Skater Girl escrita por Luza Black


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez foi rápido né? Rsrs
Cap 14, com uma grande parte de Bella e Edward ^^
Espero que gostem.



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Bella PDV

Sabe quando você acha que é o fim? Pois é, nem imagina o que ainda pode acontecer.

Essa cena bizarra é coisa de filme de terror, mas se a minha vida fosse um filme, o gênero com certeza seria outro. Comédia, para ser mais exata, e daquelas comédias onde o autor ADORA ferrar com a vida dos personagens só pra ficar engraçado. É, querida autora, é de você mesmo que eu to falando.

Quando aquela criatura estranha entrou no foco de luz vimos que era uma pessoa com um chapéu daqueles de palha bem grandes. A faca gigante era na verdade uma tesoura de jardinagem. E quanto ao saco plástico? Um local para guardar umas flores.

Hahaha, agora pode rir.

Ta, ninguém ta a fim de rir.

- AHH! - gritou a mulher – Furei meu dedo em uma rosa – choramingou ela.

Alice me soltou do abraço destroça-ossos e respirou aliviada. Afinal, não era nenhum monstro. Quer dizer... mais ou menos...

- Ora, ora! Visitas! - comemorou ela nos olhando atentamente. - Boa noite!

- Er... Boa noite – falei desconfiada.

- Vocês querem entrar? Iam tocar a campainha não é mesmo? - disse ela indo para o portão e o empurrando, o portão fez aquele gemido sinistro e bateu contra a parede fazendo Renesmee e Rose, que estavam próximas ao portão, darem um pulo.

- Er... íamos pedir ajuda – disse Edward. - Nosso carro quebrou e estamos sem celular, a senhora podia nos emprestar um telefone? Não vamos demorar.

- Claro, claro. Entrem, entrem. - disse ela indicando o caminho.

- Doida, doida – sussurrou Alice para mim.

- Sim, sim – concordei.

Olhamos desconfiados para o caminho e para a grama amarelada. Depois para as estátuas estranhas.

Então olhei para a cabeça da mulher... porque o chapéu a noite?

Falando na noite, olhei para o céu, ele estava tingido de um vermelho sangue. Isso é tenso!

Edward foi na frente e em seguida todos seguiram ele.

- Jooorgeeee!!! Temos visitaaass – gritou a mulher, que agora fui notar, era magricela e velhinha.

Estávamos com medo dela? Haha, que graça!

Um homem gorducho resmungou alguma coisa sobre o sofá e não se moveu.

- Entrem! Não fiquem tímidos – disse ela nos olhando com cuidado e com um sorriso enorme.

- Só queremos usar o telefone – repetiu Edward olhando em volta inseguro.

A casa era tipo... bem velha, os moveis pareciam apodrecidos e uma televisão chiando completava a decoração.

- Quê isso, vocês parecem tããão magrinhos... que tal um lanchinho? - ofereceu ela.

Tentamos negar, mas duas vozes gritaram um tipo de:

- Um lanche cairia bem!

Olhamos de forma repreendedora para Emmett e Jacob. Os dois esfomeados.

- Ótimo! Jooorgee temos companhia para o jantar.

E mais uma vez o homem resmungou algo sobre o sofá e ficou encarando a televisão que chiava.

Estraaaanhooo.

- Jake! - gritei sussurrando – Você ta doido?

- Eu to com fome! Andamos praticamente o dia todo sem comer nada! - disse ele.

- E foi resolver comer logo aqui?! - quase falei em tom normal.

- Bom...

- Venham, venham! - chamou a mulher depois de colocar uns pratos na mesa.

Nos entreolhamos, vi Rose e Alice dando uma passada para trás e Nessie olhando para a mesa com nojo. Edward e Jasper caminharam lentamente e Jacob e Emmett num piscar de olhos estavam sentados na mesa.

Respirei fundo e pensei Seja o que Deus quiser! E fui me sentar ao lado de Jake.

As meninas acabaram vindo para a mesa também, o jantar era sanduíche de atum... comi um pouco, mas resolvi não arriscar.

