If It Was Diferent... escrita por bellafurtado


Capítulo 12
O duelo de Pedro - parte II


Notas iniciais do capítulo

Adorei os reviews, obrigada *0* Não vou poder respodê-los, mas saibam que agradeço a cada uma de vocês!
E, só uma curiosidade: a Lu é a única que está com a idade de acordo com o livro. Todos os outros estão mais velhos porque eu achei que ia ficar melhor assim na fic.
E, MUITO OBRIGADA, Anna Carolina00, pela recomendação maravilhosa! Estão todas aqui no meu córi b29;
Enfim, espero que gostem.

beeijos:*
bellafurtado (:



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Miraz e Pedro já estavam na arena, posicionados para o ataque. E então, Pedro ergueu a espada e saiu correndo na direção de Miraz. Que sutil – estou sendo irônica. Miraz defendeu-se com seu escudo. Miraz passou a atacar ferozmente, e Pedro estava se defendendo por pouco.

-Ed – falei, apertando o braço do pobre coitado. - Ed, ele está indo mal...

-Não podemos fazer nada, True. É um duelo.

Meus olhos estavam marejados. Miraz deu um escudada no rosto de Pedro. Pedro, ainda tonto, tentou atacar, mas Miraz se esquivou habilmente nas duas vezes. Os escudos dos dois se chocaram, e Miraz colocou força o suficiente para fazer Pedro rodopiar e cair tonto no chão. Me encolhi e Ed me abraçou forte, tentando me acalmar.

Miraz estava pronto para atacar. Correu, e chocou sua espada com a de Pedro. O loiro rodopiou no chão e derrubou meu tio com habilidade, e as duas espadas chocaram-se novamente. Os dois se levantaram e Miraz tentou atacar. Pedro defendeu-se com sua espada e segurou a de Miraz com a mão – é claro que a mesma estava protegida por uma espécie de luva de metal (novamente não encontrei termo melhor). Puxou a espada com força, jogou-a no chão e atacou com a sua, mas Miraz colocou o escudo na frente.

Por Aslam, isso nunca acabaria?

Pedro fez aquilo mais cinco vezes, e todas foram defendidas por Miraz. Deu um golpe que passou de raspão no peito de Miraz. Pedro levou um soco na cara, e depois uma escudada. Quando ia levar a segunda, segurou o escudo do meu tio. Os dois seguravam o escudo juntos, mas Pedro foi mais esperto: girou o escudo de forma que o braço direito de Miraz ficasse preso às costas. Meu tio deu-lhe uma cotovelada no rosto e empurrou-o na direção das pedras, enquanto correu para pegar sua espada.

Quando ele ia atingir Pedro, o mesmo se desviou. No segundo golpe de Miraz, Pedro colocou sua braçadeira – já mencionei que sou péssimo com nomes de partes da armadura? - na frente e se defendeu. Deu um soco na cara de Miraz. E então, num reflexo desse golpe, socou o ferimento na perna do meu tio que foi causado no primeiro round. Miraz cambaleou tamanha era a dor que estava sentindo.

-Pausa! - gritou.

Pedro ia dar-lhe um soco, mas recuou instintivamente tomado de compaixão. Era incrível como ele podia ter pena até mesmo do cara que queria matá-lo. Uma qualidade honrável, se quer minha opinião. Miraz estava no chão, e murmurou fracamente:

-Pausa.

-Agora não é hora para cavalheirismos, Pedro – Edmundo gritou. E ele estava tremendamente certo. Era um povo todo que dependia da vitória desta luta.

Pedro tinha o punho erguido ante o rosto de Miraz. Deixou os braços penderem ao lado do corpo e saiu andando, ficando de costas para o meu tio. O cafajeste pegou sua espada e, antes que pudesse golpear Pedro, eu e Ed gritamos:

-Cuidado!

Pedro se virou, esquivou-se do golpe bem a tempo e, ao ver o próximo ataque de Miraz, agarrou a espada do mesmo, girou – arrancando-a das mãos do meu tio nada amado – e cravou-a no peito direito de Miraz. Ele resfolegou e caiu no chão, segurando seu mais novo ferimento. Pedro segurava a espada diante de Miraz, pronto para matá-lo a qualquer instante.

