Segredos e a Dádiva do Destino escrita por lilly_forever


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capitulo Cinco.

- Bom dia, Emmett. – Disse null à porta de casa ao ver o garoto.
- Bom dia. Acordei vocês?
- Não, não. Nós estávamos indo tomar café da manhã. – Respondeu null. – Quer se juntar a nós? null faz um ovo mexido que é uma delícia. – Falou a garota levando a mão à orelha em sinal de aprovação.
- Não, obrigado. – Disse Emmett sorrindo. – Eu já comi.
As meninas tinham lutado contra a insônia no dia anterior, mas conseguiram vencer e dormiram razoavelmente bem. null foi a primeira a acordar e fez questão de acordar as outras, porque não sabia o que o dia as aguardava. Vestiu uma roupa casual e foi organizar um belo café da manhã. Todas as amigas estavam sentadas à mesa comendo e conversando quando a campainha tocou e null se prontificou a atender. Isso não impediu as outras de irem atrás dela e ficar espiando atrás das cortinas da sala.
- Você...Quer entrar? – Perguntou por fim, null acanhada.
- Claro. – null abriu espaço para os ombros largos de Emmett passarem pelo portão. – null está?
A garota já sabia que Emmett se interessara mais por null, mas ainda assim não conseguiu não se surpreender quando Emmett disse vir procurar por ela. Ela estava imaginando a cara das garotas olhando e cochichando na sala.
- Está sim. Vem comigo. Eu te levo até ela.
null correu até o espelho mais próximo e ajeitou os cabelos sempre perfeitos, arregalou os olhos como se quisesse ver com mais clareza qualquer imperfeição. null e null se divertiram com aquilo, enquanto null entrava na sala trazendo Emmett atrás dela. null chamou a atenção de null, para que ela parasse de se olhar no espelho e fosse atender o garoto ansioso.
- Oi Emmett. – null lançou-lhe o melhor olhar sedutor que podia. – O que você veio fazer aqui?
- Bem...Eu pensei que tínhamos um encontro. – Emmett atrapalhou-se nas palavras.
- Encontro...Ah! Claro. – Disse null com falsa surpresa. Não havia nada que ela esperasse mais. – Aonde você quer me levar?
- Humm, isso é segredo. – Comentou Emmett sorrindo malicioso. – Só posso dizer que vai ter um gramado.
null fez uma careta, pois sabia que null e grama não se misturavam. Nunca. Mas null não parecia ter um olhar de repulsa. Ainda tinha um sorriso largo no rosto. Talvez null e grama não se misturavam até agora. null olhou para null e lhe estendeu a mão. A amiga por sua vez, entendeu o que a outra queria fazer e lhe apertou a mão. Os olhos de null brilharam e suas pupilas dilataram enquanto ela olhava para null e pausava o tempo com um leve piscar de olhos. Nada podia se mexer na sala a não ser ela e null.
- Olha a cara dela! – Comentou null risonha.
- Eu vou guardar essa cara de boba da null pro resto da minha vida! – gargalhou null.
- Ela nem fez cara feia quando ele mencionou a palavra ‘grama’.
- Pois é. Mas também com um homem desses olhando para ela! Duvido muito que alguém conseguisse fazer alguma coisa a não ser sorrir.
- Aprovado. – Riu null mostrando os braços de Emmett.
- Se ela ouvir você falar isso você é uma mulher morta! – Disse null ainda que rindo. – Mas eu também aprovo. Bela escolha.
- Eu prefiro o Jasper. Apesar de ele não parecer sentir a mesma coisa. – null diminuiu o sorriso.
- Ra ra. Se ele não sentir o mesmo eu não sou null e não consigo mover os objetos com a mente! – null lhe bateu de leve no braço. – Mas eu prefiro o Edward. Nunca achei um ruivo tão bonito. – Suspirou.
- Tudo bem, vamos ver o que ela vai dizer. Vamos voltar para os nossos lugares. – Disse null para null que, como ela, voltou para o lugar de onde tinha saído.
- Tudo bem, Emmett. Eu não preciso saber para onde eu vou. Desde que seja com você. – null tinha um sorriso imerso em segundas intenções. – Vou confiar em você dessa vez.
Emmett triplicou a largura do sorriso, como se isso fosse possível. null, null e null se entreolharam divertidas. Precisavam realmente se segurar para não rir.
- Você já está pronta, não é? – Perguntou Emmett.
- Sim, estou. Só falta pegar a minha bolsa. – Emmett concordou com um aceno. – null, você pode vir comigo?
- Claro.