Caramba! O que é que eu to fazendo em uma casa estranha no meio do nada com uma banda super famosa e uma mulher e um homem estranhos?!!! Que vida looooucaaa!

- Bom... agora eu queria usar o telefone, se não for muito incomodo. - pediu Edward educado.

- Claro, querido – disse a velhinha, ela ainda não tirou aquele chapéu da cabeça... porque?

A mulher se levantou e foi em algum comodo daquela enorme casa em busca de um telefone.

- Ed, eu quero ir embora – disse Renesmee.

- Eu também – concordou Jasper.

- Eu queria outro sanduíche – esse foi Emmett.

Jasper deu um tapa na cabeça do irmão.

- Ei! - protestou ele.

- Fica quieto, Emmett – disse Renesmee.

- Olha só, a gente vai sair daqui, mas precisamos do telefone, então aguenta mais um pouquinho e...

Um trovão ensurdecedor cortou os céus, fazendo um barulho tão forte que balançou a estrutura da velha casa.

- Ai, meu Deus!!! - exclamou Alice ao meu lado.

- O que foi isso?!

- Um trovão!!

- Sério? - ironizou alguem. É, eu não sabia quem era porque, na hora do trovão, a porcaria da energia foi embora!!

Nãããããããoooo!!!

Escutamos gotas se chocando contra o telhado, logo uma tempestade estava caindo.

Olhei para Edward que parecia atordoado demais para falar alguma coisa. É, consegui enxergar a expressão dele, porque nesse momento a mulher voltou com um lampião aceso.

- Sempre que chove isso acontece. - disse ela. - Você podem passar a noite aqui. - completou ela com um sorriso faltando um dente.

- Mas e o telefone? - perguntei.

- Não funciona quando chove – respondeu ela.

- Celular? - insisti.

- Não temos essa coisa de celular – ela já estava fechando a cara – Terão que dormir aqui.

- Um minutinho- pedi a ela. - Vem cá – chamei a galera.

Fizemos um rodinha para decidir o que fazer.

- E ai? Sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas temos que pensar em algo juntos – falei aos The Cullens, eles concordaram.

- Não quero dormir aqui! - bateu o pé a cantora.

- Prefiro a chuva! - completou minha irmã.

- Não podemos ficar lá fora nessa tempestade – observou Rosalie.

- Mas também não podemos ficar aqui, esse lugar é... sinistro – disse Jasper.

- Eu sei que todo mundo preferia um hotel, mas podemos passar a noite aqui, é só ficarmos juntos, no mesmo quarto – disse Edward. As meninas olharam para ele incrédulas, eu inclusive. - Quer dizer... meninas juntas em um quarto e meninos em outro.

- Entendi, é só garantir não ficar sozinho – falei. - E é bom trancar as portas.

Todos assentiram e fomos falar com a velhinha que nos olhava impaciente.

- Aceitamos dormir aqui – disse Edward. - Mas insistimos em pagar pela hospedagem.

- Ah, não. Não será necessário. Adoro ajudar viajantes perdidos – disse ela e virando-se de costas completou – Venham, vou leva-los aos quartos.

Alice e Rose vieram ficar ao meu lado, as duas morrendo de medo. Revirei os olhos, será que eu sou a única corajosa por aqui?

Subimos as escada, que a cada passo fazia um rangido diferente.

Chegamos em um corredor escuro, beem escuro, já que a energia foi embora. Mas pelo menos tinha uma janela no fundo do corredor, onde entrava a luz da lua, que era cheia por sinal.

- Temos cinco quartos – disse a mulher ainda com o chapéu de palha.

- Preferimos só dois – eu apressei em dizer.

- Tudo bem então – disse ela apontando para as duas primeiras portas. - O banheiro é lá em baixo. - e então sumiu, ta, ela não sumiu, ela foi embora e largou a gente ali.

- Boa sorte pra vocês – falei aos meninos.

- Ed! Deixa eu dormir com vocês? - pediu Renesmee chorosa.

