Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 42
Capítulo 43




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/88090/chapter/42

- Dificilmente, é? – Dietrich cruza os braços.

- Prefere que eu use uma sentença completa? Algo como: “Em esparsas e raras ocasiões distintas.”.

- Você é um cretino Aaron.

Aaron ri calmamente, rodando a taça a sua frente entre os dedos.

- E você só percebeu isso agora, meu caro e distraído anfitrião?

- Não vou mais perder meu tempo com você.

Dietrich dá as costas pra sair, e dá apenas alguns passos antes de ser atingido pelas últimas palavras de Aaron.

- Me diz, é muito difícil ser odiado pelo próprio mestre? Ouvi dizer que ele lhe amaldiçoou até o dia em que morreu.

Dietrich congela, uma pontada de dor atravessa toda a sua espinha, ele apoia uma das mãos em uma cadeira, fechando as mãos com força ao redor da madeira branca e envernizada.

- Aaron! – Luccia repreende.

Dietrich atira a cadeira na direção de Aaron, que desvia somente o suficiente pra não ter o pescoço deslocado, mas sofre um corte bastante feio no rosto. Luccia se coloca pra trás, surpresa.

A música para e todos olham na direção de Dietrich.

- Quer saber como é seu cretino filho da mãe?! Eu digo pra você! – Dietrich vai até e mesa e arrasta Aaron de lá pela camisa, colocando-o contra a parede, com uma das mãos em seu pescoço.

Ele tem uma das mãos sobre o corte em seu rosto.

- Eu preferia milhões de vezes ser esfaqueado todos os dias da minha vida que viver aquela tormenta! O meu pai me odiou mais do que qualquer coisa no mundo! E EU NÃO PUDE FAZER NADA! ME ODIOU TODOS OS DIAS POR QUASE 50 ANOS! – lágrimas arderam em seus olhos enquanto ele falava, e escorriam de seus olhos. - E agora... As últimas palavras dele vão martelar na minha mente enquanto eu for vivo... VOCÊ NUNCA VAI SABER O QUE É ISSO! NUNCA VAI SABER O QUE É TER DE VIVER SABENDO QUE É ODIADO PELO SEU MESTRE!

As pessoas na sala o observavam, chocadas e condoídas. Ele largou o pescoço de Aaron, que o olhava chocado.

- “Você precisa sofrer Dietrich, sofrer por ser essa criatura ridícula e miserável que você é... Eu quero que Oliver deteste você! Que ele queria você morto! Não importa o quanto você sofra, nunca será o suficiente... Você a pior coisa que eu já fiz em toda a minha vida... Eu tenho nojo de você...”. – Dietrich olha pro chão, enquanto as lágrimas pingam e escorrem copiosamente de seus olhos. - ... Por acaso você se sente melhor por saber o quão infeliz eu fui a minha vida toda? – ele pergunta a Aaron, com rancor na voz.

Em um instante Oliver está ao lado dele, com uma das mãos em seus ombros.

- Dietrich...

- Estou bem... Continuem a festa... – Ele se abraça, saindo e indo escada acima.

Eleonor chega pouco depois, postando-se ao lado de Oliver.

Aaron colocava-se de pé, Eleonor atravessou a sala e cravou um tapão enfurecido em seu rosto.

- Pessoas como você... Me enojam... Você não passa de um cretino... E eu espero que queime no inferno pelo que você fez...

Eleonor dispara pela escada, atrás de Dietrich, Oliver simplesmente se limita em dizer:

- Acaba de fazer um inimigo Aaron...

E ele então sobe também, atrás do irmão e da garota de quem gostava.

Katrina desce até a metade da escada e olha repreensivamente ao Doll Maker criador de Aaron, depois voltando seu olhar ao mesmo, parado, ainda encostado na parede.

- Doll.

- Eu? – ele pergunta, com as mãos frias pálidas.

- Saia da minha casa. Você não é bem vindo aqui. – então ela volta seu caminho a sala de reuniões.

Ludwig deteve-se na escada por um instante, voltando-se para Aaron e dizendo:

- Depois conversamos Aaron... – e voltou com Katrina pela escada.

Aaron engoliu seco.

No andar de cima...

- Dietrich! – Eleonor tirou os sapatos de salto, e agora os carregava nas mãos.

Dietrich encontrava-se na janela, sentado, observando as cicatrizes que tinha nos braços, de olhos vermelhos e inchados, contemplava as marcas de correntes que ficaram mesmo depois de tanto tempo, só para lembrá-lo que ele não era merecedor do amor de seu pai.

Ao ouvir seu nove ele se encolheu um pouco, secando os olhos e tentando parecer menos deprimente.

- Graças a Deus! – ela o abraçou, sentindo-se profundamente aliviada por não tê-lo encontrado fazendo alguma besteira.

- O-O que faz aqui...? Devia estar lá embaixo no baile...

- Eu não poderia ficar lá embaixo sabendo o quanto você estava triste.

Oliver chegou pelo corredor pouco depois, se aproximando dos dois.

- Dietrich, desculpe... Eu não devia tê-lo deixado com aquele...

- Não é sua culpa Oliver, não comece a se culpar.

- Mas...

- Esqueça.

Oliver não questiona.

Eleonor continua abraçada a ele, quase maternal, e ele sente a confortável sensação de pode contar com essas duas pessoas caso precise realmente.

- Se quiserem voltar lá pra baixo... – Dietrich oferece, sentindo-se bem mais calmo com a urgência que apresentaram em ir ampará-lo.

Os dois se entreolham.

- Não queremos.

- Mas...

- Esqueça. – os dois riem, imitando o tom de voz dele.

- Bem... Então está bem.

Horas se passam, agora só resta que todos vão dormir.

Para que no dia seguinte continue a história não acabada que Oliver e Eleonor começaram durante a valsa...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doll House" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.