-o que foi? – perguntou ele, por causa da minha reacção. – queres que eu tire?

O que? Tirar? Na na na na na. ~

Beijei-o.

-tenho que perguntar mais vezes. – disse ele com um sorriso matreiro.

-não te habitues.

Passamos a tarde toda em casa dele, de pijama a ver televisão.

O meu telemóvel começa a vibrar.

-estou?

-filha? Sou eu a mãe.

-ah…sim sim diz mãe.

-convidaram-nos para ir a uma festa qualquer. Tem a haver com o trabalho dele. Não queria estragar o clima entre as crianças mas tens que vir para casa. Tomas banho aqui, se é que não tomas-te…pronto. Estou dai a meia hora.

-ok. Até já. Adeus. – e desliguei o telemóvel.

-e então? – Perguntou ele curioso.

-era a minha mãe. Diz que vamos ter um jantar ou uma festa é uma coisa assim parecida...acho que tem a haver com o trabalho do meu pai.

-o que é que o teu pai faz? – perguntou ele.

-hum…o meu pai?! Ah…eu não sei. – respondi envergonhada.

Ele riu-se.

-hey menina indefesa aqui, não gozar! – disse eu fingindo estar chateada.

-uiiuiuiu amuadinha é?! – pergunta ele a rir-se aproximando-se para me beijar.

-sempre… - sussurrei entre o beijo.

Levantei-me do sofá e fui-me arranjar, apenas vesti a minha roupa e mais nada…

A minha mãe chegou logo muito pouco tempo depois de eu me ter vestido.

Despedi-me do justin e fui para o carro da minha mãe.

-oi filha. – disse a minha mãe.

-oi. Olha lá onde é que o pai trabalha...o que é que ele faz? – perguntei.

-então, ele é modelo. E trabalha numa agência. Ele tem outro trabalho durante a semana, é bancário, ele também já foi actor, mas aborreceu-se.  – Explicou ela.

-hum…ok. – disse a sorrir.

Quem diria? Eu sempre soube que o meu pai era muito bonito mas nunca pensei que ele fosse modelo…tipo nós pensamos sempre que eles têm um trabalho…normal, né?!

Cheguei a casa.

-o pai foi fazer não sei o que… - disse a minha mãe.

-hum…cenas de modelo? – perguntei a rir-me.

-sim…cenas de modelo. – e caímos as duas na gargalhada.

-olha…o teu pai decidiu levar-te á sua agencia…sabes aquelas cenas tipo esconderijos secretos? Pois…o chefe sempre adorou essas cenas e a todos os seus modelos já passaram por lá, e ainda continuam a passar. Aquele lugar consiste em tu aprenderes a andar, a ser sexy e/ou adquirires outras personalidades que te sejam importantes, transformam-te completamente…o teu pai mostrou-me uma foto dele antes de ir para aquela agencia e meu deus ele agora é MUITO mais bonito… olha dão-te roupas…transformam-te mesmo por COMPLETO! Agora vai lá para fora que um carro da agencia está á tua espera… - disse ela dando-me um abraço.

Fui ao pátio e estava, realmente, um carro preto Mercedes. Abri a porta de trás e á frente estava um homem alto e muito bem constituído (lê-se: podre de bom).

-boa tarde. – disse tentando ser bem educada. O homem não respondeu.

Ele era muito lindo mas tinha um ar mortal, parece-se muito com o wrath da saga “a irmandade da adaga negra” – wrath é a personagem citada no primeiro livro da saga (na sombra da noite). Wrath é cego mas é o rei dos vampiros. Não tem piedade nenhuma mas todas as mulheres gostariam de o ter na cama. – ok foi estranha a comparação, mas é verdade.

-como é que se chama? – perguntei.

Sou cusca, o que é que querem?! Ele voltou a não responder.

-desculpe se o gato lhe comeu a língua… - disse sendo irónica e a resmungar.

Percebi que ele sorriu e eu também deixei escapar um sorriso.

-oh vala…eu vi…você sorriu…por favor? – disse a resmungar.

Ele agora soltou uma gargalhada…mas continuou sem responder. Engraçado, estava com curiosidade de ouvir a voz deste rapaz…sim porque ele é muito bonito, com aspecto mortal, mas parece ter os seus 18 e 20 anos…ahahahhahaha tenho namorado e já estou a pensar que, o rapaz pode namorar comigo.

Chegámos. Sei-o porque ele estacionou o carro e saiu do carro.

-oh…Mariana. gostas-te do jared? – pergunta o meu pai ao abrir a porta do carro para que eu pudesse sair. ~

-quem? – perguntei confusa.

-o jared…o rapaz que te trouxe de carro… - disse o meu pai também confuso.

-ah…ah ele chama-se Jared?! Fixe… - exclamei rindo.

-bem…deixemo-nos de apresentações que temos muito trabalho para fazer. Levem-na. – disse o meu pai.

Fui para uma sala onde cortaram o cabelo, pintaram-me as unhas e fizeram não sei o que á pele. Não havia espelhos em lado nenhum para nós não vermos a transformação que estava a ser feita.

Depois fui para outra sala em que era a de depilação. Comecei a reclamar porque já sabia que ia doer como o caraças. Ainda por cima porque nunca fiz depilação na virilhas…mas incrivelmente não me doeu. E depois explicaram-me que o gel que eles aplicaram primeiro fazia adormecer a pele para não doer, e que na própria cera havia um químico qualquer que também actuava como aquele gel.

Depois fui para outra sala onde havia muitas roupas. Eu tinha que estar com os olhos vendados para não ver nem reclamar por causa da roupa. Essa parte foi gira porque eu não tinha noção alguma do que me estava a acontecer.

Agora estou numa sala á espera de uma coisa que eu própria não sei. Entrou um homem…mas eu conheço aquele homem…ah é o Jared. Um sorriso brotou nos meus lábios.

-hum…olá! – porque é que a minha voz soou muito sensual?

Ele ignorou o que eu disse e andou até um roupeiro e estava lá.

-hum…tipo narnia? – perguntei a brincar.

Ele olhou para mim e abanou a cabeça negativamente. Aquilo já me estava a irritar.

-olha se não queres falar comigo nem estar comigo. Desaparece. Pareces um puto que foi obrigado pela mamã… - disse MUITO irritada.

Ele andou até mim e encostou-me á parede. Porque é que aquilo fez com que eu ficasse com o estômago cheio de borboletas? MARIANA, TU TENS O JUSTIN.

-tu não sabes nada sobre mim. E não sou eu que estou a ser um puto, pita mimada! – cuspiu as palavras.

Ele estava-me a por medo mas também a pôr-me muito excitada. Consegui soltar o meu braço e pus-lhe a volta do seu pescoço e puxei-o para mim. Fechei os olhos abri ao de leve a minha boca…fiquei a espera uma eternidade até que abri os olhos e ele estava a olhar para mim espantado e com um pouco de raiva. O meu coração despedaçou-se em pequenos bocadinhos. Ele não me achava bonita. Uma lágrima desceu pela minha cara e ele apenas se limitou a largar-me, mas presionando-me contra a parede.

-tu não me achas bonita. – declarei. Pêra lá…eu disse aquilo alto? Merda. – mas que merda estou eu a fazer? Nunca nenhum rapaz me achou bonita, e agora só porque tive dois gajos a terem alguma coisa comigo…penso que sou a mulher mais bonita do mundo. E para não falar que tenho namorado. Desculpa…a serio desculpa.  – disse mais a resmungar para mim do que a falar para ele.