Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 12
Capítulo 13




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Pela manhã do dia seguinte, Eleonor acorda muito cedo, o dia mal estava nascendo.

- Não dormi muito bem...

Olhando pela janela, ela pode ver Yuri aparando as roseiras no jardim. Do lado de Yuri, Gerrard está sentado, com um livro nas mãos, conversando com Yuri.

Nathaniel passa na sala e vê a taça de vinho sobre a mesa, ele estranha alguma coisa e cheira seu interior, dizendo:

- Tem alguma coisa aqui... Foi você que serviu? – Nathaniel pergunta a Eleonor.

- Quando eu desci já estava ai... – ela diz.

- Nem Yuri nem Gerrard bebem... – Nathaniel diz. – Oliver estava aqui ontem?

- Não sei ao certo, fui me deitar muito cedo.

- Dominik~! – Nathaniel grita.

- Sim? – Dominik surge no corredor.

- Cheira isso aqui.

- Anfetamina. – Dominik constata.

- Como você sabe? – Eleonor pergunta.

- Dominik, apesar de ser muito ruim com trabalhos simples, como lavar roupa sem explodir nada, é um excelente químico. – Nathaniel diz.

- Ah...

- Como isso foi parar ai? – Nathaniel pergunta.

- Pode ser uma daquelas garrafas dadas por clientes. – Dominik diz, sentando-se.

- Espera... Se Oliver consumiu isso aqui... Então... – Nathaniel comenta.

- Uh... – Dominik diz.

- O que? O que vai acontecer? – Eleonor diz.

- Isso quer dizer que nesse momento, Oliver é uma coisa impulsiva, e possivelmente perigosa. – Dominik diz.

- Vou chamar os outros. – Nathaniel fala, largando a taça sobre a mesa e saindo do recinto.

- Ele pode machucar alguém? – Eleonor pergunta.

- Depende, não sei. Mas se ele quiser, com certeza. – Dominik diz.

Eleonor sai do recinto em direção ao seu quarto, a idéia de que Oliver pode machucar alguém não era muito bem processada em sua mente, ele era sempre tão calmo e controlado e fechado... Definitivamente não processa.

No corredor ela pode ouvir Boris e Nathaniel conversando.

- Se ele não quiser que achem ele, não vão achar. Ele conhece isso aqui bem melhor do que nós... Não sei o que vai acontecer com o cérebro dele. – Boris diz.

- Eu sei, é exatamente por isso que temos que achá-lo, ele pode machucar alguém... Não intencionalmente, claro, mas pode.

O dia todo se passa, com a casa toda atrás de Oliver, mas claro que não vão achá-lo.

Finalmente anoitece... Oliver não estava em lugar nenhum... Eleonor como se costume sai de seu quarto, mas só pra ir até a cozinha tomar água, está todo mundo no jardim de trás.

- Shh. – Oliver diz, cubrindo a boca de Eleonor. – Olá Eleonor... – ele sorri, num tom sarcástico.

- Oliver?... – ela diz.

- Oi? – ele diz, colocando as mãos no balcão atrás dela, uma de cada lado da cintura de Eleonor. – Estão todos brincando de pega-pega comigo... Mas acho que estou ganhando. – ele ri.

- Oliver... O que houve? – ela diz, tentando abstrair o quanto ele estava perto e o perfume dele era bom.

- Houve que de repente meu mundinho todo ficou colorido. – ele diz, saindo de perto de Eleonor e apoiando na mesa.

- Oliver, eu vou chamar os outros. – ela diz, indo na direção da porta.

- Ah, não vai não. – ele diz, puxando Eleonor de volta, e prendendo-a num abraço. – Você não vai a lugar nenhum. – ele ri, mexendo no cabelo de Eleonor.

O sangue de Eleonor vai gelando, e gelando, e gelando... E depois esquentando, e esquentando, e esquentando.

- O que quer dizer com isso?

- O que você quiser que eu esteja dizendo. – ele diz, respirando fundo e virando Eleonor pra que ela olhe pra ele. – Agora, por que você não estava lá fora me procurando também?

- Yuri me disse pra ficar no meu quarto...

- Eu você faz o que o Yuri manda?

- Às vezes...

- Ah é? – ele disse, chegando perto demais.

- É... – ela diz, indo pra trás.

Oliver rodeia a nuca de Eleonor com as mãos, aproximando-se devagar. Eleonor começa a definhar, se ele a beijasse, com certeza, o pobre coraçãozinho dela não ia agüentar... Mas não era por isso que ela queria que ele parasse.

Quando os lábios de Oliver finalmente encontram os dela, ela se perde completamente, ela não podia imaginar, humano ou não, que ele fosse tão quente, doce, suave, e tantas outras coisas ao mesmo tempo.

A intensidade e urgência dos lábios de Oliver aumentam com o tempo, e se isso perdurasse muito mais ela ia morrer.

- Oliver! – Gerrard grita, puxando-o pra longe de Eleonor.

Eleonor meio que xingou Gerrard mentalmente.

Oliver é atirando em cima da mesa... Eleonor não sabia que Dolls eram tão fortes... Outros chegam pouco depois, segurando Oliver pelos braços, ele ri, ri muito, um riso sarcástico e malicioso.

- Eu já fiz o que tinha que fazer... – ele ri, olhando na direção de Eleonor. – Podem me trancar no meu quarto.

- Não precisa trancar... Se você quisesse sair de lá, você sai.

- Isso é verdade. – ele ri. – Então será que vocês podem me soltar?

Eles soltam Oliver, que ainda rindo, caminha pelo corredor até o seu quarto.

- Você está bem Eleonor? – Dominik pergunta.

O coração de Eleonor bate tão rápido que ela sente que daqui a pouco ela vai morrer... Droga! Ela gosta mesmo dele!

Eleonor não diz nada, simplesmente sai andando e vai para o seu quarto, fechando a porta e ficando calada a noite toda, olhando para a parede de seu quarto.

 


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Notas finais do capítulo

O q vcs acharam? XD



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