Voltando no Tempo escrita por Anpa, Katie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Amooooores meus. Desculpem-me mesmo, mas eu acabei esquecendo da fic sem querer ;-; Mas espero que gostem desse capítulo... Bem, aqui é a Anpa e não a Katie. O capítulo era pra ser dela, mas acabou que ela teve que voltar pra casa antes de terminar o capítulo e agora falta mais uns dias pra ela ganhar o pc dela e tal >: Mas o capítulo foi praticamente todo escrito por ela, eu só fiz o final. Pra ficar meio lecauzin u3u E bem, tia Anpa tá doente ;; então talvez eu não responda os reviews >>>: eu queria mesmo respondê-los dessa vez, mas cade o ânimo? ; Enfim, espero que gostem e comentem,
Anpa ♥



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No capítulo anterior...

— Sim. — e se virou mais uma vez, correndo para o banheiro com um sorriso largo no rosto, feliz em finalmente admitir isso a alguém.

Segundos depois, a ruiva, de dentro da banheira, conseguiu ouvir os gritos histéricos de sua amiga, abafados pelo travesseiro, e alargou ainda mais seu sorriso, relaxando com a água morna.


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Capítulo 16

Já era noite na Mansão Potter, e Harry Potter descia apressadamente as escadas rumo ao salão de festas. O garoto sentia-se feliz com a perspectiva de ver seus pais se acertando. Sabia que, em algum momento, os dois ficariam juntos — ele era a prova viva disso —, mas ainda sim era bom que as brigas diminuíssem.

Apesar de sua felicidade, Harry não conseguia deixar de lado a ideia de que algo aconteceria naquela noite. Por algum motivo, seu estômago se revirava toda vez que pensava no baile que estava por vir — ele, contudo, não sabia discernir se isso era algo bom ou ruim, então sua ansiedade apenas aumentava a cada degrau que passava por seus pés.

Como não adiantava se preocupar de antemão com o desconhecido, Harry deixou suas preocupações de lado quando, por fim, se juntou a Remus e Charlus já na porta do salão.

— Oh, Harry! — chamou Charlus — Eu queria mesmo falar com você. O professor Dumbledore pediu para avisar que ele gostaria de falar com você hoje. Algo sobre Durmstrang, não sei. — o Potter mais velho deu uma piscadela para seu neto.

— Oh, entendo — Harry sorriu para o avô — Obrigado, tio Charlus. {N/Katie: Só eu que achei “Tio Charlus” muito estranho? Eu não sabia do que o Harry poderia chamar o Charlus, mas acho que tio ficou meio capenga kkkk Que se dane, sem idéias pra outra coisa. Puf.}

Charlus apena meneou sua cabeça e seguiu para o hall de entrada da casa, esperando pelos primeiros convidados.

Quando Harry e Remus ficaram sozinhos, o garoto Lupin não conseguia parar de encarar o outro com uma curiosidade exorbitante.

— O quê? — indagou Harry ao notar o olhar do amigo/ex-futuro-professor.

Remus apenas continuou a encará-lo, suspeitoso dos desaparecimentos constantes do novo amigo, de certa evasão com que este respondia às questões sobre seu passado. Sendo o licantropo que era, Remus era mais sensível às coisas que seus demais amigos, e, desde que Harry entrara, o garoto notara olhares entristecidos do ‘novato’ em relação a todos, e, por vezes, um tanto raivosos ou piedosos na direção de Peter. E, como o estudioso que era, Remus queria entender, queria buscar saber os motivos de tal comportamento, mas se continha em nome do bom-tom. Contudo, sua curiosidade estava a ponto de ganhar de sua educação e, não fosse a aparição de James, Remus teria se intrometido e perguntado logo ali o que se passava com Harry.

James estava aéreo quando se juntou a seu primo e a seu amigo. Sua cabeça voltava repetidamente para o que acontecera naquela madrugada em seu quarto. Tentava entender o significado por trás da presença de sua amada ruiva. Esperava que algo bom surgisse disso, mas, por experiência, preferiu não se deixar esperançoso, ou, ao menos, refrear a esperança que crescia em seu peito.