-Qual é o problema, garoto? - Miraz perguntou. - Covarde demais para tirar uma vida?

-Não cabe a mim tirá-la – Pedro respondeu ríspido, num tom baixo, abaixando a espada do meu tio, que ele segurava.

Indicou o punho da espada para Caspian enquanto resfolegava. Caspian me olhou num tom de dúvida.

-Nossos pais? - perguntou baixo. - Acha que eles achariam o certo?

-Eu não sei – respondi. - Foi ele quem os matou. Mas isso não é motivo. Faça o que você julgar certo.

Ele encarou a espada mais uma vez e andou até ela. Pegou-a da mão de Pedro. Pedro agarrou sua espada no chão e veio até mim, abraçando-me pela cintura e depositando um beijo suave no topo da minha cabeça. Me arrepiei.

Olhávamos a cena à nossa frente. Caspian apontou a espada para o peito de Miraz. Meu tio o olhou com astúcia e disse:

-Talvez eu tenha errado. Talvez você tenha as qualidades de um rei telmarino, afinal.

Caspian tremia de raiva. Miraz fitou-o pela última vez e depois encarou o chão, à espera da morte. Caspian urrou de raiva e cravou a espada. Antes de ver aonde exatamente ele havia feito isso, afundei meu rosto no peito de Pedro. Não queria ver aquilo. Porque, mesmo sendo um tirano, Miraz era o meu tio.

-Não um como você – ouvi Caspian dizer.

Ergui meu rosto por um instante e então percebi que Miraz ainda estava vivo. E sua espada... estava fincada no chão à sua frente. Caspian se levantou enquanto Miraz o encarava curioso.

-Fique com a sua vida – Casp disse. - Mas estou devolvendo aos narnianos o reino deles.

Ele virou as costas e saiu da arena. Nossos soldados urravam de contentamento. Eu sorria. Fora uma atitude madura e sábia. Uma atitude correta. Olhei para o posto dos arqueiros e percebi Susana sorrindo com lágrimas nos olhos. Ela comeria na mão dele de agora em diante.

Pedro, ainda agarrado à minha cintura, virou-se comigo para sair. Ed também, ao nosso lado. Quando íamos sair, ouvimos o urro agonizado de Miraz. Olhamos para trás e demos de cara com Sopespian com uma expressão de perplexidade – por falta de palavra melhor – e meu tio, com uma flecha cravada nas costas. A flecha tinha o corpo marrom, a ponta prata, o rabo vermelho e um detalhe branco. A flecha de Susana.

Eu a encarei sem entender o porquê de ter feito isso, mas ela disse:

-Não fui eu!

Miraz caiu no chão e Sopespian pareceu acordar de seu transe. Olhou para nossos soldados, olhou para Miraz e por fim olhou para os soldados telmarinos, dizendo:

-Traição! Eles o acertaram! - pegou a espada de Miraz, virou-se e correu em direção às suas tropas, gritando: - Eles mataram o nosso rei!

Pedro soltou-me e, virando-se para os narnianos, gritou:

-Preparem-se!

-Pedro! - Caspian gritou.

Pedro se virou bem a tempo de ver um soldado cruzando seu caminho com a espada erguida. Defendeu-se, cortou a barriga do soldado e então cortou seu pescoço; tudo com uma habilidade inimaginável.

-Vai! - gritou para alguém na multidão. Desembainhei a espada, preparada para a luta que viria a seguir.

Pelo menos dessa vez eu estava de calças.

-Às armas, Telmar! - o general telmarino urrou.

-Às armas! - o exército retrucou.

E então as catapultas começaram a funcionar, lançando as enormes bolas de pedra em nosso campo. Eu estava ao lado de Pedro e Edmundo, na linha de frente.

-Vá com Caspian! - Pedro gritou. - Por favor, True, ao menos uma vez na sua vida, faça algo que seja menos arriscado!

-Estou com você, esqueceu? – falei segurando seu rosto, de forma que ele olhasse para mim. - Aonde quer que você esteja.


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