Me levantei do sofá,com meu corpo tremulo ainda. Akito quis me ajudar a ir ao quarto,mas neguei sua ajuda e fui sozinha. No caminho,parei em frente a porta de Arthur e o espionei pela brecha. Ele estava no telefone com a Keiko,nossa,o sangue me ferveu novamente nessa hora. Tinha vontade de acabar com aquele telefone e com ela também se possível. Mas apenas respirei fundo e fui direto ao meu quarto. Assim que entro lá,vejo Kero deitado em minha cama dormindo. Não o perturbei e fui a minha escrivaninha ler algo. Passei a tarde lendo um livro qualquer,até que ouvi a voz sonolenta de Kero.

Kero: Ayami-san?
Ayami: Boa noite dorminhoco.
Kero: Ah já esta de noite. Dormi demais!
Ayami: Pra variar não é?
Kero: Ayami-san,o que é isso na sua mão? Se feriu?
Ayami: Sim,treinando,mas não se preocupe o... Arthur já o tratou.
Kero: Aya-san,quero lhe perguntar algo.
Ayami: O que?
Kero: A senhorita ama o Arthur?Quer dizer,não assim como irmão,como homem,entende?
Ayami: Da onde tirou essa idéia maluca Kero?
Kero: Ayami,sabe que sou parte de você e com isso sei o que sente.
Ayami: Quer dizer que...?
Kero: Já sei que gosta dele e vou ajudar vocês a ficar juntos!

Dei um pulo de imediato da cadeira e o olhei fixamente com os olhos esbugalhados. Então soltei um grito de fúria.

Ayami: Esta louco? Eu e ele somos irmãos. IRMÃOS entendeu?
Kero: Mas isso não é impedimento. Se você ama ele e ele te... amar também,devem ficar juntos!
Ayami: Pare de falar asneiras e cale a boca!

Respirei profundamente e quando ia voltar a discussão,ouço a batida da porta.

Arthur: Posso entrar?
Ayami: Claro
Arthur: Que gritaria foi essa?
Ayami: Nada que te importe.
Kero: Importa a ele sim,era dele que estávamos falando no final das contas.

Olhei para Kero com os olhos cheios de fúria,então corri até ele,o agarrando de uma vez e começando a bater nele.

Ayami: Cala a boca seu fofoqueiro

Arthur foi logo nos separando,estava ansioso para saber ao certo o que estávamos falando dele.

Ayami: Nada!
Arthur: Como é que não estavam falando nada de mim hein?
Ayami: Apenas estava dizendo a Kero o quanto te odeio!
Arthur: Não foi a palavra odeio que eu ouvi.

Será que eu havia gritado tão alto assim? Será que ele estava me espionando como sempre? Oh droga,e agora? O que faço? Sentei-me na cama e respirei profundamente

Ayami: E o que ouvi então?
Arthur: Que éramos irmãos e sei lá mais o que.
Ayami: Ufa!
Arthur: Me fala o que estavam conversando aos berros.
Ayami: Nada de mais já disse.
Arthur: Mente muito mal!

Ele saiu do quarto emburrando e voltou ao dele. E eu voltei a esganar Kero após a saída dele.

Ayami: Abre a boca de novo e eu te mato Kero!
Kero: Ai Aya-san,ta me machucando.
Ayami: É pra machucar mesmo seu baka.

Parei aquela tortura com o Kero e então me levantei. Caminhei até a janela e fiquei sentindo o vento bater em meu rosto. Fechei meus olhos por alguns segundos,mas segundos o suficiente para do nada aparecer Akito me abraçando por trás e beijando meu pescoço.

Ayami: Ah esta louco é?
Akito: Não não. Porque de pensar isso?
Ayami: Você foi chegando assim de mansinho oras,me assustou.
Akito: Desculpa,meu intuito não era te assustar.
Ayami: E era qual então?

Ele não disse mais nenhuma palavra,apenas virou-me depressa e assim que eu percebi o que ele iria fazer,abaixei-me rapidamente fazendo assim ele beijar a janela. Me soltei rápido dele e o olhei com raiva.

Akito: Ayami... o que foi isso?
Ayami: Oras,o que mereceu! Não quero seus beijos e nem nada seu fora a amizade.
Akito: Mas sabe que eu quero você!
Ayami: Mas eu não te quero. Some da minha frente agora,anda!
Akito: Certo,não irei mais insistir.

Akito saiu do meu quarto e bateu a porta do mesmo com certa força. Suspirei nesse momento e abaixei a cabeça.

Ayami: Será que todos nessa casa endoidaram?

Perguntei a mim mesma. Logo suspirei e joguei-me na cama de costas. Adormeci quase de imediato