- Ta bem, vem – disse ele e ela foi correndo para perto do irmão.

- Eu vou dormir aqui, então – disse Jake vindo em nossa direção.

- Por quê? - perguntei.

- Acha mesmo que eu vou ficar no mesmo quarto que a patricinha? - disse ele – Nunca.

Esses dois...

- Ótimo! Boa noite! - disse Renesmee abrindo a porta do quarto e entrando.

Depois dos boa noites, entramos no quarto. E, acredite ou não, tinha uma cama e três colchões a nossa espera.

Engoli em seco, ta ficando cada vez mais estranho...

- Isso foi... coincidência? - afirmei perguntando (?)

- Vamos embora! - implorou Alice.

- Não podemos ir com essa chuva! - eu disse

- Chuva que surgiu do nada, vale acrescentar – disse Jacob olhando para tudo desconfiado.

- O dia tava muito quente, a chuva era de se esperar – eu falei tentando manter a razão.

- Mas foi estranho...

- O que não é estranho com a gente? - brinquei e me dirigi para a cama. - Já que estão com tanto medo, eu fico com a cama. - e me joguei em cima dela.

Eles assentiram e foram até os colchões, mas antes Jake trancou a porta e ainda colocou uma cadeira na frente, por precaução.

Fechei os olhos e tentei dormir, era cedo ainda, mas pretendíamos sair muito mais cedo.

- Bella – chamou Alice – Ta acordada?

- To e você? - perguntei que nem idiota, era obvio que ela estava acordada.

- Também to – que bom que ela me respondeu educadamente.

- Eu não consigo dormir – disse a baixinha.

- Ninguém vai conseguir dormir com as duas conversando – disse Rose

- Ta, foi mal.

Silêncio.

- Bella – dessa vez foi Jake.

- Hã?

- Por quê aquela mulher usa um chapéu de palha?

- Não sei... vai ver ela é careca! - falei.

- Ou a medusa disfarçada – disse ele.

- Como?!

- Sabe, eu li um livro onde uma situação parecida aconteceu e no fim era a medusa!

- Que é medusa? - perguntou minha irmã sem cultura.

- Faz parte da mitologia, uma mulher com cabelos de cobra que transforma as pessoas em... - então eu senti meu sangue se congelar nas veias.

- Transforma as pessoas em quê? - perguntou ela.

- Estátuas – respondeu Jake.

- OMG! Tem estátuas no jardim! - exclamou Rose.

- Será que...

- Não! Impossível! Isso não existe! - falei, tentando convencer mais a mim mesma que os outros. - Vamos dormir!

- Mas e se...

- Boa noite Rose! - cortei ela.

Silêncio outra vez.

Acabei dormindo e tendo o sonho mais estranho da minha vida, onde eu era uma estatua que tentava andar, me desequilibrava, caia no chão e virava pó!

E assim o sonho se repetiu de maneiras diferentes.

Até que eu não aguentei mais e acordei assustada. Eu precisava ver o que tinha embaixo do chapéu de palha daquela mulher!

Ou então eu não ficaria em paz!

Levantei fazendo o minimo de barulho possível e fui na ponta dos pés até a porta, tirei a cadeira da frente e a destranquei, abri-a vagarosamente.

Raaaang! (isso foi o barulho de um rangido, por mais que não pareça)

Droga! Olhei para os colchões, todos dormiam. Ufa!

Sai do quarto e encostei a porta, andei sorrateiramente até a escada. Tava muuuito escuro. A luz do luar iluminava apenas o bastante para eu ver as sombras das coisas.

Pisei no primeiro degrau e a porcaria rangiu! Esqueci desse detalhe, todos os degraus rangem!

Ouvi outro rangido, mas eu não me movimentei o que só pode significar que tem alguém subindo! Oh God!

Calma, Bella! Mantenha-se firme e... outro rangido me fez descer descontrolada as escadas, eu tropecei e cai em cima de algo que gritou. Nós saímos rolando o resto da escada. Gemidos de dor depois...

- Quem é? - perguntou uma voz conhecida.

