Crime Melódico escrita por nandahh


Capítulo 5
4ª noite - Sourire en rouge


Notas iniciais do capítulo

Nyahhh, olá meus ávidos leitores! *-*/morre
gomene pela demora, mas eu não consigo att minhas fics mais com regularidade [falta de tempo e colaboração do site ¬¬]

Sim, o site está realmente com vários problemas, e ainda preciso consertar minhas fics de acordo com as novas regras, então...

Whatever >D

"Sourire en rouge" significa "Sorriso em rubro", em francês~~
Achei que ficaria mais legal :D
O capítulo ficou maior do que eu esperava, gomen ç_ç

Hora de revelar quem é o 'vulto' /pedradas

Obrigada a todos e boa leitura! *-*



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         Era uma música característica. Praticamente todos os vocaloids já haviam gravado Magnet, com as mais diversificadas duplas, abrindo uma exceção ao nosso casal, Kaito e Miku. Na verdade, os dois já haviam feito duplas em outras músicas, mas com certeza, Magnet possuía algo de especial...

         E Kaito sabia disso.

         (...)

          Pausa. Kiyoteru pediu que os dois parassem por um momento, afinal, ele também precisava ver previamente como a gravação estava caminhando.

         - Tudo bem, Kaito, Miku. Vamos dar uma parada por enquanto. De fato, essa música merece uma atenção especial. Mas vocês estão indo muito bem! – Kiyoteru disse com convicção para os dois vocaloids, que estavam dentro do estúdio de gravação.

         - Que bom! – Miku disse, bem alegre.

         Kaito retirou seus fones e passou as mãos pelos cabelos – ele adorava isso, definitivamente. Sentou-se no chão, perto à porta do estúdio. Estava um pouco cansado, e a dor de cabeça ainda persistia. Miku notou o rosto visivelmente abatido de nosso jovem, e resolveu sentar-se ao lado dele.

         Ao lado dela, Kaito via-se um pouco nervoso.

          E claro, sem palavras.

         - Kaito-kun, o que foi? Você parece tão cansado, e nem gravamos metade da música ainda. Está... tudo bem?!

        Kaito não disse nada. Apenas ficou olhando para Miku. Percebeu que ela realmente demonstrava um certo grau de preocupação. E isso fazia ele sentir-se melhor.

        Sorriu.

         - Tudo bem, Miku. É só uma dor de cabeça que eu venho sentindo esse dias, nada de mais.

         - Tem certeza!? – A garota insistiu.

          - Claro! – E Kaito finalizou o questionamento de Miku, sorrindo.

          Era sim, um sorriso sincero.

          Os dois permaneceram ali sentados, em silêncio. Kaito não sabia o que dizer. Estava ao lado da pessoa que amava. E todos sabemos que sempre que isso ocorre, o coração dispara e as palavras, travam. É, ele também sabia disso. Miku tomou a palavra:

         - Kaito-kun, eu não sabia que você cantava tão bem!

         - Tem certeza disso, Miku? Eu desafinei várias vezes...

         - Não desafinou não! Eu que embolei as palavras um pouco... Kiyoteru-san vai brigar comigo! – A garota choramingou.

         - Hahaha, não se preocupe, Miku. A sua voz é linda...

         Kaito não se deu conta do tremendo elogio involuntário que ele fez à Miku. Quando percebeu o que havia dito, já era tarde demais. Virou-se para a garota, para dizer algo, mas...

         - ... Miku?!

        Miku havia abaixado a cabeça. Parecia triste, distante.

        - Eu... disse algo errado?!

        - Não, eu só...

        A verdade era que Miku havia corado. E abaixou o rosto para não mostrar o sorriso que havia exalado.

        Seria o sentimento de Kaito algo mútuo?

        - Kaito, Miku! Vamos continuar? – Kiyoteru os chamou.

        - Já?!

        - Eu disse que Magnet é uma música difícil, então, se vocês não querem ficar o dia todo nisso, vamos continuar! – Autoritário, com certeza.

        - Tudo bem... – E Kaito levantou-se.

        Miku permaneceu sentada, com os fones na mão. Provavelmente, ainda estava envergonhada pelo que Kaito havia lhe dito.

         - Miku?! – Kaito parou na frente dela. A garota levantou o rosto – Vamos voltar? – E o jovem de cabelos azuis estendeu-lhe a mão em um sorriso único.

