Vivimi escrita por Igorsambora


Capítulo 17
Um amor pra toda vida


Notas iniciais do capítulo

Espero que curtam bastante o capitulo,

Mesmo em meio a semana de provas (terror) não resisti a escrever pra vocês.

Parece que meu bloqueio resolver ir passear um pouco (nunca mais volte)



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POV Bella

Agora é bem mais fácil ir à escola todos os dias e não nego que a ausência dos Cullens facilita horrores a tarefa. Enquanto o Sr. Varner tentava enfiar algo sobre ângulos e retas na minha cabeça, eu só conseguia me concentrar na chuva lá fora que lavava o estacionamento.

Ela me lembrava desses últimos dias. Tivemos muitos visitantes dispensáveis  isso andava preocupando a todos, mas em especial a Jake que ainda estava se acostumando a ser o manda chuva. Nossas rondas eram intercaladas com a matilha de Sam,mas com o aumento da atividade vampirica tivemos bastante trabalho, principalmente a noite, quando mais eu precisava de um sono recompensador.

- Bella... – senti alguém sacudindo meu braço delicadamente quando eu comecei a cochilar.

- ahn? – eu estava me acostumando às noites mal dormidas, mas tinha quase três noites que eu não dormia graças aquela fria maldita que resolveu dar um passeio por La Push bem no meu dia de folga. – desculpa Angie. Não dormi bem ontem não.

- Você precisa ver isso direito Bella. Faz uma semana que você parece um trapo. Já pensou em tomar um relaxante? – Jéssica me fazia rir por dentro pensando se um vidro de calmante faria minha loba dormir. Foi exatamente nesse momento que um cheiro amadeirado característico veio trazido pelos bons ventos fazendo meu coração doer de saudades dele. Nem eu sabia quando fora a última vez que pudemos ficar juntos.

Isso me deixava triste. Bem, triste não é bem a palavra. Na verdade, eu estava frustrada e sedenta dele. Queria sentir seus beijos, olhar seus olhos de infinitude e imaginar como seria aquele corpo quente pesando sobre o meu. Um calor foi me subindo e todo o sono que me abatia foi instantaneamente substituído pela sensação de reminiscência. Apesar de ainda permanecer virgem eu tinha uma certeza que Jake seria o homem da minha vida. O primeiro e o único.  Essa era uma certeza que eu já tinha no meu coração.

Meus pensamentos não eram nada inocentes e realmente ficava feliz por não estar na mente do bando agora. Voltei minha atenção para o quadro tentando me manter em foco quando vislumbro algo que fez meu coração dar um mortal

Se havia alguma chance de que eu aprendesse algo naquela aula, isso se esvaiu no momento em que eu vi o Rabbit parado no portão da escola. Minha mente vagou pelas lembranças daqueles braços fortes que circundariam o meu corpo e fariam o tempo voar. Nunca desejei tanto ouvir o sinal que marca o fim da aula.

Segurei minha ansiedade ao máximo, pois do contrário, me atiraria pela janela aberta e correria para o meu lobo que me esperava lá em baixo. Me irritei profundamente com a lentidão das pessoas e praticamente corri para o estacionamento e cadê o meu sol que dardejava seus raios em todas as direções e o qual eu senti até o cheiro?

Fui ao encontro a dele e a despeito da minha vergonha puxei seus lábios para um beijo como se conseguisse sorver uma parte da própria essência dele para dentro de mim e me perdi naqueles braços quentes e macios. Jake também não se fez de rogado e correspondeu a altura demonstrando que realmente eu já não conseguia viver sem o meu sol.

No momento em que relaxei em seus braços percebi risadinhas a nossa volta. Não que eu ligasse para qualquer comentário que pudesse ser feito, mas principalmente pelo que ocorreu depois.

- Larga a carne, Bella. – rosnei baixinho pra Leah quando ela segurou meu braço – nós temos uma missão para as três lobas mais lindas de La Push. – Olhei com olhos tristes para o meu lindo buscando em parte entendimento e por outro apoio contra esse seqüestro iminente.

Rachel passou a mão nas chaves de Jake enquanto Leah atirava as minhas para ele e fomos em direção ao Rabbit.

- Alguem podia me contar o que caralhos está acontecendo? E que cacete de missão escrota é essa? – Raquel estava pronta para me dar uma resposta atravessada quando Leah, quem diria, interpõe.

 - Fica assim não pequena bolinha de pelos mal educada. Esse seqüestro tem um bom motivo. Vamos levar a nova poddle pra tosar e fazer a tatuagem. Por isso, eu agradeceria se você melhorasse um pouco seu humor.

