Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 26
Capítulo 27




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/88090/chapter/26

- O que ele faz aqui? – Oliver pergunta.

- É minha responsabilidade.

Dietrich permanecia de olhos fechados com força, pingando, ensopado até os ossos.

- Vou pegar uma toalha, antes que ele congele.

- Você só pode ter perdido totalmente o juízo. – Oliver reclama.

- Então me interne. – ela diz.

Dietrich fica em pé, no meio da sala, com os olhos baixos enquanto todos os olhares se dirigem a ele.

Pouco depois Eleonor desce, jogando a toalha nas costas dele.

- Com esse frio a ferida vai acabar estancando. – ela diz, olhando o pulso quase estancado de Dietrich.

- Eleonor, eu não aprovo isso. – Katrina declara, se pronunciando pela primeira vez.

- Então eu vou com ele. – ela diz, pegando o seu guarda-chuva.

- Isso é suicídio! – Oliver diz.

Toda vez que Oliver falava, era como se alguém enfiasse uma agulha em Dietrich.

- Então avise o jornal, eles já têm uma matéria pra amanhã. – ela responde.

Eleonor não fazia ideia de por que ela acreditava tão cegamente no que Dietrich dizia, não era difícil que ele estivesse mentindo, mas alguma coisa a impulsionava a acreditar no que ele dizia.

Os dois saem pela porta da frente.

- Não precisa fazer isso... – Dietrich diz.

- Eu sei. – ela concorda. – Onde você mora?

- Eu moro muito longe...

- Eu vou com você. – ela declara, decidida.

- Por que está fazendo isso? E se eu estiver mentindo?

- Eu acredito em você. Deve ser por que você parece demais com o Oliver.

Chegando a casa de Dietrich, que era muito mais limpa, clara, e arejada do que Eleonor podia supor, ele se senta no canto do sofá, se encolhendo e abraçando os joelhos.

- Não está com sono? – Eleonor pergunta.

- Estou letárgico pela perda de sangue... Mas isso não é sono, eu acho.

- Também tem problemas pra dormir?

Dietrich acena negativamente com a cabeça.

- Pesadelos. – ele explica.

Eleonor senta no outro canto do sofá, aquela tinha sido a semana mais estranha e enlouquecida de sua vida inteira... E ela não se lembrava de parte dela. Aliás, desde que chegou a Doll House, nada mais foi normal de jeito nenhum... Mas ela estava encarando tudo muito bem.

E agora, lá estava ela, sentada na sala branca de um suposto assassino psicopata... Um assassino psicopata que parecia tão sozinho e desamparado.

- Você é muito gentil comigo Eleonor.

- Obrigada.

Ele tenta sorrir, mas parece tão mentiroso, ele ainda estava infeliz.

- Pode ir amanhã... Ou alguém vai vir te procurar. Não quero que eles saibam onde eu moro.

- Eu só vou se você estiver bem.

- Não precisa se preocupar comigo... Eu vou ficar bem...

Ela sorri melancólica.

- Você e Oliver são iguaizinhos.

- Oliver é muito mais forte que eu, e é uma pessoa melhor também... Talvez por isso o mestre gostasse mais dele.

- Não. Vocês são mesmo muito parecidos.

- Se você diz... – ele se encolhe.

- Vá colocar umas roupas secas, depois eu preciso ver esse buraco no seu pulso.

- Certo... – ele diz.

Dietrich entra pelo corredor, indo em direção ao seu quarto, Eleonor fica na sala, aguardando. O que será que acontece nas vidas desses dois que faz ambos infelizes de algum jeito...?

Dietrich chega, com uma roupa parecida com a que estava antes, mas seca.

- Sente no sofá que eu tenho que ver o seu pulso.

Ele atravessa a sala e se senta no sofá, estendendo o pulso ferido a Eleonor.

- Nossa... Está bem melhor...

- Minha cicatrização é mais rápida...

- Por que só a sua?

- Oliver não costumava ficar durante a noite... Era um pouco menos seguro do que é hoje... Eu tenho algumas cicatrizes.

- Ah...

Eleonor senta-se ao lado de Dietrich no sofá.

- Por que ficou calado tanto tempo?

- Senso de dever... Era uma ordem no fim das costas.

- Dietrich... Por que você vai morrer?... Eu sei que é uma pergunta ruim...

- Se Oliver não me matasse, o mestre colocou um prazo de validade a minha vida...

O peito de Eleonor aperta.

- Dietrich?

- Hum?

- Posso te abraçar?

Os olhos de Dietrich se voltaram quase inconformados na direção de Eleonor.

- Abraçar?...

- Isso. Desculpe se ofendi...

- Não me ofende... Pode sim. – ele sorri, ainda com tristeza.

Eleonor envolve os braços ao redor de Dietrich, que agora se sente um pouco mais feliz.

- Eu me sinto tão idiota. – Dietrich fala.

- Por quê?

- Faz cinqüenta e sete anos que ninguém me abraça... Parece um pouco estranho...

- Cinqüenta e sete?

- Foi quando o mestre morreu... E quando Oliver passou a me odiar.

Poucos momentos depois ele está dormindo. Eleonor o deixa dormir daquele jeito, pelo menos ele está com uma roupa seca.

Na manhã seguinte, Eleonor deixa um bilhete sobre a mesa, com o número de seu celular, caso ele precise de alguma coisa, e também dizendo que ele precisa comer alguma coisa.

Saindo e fechando a porta devagar.

- Durma bem... – ela sussurra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OI gentes ^^
eu estou com um problema d edição, tá msm complicado, acreditem
e eu sempre leio oa capítulos antes de ler, MAS msm assim essa birosca n funciona como deve
Por isso n queriam me matar, n eh minha culpa T-T



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doll House" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.