As duas garotas subiram as escadas a passos largos e logo entraram no quarto de null, ao longe podiam ouvir Emmett, null e null conversarem. Quando fecharam a porta do quarto null exaltou.
- Eu to bem? To bonita? Aonde você acha que ele vai me levar? Você não acha que eu vou dar mancada, acha? Minha roupa ta boa? Sim, porque ele disse que ia ter um gramado, talvez branco não combine com gramado! E... – Tentou dizer null, mas foi rapidamente interrompida por null, que parecia atordoada.
- Calma null! Deixa eu pensar. – null respirou fundo e começou. – Você ta linda. Não, você É linda. E eu não sei aonde ele vai te levar, mas tenho certeza que você vai gostar. E não se preocupe com a roupa, não vai haver problemas com sua blusa branca, a menos que vocês rolem na grama. – Riu null. – E quanto às mancadas, comporte-se.
- Obrigada. – Agradeceu null parecendo muito mais aliviada. – Me empresta uma bolsa?
- Você disse que ia pegar uma bolsa sua!
- Ah, qual é! Você acha que eu moro aqui? Eu não sabia que ia ter um encontro vindo passar um fim de semana na sua casa. – Exclamou null exaltando a palavra ‘encontro’.
- Não mora aqui, mas podia morar. Tem espaço o bastante para vocês três aqui. Já que eu moro praticamente sozinha. – Comentou null olhando para o chão.
- Você não mora sozinha. O tio Ben mora aqui.
- Como se isso fizesse alguma diferença. – Respondeu null em tom tristonho.
- Não fale assim. Seu pai é muito legal. – Argumentou null.
- Faz uma semana que eu não o vejo.
- Ele ta viajando. Pára de reclamar! Ele é muito legal!
- Pode escolher a bolsa. – null mudou de assunto.
null respirou fundo e abriu o guarda-roupa de null, repleto de bolsas. Escolheu uma bem básica e olhou para null pedindo uma opinião. A garota que agora estava sentada na cama com um olhar indiferente fez que sim com a cabeça e null resolveu por aquela bolsa mesmo. Ao descer as escadas sem muita pressa, se depararam com Emmett completamente entretido contando uma história para null e null.

-...E então eu caí! E o Jasper ri da minha cara sempre que tocamos no assunto! – Emmett ria junto com as outras duas que pareciam confortáveis.
- Eu to pronta agora, Emmett. Podemos ir? – Disse null com um leve sorriso.
- Claro, meu bem. – null sentiu novamente suas bochechas arderem.
- Hã...Emmett, onde estão os outros? – Arriscou-se null a perguntar.
- Eles estão vindo. Já deviam estar aqui. – Emmett olhou o relógio no seu pulso. – Provavelmente estão me esperando sair. – Riu.
- Vamos andando? – Perguntou null visivelmente sem disposição para caminhar.
- Não se preocupe. O Edward me emprestou o carro. – Respondeu ele carinhosamente.
- O carro é do Edward? Eu gostei dele. – Comentou null.
- Eu sei. – Emmett sorria para null. – Todo mundo gosta.
- Eu estava falando do carro. – Disse null atropelando avidamente as palavras e corando levemente.
- Eu também. – Respondeu Emmett pegando a mão de null e saindo do ambiente.

