As Descobertas de Peg escrita por DrikaaH


Capítulo 26
Razão do meu Astral


Notas iniciais do capítulo

É eu sei pessoal, prometi que postaria semana passada, mas não deu porque precisei entregar um trabalho de Trigonometria no Power point, que chato!kkkkkkEspero recompensá-las com esse cap!kkQuero pedir uma coisinha, antes de lerem, baixem ou entrem no youtube e ouçam a musica que será tema desse capítulo se chama "I Don't Wanna Miss a Thing"...Certo?kkBoa Leitura meninas!



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- Ian... Eu...Não sei como dizer...O nosso bebê...

- Não Peg! Pelas minhas contas, ele não deve nascer agora, você está com 6 meses....

- Ele morreu! Eu sofri uma hemorragia e o perdemos. – Sibilei baixinho de uma vez. Ian fitava o vazio e a dor que queimava em meu peito e me entristecia profundamente agora se refletia em seu rosto.

- Eu... Eu não estava com você...Eu fiquei com ciumes de Aoki...Disse besteiras... Você perdeu nosso filho por minha culpa! – Ele chorava desesperado e segurou meus braços com força, mas tarde ficariam marcados, mas agora eu mal sentia o meu corpo, a dor que estava dentro de mim era mil vezes maior. – ME PERDOA AMOR! – Ele sussurrou e eu o abracei como há alguns meses queria ter feito.

- A culpa não foi sua...Eu quem devia ter morrido para salvá-lo! – Fiquei lembrando do pesadelo em que Davi me culpara de sua morte...

- Nunca mais diga isso Peg... Eu não posso te perder,  prefiro morrer a ficar sem você! - Me agarrei a sua camisa, Ian me colocou em seu colo e afagou os meus cabelos.... Choramos juntos por muito tempo durante aquela noite. A pior noite da minha vida.

PDV IAN

- Você vai ficar bem amor, eu tenho certeza! Eu estou aqui!  - Foram as ultimas palavras que ouvi na mesa de operação... Aquela voz doce que embriagava o meu coração...Era Peg! Algo molhado pingara sobre o meu rosto... Ouvi sua respiração rápida e sufocada... Ela estava chorando... “Eu voltarei logo amor, vou cuidar de vocês”...Queria dizer mas as palavras não saiam e os remédios já faziam efeito pela minha corrente sanguínea... Um sono profundo... “Adeus Ian”...Ouvi a alma se comunicar comigo pela última vez...

 Tudo esta escuro, levanto e uma pontada atinge minha cabeça... Mãos pequenas e frias estão enlaçadas a minha mão esquerda. Meu coração bate descontrolado dentro do peito e no meio da escuridão posso enxergar  o corpo da mais nova alma “aculturada” numa maca próxima... E do meu lado: “PEREGRINA”.... Imagens de seu lindo rosto aparecem em minha mente... Seu beijo, seu toque, o seu lindo sorriso, suas bochechas corando quando eu a olho... Sua barriguinha saliente, deixando a mostra a gravidez...

- DAVI! – Ela grita assustada. Peg acordou e em meio a escuridão eu a chamo, ela procura...E por fim me reconhece ao seu lado. Ela chora e eu a ponho em meu colo. Limpo as suas lágrimas com a ponta dos dedos e suas mãos procuram as minhas, fazem estas tocarem sua barriga que agora esta reta, sinto apenas pontos rescém costurados...Nosso filho nasceu, mas as contas indicam 6 meses, então...Recebo a notícia de sua voz entrecortada pelo choro:

-  “ELE MORREU”... Essas duas palavras mudaram minha vida para sempre. Peg perdeu o nosso filho, por minha culpa e eu nunca iria me perdoar por isso! Peg se agarrou em minha camisa, suas mãos frágeis me apertavam como se quisessem se certificar de que eu estava ali. Choramos durante aquela noite interminável. Nunca me senti tão mal, tão decepcionado... Nos culpavámos por diversos motivos, mas Doc sempre dizia que a morte do nosso bebê fora uma fatalidade e toda a gravidez traz riscos...  Sabíamos disso, mas era difícil acreditar na morte dele. Segundo Doc era um menino, era o meu menininho... Dias, meses e anos poderam se passar, poderei ter outros filhos com Peg, mas eu nunca o esquecerei!

