Talvez... escrita por Mariana


Capítulo 40
Capítulo 40




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/87608/chapter/40

Era o justin: “amor, já está pronta. Vem para o nosso quarto. Beijos, amo-te. JB”.

 Queria chorar naquele momento. A rapariga parece que nem se deu conta da mensagem, mas sei que ela é má. Muito má. Acabei de levar uma facada dela. Sinto o sangue a escorrer pelas minhas pernas a baixo.

A rapariga saiu dali com um sorriso malvado no rosto. Arrepiei-me toda. Eu sabia que ela era bem capaz de fazer aquilo que prometeu. Eu amo o justin e talvez…talvez se eu me separar dele seja o melhor. Se ele tiver outra namorada talvez esta nos esqueça e não lhe faça mal nem á família.

 -ah e… - ouvi novamente a voz dela. – nem te atrevas a contar isto a ninguém. Eu saberei se o fizeres.

Eu estava aterrorizada, sim, essa é a palavra mais correcta. Entrelacei o meu casaco na cintura para esconder o corte. Entrei dentro do hotel e parecia que todos olhavam para mim. Calma, calma, isto é o que se chama a mania da perseguição. NINGUEM está a olhar para ti com segundas intenções. Entrei dentro do meu quarto.

-mariana, o justin disse que para quando tu chegares cá a cima para ires ter com ele ao quarto. Ó marianazinha tu já andas a evoluir né?! – começou ela a rir-se com indiferença limando as unhas em cima da cama.

-não dá. Diz-lhe que…diz-lhe que eu quero acabar tudo. – disse começando a pôr as roupas na mala.

-ah? – perguntou ela com uma cara confusa.

-sim, é isso que tu estás a ouvir. – disse tentando soar com indiferença.

Custa-me mas tinha que lhe mentir. Tenho a certeza que quando ela lhe for contar ele vai pedir pormenores e ela, como amiga também dele, vai lhe dizer por isso tenho que a enganar.

-mas…mas porque? O que é que se passou? Vocês são tão felizes juntos ele estava tão contente. Mariana…tu andas-te a enganá-lo? – perguntou ela muito indignada.

-NÃO, não ash.

-não mariana, não me chames de ash. Tu sempre foste daquela rapariga amável, bondosa eu é que era a Puta não tu. Eu é que usava os outros como lixo tu não. E TODOS gostavam de ti assim. Não quero que sejas como eu por isso prefiro não ver a desgraça que estás a fazer a ti própria. – disse ela levantando os braços. Ela estava exaltada comigo.

-ash acalma-te por amor de deus. EU DECIDO O QUE FAZER DA MINHA VIDA OK?! Eu SEMPRE o amei agora tu não sabes de nada.

-então explica-me porque eu não compreendo como é que uma rapariga pode destruir um amor assim…porra mariana ele ama-te como nunca amou ninguém. Sabes quantas pessoas desejariam isso? Tens ao menos essa pequena noção? Eu acho que não, porque se tivesses…NUNCA farias uma coisa dessas.

-MAS EU NÃO POSSO CONTAR-TE A VERDADE! NÃO POSSO.

Eu já tinha as malas feitas. Sai do meu quarto a chorar compulsivamente. Entrei no elevador e sai do hotel.

-táxi, táxi. – chamei com a mão no ar.

-é para onde? – perguntou.

-para o aeroporto por favor. – disse.

 -claro. – disse.

Passadas duas horas eu já estava a sair do táxi.

Fui até á mulherzinha onde se compram os bilhetes de avião.

-boa noite. – disse ela.

-boa noite. – respondi.

-eu vim numa visita de Atlanta com a escola para cá, só que eu tenho que ir mais cedo pois tenho uma prova de natação e preciso mesmo de ir viajar por isso era um bilhete para Atlanta por favor. – tive que mentir pois eu era menor logo não poderia viajar sozinha.

-menina tens algum registo contigo que comprove que vieste com a escola. – lixei-me.

-não.

-hum…vou tentar procurar aqui no registo uma visita escolar. Em que data vieram?

-20 de Julho, chegámos ás 9 e meia. – disse.

-está aqui. Ok aqui tens o teu bilhete. Boa viagem. – disse.

-obrigado. – respondi saindo dali indo em direcção á minha porta de embarque.

Não tive que esperar muito e logo entrei dentro do avião.

-bom dia menina. – disse uma mulher em inglês.

