentado, com imagens nada bonitinhas que eu preferia nem me lembrar. Não que ele estivesse ruim sem roupa alguma, me segurando daquele jeito e...

Bem, isso não vem ao caso.

Independente do meu humor, eu tinha uma missão, e ela começaria logo. Comecei a andar mais rápido; as ruas de Konoha cheias de gente fazendo suas coisas, mas todos sem a mínima idéia do que eu passava no momento.

Finalmente cheguei ao ponto de encontro da nossa missão. Lá estavam Kakashi-sensei, Sai e, infelizmente, Sasuke. Suspirei, ignorando os olhares que recebia do Uchiha assim que ele parou de brincar com uma kunai. – Ah... sensei, eu não to muito bem.

Ok, então a minha idéia de ‘eu tenho que completar a missão’ não estava funcionando muito. Eu realmente precisava ficar longe daquele cara. – É mesmo, Naruto? - , disse Kakashi-sensei, parecendo preocupado.

Se aproximou de mim e procurou por febre. – Não... você parece bem. O que é que você tem? – Fiquei pálido de repente. Se haviam coisas em que eu era realmente ruim, eram genjutsus e doenças. – Ah... é uma... uma doença altamente contagiosa!

- Parece assustador... qual o nome?

- É... se chama... cacto... cactomambolocossomose! É a doença do cacto louco que dança mambo! É mortal e incurável!

Um silêncio pesado pairou sobre o ar. Todos me olhavam com uma cara de vácuo enquanto eu corava escarlate. – Escuta, Naruto... sem querer ofender, essa aí foi pior que as minhas desculpas pra atraso. E olha que só pra hoje eu pensei em quatro.

Engoli a seco, parece que eu ia ter mesmo que agüentar aquele bastardo. – Mas, bom, se for realmente verdade, eu deixo você me contagiar~! – Kakashi-sensei se jogou em cima de mim de repente, me prendendo num abraço quase fatal de tão apertado.

A próxima coisa que vi foi Sasuke pegar Kakashi pelo colete Jonin e jogá-lo uns cinco metros longe de mim.

Pelo menos pra isso ele prestou.

-

Observei a entrada da caverna com muito cuidado. Nossa missão era simples: confirmar a estadia de um grupo de bandidos nessa caverna, e se possível prendê-los. Era uma coisa muito simples.

Assim que chegamos, entramos na caverna contando com o elemento surpresa como vantagem, mas não havia ninguém lá. Desde então ficamos esperando de tocaia, até que eles retornassem, se é que realmente estavam ali.

Até aí eu conseguia agüentar sem problemas, já que com os anos eu acabei ganhando um pouco de paciência, que por menor que fosse já ajudava bastante.

Mas se tinha algo me incomodando, era um certo Uchiha que parecia ter colado os olhos em mim. E provavelmente tinha.

Olhei pra trás só pra ter certeza – lá estava; me olhava com olhos de águia, ou como um gato pronto pra dar o bote. Quase como se esperasse algo.

Me virei de volta pra frente, observando a entrada da caverna novamente. Em toda minha vida, eu nunca havia ficado com tanta raiva do Sasuke. Eu poderia até considerar uma vingança.

Se bem que, se eu me vingasse, eu estaria me igualando a ele...

Pff. Quem se importa.

Olhei pro lado – Sai estava lá, todo quietinho, todo concentrado, esperando os bandidos aparecerem. Abri um sorriso maligno, um sorriso mais que gigante que quase saltava pra fora do meu rosto. Já tinha minha vingança.

Saí do galho da árvore em que eu estava, e fui até o Sai. – Sai... ei, Sai! – Ele virou a cabeça devagar e me olhou confuso. – Aconteceu alguma coisa, baka-Naruto?

- Já falei pra não me chamar assim, porra! – Corei de repente. – Ah, digo, digo, Sai, meu amigo! Não me chame mais assim, ta bom? É irritante. – Pendeu a cabeça de lado; parecia um cachorrinho atrapalhado. – Então... Naruto-chan?

- Não, caramba! É pra pessoas íntim... ESPERA! Tudo bem, tudo bem, pode me chamar assim! – Apesar de eu ficar puto da vida com isso, era o melhor pra deixar Sasuke irritado.

Na verdade não sei por que cheguei a essa conclusão, mas, bem... dane-se, é pelo bem da minha vingança.

Mas talvez até tenha fundamento. Desse jeito, eu construo uma “relação” muito “saudável” e “verdadeira” com o Sai, diferente do Sasuke, que me usou pra aquela falcatrua amaldiçoada com codinome aposta.

Mas voltando à minha vingança infalível, dei um passo pra frente, mais pra perto do Sai, e fingi tropeçar. Caí no colo dele, que me olhou todo confuso, completamente sem saber o que fazer.

Pra ser sincero, só de pensar no que eu faria em seguida, ficava com arrepios. Mas era por um bem maior – era necessário.

Antes que Sai fizesse algum comentário idiota, e sei que ele faria, dei-lhe um beijo nos lábios, após ter certeza que Sasuke estava vendo. Fiquei olhando o Uchiha enquanto mantinha os lábios colados com os do Sai, pra ver a expressão do desgraçado.

Ele estava todo vermelho e parecia pronto pra matar uns três. Não entendi por que, e também nem me importava, o bom mesmo era ele ter visto o beijo.