 Os dias que se passaram foram intermináveis e torturantes... Peg havia caído em depressão... E ficou encarregado a mim a tarefa de habituar “Brusce”, era assim que ele optou ser chamado, já que eu já havia sido seu corpo hospedeiro, tínhamos uma ligação mais forte, nos conhecíamos melhor como “MEL & PEG”... E assim eu o ajudava diariamente, na verdade Jamie e Brusce haviam se tornado grandes amigos, pois a idade dos dois eram próximas (pelo menos do corpo de Brusce), eles estudavam juntos, comiam juntos, trabalhavam juntos... O que era bom pois eu tinha mais tempo para cuidar de Peg. Toda as noites eu velava o seu sono e a apertada para perto de mim quando ela acordava assustada chorando...

“Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirando

Observar você sorrir enquanto está dormindo

Enquanto você está longe e sonhando

Eu poderia passar minha vida nessa doce rendição

Eu poderia continuar perdido neste momento para sempre

Todo momento que eu passo com você

É um momento que eu valorizo”

PDV PEG

Pesadelos com o rosto de Davi ensanguentado me assombravam todas as noites. A culpa, a dor já pareciam fazer parte de mim. Não conseguia olhar para Ian, pois seus olhos de neve, safira e meia-noite me fitavam como os de Davi nos sonhos. Faltam palavras pra dizer o que eu estou sentindo. Não há nada no mundo que me faça esquecê-lo,  todo o momento...Não consigo dormir, não consigo comer, falar, sorrir... Estou deitada há dias deitada nessa cama e não pretendo levantar. Meu filho levou todas as esperanças, toda a vontade de viver que eu possuia...Ian entrou no quarto, sentou- se ao meu lado e segurou minhas mãos frias:

- Amor...Você não pode ficar aqui pra sempre... Dói demais conviver com a dor de perder o nosso filho, mas precisamos seguir em frente, por nós, por ele... – Fechei os olhos e deixei as lágrimas inevitáveis escorrerem pelo meu rosto. Ele me puxou para perto de seu peito e eu sussurrei baixo para ele.

- Eu o matei Ian! Eu matei o nosso filho! – Cuspi as palavras que tanto martelavam em minha cabeça.

- Não diga isso amor, você não o matou, aconteceu... – Ian me olhava triste e eu o fiz chorar.

- Eu sonho todas as noites com Davi me culpando, dizendo que eu o matei, fui eu amor! Era pra eu ter morrido no lugar dele! – Suas mãos seguraram meu rosto e pela primeira vez olhei em seus olhos.

- Peg! Você esta com uma depressão profunda, isso é psicológico, VOCÊ NÃO MATOU O NOSSO FILHO, esta me ouvindo? – Suspirei profundamente, talvez Ian estivesse certo de eu estar com depressão... Mas ainda assim não conseguia levar e levar minha vida sem meu bebê.

- Estou ouvindo amor! Me desculpe...

- Só te desculparei se você sair agora desse quarto comigo e ir comer alguma coisa!

- Mas Ian...Não estou com fome! – Sussurrei em seu pescoço. Ele olhou pra mim e sorriu...

-  Mas precisa comer, pelo menos um pouquinho!

-  Certo! – Falei emburrada, uma hora eu iria ter que sair daquela cama, por Ian... Ele beijou minha testa e me abraçou forte, disse palavras que ficariam eternizadas na minha mente pra sempre:

-  Eu amo você e vou estar sempre com você, em todos os momentos. Vamos sair dessa outra vez juntos, nosso amor nunca foi fácil, a perda do nosso bebê serviu pra nos deixar mais unidos Peg! Você é a minha vida! Se você me dissesse que o meu respirar te machuca, acho que teria que morrer por falta de ar...

Não quero fechar meus olhos

Eu não quero pegar no sono

Porque eu sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

Porque mesmo quando eu sonho com você

O sonho mais doce nunca vai ser suficiente

E eu ainda sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada”


-  EU TE AMO IAN! – Nos abraçamos... Coloquei um vestido velho que havia sobre uma pilha de roupas, enquanto Ian me olhava, era quase impossível não corar, essa mania boba que eu tinha, depois de tanto tempo juntos ainda permanecia.


 Ian pegou em minha mão e saímos juntos pelo corredor até a cozinha, as pessoas me cumprimentavam um pouco assustadas, por me verem novamente, brinquei com Ian:

-  Eu devo estar horrorosa!

