Talvez... escrita por Mariana


Capítulo 28
Capítulo 28




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@mariana já ouvi (li) demais por hoje…
E desliguei o twitter com uma lágrima a correr pelo rosto e deitei-me a chorar bastante. Acabou. Acabou mesmo. Fui tão estúpida eu podia ter-lhe implorado…mas que merda não é por ele ser o justin bieber que eu tenho de lhe implorar qualquer coisa. E ele disse que não se arrepende das suas decisões, então eu também não.
Acordei de manhã com os olhos vermelhos, foi do choro. Fui tomar banho.
Vesti uma camisola com capuz branca e umas calças de ganga com umas sapatilhas roxas.
Fui para a cozinha e comi um iogurte de morango. E finalmente, fui para a escola a pé. Vejo a ashley a sair da sua garagem com o seu carro, e chama-me.
-entra, eu dou-te boleia. – disse ela pelo vidro.
-ok. – disse e entrei.
Estava quente dentro do carro. Eu não dizia nada.
-e então…voltaste a esse… - disse ela olhando para mim e contornando a sua mão no ar para a minha roupa. – estilo.
-sim. O outro acabou. – disse meio triste.
-acabou? O que é que se passou? – perguntou ela preocupada e também muito curiosa.
-eu comecei com este estilo quando quis mesmo o justin… - disse tentando que ela percebesse o resto sem eu ter de dizer mais nada.
-sim…e…? – perguntou ela mais confusa do que nunca.
-e se eu e ele acabamos o estilo acabou. Mas eu não estou nada em baixo eu até já o esqueci. – disse mentindo para ela mostrando um sorriso MUITO falso.
-pois…claro que já o esqueces-te. Isso foi… - disse acabando por estalar os dedos para mostrar o quanto foi fácil. – sim e esses olhos vermelhos e inchados não foi de estares a chorar foi de estares demasiado tempo no computador. – disse ela mostrando o quão irónica estava a ser.
-ash… - disse eu repreendo-a com o olhar.
-o que é? É que tu estás a sofrer mais do que sei lá eu o que. – disse ela sendo muito sincera e a estacionar o carro no estacionamento da escola.
Sai do carro e ela também e começámos a andar em direcção á escola.
-como é que estão as coisas? – Perguntou ela quase a sussurrar.
-porque é que estás a sussurrar? – perguntei.
-as paredes têm ouvidos, percebes o que quero dizer?! Mas ainda não respondes-te.
-sinceramente…estão muito muito mal. Devias ter visto ontem no twitter. – disse.
-twitter? – perguntou ela num tom divertido.
-é. Ele mandou um post a dizer que ás vezes se arrepende das suas decisões. – disse.
-e tu? E tu? Isso é bom quer dizer que ele pode estar arrependido. – disse ela a dar pulos de felicidade.
-pois quando ele postou isso eu também pensei o mesmo mas logo a seguir ele disse “mas desta nunca me arrependerei.”. ui devo estar com umas esperanças…e eu comecei a ralhar com ele… - disse.
-olha entra no twitter aqui no meu telemóvel e mostra-me a conversa toda. – disse ela.
Entregou-me o seu telemóvel, um ipod. Liguei a internet e meti a minha pass e meti no sitio onde estava a conversa toda, e mostrei-lhe.
-wow. As gajas foram em força contra ti. – disse ela espantada.
-é. Tenho uma sorte que nem te digo nada. – disse revirando os olhos.
Tocou.
-tchau. Agora vou ter aula com ele, eu não digo? Eu tenho uma sorte dos diabos… - disse a resmungar para ela.
Entrei na sala, ia ter teatro.
-olá. – disse.
-estás atrasada, senta-te ao pé de… - disse ele olhando para o resto da turma. – do justin.
Que sorte…--‘
Sentei-me ao pé dele. Ele olhou para mim e estava com uma raiva no rosto.
-mariana hoje como chegámos todos mais cedo á aula já decidimos quem é que fica com quem definitivamente no espectáculo de natal. As pessoas que faltam vão para cima do palco e ai o resto dos grupos escolhem alguém. O máximo que cada grupo pode ter são 3 elementos. O justin e a jasmine já não podem aceitar mais ninguém. Eles vão fazer um teatro de amor com outra turma que eu tenho. O justin é o Romeu e a jasmine a Julieta. – disse o professor.