- Ah... Naruto-chan, pode tirar a sua mão da minha calça? Eu sei que você tem uma queda por mim, mas isso já é ir longe demais. – Corei um vermelho mais que vermelho, e dei um soco nele.

Mais uma vez, tudo por um bem maior.

-

Se passaram umas duas horas e nada dos bandidos. Fiquei olhando distraído umas formigas que carregavam sua comidinha pelo casco da árvore, quando fui jogado contra uma árvore, e a próxima coisa que senti foi Sasuke me roubando um beijo.

Tentei lutar contra, e talvez eu até conseguisse escapar, mas de repente Sasuke estava em todo o lugar; na minha boca, nos meus olhos, em todo meu corpo. Senti um desejo estranho, e por alguns segundos me esqueci completamente da raiva que sentia.

Sua língua entrou violenta na minha boca; seu corpo se pressionava contra o meu quase como se precisasse disso para sobreviver.

Apesar de ser estranho ter a língua de outro cara dentro da minha boca, eu não podia negar que era simplesmente delicioso. Sasuke beijava de um jeito meio inexperiente, meio desesperado, mas completamente desinibido.

Era mais que envolvente, e no segundo seguinte me vi beijando de volta.

Sasuke finalmente partiu o beijo; um fino fio de saliva conectando nossas bocas por mais um segundo. – Então... foi melhor que o do Sai? - , perguntou meio ofegante.

A primeira resposta que me veio na mente foi, “Seu filho de uma puta, eu devia ter mordido a sua língua! Mas tava bom sim.”, mas não seria divertido assumir que gostei. – Não... foi uma porcaria. - , respondi.

Um silencio pesado ficou no ar, e quase me arrependi de ter dito aquilo. Sasuke abaixou o olhar; se afastou de leve. Suas mãos ficavam se contraindo e descontraindo, e eu podia jurar que o semblante dele era melancólico. – Ah... entendi. -, disse com uma voz fraca.

Sem dizer mais nada, e sem me olhar nos olhos, foi embora.

-

Ponto de Vista de Sasuke

No mesmo momento em que Naruto me disse aquilo, percebi uma coisa. Eu estava perdidamente apaixonado por ele.

Caso contrário, eu não teria ficado tão acabado com aquelas poucas palavras. Me senti um lixo; um bichinho imprestável que não conseguia nem beijar direito, o que por si só já era bem deprimente.

Achei que eu fosse pelo menos conseguir fazer ele sentir o quanto eu me importava.

Ô vida bandida dos infernos.

Num acesso de raiva, dei um soco numa árvore, que quebrou em dois. – AHH! CARAMBA! PORCARIA, UMA FARPA! – Segurei minha mão apertado; a árvore pode até ter quebrado em dois, mas me deixou um presentinho.

Praguejei e me sentei sob a árvore quebrada, olhando torto uma pedra que estava ali do lado. – Pedra maldita! Eu te amaldiçôo!

Infelizmente, a pedra devia ter alguma contra-maldição, pois assim que terminei a frase, um passarinho que passava por ali me fez o favor de cagar, sim, cagar no meu ombro.

Não era o meu dia, era?

Ouvi uns barulhinhos vindos do meu lado esquerdo, e me escondi. Tirei rapidamente a farpa da minha mão, ignorando a dor.

Vi de relance a silhueta de três homens. Daquela distância, se pareciam bastante com os bandidos que procurávamos.

Sem esperar qualquer segundo, si do meu esconderijo literalmente fuzilando. Parti pra cima dos bandidos, que mal viram o que os atingiu. – Ah! Quem é você? Deixa a gente ir!

Dei um tapa na cabeça do homem. – Não te interessa! Agora fica bem quietinho que eu não to no melhor dos meus humores. – Minha missão estava completa assim que vi o olhar amedrontado dos homens.

-

Ponto de Vista de Naruto

Suspirei profundamente; era impressionante como o bendito Uchiha conseguia me fazer sentir tantas coisas em tão pouco tempo. Primeiro me fez sentir medo, depois felicidade, depois raiva, e agora arrependimento.

Ah, se arrependimento matasse. E raiva. E medo. E felicidade. Mas pelo menos eu o levaria junto se fosse assim.

Mas, confesso, até que não seria tão ruim se... por um acaso... o Sasuke, sei lá... gostasse de mim? Quer dizer... ele é bonito, é forte, inteligente, e até que é um cara legal tirando os inúmeros defeitos que ele tem, e que talvez nem compensem os lados positivos.

Sei lá. Seria interessante. Até por que, apesar de ser um bastardo egoísta, ele pareceu bastante carinhoso aquele dia que cuidei dele.

E foi bom beijá-lo, e rolar na grama com ele, por mais idiota que fosse.

Mas isso não era suficiente pra apagar a raiva que eu sentia pela desconsideração que ele teve comigo por causa dessa aposta.

... o que me leva de volta ao meu problema principal: o arrependimento por ter dito que o beijo foi uma porcaria.

Isso não quer dizer que eu vá me desculpar, porém.

Se bem que vai ser bem tenso ir ao festival com ele, se ele tiver ficado bravo por causa disso tudo. Espero que não.

Ah, que horror, tomara que amanhã não seja tão estranho quanto eu imagino que vai ser.


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Notas finais do capítulo

Cap mais chato né? Mas não se preocupe, eu juro que o próximo cap vai ser super duber kawaii, é uma promessa! E com certeza será mais longo, e mais... bom, "mais melhor".
Comentem, ok? E peguem continuem acompanhando, por favor! *medo*