-  Nem se quisesse! – Ele piscou pra mim e sorriu.Comemos um pouco e Jeb apareceu:

-  Fiquei sabendo que a minha sobrinha resolveu aparecer e tive de sair da horta para vir conferir se era verdade!

-  Olá Tio Jeb! – Ele me abraçou ternamente e cumprimentou Ian.

-  Ian, meu jovem, o que fez para que ela saísse do quarto?

-  Eu tenho os meus encantos! – Ian formou um sorriso bobo no canto da boca.

-  Ian? – Falei envergonhada.

-  Deixe Peg. – Ele riu. – Me lembro quando tinha a idade de vocês... Eu era um jovem garanhão e namorei todas as moças de meu bairro! Velhos tempos! – Nós três rimos e Jeb voltou a horta...

 Tomei um banho e voltei para o quarto, ajeitei algumas roupinhas do enxoval que eu havia comprado para Davi, e levei para Mel que ficou surpresa em me ver... Troquei a fralda de Henry e Mel o amamentou, pouco tempo depois ele dormiu... Conversamos e choramos um pouco. Mel sempre fará parte de mim, compartilhmos por muito tempo as mesmas emoções e sentimentos, e bom, agora não é diferente, la é como uma irmã, já era quase noite, Jared e Jamie chegaram juntos no quarto de Mel e me abraçaram, ficaram igualmente felizes com a minha ‘volta’ e pouco tempo depois eu já me sentia cansada, dei boa noite a todos e fui deitar...Ian acabou de trabalhar na horta com Jeb e depois veio me ver, com uma bandeja de sopa e pão nas mãos, me acordou...Eu havia pegado no sono...

-  Boa Noite dorminhoca! Trouxe comida pra você! – Eu sorri e comi um pouco para agradar Ian. – Se todos da caverna comessem como você, ficaríamos um ano sem fazer incursões! –Eu fiz cara de brava pra ele.

-  Eu como o suficiente para me manter saudável Ian, você é quem come demais! – Ficamos um tempo em silêncio quando acabei de comer, ele me envolveu nos braços e o único som que se ouvia era o dos nossos corações palpitando lentamente. – Amor...

Repousando perto de você

Sentindo o seu coração bater

E imaginando o que você está sonhando

Imaginando se sou eu quem você está vendo

Então eu beijo seus olhos e agradeço a Deus por estarmos juntos

Eu só quero ficar com você

Neste momento para sempre, sempre e sempre

-  Oie Peg? – Ele falou baixinho.

-  Desculpe por reagir assim todo esse tempo... Prometo tentar ser mais forte por nós dois... Você tem razão, já passamos por tanta coisa e vamos superar a perda do nosso bebê juntos. Eu te amo Ian! – O beijei como a muito tempo não fazia. Na verdade desde que havíamos brigado por causa do Aoki... Ian correspondeu ao meu beijo, porém lentamente foi se afastando de mim... Parecia estar cauteloso, com medo de eu não querer ele...

-  Amor...Não precisa fazer nada agora, eu entendo e respeito a ... – Eu o agarrei pelo pescoço e o beijei de novo agora com mais fervor...Sussurrei próximo ao seu ouvido:

-  Não fala nada amor, eu sei o que eu quero! – Ian se contraiu com o que disse e me beijou agora de verdade, com todo o amor e carinho do mundo... Suas mãos deslizaram sobre as minhas coxas, depois pela cintura, levando junto o tecido do meu vestido... E aquela noite foi mágica... Provamos um ao outro que o nosso amor pode resistir a tudo, até mesmo a culpa e a dor da morte! Eu nunca iria esquecer Davi, mas tínhamos de ir tocando em frente...

Não quero perder um sorriso

Não quero perder um beijo

Eu só quero ficar com você

Bem aqui com você, apenas assim

Eu só quero te abraçar forte

Sentir seu coração tão perto do meu

E só ficar aqui neste momento

Por todo o resto dos tempos”.

 I Don’t Wanna Miss a Thing – Aerosmith.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?kk, eu amei esse cap!kkk, fofoo!*-* Quem não ama o Ian heein?kkk, até a próxima postagem meninas, bom final de semana a todas e obrigada pelo carinho!
Creditos a minha querida Gaby!kkk
Sumida, assim como eu.....kkk, que sempre me trazia frases de efeito, como essa do Ian:Se você me dissesse que o meu respirar te machuca, acho que teria que morrer por falta de ar...
Ai, ai.kkkkk
Bjuz