-oh…bom dia. Já chegámos? – perguntei.

-vamos aterrar agora. – respondeu.

-obrigado.

-lar doce lar. – disse a mulherzinha de á pouco ao chegar ao aeroporto.

-é… - disse.

Ela sorriu para mim. Fui buscar as minhas malas. E peguei no telemóvel para ligar á minha mãe.

-olá querida…então como é que estão a ser as ferias? – perguntou ela muito horrível.

-mãe vem-me buscar ao aeroporto. – disse a choramingar.

-filha…aeroporto? Como assim? Era só amanhã que eu ia-te buscar.

-eu não aguentei mais mãe, por favor. Eu estou á tua espera aqui no aeroporto, estou mesmo á frente da porta de chegada.

-o-ok filha eu já estou a arrancar. – disse ela gaguejando.

Esperei muito pouco, ela parecia uma louca a conduzir.

-entra mariana. – disse ela.

Entrei e comecei a chorar, novamente.

-o que é que se passa? – perguntou a minha mãe preocupada.

-eu não posso contar-te tudo…desculpa. É para o teu bem.

-ok. – disse ela.

-aceitas-te muito bem. – disse em choque.

-eu confio em ti, querida – disse ela.

-eu preciso sair desta cidade.

-que tipo de problemas estás? – perguntou.

Não era justo, ela era minha mãe, eu tenho que lhe contar…ela parece-me tão compreensível.

-mãe, eu conto-te mas promete-me que não contas a NINGUÉM  mãe.

-está bem – respondeu com um sorriso no rosto.

-então…o justin pediu-me novamente em namoro, eu aceitei claro, depois perdemos a virgindade.

-O QUE? – perguntou ela.

-arg…estás chateada ou contente por eu me ter tornado uma mulher? – perguntei com receio.

-eu estou chateada…por ainda não me teres contado os pormenores. – começou ela a rir-se.

-ah…lol – disse aliviada. – conto depois. Ele ontem entregou-me um anel.

Disse mostrando-lhe o anel que estava no meu dedo.

-omg é tão lindo querida. Ele tem muito bom gosto. – disse ela quase emocionada.

-sim, é verdade. Continuando…uma rapariga logo depois antes de entrarmos no hotel ele disse para eu esperar lá em baixo porque ele tinha uma surpresa para mim no quarto. Essa tal rapariga apareceu de surpresa espetou-me uma faca e disse que se eu não me afasta-se do justin que ela iria fazer muito pior, magoando as pessoas da família dele. Não tive remédio…fui-me embora.

-coitadinha…tenho pena de ti querida. Mas temos que ir para o hospital.

-NÃO MÃE, eles assim vão-me perguntar como é que aconteceu. Olha fazes-me tu o curativo em casa, ok? Por favor mãe…

-mas…

-mãe faz-me só este favor. Eu depois tenho que mudar de escola…é que se eu o vejo á minha frente eu choro e seria um inferno para mim.

-ok ok filha…mas em Atlanta só há uma escola.

-então terei que mudar de pais. Olha posso ir para nova yorque. – disse.

-é podes ir…e lá tens escolas muito boas. – mas será que as mães só pensam nas escolas e estudos?!

Chegámos a casa.

-deita-te aí no sofá e mete a ferida á mostra. Eu vou só ali buscar os curativos.

-ok. – disse enquanto fazia o que ela mandava.

Ela chegou com tudo de curativos na mão.

Ela ajoelhou-se e pôs-se a examinar.

-não é profundo, ainda bem. – disse começando a limpar a ferida. – olha amor…em casos normais teria que se coser a sangue frio mas isso dói imenso por isso a única opção é eu tapar muito bem a ferida mas vais ter o dobro do trabalho.

-ok mãe. You’re the best. – disse.

-sim sim e tu não és nada graxista né, senhora mariana?!

-sabes como é que é … - disse.

Ela fez-me o curativo. Devo dizer que aquela porcaria doeu como ó caraças. Eu até chorei, guinxei de dor.

Logo de seguida estava a minha mãe a ajudar-me com o computador para comprar as passagens para nova yorque. Escolheu-mos um colégio grande e fixe. Só que não dava para se dormir lá então a minha mãe alugou uma casa já toda equipada destinada a jovens, mas eu iria morar lá sozinha.

Amanhã tenho que ir lá falar com o director da minha escola em Atlanta.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

desculpem a demora :$



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Talvez..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.