As Descobertas de Peg escrita por DrikaaH


Capítulo 25
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Aiii que saudade, de vocês, do Nyah, da Peg, do nosso querido Ian...kkk, perdoem-me por favor! Eu realmente não estava podendo escrever. Para recompensar um pouquinho postarei outro cap ainda essa semana; peço que comentem os dois okay?kkkkObrigada pela pacienciaa e carinho de vocês meninas, estava morrendo de saudade!kkBORA LEEEER!



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- Óh meu Deus! - Tentei gritar mais não tinha forças para isso... Eu estava sangrando e concerteza estava perdendo o meu filho... Não era normal, eu sabia! Eu nunca poderia ser mãe, eu sou uma alma! Eu fracassei, eu perdi o nosso filho Ian!

O nosso bebêzinho!


 Mãos gélidas tocavam o meu corpo em chamas...Na verdade acho que acontecia o contrário... Talvez a temperatura do meu corpo estivesse muito amena...Há quanto tempo estive apagada? Meu corpo inteiro tremia de frio. Tentei por a mão sobre a minha barriga, mas algo me impedia.

 - Não Peg! Vai ficar tudo bem minha irmã, vai dar tudo certo! – Era a voz da Mel, próxima de mim. Ouvi Doc sussurrar baixinho:

-  Eu sinto muito, a criança já nasceu morta!

Eu queria falar algo, mas da minha garganta nada saia.. Só havia dor, eu realmente o havia perdido, meu bebezinho. Os meus olhos queimavam, fazia toda a força do mundo para abri-los mas parecia ser impossível, minha força ia se esvaindo aos poucos. Começei a enxergar uma luz ofuscante sobre o meu rosto e pouco a pouco passei a enxergar...

“Não me deixe com toda essa dor

Não me deixe assim sozinha na chuva

Volte e traga de volta o meu sorriso

Venha e jogue essas lágrimas bem longe

Eu preciso dos seus braços para me abraçar agora

As noites são tão cruéis

Traga de volta noites quando eu tinha você aqui ao meu lado”

- Ela esta acordando, o medicamento esta perdendo o efeito! – Olhei em volta e Mel e Jared me olhavam tristonhos...

-  O que...O que aconteceu? – Tateei rapidamente com a ponta dos dedos minha barriga e não havia nada além de pontos rescém costurados sobre minha fina pele pálida. As lágrimas caiam incontrolavemente sobre o meu rosto, soluços desesperados...Dor. Nunca pensei que perder alguém doesse tanto... No começo eu não queria, tinha medo do que essa criança seria... Entranto, a minha expectativa de tê-la, de dar um filho a Ian, era maior que o medo, maior que a insegurança, meu filho já fazia parte de mim...Estávamos ligados por um amor incondicional, eu queria protegê-lo, mas agora ele se foi. – Por que Doc? Por quê? – Entre soluços e gritos eu perguntava a Doc...

- Peg, eu...Bom, nós a encontramos desmaiada sangrando muito na sala de banhos...Você perdeu muito sangue, o seu corpo hospedeiro é um tanto frágil e pequeno. Estávamos perdendo você...Tínhamos que escolher...Entre a sua vida, ou a do bebê! Eu sinto muito!

- Eu não tive ao menos a chance de optar pela vida do meu filho? – Perguntei a mim mesma inutilmente sussurrando baixo... – Ian! – Falei rapidamente lembrando-me de transfusão da alma de Ian.

-  Ian esta bem Peg... Deve estar acordando! – Mel apontou para a maca próxima de mim...

-  Eu quero levantar! – Doc arranjou uma cadeira confortável para mim, Jared me pegou em seus braços e colocou-me na cadeira ao lado da maca de Ian...Doc aplicou soro em minha veia e algum tipo de remédio que me fez amolecer...Minha vista esta ficando escura novamente...

- Você vai dormir um pouco Peg...Precisa descançar!

-  DOC? Eu não...Não quero... – Senti meus olhos se fecharem lentamente, minhas mãos pequenas e frias entrelaçadas as mãos de Ian.

 Podia sentir toda a dor queimar-me lentamente por dentro. Eles podem me dopar, podem fazer meu corpo humando desfalecer aos efeitos dos remédios, mas nenhum remédio seria capaz de curar a ferida aberta em minha alma... Meu bebê...Eu....O perdi!

“Conserte meu coração

Diga que me amará novamente

Desfaça essa dor que você provocou

Quando você saiu por aquela porta

E saiu de minha vida

Enxugue as lágrimas

Que chorei tantas noites

Refaça meu coração, Meu coração”

*Ian está sentado sobre a grama fresca e molhada que cerca os fundos do nosso jardim...Ele grita o meu nome:

- Peg, amor!

- Oi Ian! O que foi? – Corri apressadamente.

-  Davi acabou de dizer “papai”! – Feito bobos choramos de felicidade e brincamos a tarde inteira com Davi até começar a chover forte... Ian entrou rapidamente para nos aquecer a mamadeira de Davi...Ian disse lá dentro:

- Amor, acho que esta bom!

- Você acha? Pingue uma gota do leite em seu braço para ver se esta morno seu bobo! – Ele riu alto.