- Cullen?! - exclamei. - Mais que droga! Você quer me matar do coração? Seu maluco! - falei me levantando revoltada. Ele de novo!

- Bella! Que mania é essa que você tem em me derrubar hein! - disse ele risonho.

Revirei os olhos.

- O que está fazendo aqui? - perguntei sussurrando para a forma escura que eu acho ser ele.

- Fui ao banheiro. - respondeu ele. - E você?

- Bom, vim tirar uma dúvida. - falei. - Tchauzinho! - e tentei ir em busca da mulher estranha, mas ele segurou meu braço.

- Como assim? - quis saber.

- Não é da sua conta!

- Bella, você já notou que enquanto eu te trato bem você só me dá patada? - disse ele.

É, e era de propósito. Mas em vez de lhe dar uma resposta a altura eu me senti um pouquinho envergonhada.

O que acontece comigo quando estou perto desse cara, hein?

Respirei fundo.

- E você não percebe que talvez mereça isso? - devolvi.

Ele ficou sem palavras, já que demorou a responder.

- Me desculpa aquele dia, seja lá o que eu tenha feito – disse ele. Fiquei de frente para ele, não acreditando que ele não sabia o que tinha feito. Me aproximei de modo que pude enxergar seu rosto.

- Você é tão insensível ao ponto de não ter ideia do que fez? - caramba, ele é mesmo um babaca!

- Com toda sinceridade, não faço ideia – disse ele me olhando firmemente.

- Então não sou eu que vou te explicar, sr. Guitarrista. - debochei e me virei para seguir o meu caminho, ele me segurou de novo.

- Para onde vai?

- Não é da sua conta – repeti.

- Posso te ajudar. - pensando bem, até que ele pode ser útil.

- Ótimo, já que insiste. Vamos nessa! - falei.

- Ainda não me disse aonde vamos – observou ele com um sorriso torto.

Rapidamente resumi a história da medusa para ele. Sabe o que ele fez quando terminei de contar minhas suspeitas? Riu! Ele riu da minha cara!

Cruzei os braços e esperei.

- Terminou?

- Acho que sim – disse parando de rir, mas ainda tinha um sorriso brincalhão nos lábios. - Você não acha que isso é ficção demais? E que o lugar e as circunstancias te fizeram pensar nisso?

- Não! Tudo se encaixa! Eu até achei loucura no começo, mas é coincidente demais! - falei.

- Não, Bella, você que está encaixando tudo. Isso não existe.

- E se existir? E se ela nos transformar em estátuas para enfeitarmos aquele jardim medonho? - eu estava ficando meio elétrica.

Ele balançou a cabeça negativamente, não acreditava em mim, e aquela não era a primeira vez.

- Só preciso ver o que tem embaixo do chapéu. E pronto! - falei. - Ta dentro ou cai fora?

- Vou com você, não posso te deixar arruinar a nossa chance de sair dessa – disse ele.

- Você é muito chato! E olha que só te conheço a um dia! - exclamei. - Vamos logo.

Ele segurou na minha mão direita, o olhei interrogativa.

- Para não nos perdermos – apressou-se em dizer.

Ta, certo. De mãos dadas, parecendo crianças, andamos pela casa completamente escura e desconhecida.

Me bati em algo. Ai! Acho que foi em uma mesa.

- Que foi?

- Uma mesa no meu caminho. - respondi, ele riu. Que é? Ta vendo alguma palhaça aqui?Hunf!

- Estamos na cozinha, Bella – sussurrou no meu ouvido, eu me arrepiei, odeio que sussurrem no meu ouvido, é irritante.

Mas o jeito como ele diz meu nome é tão... doce. Eca! Que coisa melosa! Mas era verdade, e eu gosto disso e...

Ai! Me bati em outra coisa.

- Por que tudo sempre aparece na minha frente? - murmurei.

- Você tem muita sorte, é isso. - disse Edward.

- Eu? Sou a pessoa mais azarada que conheço.

- As vezes a sorte se disfarça de azar, para nos surpreender no final. - disse ele convicto.

