Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 10
Capítulo 11




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Na manhã seguinte, Eleonor acorda com um barulho de explosão vindo do andar de baixo.

Ela desce de pijama ainda, às pressas, e para no meio da escada, com a visão da lavanderia destruída, com Dominik parado na porta, observando a avalanche de espuma que saia da porta com uma expressão de “ops”.

A roupa de Eleonor estava lá...

- DOMINIK! O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?!

Todos os outros estavam sentados pelo sofá, tomando chá gelado com uma expressão desinteressada, como se aquilo fosse a coisa mais casual do mundo.

- Foi um acidente... – Dominik diz.

- Dominik não leu as instruções até o final... – Vivaldi começa.

- E ao invés de três copos de sabão... – Yuri continua.

- Ele colocou três caixas. – Gerrard finaliza.

Eleonor olha pra Dominik inconformada.

- Dominik! Três copos, não são três CAIXAS, Dominik!

- Desculpe...

- Dominik, você explodiu a lavanderia! – Eleonor estava mesmo revoltada.

Um som discreto cruza a sala, diretamente aos ouvidos de Eleonor. Ela olha na direção do som, e vê Oliver rindo, um riso discreto e educado.

Todos no ambiente param o que estavam fazendo (que se resume em geral a tomar chá gelado) e olham pra Oliver com um expressão de choque, nenhum deles nunca tinha visto ele rindo antes...

- O Oliver está... Rindo? – Yuri diz, quase como se quisesse se convencer disso.

A expressão de Oliver era encantadora, e o sorriso simpático iluminava o seu rosto... Um sorriso MESMO.

Eleonor esqueceu-se completamente do fato de que em algum lugar da lavanderia suas roupas estavam perdidas em espuma... Muita espuma.

Oliver desencosta da mesa onde estava parado, e ainda rindo começa a subir as escadas, sumindo na curva do alto da escadaria da direita.

Então os olhares de todos se voltam a Eleonor... Como ela tinha feito O OLIVER, rir?

- O que você fez Eleonor? – Gerrard pergunta.

- Não sei... Mas eu preciso fazer mais vezes... – ela conclui.

Katrina desce as escadas olhando na direção onde Oliver fora.

- Oliver estava rindo... Aconteceu alguma coisa? – Katrina pergunta.

Todos apontaram na direção de Eleonor.

- O que você fez?

- Eu não faço idéia... – ela diz.

Eleonor não se atreve a ir atrás dele naquele momento, talvez ela não estivesse pronta para perguntar-lhe o que aconteceu. Então, sentada em seu quarto, Eleonor põe-se a pensar:

- “Então ele tem emoções mesmo... Que coisa chocante... Quer dizer, como eu poderia esperar que ele fosse rir? Ele geralmente age como se eu nem estivesse por perto, e só fala alguma coisa quando eu pergunto...”.

As horas se passam, com Eleonor martelando a cena de horas mais cedo insistentemente... Até que finalmente anoitece.

- Nossa, já escuro... – ela diz, olhando pela janela a escuridão que engolira o jardim da frente.

Ainda vestida, Eleonor deixa o seu quarto e desce as escadas para a típica conversa da madrugada com Oliver, mas ao descer, ele não está sentado na poltrona como sempre está. Então cadê ele?

Eleonor caminha pelo andar de baixo, até parar em frente a uma porta que ela nunca tinha notado.

- O que será isso aqui?

Empurrando levemente a porta, o trinco se abre e a porta também, empurrando a maçaneta da porta o outro lado tem um quarto, com três janelas, agora abertas, uma cama com lençóis brancos, uma imensa estante cheia de livro, e um armário.

- É o meu quarto.

Oliver.

- Ah! – Eleonor se assusta.

Olhando para o lado, Oliver apóia uma das mãos nos ombros, próxima ao pescoço, parecia surpreso com sua presença ali.

- O que faz aqui?

- Eu... Não encontrei você na sala, e pensei...

- Pensou? – ele diz, inclinando a cabeça um pouco para o lado.

- Não sei o que eu pensei... Mas fui te procurar, e aqui estou eu.

- Por que você não pode simplesmente ir dormir? – ele diz, suspirando e entrando no quarto.

Eleonor fica parada na porta.

- Bem, eu não durmo muito bem aqui.

- Já disse que se preferir, eu a troco de quarto. – ele diz, abrindo o armário e pegando uma camisa de mangas longas, branca.

- Não é esse o caso, eu simplesmente tenho problemas para dormir.

- Você devia procurar um médico. – ele diz, abaixando-se e abrindo uma gaveta e puxando algo que parecia uma calça, estava dobrado.

- Não me atrapalha. – ela diz.

- Como quiser. – ele diz, pondo as coisas que pegou sobre a cama.

Oliver tira a camisa.

- O que está fazendo...? – Eleonor pergunta.

- Vou tomar banho. – ele responde casualmente. – Querendo ou não, você ainda está parada na porta do meu quarto. – ele constata.

Eleonor procura não encarar demais a pessoa perfeita de Oliver.

- Acho que vou... Até a sala... – ela diz, apontando na direção do corredor.

- Fique à vontade. – ele diz, indo na direção do banheiro.

Eleonor dispara na direção da sala, tentando conter a onda de calor que corre seu rosto.

- O que eu estou pensando...? É de Oliver que estamos falando! – ela se revolta, jogando-se no sofá.

Alguns minutos se passam, vinte ou vinte e cinco minutos, mais precisamente. Quando Oliver se aproxima e vê Eleonor dormindo no sofá da sala.

- “Não me atrapalha”? Sei. – ele diz.

 


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