         Que ela sempre admirou...

(Quebra de tempo – Para o passado)

        - Miku-chan! Parece que outro vocaloid vai entrar para a equipe!

        - Sério?! Que bom, Len! Finalmente mais um para nos acompanhar!

        - Quantos mais ainda vão aparecer, hein?!

        - Está insatisfeita, Rin-chan!?

        - Não, mas... não sei se vou conseguir fazer amizade com muita gente...

        - Não se preocupe, Rin-chan! Sei que você vai se dar bem com ele, como você fez comigo! – E Miku sorriu.

        O começo de VOCALOID’S. Miku fora a primeira. Os gêmeos Kagamine foram os seguintes. E agora, mais alguém estava entrando para aquele trabalho tão encantador. Sim, ele apareceu antes de Luka, a terceira vocaloid. Por quê?

         Pura obra... do destino?

         Os três esperavam pelo novo membro na porta de tão grande edificação. Uma pessoa – desconhecida para nós, chegava acompanhada de um jovem de cabelos azuis.

        - Miku, Len, Rin, este é Kaito. Ele é o novo vocaloid. Por favor, sejam acolhedores com ele.

        - Muito prazer. – Kaito curvou-se e cumprimentou nossos três adoráveis jovens. Levantou-se novamente e de súbito, encontrou dois olhos verdes fixados em si.

         Miku estava visivelmente impressionada com Kaito. Os dois se olharam em silêncio, por alguns segundos. E ela corou. Len, astuto como sempre, percebeu como a amiga havia se envergonhado, e resolveu ajudá-la. Saiu correndo ao encontro de Kaito e cumprimentou-o, tentando ser o mais simpático possível. Logo, a irmã havia começado a conversar com ele também. Queriam saber de tudo! Passaram por Miku, que permaneceu parada no lugar, ainda com o rosto quente.

        - Miku-chan! – Len gritou de longe – Você não vem conosco!?

         Miku virou-se, ao mesmo tempo que Kaito. Os dois se entreolharam novamente.

        - Sim, já estou indo! – E dessa vez, a jovem de cabelos esverdeados sorriu.

        O começo de um romance?!

(Quebra de tempo – De volta ao presente)

        - Kiyoteru-san, por acaso a melodia que está nos acompanhando está gravada?!

        - Sim. Mas, por que pergunta, Miku?

         - Bom, porque quem costuma tocar piano é o Len. E ele simplesmente não apareceu aqui hoje.

         As palavras de Miku foram certeiras. Kaito lembrou-se de tudo que já havia ocorrido. Os tiros, aquela melodia sombria e o estranho comportamento dos gêmeos Kagamine. Seus pensamentos foram interrompidos quando sua cabeça doeu novamente. Mais intensamente do que de costume. Ele fechou os olhos e colocou as mãos na testa. Não compreendia o que estava acontecendo.

        - Kaito-kun?! Kaito-kun?! Você está bem!?

        A voz de Miku não chegava-lhe aos ouvidos. A única coisa que Kaito podia ouvir era aquela mesma melodia da noite anterior.

        O mesmo pesadelo... da noite anterior?!

        - Kaito-kun!?!!?

        Finalmente a voz da jovem foi ouvida. No mesmo instante, a melodia havia parado.

        - Você está bem? É a sua cabeça que está doendo?

        - Não, tudo bem... já passou...

       - Kaito, se você não estiver passando bem, vamos parar com a continuação. Amanhã partimos de onde estamos. – Kiyoteru também preocupou-se.

       - Não! Luka vai brigar conosco se não terminarmos isso hoje. Tudo bem comigo, não se preocupem...

       - Se você diz... vamos voltar!

       - Kaito-kun...

       Bom, o motivo para que tivessem se preocupado era aparentemente desconhecido para os outros dois. Mas Kaito sabia muito bem que aquilo não era mais um pesadelo.

        - Kiyoteru, por acaso Gakupo está gravando alguma música neste momento?

        - Bom, eu creio que ele estaria para começar Paranoid Doll hoje, de acordo com o roteiro. Por que pergunta, Kaito?

        - Não, nada... eu só queria falar com ele depois da gravação.

        - Do jeito que Gakupo-senpai é atrapalhado, você só vai conseguir falar com ele daqui uma semana, Kaito-kun! – Miku brincou.

        - É típico dele! – E Kaito retribuiu o sorriso.