- Essa foi profunda. - falei sorrindo – Mas foi legal.

- Valeu. Sabe eu acho...

E eu nunca soube o que ele achava, pois nesse momento uma porta foi aberta em algum lugar e alguém com um lampião entrou na cozinha.

Eu empurrei Edward no chão, atrás da mesa. Ele entendeu o que eu fiz e ficou quieto.

- Tem alguem aqui – sussurrei o mais sussurrador que consegui.

Ele acenou a cabeça e fez sinal de silêncio. Olhei nossa situação, mais uma vez eu caia encima dele. Que coisa! Me senti corar. Mais que porcaria! Pelo menos tava escuro.

Passos se aproximavam de onde estávamos. E se a medusa suspeitasse que estávamos quase descobrindo o segredo dela e transformasse a gente em estátuas aqui mesmo? Nããão! Não quero virar estátua!

- Quem está ai? - perguntou a voz da mulher, que ecoou pela cozinha.

Ela estava chegando perto, tive uma ideia!

- Edward, põe as mão na minha cintura, agora! - ordenei sussurrando. Ele, confuso, fez isso.

Então eu coloquei minha mão na boca dele e a beijei de forma apaixonada, a minha mão, não ele.

Uma luz nos iluminou nesse exato instante e a mulher emitiu uma exclamação surpresa.

- Que pouca vergonha é essa? - perguntou ela.

Eu, em um pulo fiquei em pé.

- Desculpe! Viemos beber aguá e não conseguimos evitar. - falei na maior cara de pau.

- É – disse Edward ficando de pé ao meu lado e passando o braço na minha cintura. - Estamos apaixonados, sabe?

A mulher só nos encarou.

- Eu deixei vocês dormirem aqui, mas esse tipo de coisa eu não tolero. Vão pros quartos! - disse ela dando as costas e saindo.

- Viu? Viu? Ela ainda ta com aquele chapéu de palha! - exclamei apontando freneticamente para o lugar onde ela estava.

- Pra quê a encenação? - perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Se ela fosse a medusa e desconfiasse que desconfiássemos dela, viraríamos pedras agora. - dã, isso não era obvio?

- Ta – suspirou Edward – Poiamos simplesmente perguntar o motivo do chapéu...

- Ta maluco? O que eu acabei de falar? Se for a medusa a gente vira pedra. - carinha burro!

- Bella, você que é maluca – disse ele. Que mania de me chamar de Bella com aquele tom de voz! Era muito fofo e eu não quero achar ele fofo!

- Eu não pedi sua ajuda, pra começo de conversa – observei – E você pode ir se quiser.

- Eu vou ficar com você, será que não entendeu ainda? - acho que ele tava perdendo a paciência comigo.

Segurei em sua mão e o puxei na direção em que a suposta medusa tinha saído. O lugar era um corredor curto com apenas uma porta.

Ali deveria ser o quarto do casal. Comecei a abri porta devagar, ela não rangiu, oh yeah!

Mas não pude continuar, pois Edward segurou minha mão me impedindo.

Lhe lancei um olhar assassino e insisti em terminar de abrir a porta. Ele me olhava alarmado a tentava me impedir a todo custo.

- Eu quero abrir – sussurrei

- Mas você não vai afirmou ele.

- Vou sim – e continuei forçando a porta.

- Bella – dessa vez não foi o tom fofo, foi o tom de 'eu to avisando'

Eu empurrei tão forte que a porta acabou abrindo e fazendo barulho. Nos entreolhamos e eu tentei entrar no quarto, mas adivinha? O idiota metido a astro do rock me pegou no colo, parecendo um saco de batatas, e saiu dali.

Eu dei um murro nas costas dele, tentando não fazer barulho, você sabe que não se deve acordar alguém que pode te transformar em pedra, então o silencio é importante.

Dei mais murros nas costas dele. Até que ele me jogou em cima de um sofá, fazendo-o levantar poeira.

