_Ora, ora - disse ele. - Se não é o Harry Panaca Potter.

_Emmet, será que você não desiste nunca?

_Se ela não for minha, ela não será de mais ninguém - disse Emmet, erguendo as sobrancelhas.

_Você está louco, cara, só pode - quando eu disse isso, ele revirou os olhos. Depois puxou uma faca e colocou próximo ao pescoço de Bella. Meu coração começou a pulsar mais rápido, minhas pernas enfrqueceram, mas eu não podia demonstrar fraqueza.

Olhei para Bella. Ela estava sentada em uma cadeira, com os punhos e os tornozelos amarrados, enquanto sua boca estava amordaçada. Emmet estava de pé ao lado dela, com a faca ainda apontada para seu pescoço. Bella soluçava muito, e tentava dizer coisas irreconhecíveis. Seu lindo rosto estava manchado de lágrimas e cheio de desespero nos olhos avermelhados e inchados. Havia algumas feridas e hematomas em seus braços amarrados, e também havia um corte na lateral de sua testa, perto da têmpora direita.

_Emmet, largue isso - eu disse, tentando não soar desesperado. - Você está fazendo uma grande bobagem. Se você fizer isso com ela, nem você terá chances de tê-la novamente.

_Não fale bobagens, idiota - disse ele, com a voz cheia de raiva. - Eu a mato, depois me mato, aí sim Bella será apenas minha e de mais ninguém - ao dizer isso, apertou um pouco mais a faca contra o pescoço dela, e pude ver uma gota de sangue brotar dali. 

Mais lágrimas corriam pela face de Bella, seus soluços estavam ficando ainda mais altos, seu rosto estava mais pálido e abatido do que nunca, e suava frio. Ela estava completamente dominada pelo medo. Eu era obrigado a agir rápido, muito rápido.

_Emmet, você teria mesmo a coragem de matar a garota que você ama? Olhe só para Bella, ela está morrendo de medo de você, é isso mesmo que você quer? - ele hesitou por um instante, mas mesmo assim não tirou a faca dali. - Se for isso, meus parabéns, está dando certo.

Um silêncio mortal pairou no ar. A mão de Emmet tremia, e outra gota de sangue saiu do pescoço de Bella. Ela ainda chorava muito, e eu ainda estava paralisado no próprio lugar. Até que uma sirene e uma voz alta vinda de um megafone do lado de fora da casa, quebrou o silêncio daqui de dentro.

_Mãos para cima!

Olhei para trás, e suspirei aliviado. Era a polícia, e estava armada. Quando os viu, Emmet largou a faca e foi para a porta dos fundos, para fugir. Mas a polícia conseguiu dar a volta pela casa, e o agarraram, impedindo-o de realizar qualquer movimento.

Neste mesmo tempo, corri até a cadeira e rapidamente soltei Bella. Seus punhos estavam machucados e com pequenas feridas devido as cordas que a amarravam. Tirei a da cadeira e a abracei com toda minha força, logo depois a pegando no colo. Ela estava fraca e com tanto medo que nem conseguia andar, suas pernas pareciam ferro presos no chão.

Levei-a nos braços para fora daquela casa, e avistei meus avós e a mãe de Bella, que estavam muito preocupados. Eles correram rapidamente em nossa direção e nos abraçaram.

_Vamos para o hospital - falei, com a voz ainda trêmula de nervosismo.

_Vou pegar o carro - disse vovô, enquanto corria em direção ao mesmo.

Entramos todos no carro, e rumamos em direção ao hospital.