Desde a primeira vez que a vira, uma garotinha de cabelos flamejantes andando com um seboso de nariz turvo, seis anos antes, James se impressionara com ela. A maneira como ela o achara petulante, se mostrando tão diferente de todas as outras. E era exatamente isso que o atraia. Ela era única, especial. Ele lhe dera seu coração sem que qualquer um deles soubesse, pois nada no mundo poderia se comparar à garota de olhos esmeralda.

O garoto Potter foi tirado de seus devaneios pela chegada dos convidados. Como sua mãe lhe ensinara, James seguiu até a porta de entrada para recepcionar os recém-chegados, permitindo que seu pai adentrasse o salão e socializasse com os presentes.

Em algum momento da noite, os garotos adolescentes conversavam intensamente sobre qualquer assunto, até que Harry, distraído, desviou seu olhar na direção das escadarias, estacando de imediato.

— Harry, o quê...? — começou Sirius, mas foi prontamente interrompido pela exclamação de Remus.

— Uau! Elas realmente sabem como prender as atenções.

Isso atiçou a curiosidade do Black mais velho, e este virou-se imediatamente para a direção apontada pelos demais. No momento em que seus olhos pousaram sobre a figura estonteante de Marlene McKinnon — a qual descia, em vestes esvoaçantes de um azul-marinho profundo, as escadas com leveza descomunal, quase como se flutuasse —, o coração de Sirius pulou uma batida, e suas mãos começaram a suar. Ela estava tão linda que conseguira tirar o ar do Maroto, embora este não fosse capaz de admiti-lo.

Como era um baile bruxo, o vestuário se limitava a vestes bruxas convencionais, mas, mesmo em roupas semelhantes às das demais mulheres ali, Lily e Lene conseguiam se destacar. Ambas usavam vestes que se combinavam às cores de seus olhos, com jóias discretas, mas que ressaltavam ainda mais a beleza das garotas.

James não conseguia parar de olhar para a ruiva. Ela estava magnífica, uma obra dos deuses. Os segundos se arrastavam enquanto as duas desciam as escadas com sorrisos nos rostos, discutindo algo amistosamente.

Regulus olhou para a expressão de seu irmão em relação à morena de olhos azuis, e sorriu um sorriso genuíno; estava feliz por Sirius ter encontrado uma garota para si, embora ele ainda não tivesse percebido. Momentaneamente, a tensão da noite se dissipou, e Regulus Black jurou a si mesmo que ajudaria seu irmão a ter Marlene McKinnon, custasse o que custasse.

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Mais tarde, naquela mesma noite, o baile corria bem. Os convidados estavam, em sua maioria, divididos entre puros-sangues loucos por pureza — famílias como os Rosier, Malfoy, Lestrange e, claro, Black — e puros-sangues apoiavam os direitos dos trouxas (e, por isso, eram considerados traidores) — como os Weasley, os Potter e os Longbottom. Havia também os ‘neutros’, que socializavam com ambas as partes, e desfrutavam mais da festa.

A pior parte, no entanto, foi quando Orion e Walburga Black chegaram e pousaram seus olhos sobre Regulus. O garoto se encolhera visivelmente, se aproximando mais de Sirius, temendo ser levado embora. Palavras não foram trocadas entre pais e filhos. Walburga aparentava indiferença, mas Orion quase fraquejou. Apesar dos apesares, o homem entendia que seus filhos eram independentes para fazerem suas próprias escolhas. Se tais escolhas levaram ambos os garotos para longe de si, as únicas pessoas a serem culpadas eram ele mesmo e sua esposa.

De qualquer forma, o baile prosseguia, e pessoas se espalhavam pelo salão de festas, dançando as músicas tradicionais bruxas e as trouxas apresentadas pela banda que ali tocava. Estas últimas faziam demasiado sucesso com todos os bruxos, e — surpreendentemente — até alguns puros-sangues dançavam aos sons de baladas românticas.