Levantei, mas ele me empurrou de volta para o sofá e me segurou, apoiando suas mãos em meus ombros e aproximando seu rosto do meu disse:

- Você é muito impulsiva, Bella! - e lá vem aquele Bella de novo!

- E você é muito abusado, Cullen! - falei furiosa – Dá me soltar?

- Para você ir lá e fazer a maior confusão por achar que alguém é a medusa? - ele estava abismado, como se achasse que aquilo fosse a coisa mais absurda que já ouvira.

- Ela é estranha, esse lugar é estranho e tem estátuas estranhas no jardim! É obvio! - será que ele não consegue enxergar? Na minha vida coisas estranhas é normal, então... porque não dar de cara com algum ser mitológico?

Ele estava com uma expressão esquisita, então caiu na gargalhada, assim sem mais nem menos. Eu o fitei chocada.

- O que foi?

- Você realmente é uma figura! - disse ele sorrindo.

Era impressão minha ou tava mais claro? Ah é, as janelas estavam abertas e a luz a lua invadia o ambiente. E clarearam o rosto dele me fazendo notar o quão braco e bonito era o seu sorriso e... que porcaria é essa que eu to pensando?

- Cullen da guitarra, ou você me solta ou eu te machuco. Você escolhe – falei com um sorriso maldoso.

- Me machucar? - ele achou graça – Sabe, Bella, você é a garota mais imprevisível que eu já vi.

- Eu sei. Agora, só para você saber, eu sei o ponto fraco de um homem e não tenho medo de acertar. E ai?

- Ok – deu-se por vencido a saiu de perto de mim. - Mas você não vai invadir aquele quarto. Não comigo aqui. - disse cruzando os braços decidido.

Revirei os olhos. No dia que alguem impedir Isabella Swan de fazer algo, vai nascer girassol no oceano.

- Cullen, Cullen, coitadinho de você. Esqueceu que não me conhece? Não sabe que eu faço tudo o que quero. - falei pondo as mãos na cintura e encarando ele.

- Você também não me conhece. Tenho três irmãos e cuido deles a muito tempo, sei me virar. - falou ele.

Eu estreitei meus olhos, ele estreitou os dele. Então corri e pulei o sofá indo na direção do quarto o mais rapido que consegui.

Então me choquei com tudo em alguem que apareceu na minha frente.

- Caramba! Como foi parar ai? - exclamei encarando Edward.

- Nunca vai saber – disse ele provocativo. - Vamos dormir, Bella. Amanhã teremos um dia cheio.

- Eu quero...

- Eu sei, mas não vai incomodar a senhora que está nos ajudando, por mais sinistra que ela pareça.

Cruzei os braços emburrada.

- Não vou conseguir dormir com isso na cabeça – bati o pé.

Silencio... então ouvimos passos e a mulher chegou na sala, sonolenta.

E sem o chapéu de palha!!! E ali, onde imaginei o cabelo de cobra, tinha uma toca de meia-calça cortada.

Mais que decepção!

- Por favor, sei que se amam e tudo, mas eu quero dormir. - pediu ela.

- Desculpe – falei ainda encarando a cabeça dela – Estamos indo.

Eu e Edward voltamos para o quarto sem trocar nenhuma palavra, mas ele me olhava o tempo todo e eu fingi que não notei.

Cada um abriu a porta do quarto em que estava, nos entreolhamos e entramos... e foi ai que notei que Jacob não estava no quarto e foi ai que ouvi um grito vindo do andar de baixo.

Isso não pode ser coisa boa!

Voltei ao corredor e vi Edward chegando a escada.

- Renesmee sumiu. - disse-me ele.

- O Jake também – falei. - Isso não vai prestar.

Ao chegarmos na sala vi um Jacob jogado no chão, com uma Renesmee determinada em cima dele o prendendo contra o piso.

- Seu louco psicopata! Se você achava que seria fácil me matar está muito enganado! - falava ela. - Ei! Eu sei quem você é... - completou ao olha-lo mais de perto

- Oi, será que dá para sair de cima de mim? - pediu ele olhando confuso para a garota.

- Jacob! - exclamou ela.