null olhou para null e gargalhou em silêncio ironicamente para a garota visivelmente envergonhada, que lhe lançou um olhar de morte.
- Ai null, você muda de humor muito rápido. – Comentou null sarcástica.
- Bipolarismo de humor. – Disse null como quem explica um diagnóstico. – É assim que chamam.
null arremessou todas as almofadas nas garotas sem ao menos tocar nelas. Todas gargalharam em alto e bom tom. Passado o momento travessura, as garotas sentaram-se e ouviram o ronco do belo Volvo dar partida e rapidamente sumir só num zunido. Estavam todas muito ansiosas, e nenhuma conseguia dizer nada a não ser monossílabos. null tinha a mania incontestável de roer as unhas quando nervosa, e null a repreendeu. A garota podia ter parado o tempo só pra poder roer as unhas sem que ninguém a impedisse, mas só de pensar que por isso a ansiedade dela ia ser maior e mais longa, não o fez. Não queria estender um segundo que fosse o tempo que se passava sem ver Jasper.
null olhava incessantemente para o relógio de parede que doía aos seus ouvidos a cada segundo passado e pensou se null não podia adiantá-lo, mas não queria demonstrar ansiedade, apesar de ser visível. A campainha tocou. Nada poderia alegrar mais as garotas do que o som daquela campainha. null sorriu ao lembrar que normalmente as meninas odiavam aquele som e brigavam para decidir quem ia ter o desprazer de abrir a porta. No momento, a briga só podia se dar para ver quem ia pôr primeiro as mãos na maçaneta prateada e reluzente da porta de entrada.
Todas se levantaram juntas e riram umas para as outras pelo ridículo que isso parecia, mas não se preocuparam com isso. Não havia como definir qual dos seis sorrisos era o maior e mais convidativo.

- Bom dia, garotas. – Cumprimentou Carlisle segurando uma sacola. – Vocês dormiram bem? – Perguntou retoricamente. – Bem, viemos fazer companhia a vocês no café da manhã.
- E eu sou especialista em waffles. – Completou Edward sorrindo. – Vocês não podem me impedir de me divertir na cozinha de vocês. Não me desapontem.
- Não, claro que não! – Disse null. – A cozinha é toda sua.
- Acho que vou precisar da sua ajuda. – Insinuou para null que apenas sorriu e concordou.
- Podem entrar. – Falou null para os três que ainda estavam do lado de fora da casa risonhos.
Carlisle, Jasper e Edward entraram na casa, e acompanhados das meninas foram para a cozinha. Visto que a mesa já estava posta, Carlisle exasperou.
- ah...Vocês já comeram?
- Não! Quer dizer, não terminamos. – Corrigiu null ao sentir suas orelhas vermelhas e o sorriso de Carlisle em cima dela.
Jasper olhou para null que ainda o fitava pelo canto do olho desde sua entrada silenciosa na casa dela.
- Oi. Tudo bom? – Arriscou-se. – Você parece preocupada. Alguma coisa errada?
null sentiu o sangue fluir muito rápido, mas mesmo assim conseguiu responder.
- Não, não. Ta tudo bem, Jasper. – Atrapalhou-se.
- Você tem palitos de dentes aqui? – null lançou-lhe um olhar confuso. – Edward gosta de caprichar nos waffles. – Riu dando de ombros.
- Ah, claro. Eu acho que tem aqui... - null procurava em algum lugar no armário. - ...em algum lugar.
- Deixa eu te ajudar. – Prontificou-se. – Não deve ser muito difícil de achar.
null já estava desorganizando e derrubando os frascos de outras coisas no armário e não conseguia encontrar o maldito palito de dentes. Droga. Você é incompetente null, muito incompetente. Pensou com ferocidade se sentindo nervosa. Jasper sorriu calmamente e localizou o objeto tão procurado.
- Aqui está. – Disse ele levantando e chacoalhando a caixinha numa das mãos.
null sorriu forçadamente, mas se sentiu realmente aliviada por não ter que ficar muito mais tempo agachada, nervosa e desajeitada na frente de Jasper, que, sem tirar os olhos de null, entregou a caixa a Edward que também sorria bobamente.
- Acho que não preciso de tanta gente na cozinha. Eu já tenho minha ajudante. – Disse ele apontando para null e sorrindo para os outros. – Vocês podem fazer outra coisa se quiserem. – Expulsou gentilmente os outros quatro do ambiente, mesmo sorrindo.
O que você acha que eu vou fazer, Edward? Você me paga! Pensou Jasper olhando para Edward.
- null, a null me disse que você tem uns lápis coloridos no seu quarto. Será que você podia pegá-los para mim, por favor? – null olhou para ele confusa e null também. null, porque não sabia pra que ele queria lápis coloridos, e null, porque não tinha a menor recordação de ter dito qualquer coisa sobre isso a Edward. Edward ainda esperava resposta, mas viu que era necessário continuar. – É só decorativo. Vou precisar para terminar o prato.
- Claro. – Disse null ainda confusa e olhando de Edward para null. – Eu vou pegar. – E olhou para Jasper.
- Eu vou com você. – Disse Jasper rapidamente ao interpretar o olhar de null como um convite.
null saiu da cozinha seguida de Jasper, que sorria. Ela não fazia a menor idéia de onde estavam os malditos lápis coloridos. Ia novamente precisar da ajuda de Jasper. Isso não a deixava desconfortável, mas também não a deixava calma. Em poucos minutos, ela e Jasper estariam sozinhos no seu quarto. Pensando nisso se sentiu completamente palpitante e desesperada, mas isso não era ruim.
null olhou para Edward interrogativa, e mesmo que ela não soubesse o quanto ele podia entender lhe perguntou em pensamento e com o olhar: Como é que você sabe? Edward apenas sorriu e não podia e nem queria dizer como ele sabia de tal fato.