- Poodle é puta que a pariu, Leah! – Rachel gritou a pleno pulmões, como se precisássemos de volume para nos escutar perfeitamente.

- Bem que ela queria ser legal assim R. Mas a missão dela é outra. E já aviso pra senhorita também, que o fato de você não ser da minha matilha não me impede de lhe dar um corretivo, se necessário.

- Quero ver você tentar – Rachel talvez não tivesse idéia do quão competitiva era Leah e pelas fendas que se tornaram seus olhos, eu tinha certeza que quando a loba mais antiga cobrasse esse desafio, a minha cunhada não ia gostar nada.

- Rachel... o que você pretende fazer agora que voltou para casa?

-Ainda não decidi. Minha vida mudou muito agora e é hora de deixar o futuro se mostrar um pouco antes de podermos especulá-lo. Talvez eu procure um trabalho aqui perto da reserva. Não vou conseguir ficar longe desse chão novamente. Não agora.

Depois disso o carro ficou em silencio e ficamos cada qual presas em seus próprios pensamentos e mesmo depois da tatuagem não se tocou em assuntos profundos. Agora era o tempo de curtir os pequenos momentos e foi pensando nisso que ao passar pela floresta eu abri a porta do carro e pulei entre as arvores me transformando logo depois.

“Já não era sem tempo” – logo ouvi a voz que queria e mostrei a ele que buscaria outra roupa para sairmos.

POV Leah

Já estávamos muito atrasados, mas eu não conseguia, nem queria largar aquela pele morena e quente dele. Cada beijo dele me deixava em chamas e eu já estava a ponto de perder o controle.

Não tinha nenhuma noção de quanto tempo tinha passado desde que ele me puxara para o sofá, e já me torturava implacavelmente com suas carícias ousadas. Não era possível aquele menino dois anos mais novo me deixasse tão ensandecida a ponto de estar gemendo como uma virgem.

Eu podia sentir o volume dele pressionado minha púbis e suas mão pelo meu corpo me desnorteavam como ondas de uma tempestade. Eu pude senti quando minha lingerie foi colocada de lado para abrir espaço para um contato mais profundo e só. A partir desse momento eu me perdi nele e ele em mim de forma plena e nada mais era importante.

Desde que me tornara uma loba, nunca tinha ido tão longe com ninguém e, de certa forma, foi perfeito a minha “primeira vez” ser com o Embry. Outro homem não suportaria a pressão quando eu virei as posições e passei a comandar o show.

Todas as sensações maravilhosas que eu me recordava dos meus momentos íntimos com Sam não chegam aos pés do que meus sentidos me proporcionam agora. Se antes costumava falar sobre ondas de prazer e achava isso o máximo, a sensação de me sentir completa, suada, molhada e realizada, não pode haver outro sinônimo diferente de tsunami. Eu estava deitada por sobre o peito de Embry e só agora reparei que estávamos no chão. Quando será que caímos? Quem se importa?

O cheiro de Embry estava em mim e qualquer lobo que me visse hoje saberia disso. Antigamente eu me importaria com isso e tomaria um longo banho até que pudesse esconder esse segredo. Mas agora, não tem motivos. Esse homem ressonando baixo aqui é mais do que meu caso, muito mais que namorado... ele é o meu amor. Aquele que o coração escolheu e os lobos aceitaram.

Essa certeza me trouxe uma paz tão grande que eu cochilei ali mesmo na sala. Não cheguei a descansar cinco minutos antes que a porta abrisse e um grito cortasse o ar como navalha pura:

- LEAH CLEARWATER, QUER ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – minha mãe usava toda sua potência vocal enquanto um corado chefe Swan se escondia atrás dela.

POV Jake

Não podia reclamar da calma que prevalecia nessa última semana em nossa vida. Era tão bom poder falar isso de verdade, ainda mais agora que Charlie já estava sabendo do meu namoro com Bella. As vezes tudo parece com um sonho e me vejo com medo do vampirão voltar e roubar minha felicidade de mim novamente.

Essas horas meu lobo me acalma, afinal, ela me escolheu de livre e espontânea vontade. Com os quileutes sempre foi assim. nossas mulheres sempre foram livres para escolher ou recusar seus parceiros. E os lobos não costumam ter múltiplas parceiras, por isso, não faz sentido ficar duvidando do meu afortunado destino que me entregou a companheira perfeita diretamente nos meus braços e de bônus, partiu o coração daquele leitorzinho de mentes.