Fui eu e mais um rapaz e uma rapariga para cima do palco.
Ela era loirinha com olhos azuis, magrinha tipo corpo prefeito. Ele era alto, ah…era um da equipa de rugby.
-quem escolhe a mary? – perguntou o professor.
-nós! – disse um grupo de 2 rapazes.
Que bom para levantar a minha auto-estima.
-muito bem. Peter? – perguntou o professor.
-nós stor. – disseram umas raparigas que piscaram o olho para ele.
-e a mariana? – perguntou o professor.
Estava mais triste do que nunca. Eu sempre soube representar muito bem. Na escola eu escolhi dramática e apesar das pessoas gozarem sempre comigo escolhiam-me e admitiam que eu era muito boa no teatro.
-e então…? – disse ele. Ninguém dizia nada. Ninguém me queria.
Eu quero apagar este dia da minha vida.
-ah…stor. O stor disse que só podiam haver 3 elementos no grupo e todos os grupos já têm 3 elementos. – disse uma rapariga.
-é na boa. Parece que eu desta vez fico de fora. – disse tentando que parecesse uma coisa normal para mim e que eu não me importava.
Ele laçou-me um olhar como se disse-se lamento.
Sai do palco e sentei-me numa cadeira, para ser mais exacta afundei-me. Alguém se senta ao meu lado. Olho e era o professor.
-sim? – pergunto tentando que a minha voz soasse indiferente e sem nenhuma tristeza.
-tu gostas d representar? – perguntou.
-muito. – disse agora a sorrir.
-tiveste azar. Eu sei que tu és muito boa, pelo menos pareces…eu tenho que ajudar os outros tu judas a jasmine e o justin. Eles são bons mas parece que aquele teatro é um pouco complicado para eles. Toma aqui o guião. – disse passando-me o guião.
-não professor por favor ponha-me a ajudar outros mas a eles não… - disse desesperada.
-mas, mas porque? – perguntou ele confuso.
-eu não sou boa o suficiente para os ajudar. – disse a mentir.
-hahaha deixa-me rir.
-podemos falar em português? Estou cansada e preciso de estar a esforçar muito a minha cabeça… - pedi a arrastar a voz.
-noite complicada? – pergunta ele agora em português.
-muito. - conclui a rir-me.
-bebedeira? – pergunta ele a rir-se.
-não, eu já não bebo á muito. Correu mal da ultima vez…estive a chorar… - disse.
Parecia que podia confiar naquele professor, para mim ele era meu amigo.
-alguma coisa grave? – pergunta com um pouco de preocupação na voz.
-não…quer dizer não…tipo ninguém morreu nem ninguém tem alguma doença…acabei com ele. – disse quase a chorar.
-com ele? Por acaso é alguém que eu conheça…? – perguntou.
-acabei com o justin, primeiro por causa da Jasmine e depois porque um gajo veio dizer que eu o tinha comido horas antes, tipo quase que nos andamos a comer mas não aconteceu nada…mas o justin não acreditou e começámos a discutir mesmo a serio, eu estava-me a exaltar e ele também até que ele insinoou que eu era puta e ai eu acabei tudo com ele. Ai desculpe, não devia ter dito aquela asneira…desculpe desculpe. – Disse falando ainda em português.
-não faz mal. Mas precisas mesmo de os ir ajudar. – disse e eu fiz cara feia. – por mim? Somos amigos não somos?! – perguntou ele agora confuso fazendo beicinho.
-acho que sim…quero dizer se o professor quiser… - sorri. – ok, eu vou mas só porque foi você que pediu.
-lol ok. – disse a rir-se.
Levantei-me, peguei no guião e fui ter com o justin e a jasmine.
-hey, tu não vens fazer o teatro. – disse a jasmine já toda furiosa.
-cala a boca páh! Foi o professor que me pediu para vos ajudar com o teatro… - disse sem paciência nenhuma para a aturar.
-ok. – disseram os dois.
-qual é a parte que querem fazer primeiro? – perguntei.