Eu preciso tirar ele daqui. O que eu faço? null vai me matar depois se não conseguir ficar com o bonitão aí sozinha. Eu preciso de uma idéia. Venha criatividade. Venha. Você precisa falar com o Carlisle a sós. Isso vai ser bom. Riu null sem que ninguém percebesse, a não ser Edward que se prendia para não acompanhá-la numa calorosa gargalhada.
- Carlisle, você pode vir comigo? – Perguntou null esperançosa. – Eu quero te mostrar uma coisa.
- Claro null. – Disse sorrindo.
null se sentiu no direito de puxar Carlisle pela mão para lhe mostrar o caminho, e Carlisle não fez a menor objeção de tirar a mão quente da garota da sua. Saíram os dois da cozinha deixando para trás o silêncio que se seguiu. null se afastou ligeiramente de Edward ao vê-lo absorto em pensamentos e mexendo na sacola que Carlisle trazia na mão quando entraram na casa. Edward parecia procurar alguma coisa lá dentro. Não encontrando, olhou para null que o admirava as costas e se surpreendeu ao ver o par de olhos cor de bronze lhe pegar desprevenida.
- Aqui tem essência de baunilha? – Perguntou Edward. – Os waffles ficam mais gostosos assim.
- ah...Sim. A null compra todo mês. Deve estar por aqui. – Respondeu null procurando em uma prateleira um pouco alta demais para ela conseguir alcançar. – Eu já to vendo... E to quase conseguindo... – Disse null diminuindo o volume das palavras à medida que se esticava para conseguir pegar o frasco.
Edward pegou o frasco antes que null se esforçasse tanto que quebrasse um braço. Ela não estava acostumada com aquele tipo de dificuldade. Se estivesse na presença só das meninas pegaria sem o menor esforço. null apenas sorriu desajeitada ao ver a facilidade de Edward em pegar o objeto.
- Peguei pra você. – Disse Edward em tom divertido.
- Impediu que eu me estatelasse no chão com um saco de batatas. – Riu null mesmo se sentindo contrariada por não ter conseguido aquilo. – Meu herói. – Adicionou, e em seguida gargalhou junto com Edward.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?

Bjinho



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