[LINDA’S POV]

Olhei para ele e ele partiu-se a rir. Opá, só pode ser retardado. Beija-me e depois olho para ele e ele parte-se a rir.

- Estás-te a rir de quê? Tenho ‘palhaça’ escrito na testa? – perguntei.

- Não, mas a tua cara fica engraçada quando ficas com vergonha.

- Ai sim? E eu estou com vergonha de alguma coisa por acaso?

- Não estás? – indagou, sorridente.

- Não.

- Então, quer dizer que posso repetir, certo?

- Sim. Quer dizer, NÃO! Claro que não.

- Porquê?

- Porque são as regras.

- Eu não sigo as regras. – ele sorriu maliciosamente e voltou-me a beijar.

Passado uns segundos, afastei-o.

- Estás bêbado?

- É muito estúpido uma rapariga tão inteligente como tu, fazer essa pergunta. Acho que é óbvio que não estou.

- A mim não me parece assim tão óbvio.

- Se tu achas…

Fez-se silêncio por uns segundos, mas ele decidiu quebrá-lo.

- Vamos fazer um jogo?

- Não. – respondi, amuada.

Ele virou-se, de repente, para mim e começou-me a fazer cócegas. Eu não me queria rir, mas não consegui evitar. Após uns minutos de “luta”, consegui que ele parasse.

- Descobri o teu ponto fraco. – disse, rindo-se.

- ÉÉÉ! Eu hei-de descobrir o teu. – sorri. – Que horas são?

- Quase 5 e meia da manhã. Queres que te leve a casa?

- Não. – respondi calmamente.

- Não tens de chegar a casa antes do teu pai acordar, para ele não saber que saíste?

- Tenho.

- E…

- E que se foda.

Ele olhou para mim com cara de espanto.

- O que foi?

- Ahh, não acredito que a menina certinha disse uma asneira. – riu-se.

- Nem eu. São influencias tuas.

- Conheces-me há dois dias e já te deixas influenciar por mim? – perguntou, aproximando a sua cara da minha.

- Normalmente não é assim mas… - ele fez com que eu me calasse, beijando-me.

Quando nos separamos…

- Espero que isto te influencie. – disse com um sorriso malicioso.

- Idiota. – brinquei.

- Vamos. – disse, levantando-se.