-  Aiii!

 Olhei para os meus braços onde Davi estava dormindo como um anjo, inesperadamente de sua boca um líquido vermelho e quente começou a sair... Davi tossia agonizando e eu gritei o nome de Ian em desespero...

- O que? – Ian olhava para os meus braços com Davi cobertos de sangue. – Você...Você matou o meu filho! Gritou Ian acusando-me...Fechei os olhos com força e gritei:

- NÃO! Eu não o matei Ian... De repente, antes que eu pudesse me explicar, tudo ficou claro e eu já não tinha Davi em meus braços. Estva sentanda em uma cadeira e uma criança com cachinhos loiros e olhos azuis, me fitava curioso... Só havia eu e ele. Ian havia sumido. Sua doce e melodiosa voz, um tanto tristonha começou a me falar:

- “Ontem eu faria o meu primeiro dia de vida. Pensei que você mamãe, fosse me dar uma festinha. Como fazem todas as mulheres quando descobrem que estão grávidas. Pensei que você fosse dar no papai, aquele beijo que gostaria de dar em mim. Porém...a festinha não foi tão alegre como eu pensava. De fato, você me deu um presente, uma surpresa. Pena que este tenha causado a minha morte. E você não chorou nem um pouquinho. Porque mamãe? Logo no meu aniversário? Pensei que você iria ficar feliz com a minha chegada. Mas não... Você não me deixou caminhar nem a metade, você barrou meu caminho. Eu sabia que por alguns meses eu iria estragar sua elegância. Porém eu havia prometido a mim mesmo que ficaria bem apertadinho para não lhe prejudicar. Eu deixaria para crescer depois que chegasse para o mundo. Eu também queria ficar mudo, durante nove meses, mais tarde, iria lhe contar minha felicidade em ter você como minha mãe. Fazendo tudo para a alegria voltar em seus lábios, com aquele sorriso que as vezes só você sabe dar. Sabe eu planejei tanta coisa...Queria crescer bastante e depois de jovem, lutaria com todas as minhas forças para que as guerras entre humanos e almas acabassem. E reinassem no mundo só a paz. Queria crescer para plantar no chão da minha existênia muitas rosas... Para que o perfume embriagasse os homens que matam uns aos outros. Sim, eu queria muita coisa. E você me assassinou. Engraçado... pensei que os pais amassem seus filhos a ponto de dar a própria vida, contudo você não me deixou viver a vida que eu mal começava. Olhe, este era meu plano, quando estava no seu ventre, hoje já não faço planos, pois faço parte daqueles que nunca falaram de amor, nunca sentiram o perfume das rosas. E nem sentiram a dor da morte. Espero que você mamãe, tenha se arrependido para que isso não se repita com meus irmãos que estão por vir. E se de tudo fica um pouco, ficou um pouco de mim em você...”

- DAVI! – Gritei desesperada, entre lágrimas e soluços.

- Peg! – Olhei em meio a escuridão da noite, Mel dormindo profundamente em uma cadeira no fim do corredor...Quem me chamara?

-  É você Ian? – Falei com a voz entrecortada pelo choro.

-  Amor... Acho que...Sobrevivi! – Eu chorava agora ainda mais, não sabia se de dor ou de alívio, de tristeza ou alegria. – O que foi? Tudo bem amor! – Ian sentou-se na maca e me puxou para perto de seu colo. – Não chore...Estou bem!

“Volte atrás naquele triste "adeus"

Traga de volta a alegria em minha vida

Não me deixe aqui com estas lágrimas

Venha com seus beijos fazer esta dor passar

Não consigo esquecer o dia que você se foi

O tempo é tão insensível

E a vida é tão cruel sem você aqui ao meu lado”

-  Não...Não é isso Ian! – Senti suas mãos grandes cobrirem o meu rosto e secarem minhas lágrimas. Peguei suas mãos e as conduzi até minha barriga praticamente lisa... Ian começou a gaguejar e chorar como eu...Sua pergunta foi inesperada.

-  Nosso bebê nasceu Peg? Cadê, cadê ele? Ou ela? – O silêncio era mortal em meio a expectativa de Ian, eu queria mas não conseguia reunir forças para falar do nosso bebê, a imagem do pesadelo que tive, as palavras de Davi e a rejeição de Ian... - E então amor? Você vai me matar de curiosidade.

- Ian... Eu...

“Não me deixe com toda essa dor

Não me deixe assim sozinha na chuva

Traga de volta a noite quando eu tinha você aqui do meu lado

Refaça meu coração

Meu doce querido

Sem você não consigo mais viver...”

Música: Un-break my heart – Toni Braxton.


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Notas finais do capítulo

Triste..Eu sei! E ainda terá o cap pior... Como sera que Ian vai reagir? Alguem tem um palpite?No próximo cap Peg vai conhecer um poder de cura divino, que definitivamente todos nós nos adaptamos a tê-lo em nossas vidas!kk, voces vão veer.kkkObrigadaa meninas!Bjuuuuuuuuuuuuuz..Um agradecimento especial a Nathy_Salvatore. Que me fez voltar a escrever!Obrigada floor, de verdade!