Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 35
Capítulo 36




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Katrina terminou de explicar todas as coisas para Oliver, depois subiu, rumou ao seu escritório, pegou todos os relatórios que havia conseguido de seus parentes em Viena, e começou a estudar os procedimentos que faria a seguir.

As outras Dolls foram aos seus quartos, se reorganizar depois da longa viagem, deixando Oliver e Eleonor sozinhos na sala.

- Então... – Eleonor começou. – Acha que vamos conseguir fazer com que Dietrich mude de ideia?

- Não quero falar sobre Dietrich.

Pairava a frase subentendida de “tenho coisas melhores pra ‘falar’ com você”. Um suave arrepio gelado subiu a espinha de Eleonor e sua garganta secou.

- Bem... Então quer falar sobre o que?

- Falar? Nada. – ele sorriu, irônico.

- Erm... Está insinuando alguma coisa, Oliver?

- Na verdade eu estou, agora é sua vez de adivinhar o que é. – ele apoia a cabeça nas mãos.

Ponto. O coração de Eleonor foi parar na boca, era impressão ou Oliver estava realmente insinuando alguma coisa levemente errada?

- Você faz ideia de como você é cruel comigo, Eleonor?

- Na verdade não. Você e seu irmão estão sempre me dizendo como eu sou gentil. – ela cruza os braços, se controlando pra manter uma postura indiferente.

- Está me deixando triste Eleonor. – ele inclina a cabeça pro lado.

- Olha que surpresa! Eu nem sabia que você tinha essa capacidade!

- Ter eu tenho, mas não sou bom em mostrar.

- Jura? Nem tinha notado. – sarcasmo.

- Quanto rancor nesse coraçãozinho adolescente. – ele suspira.

- E o que raios você sabe sobre o meu coraçãozinho adolescente?

- Não muito eu acho.

Nesse meio tempo Dietrich inventava mais um de seus planos felizes de tramoias pra alegrar a humanidade ao seu redor, e agora, ele rabisca tudo em seu pequeno caderno de bolso.

- Vejamos... Se der tudo certo, e eu espero que dê, vai todo mundo ser feliz e eu não preciso morrer.

Enquanto ele pulava e fazia “yupi”, Yuri arromba a porta do quarto e cruza os braços encarando ele com cara de: “Eu não sei o que você está tramando, mas eu vou descobrir, sua criaturinha empolgada...”

- Ah... Olá... É Yuri, né?

- É. E eu posso não saber qual o seu plano AINDA, mas quando eu descobrir... Eu vou ficar na plateia com um dedão de espuma torcendo pra dar certo. – ele sorri gentilmente.

- Você é uma pessoa estranha Yuri. – ele inclina a cabeça para o lado.

- Como se você tivesse muita moral pra falar de mim. – Yuri rola os olhos.

- Certo, certo. Talvez eu não tenha, mas sou uma pessoa sincera. – ele da de ombros.

- Você e a imagem do Oliver no espelho, tudo o que você faz normalmente ele não faz nem forçado. – Yuri entra e encosta a porta.

- Bem, foi escolha pessoal do mestre.

- Como era o mestre de vocês? Quer dizer... Se não quiser falar, tudo bem, só queria saber. – Yuri senta em uma das cadeiras.

- Hum... – ele senta no tapete do quarto e recupera pequenos arquivos de sua mente. – Ele adorava jardinagem, e colecionava abelhas... – mais uma pausa. – Tocava piano muito bem, viva polindo a espingarda da segunda guerra que ele tinha recebido de presente do avô dele... Hum... Gostava muito dos cachorros dele, do Oliver, da esposa dele...

- Do jeito que você fala ele até parece ser uma pessoa legal... Mas...

- Ele era. – Dietrich sorri. – Era de mim que ele não gostava...

- Erm... – Yuri procura mudar de assunto. – E a esposa dele? Como ela era?

- Ah. A madame Lili era uma pessoa muito doce, sempre foi muito gentil comigo, ela lia até tarde toda quarta-feira, gostava de morangos, tricotar, e cantava  muito bem.

- Ela me parece ser muito gentil.

- Ela era bastante parecida com Katrina, na verdade, só um pouco mais sorridente.

- Entendo.

- Uma vez nós saímos numa viagem de campo... Oliver não foi, “ele não podia deixar a casa assim” – um suspiro. – Pobre madame Lili... Pegou tuberculose algumas semanas depois, o mestre ficou tão infeliz... Eu e Oliver estávamos muito preocupados.

Era surpreendente notar como Dietrich não parecia sentir nenhum tipo de raiva, mágoa ou remorso de seu mestre...

- Interessante. – Yuri simpatizava com Dietrich, ele era doce e muito infantil, apesar de saber definir suas prioridades, que sempre eram os outros, em especial Eleonor e seu irmão.

Yuri passou aquele dia falando com Dietrich, era tanta coisa, tantas histórias curiosas, talvez ele voltasse pra falar com ele novamente, ele ficaria feliz se eles fossem todos amigos dentro da casa, era uma das coisas que o deixariam satisfeito... É, quem sabe...


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