        Eles se divertiam. Mas era hora de recomeçar a gravação. Novamente, o som do piano tomou o estúdio. Kaito aproximou-se de Miku, ficando frente a frente com ela. Seus olhos se encontraram.

        Seus sorrisos também.

        Mas a verdade era que Gakupo não estava gravando nenhuma música...

       (...)

        Luka caminhava pelos jardins, com várias listas nas mãos. Estava demasiadamente atarefada, com certeza. E ela também tinha que gravar as próprias músicas.

        - Quanto trabalho... – Queixou-se.

       Para distrair-se, começou a cantar uma de suas músicas mais famosas.

       - Just be friends! All we gotta do, just be friends! It's time to say goodbye... – E continuou a caminhar pelo jardim.

       Parou de andar quando ouviu alguém falar. E a voz vinha detrás de si mesma.

        - Era uma vez uma jovem que caminhava sozinha por um jardim. As rosas que ali estavam eram belíssimas, como ela mesma. Mas infelizmente, não eram nada amigáveis. Na verdade, queriam devorá-la...

        Luka assustou-se com aquela estranha história, mas conhecia tal voz. Virou-se para confirmar o que seus ouvidos acusavam ser.

        - O que... – Luka soltou todos os papeis que estava segurando, pelo susto que tomou. Não conseguiu pronunciar mais nada.

       - Sim, é hora de dizer adeus, Luka... – Aquela pessoa apontava uma arma para nossa jovem de cabelos róseos.

        E antes que ela pudesse dizer o nome da pessoa que via à sua frente, o gatilho disparou.

        Mas o barulho do tiro não chegou aos ouvidos de Kaito.

       - Hikiyosete magnet no youni, tatoe itsuka hanaretemo meguriau... (Eu estou preso a você como um ímã. Mesmo que eu vá, devemos encontrar um ao outro novamente.)

       - Fureteite modorenakute ii sorede iino dareyorimo taisetsuna anata! (Eu te toquei, eu posso nunca mais voltar, mas está tudo bem. Você é tudo no mundo para mim!) – Kaito terminou a última frase da música.

       Os dois estavam bem próximos, um do outro. Kaito segurava a mão de Miku e seus microfones entrelaçavam-se, suavemente.

       Miku terminou a canção mostrando como sua voz era encantadora. O som do piano enfim, finalizou a gravação.

       Mas mesmo depois do fim da música, os dois continuaram juntos, fitando os olhos um do outro. Kaito tentou dizer algo para Miku, mas foi interrompido antes.

       - Muito bem, Kaito, Miku! A gravação ficou perfeita! Bom trabalho! – Não era hora de Kiyoteru aparecer ali, não acham?

       Os dois se soltaram, rapidamente. Miku sorriu e conversou com Kiyoteru. Kaito estava levemente corado. Mas diante de tudo que havia lhe acontecido, também sorriu.

       Depois de alguns minutos, Kiyoteru liberou os dois. Finalmente, era hora de descansar.

       Ou não...

       - Kaito-kun, obrigada por hoje! – Miku curvou-se.

       -Ah, claro, Miku...

       - Eu vou indo para meu quarto, se não se importar...

       - Não, é claro! Boa noite...

       - Oyasumi! – E Miku retirou-se.

        Kaito esperou a garota distanciar-se para mergulhar novamente em seus pensamentos. Antes de ir para o próprio quarto, resolveu tomar um ar e foi para um dos jardins, que era bem próximo ao quarto de Miku. Caminhava, pensando consigo. Seu coração ainda estava acelerado, e toda vez que ele lembrava de Miku, à sua frente a cantar, sentia uma sensação agradável.

        Alguém ainda duvida que que ele estava amando-a, ainda mais?

        (...)

        As lágrimas escorriam-lhe pelo rosto. Seus olhos estavam ligeiramente fechados. O dedo indicador estava em sua boca, para que ela não falasse nada, nem gritasse. Sua respiração estava ofegante. Suas mãos estavam trêmulas, mas seguravam aquela outra mão.

        Aquela que portava uma arma.

        Apontada diretamente para seu queixo.

        - Shhh... – Ele indicava – Não grite, eu prometo que isso não vai doer...

        E Meiko fechou os olhos, para tentar fugir do que estava prestes a acontecer consigo.

        (...)