Pela primeira vez eu estava na porta da casa de Charlie e não sabia como me portar. Podia sentir o perfume dela fortemente impregnado pela casa e chegava a ser inebriante estar num lugar tão saturado com meus sonhos.

Tinha certeza que ela já sabia que eu estava ali, mesmo com seu batimento tranqüilo e o som mágico de sua voz chamando por Charlie. Podia ouvir o coração dele também na sala e o comentarista falando sobre a nova contratação do San Diego Padres. Resolvi tocar a campainha.

Aqueles segundos foram incríveis. Ouvi o coração de Bella disparar como se fosse surpresa e os resmungos de Charlie quanto a troca rápida de namorados e como os vizinhos vão falar da filha do Sheriff. Coloquei meu melhor sorriso no rosto e me preparei pra falar com meu sogro ou futuro sogro quando nos casarmos.

Sim, eu penso nisso. Mas nada pra ontem não. Vou estruturar uma boa vida pra Bells antes de tirá-la de casa. Tempo não nos falta, então não tem porque não fazer da forma correta.

- Entre Jake - Charlie me recebeu meio sem graça, mas pude ver em seus olhos que ele estava feliz por nós dois – parece que ainda falta alguns detalhes. Senta ai, vai começar a quarta entrada depois do comercial.

Ficamos ali conversando por quase uma hora ainda. Não que isso me importasse, afinal, Charlie era como se fosse da família desde sempre. Talvez até ele já sentisse o destino o chamando quando, durante anos, passava o tempo na minha casa. Era como se ele já previsse que num futuro eu e ele seriamos da mesma família. Era natural conversar com Charlie. Bells me contou alguma vez que ele torcia por mim quando ela estava com o cubo de gelo. Isso parece ter sido a uma eternidade atrás. Não pude evitar sorrir.

- Que foi Jake? Alguma piada de lobo? Se for não precisa contar. Já basta Sue tentando me explicar essas esquisitices. – aumentei o sorriso quando lembrei do meu pai contando como Charlie queria ser mantido a beira da magia de La Push.

- Na verdade não, Charlie. Eu estava sorrindo quando me lembrei que eu estive muito perto de perder tudo isso por causa de um morto. – tremi levemente e reparei que Charlie ficou tenso – sempre considerei você como parte da minha família e agora, isso pode acontecer. – ouvi a aporta abrir delicadamente e antes da voz rouca chegar aos ouvidos, reconheci aquele cheiro de pinho tão marcante nos Clearwater.

- Já pensando em casar, Jake? – Sue sempre foi uma pessoa divertida e era notável de onde Leah tinha herdado aquele sarcasmo, mas desde que ela e o chefe Swan assumiram o namoro ela têm estado radiante. Não podia negar que eu ficava feliz pelos dois. Mesmo sob protesto de Seth.

- Não por agora, Sue. Quero criar boas condições pra tirar a filha do chefe de policia de casa. Sabe como é, né? Ele anda armado. – todos rimos tranquilamente e mesmo Bella podia ser ouvida na escada. Com uma calça jeans justa que marcava cada curva de seu corpo e uma camiseta daquelas de prender no pescoço com um decote que fez meu coração dar uma cambalhota quando ela me olhou nos olhos. Seu sorriso maroto me deu a certeza que ela reparou minha reação.

Habilmente ela foi me puxando pra fora de casa logo atrás da Sra. Clearwater e acredito ter balbuciado alguma despedida antes de entrar no carro e receber um beijo que me tirou de órbita como se cavalgasse um foguete.

Seus lábios macios eram urgentes e seu corpo quente me deixava completamente embriagado. Antes que eu fizesse alguma loucura na frente do meu sogro e minha futura sogra, afinal eles permaneciam na porta dando tchau para nós, resolvi me separar dela. Quase desisti de fazê-lo quando ao soltar seus lábios um gemido baixo escapou por eles exteriorizando todo desejo que ela também sentia.

Comecei a dirigir sem pressa na direção de Port Angeles, enquanto ela se abraçava ao meu braço em silencio. Eu simplesmente adorava conversar com Bells, mas me encantava como nossos momentos juntos, mesmo sem palavras, podiam dizer tanto. Não existiam dúvidas entre nós e se por vezes parássemos para escutar nossos corações, tinha sempre a impressão de que batiam em uníssono. Talvez mais uma prova que nosso destino sempre foi ficar juntos.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Gente preciso saber o que vcs acharam do "momento íntimo" de Embry e Leah por dois motivos,
1 esse é o primeiro "pseudo-nc" que eu escrevo

2 parece que as coisas estão esquentando entre Jake e Bells e preciso saber se vou escrever a primeira vez ou arranjar outra solução.