Os adolescentes passaram a noite conversando animadamente com alguns dos integrantes da Ordem e outros aurores, rindo das histórias que estes compartilham sobre algumas missões. A presença de tantos Comensais da Morte deixava todos os demais em estado de alerta, mas ninguém se atrevera a montar uma briga com tantos oponentes à vista.

Lily e Lene desfrutaram ao máximo da pista de dança, tendo os garotos alternando vezes para serem seus parceiros. Lene dançava com Tiago, e Sirius com Lily, quando James, sem tirar os olhos de sua ruiva, cortou qualquer banalidade que Lene estivesse falando.

— Lene, desculpe, mas... — ele começou, sinalizando em direção à banda que tocava uma música agitada. — Eu realmente queria ir até lá para conversar rapidinho com a banda.

Lene apenas sorriu e olhou para a imagem de Lily, deslumbrante nas vestes esmeralda, rindo de alguma piada que Sirius, para variar, lhe contara. A morena retornou o olhar a seu amigo de infância, e afastou-se dele delicadamente, enviando-lhe uma piscadela discreta.

James sorriu largamente, foi até a amiga, beijou-lhe a bochecha e dirigiu-se até o palco do grande salão.

Lily ria e dançava animada com Sirius, sempre entretida com a presença do Maroto que há muito se tornara seu amigo. O garoto Black e ela começaram uma amizade um tanto particular em seu terceiro ano, quando Lene começou a passar mais tempo com os garotos por causa do Quadribol. Com o tempo, Lily descobriu se divertir imensamente na presença do moreno, assim como na de Remus — que era amigo de Lily desde que os dois foram colocados juntos num trabalho de Feitiços, no primeiro ano — e, mais vezes do que esperara, na de Peter — apesar de muito tímido e guloso, o garoto rechonchudo tinha certa adoração por seus amigos, e costumava saber a coisa certa a se dizer em momentos delicados. James era a exceção do grupo, mas, apesar das brigas constantes, a garota conseguia rir frequentemente na presença dele, embora não admitisse nem sob a pior das torturas.

{N/Katie: Aconselho todos a ouvirem a música Love Me Tender, do Elvis, interpretada pela Norah Jones, enquanto vocês leem.}

Quando mais uma música se encerrou, os primeiros acordes de uma balada romântica começaram a soar, lentos e tranquilos. Quando a ruiva se preparava para deixar a pista de dança — Sirius já desaparecera em busca de alguma bebida —, Lily sentiu alguém tocar levemente seu ombro. Ao se virar, a garota se deparou com a imagem de James, o qual portava um sorriso confiante, tomando sua mão e beijando-a levemente ao curvar-se em uma reverência.

— Me concede esta dança? — o moreno, após se endireitar, sussurrou em seu ouvido.

Lily, hipnotizada pelos olhos avelã, sorriu brilhantemente para James, e ambos começaram a dançar no ritmo da música, sem quebrar o contato de seus olhos. Mesmo quem via de fora conseguia sentir a energia partida dos dois. Era uma energia pura, simples, mas complexa de uma forma que poucos a entendiam. Era a mesma energia que faria com que eles se casassem, com que Harry, ainda pequeno, conseguisse derrotar o Lorde das Trevas. Essa energia era nada menos que o amor que já sentiam um pelo outro.

Os dois jovens bruxos dançavam perfeitamente conforme o ritmo lento da música. Durante grande parte da dança, Lily e James encaravam-se amorosamente, e dançavam maravilhosamente bem, atraindo os olhares de quase todos os presentes ali. E então aconteceu algo que prendeu rapidamente a atenção de todos os presentes.

Lily fechou os olhos e então aproximou o rosto até o de James, em seguida tocando levemente os lábios do garoto, que por instinto fechou os olhos e rapidamente retribuiu ao beijo da ruiva. Os lábios pareciam se completar perfeitamente, e os dois continuaram assim até que um grito irrompeu o salão:

— HARRY JAMES POTTER.

Para muitos, aquela voz era definitivamente desconhecida. Mas Harry, que estava no lado oposto à porta - o lugar de onde fora ouvido o grito -, tinha certeza de quem se tratava: era Gina Weasley.



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