        A noite já havia caído. Kaito ainda estava no jardim, sentado perto de uma árvore qualquer, olhando para as estrelas. Sua tranquilidade foi bruscamente interrompida quando aquela melodia sombria ecoou novamente.

        - Não... não... – Kaito assustou-se. Tampou os ouvidos, para refugiar-se.

        Mas o barulho do tiro que ecoou em todo lugar fez com que ele percebesse que tudo estava vindo do dormitório.

        Ou do quarto de Miku.

        - Miku!? Miku!!!! – O jovem pôs-se a correr.

        Ele tinha que descobrir o que era aquilo. Correu, com todas suas forças, pois sabia que o tiro havia vindo dali, bem próximo. A brisa gélida, tão semelhante a das outras vezes permeou por entre seus olhos e seus cabelos, fazendo com que Kaito corresse ainda mais rápido. A melodia parecia aumentar quanto mais próximo estava o quarto de Miku.

         E desta vez, ele sabia que a garota poderia estar correndo perigo.

        - Miku!!! – Kaito abriu a porta do quarto da jovem.

        Mas já era tarde.

        Kaito parou bruscamente, ao ver tal cena à sua frente. Não conseguiu pronunciar uma palavra sequer. Estava ofegante demais para dizer algo.

        - Você demorou a chegar, Kaito.

        Miku estava em seus braços, com a cabeça um pouco tombada para o lado e o olhar perdido, sem brilho, olhando para qualquer ponto. A arma estava apontada para sua cabeça.

        E a melodia havia parado.

        Kaito não podia crer no que seus olhos lhe afirmavam ser.

        - Gakupo, por que você... – Ele finalmente conseguiu dizer algo.

        - Você já havia percebido tudo, Kaito. Eu não podia fazer mais nada, apenas, cumprir o que prometi. – O samurai estava vestindo um sobretudo, e seu olhar era demasiado sombrio, fitando os olhos de Kaito.

        - O que... o que você fez com eles? O que você... fez com Miku!? – Kaito tremia. Ele não queria acreditar.

        - Infelizmente, isso não é algo que você deva saber, Kaito... – E Gakupo tirou a arma da cabeça de Miku e apontou-a para Kaito.

        Já preparava para disparar, quando várias pétalas de rosa, empurradas por aquela brisa gélida, entraram pela janela e encheram o lugar, passando por entre Kaito. Isso interrompeu a ação de Gakupo. Quando Kaito deu por si, alguém estava parado sobre a janela, atrás do samurai e de Miku.

        - Eu disse para não matá-lo, samurai. Você já cumpriu parte de seu dever, agora volte. E tome cuidado com Miku. Se algo acontecer a ela, eu mesmo o matarei.

        Aquela pessoa vestia outro longo sobretudo, porém aberto, e com um capuz. Era impossível ver seu rosto.

        Gakupo abaixou a arma, e como se estivesse incomodado, retirou o olhar de Kaito, levantou-se com Miku nos braços e já ia saindo pela janela.

        - Pare, Gakupo!!! Esper—

        Kaito tentou avançar sobre eles, mas aquela pessoa fez um gesto com uma das mãos, em direção ao rosto de Kaito, fazendo com que ele caísse imediatamente ao chão. Aquele mesmo homem – o que aparentava ser, caminhou lentamente até Kaito. Outras pétalas de rosa pairavam sobre o ar, e aquele perfume que nosso jovem de cabelos azuis sentira antes permeou por entre si.

        - Não se precipite, Kaito. A sua hora ainda vai chegar... – Aquela pessoa parou ao lado de Kaito, agachou-se e pousou sobre o rosto dele uma rosa. – Bons sonhos, meu caro...

        Seu sorriso era sombrio.

        E retirou-se.

        Kaito, caído ao chão, ainda conseguiu ficar com os olhos entre-abertos por alguns momentos e conseguiu ver Gakupo saindo com Miku nos braços, juntamente com aquela pessoa, desconhecida. Não conseguiu assimilar os fatos.

        Algo escorria-lhe a face. Era sangue.

        Seu sangue.

        Sua vista embaçou-se.

        E finalmente, seus olhos cerraram-se.

        (...) 


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Notas finais do capítulo

Waaa, é isso!E parece que o Gakupo não é o único vilão da história! /apanhadetodosTudo bem, no próximo eu revelo-QQEnfim, reviews?! Palpites?!Tks a todos *-*