- Renesmee – disse ele.

- Bella e Edward! - eu não resisti a falar.

Os dois nos olharam, na mesma posição em que se encontravam.

- Nessie, acho que já pode sair de cima dele – disse Edward.

Renesmee, muito sem jeito, saiu de cima do meu amigo.

- Onde você tava? - me perguntou Jake, já em pé e vindo até mim.

- Fui conferir nossa suposição. - falei. - E você?

- Fui atrás de você, é claro. Imaginei que faria algo insano do tipo. - disse ele, Edward tentou sufocar uma risada – E ai?

- A gente pirou na batatinha – ele entendeu o recado, eu acho.

- Que bom! - aliviou-se. - Agora, vamos dormir?

- É, vamos.

E nó quatro fomos para o quarto.

- Ei, Nessie. O que você fazia lá em baixo? - perguntou Edward.

- Acordei e vi que você tinha sumido... bom o resto deu para entender. - disse ela dando de ombros.

- Tem certeza absoluta que ela não é a medusa? - perguntou Jake quando entramos no quarto.

- Tenho, ela tava com uma toca de meia na cabeça, não dava para esmagar as cobras assim.

- A ta. E... você e o guitarrista lá embaixo? - ele franziu a testa e me olhou sem entender.

- Uma longa historia que merece ser contada amanhã. - falei me jogando na cama. - Boa noite, Jake!

- Boa noite, Bella.

E assim, finalmente, adormeci.

**

Acordei com alguém me chacoalhando. Era Rosalie com toda sua delicadeza. Comemos sanduíche de atum no café da manhã, eca! Eu até gosto atum, mas de manhã?

Depois da mulher estranha, que descobri se chamar Brigite (ela voltou a usar o chapéu de palha!) nos oferecer uns biscoitinhos de aveia e de nós forçarmos alguns goela a dentro eu fiz o pedido mais espera.

- E quanto ao telefonema? - pedi, fazendo cara de anjinha e esbanjando meiguice.

- Aqui está o telefone. - disse ela me dando o aparelho.

Eu o peguei me sentindo uma vencedora. Tchã, tchã, tchã. O meu troféu!

Coloquei o aparelho no meu ouvido e disquei o numero da emergência. O telefone estava mudo, completamente sem som.

- Ta mudo – falei do mesmo modo como se diz 'ta morto'.

Edward tomou o telefone das minhas mãos.

- Ta mudo mesmo!

- Claro que sim! Achou que eu tava tendo uma ilusão é?

O olhar que ele me lançou do tipo 'depois da noite de ontem você ainda pergunta?' me fez ficar calada.

- A tempestade deve ter derrubado a torre do sinal.- disse Brigite. - Jorge, leve os garotos para a cidade, assim podem conseguir ajuda!

- Hasmshughafu – Jorge disse.

- Ta bom, eu levo. - disse a mulher pegando as chaves do carro.

Nos esprememos em um carro compacto e em uma super velocidade de 80 por hora, chegamos em uma cidadezinha ali perto, quase uma hora depois.

- Preciso voltar para cuidar do Jorgee – disse Brigite do chapéu de palha. - Até mais, forasteiros! - e então ela acelerou o carro e foi embora.

- Ela me assusta – comentou Alice.

- O Jasper te protege. Preocupa não – disse Renesmee.

Jasper corou e Alice ficou com os olhos brilhando.

- Quanto mosquito! - exclamou a cantora batendo no ar. - Em que fim de mundo viemos parar?!

- Lugar nenhum – disse Emmett.

- Piada a essa hora, Emm? - disse ela entediada.

- Não, é sério – disse ele apontando para a placa.

Bem vindos a Lugar Nenhum!

Fala sério! E o sabichão de cabelo cor de cobre ainda acha que meu azar é sorte!!

Ei! Rimou! Haha.


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Notas finais do capítulo

Sabe o que eu mais gosto na Bella? Tudo de ruim pode acontecer, mas ela não perde a graça. shuahsushaushu

Espero que gostem ;)

Bjos e comentem!