-ah…acho que podemos fazer tudo a partir do inicio, não? – perguntou ele.
Sorri. Para só estas a fazer figura de croma.
-ok então vai. – disse.
Eles puseram-se a postos.
-amada minha, onde vais? – perguntou ele para jasmine.
Aquilo fez-me voltas ao estômago. “amada”?! vou matar o professor.
-meuamorvouapenasáaldeia. – disse ela bastante rápido.
Olhei para o guião e era “meu amor, vou apenas á aldeia.”.
-não jasmine, estás a dizer tudo muito muito rápido. Tenta outra vez mas mais devagar. – disse sendo simpática.
-ok… - disse ela.
-vai, 1, 2, 3. – disse.
-meu amor apenas á aldeia. – disse ela sem qualquer entoação na voz nem estava com postura, falou mais devagar mas mesmo assim ainda estava muito rápido, e ainda “comeu” palavras.
-não Jasmine…eu demonstro-te e depois tentas fazer igual, ok?! – perguntei para ela.
Ela saiu do lugar e eu fui para lá.
-repete justin. – pedi.
-amada minha, onde vais? – pergunta ele.
Senti-me muito contente quando ele proferiu as palavras “amada minha” mas não o demonstrei.
-meu amor, vou apenas á aldeia. – disse pausadamente.
-houve diferenças? – perguntei.
-muitas…
Estivemos a treinar até que eles chegaram á parte em que se tinham que beijar.
-mas meu anjo não vás com ele, eu amo-te nunca amei tanto alguém como te amo a ti. – disse ele agora ajoelhado perante ela. Ele era muito bom actor e parecia que ele dizia aquelas palavras de uma forma que para ele eram verdadeiras.
Engoli em seco.
-mas… - disse ela.
-shh…vamos aproveitar o momento. – disse ele pondo o dedo nos lábios dela.
Ele inclinou-se e beijaram-se mesmo á minha frente. Eu paralisei completo, o sangue saiu-me todo da cara e estava de boca aberta. Toquei-lhe no braço e ele olhou para mim, parando o beijo.
-sim? – perguntou afastando-se dela.
-até podes nunca me ter amado e tal mas acabamos apenas ontem, ainda te amo se quiserem repetir a cena façam-no com o professor, já me basta ter que ver daqui a duas semanas no espectáculo. – disse sendo o mais sincera que pode.
-professor vai tocar posso-me ir embora? – perguntei para o professor que assistia ao que se tinha passado. Ele acenou que sim com a cabeça.
Andei rápido até pegar na minha mala e sai a correr pela porta. Fui para um banco que era mesmo á frente do teatro. O meu telemóvel começou a vibrar.
-mariana? – perguntaram do outro lado.
-sim? Quem é? – perguntei.
-vai para o sitio onde tens teatro que nos já estamos quase a chegar para ir treinar uma dança que nos pediram para apresentar na tua festa de natal. Treinar dança…isso dá-te uma pista de quem somos? – Perguntou uma das raparigas do meu grupo de dança.
-está bem está bem…venham lá. – disse desligando o telemóvel entrando de novo no teatro. Devia ir almoçar, já que está na minha hora de almoço. Hoje não tenho aulas á tarde.
Entrei de novo no teatro e todos olharam para mim.
-porque é que estás aqui novamente? – gritou o stor para mim.
-vou ter dança. Elas ligaram-me agora, posso ficar aqui né!? – perguntei a gritar também.
-claro. – disse ele a gritar e a sorrir.
Sentei-me mesmo na última fila de cadeiras. Pus-me a apreciar o justin. Ele era tão lindo. O meu telemóvel começou outra vez a vibrar tirei-o do bolso e eram elas a mandar-me uma mensagem:
MUDANÇA DE PLANOS: vamos fazer um musical, temos que representar e tal…
Vai ter com o justin e diz-lhe que precisamos dele. É para ele cantar a musica mais recente dele, não sei o nome.
Estamos atrasadas…vamos demorar mais uma meia hora mas trazemos almoço do mc donald’s para vocês.
Beijos, angelsdance.
Todos se estavam a ir embora. Levantei-me e peguei no braço do justin.


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