A Akatsuki já está começando a se mover. Meus informantes da ANBU descobriram que eles estão recrutando vários shinobis. Provavelmente também pretendem declarar guerra ou descobriram a nossa formação. Por isso vamos adiantar a invasão. Vocês têm apenas dois dias para chegar a Konoha e iniciarem a operação. Essa era a mensagem da Hokage. Tínhamos pouco tempo até a invasão. Assim que o mensageiro me entregou a mensagem pedi a ele para avisar a todos que me encontrassem no salão principal do refeitório em uma hora.

Fui até a sala de treinamento especial onde Guilherme, Mariana e Natália estavam treinando a segunda liberação de suas zanpakutous. Perguntei a eles qual era o progresso do treinamento. Infelizmente eles ainda não chegaram à liberação completa, apenas descobriram novas habilidades com as espadas. Avisei-lhes para também me esperarem no salão principal do refeitório em uma hora. Também pedi que mandassem algum shinigami chamar os capitães do Unohana, do quarto esquadrão e Mayuri, do décimo segundo, para que presenciassem o aviso junto com todos.

Assim que deu o horário, todos estavam presentes no salão principal. Os capitães e meus amigos estavam ao meu lado no centro do salão. Assim que o último shinigami entrou e sentou em sua cadeira comecei o aviso a todos:

– Pessoal, acabei de receber uma notícia crítica para a nossa invasão. A Quinta Hokage, Tsunade, me enviou hoje uma mensagem. A Akatsuki está começando a se mover. – Assim que ouviram a palavra “Akatsuki”, todos começaram a falar ao mesmo tempo entre si, surpresos. – Silêncio, por favor. Segundo a própria Hokage, temos apenas dois dias para iniciar a operação com sucesso.

– Impossível! – Gritou um ninja no fundo do salão. – Ainda não terminamos o treinamento...

– Se não agirmos mais rápido nós perderemos a guerra. – Disse Kage-senpai, avisando rapidamente a todos.

– Isso mesmo. Mesmo não tendo mais tempo temos que avançar com tudo. Por isso preparei uma nova estratégia para compensar a nossa falta de tempo. – Me virei para a mesa dos ninjas. – Kakashi, preciso que envie algum de seus homens para Konoha imediatamente. Quero que tenha um time a mais de shinobis prontos para reforços.

– Entendido. – Kakashi se levantou e deu a notícia a um dos shinobis em sua mesa.

– Capitão Kurotsuchi Mayuri, eu preciso da ajuda do seu esquadrão para preparar um muro invisível que contenha cada um dos esconderijos da Akatsuki que tenhamos o conhecimento. Junto com os seus homens enviarei alguns shinigamis do meu esquadrão para procurar onde se encontram selados os demônios, a estátua Gedou Mazou.

– Tá... – Disse ele num tom descontraído. – Mas saiba que depois você terá que me pagar por tudo que você tem usado do meu esquadrão. – Ele saiu da sala levando consigo alguns dos shinigamis presentes para já iniciar a construção do muro.

– Capitã Unohana, queria saber se a senhora e os seus homens poderiam tratar os feridos em batalha. Eles serão enviados do campo de batalha para o seu esquadrão.

– Tudo bem, capitão Yonnin... Espero que seja apenas isso. – Disse ela, saindo em direção ao seu esquadrão. – Até daqui a dois dias.

Depois pedi a todos que acelerassem os treinamentos para todos estarem prontos para a guerra logo no dia seguinte. Assim que a reunião acabou levei Guilherme, Mariana e Natália junto com Kage-senpai para a sala de treinamento especial para saber como estava o progresso do treinamento. Ao que parecia os três ainda estavam longe da Bankai, mas conseguiram fortalecer suas habilidades com o treinamento. Ficamos naquela sala durante um longo tempo, treinando com cada vez mais pressão as zanpakutous. Terminamos por volta das onze horas da noite. Assim que saímos da sala todos já estavam dormindo. Levei os quatro até o quarto para dormir, afinal precisariam estar com as energias renovadas ao máximo para o próximo dia.

A noite estava calma como se nada estivesse acontecendo. A Lua brilhava com intensidade junto com as estrelas. Se o momento não fosse de extrema pressão seria uma boa noite. Deitei na minha cama no quarto junto com os meus amigos e dormi.

Assim que acordei o esquadrão já estava agitado novamente. Levantei-me e percebi que os quatro ainda estavam dormindo. Deixei-os descansando mais um pouco e fui ver como estava do lado de fora. O refeitório montado no salão principal estava cheio. Alguns shinigamis e shinobis ainda organizavam suas estratégias antes de partir. O acampamento do lado de fora do esquadrão estava sendo desmontado rapidamente. No lugar estava sendo colocada uma grande mesa repleta de armas ninja, como kunais, shurikens e selos explosivos, além de outras armas mais estranhas. Alguns ninjas paravam em frente a ela e escolhiam as suas armas.

Voltei para o meu quarto e acordei os quatro dorminhocos. Assim que eles acordaram percebi que todos ainda estavam com roupas de dormir, inclusive eu. Mariana e Natália foram se preparar no banheiro feminino. Eu, Guilherme e Kage-senpai pegamos nossas roupas e fomos até o outro banheiro para nos arrumarmos. O banheiro era enorme, com cinco chuveiros e várias cabines com sanitários e várias pias. Eu havia esquecido que aquele local também tinha sido reformado para a estadia dos novos moradores do esquadrão. Nós três caímos rapidamente no banho.

– Yonnin, está lidando bem com a Zero? – Perguntou Kage-senpai, o ruído do chuveiro atrapalhando um pouco a audição.

– Bem melhor do que antes. Já consegui sincronizar todas as transformações com sucesso. Guilherme, já completou aquela técnica que eu te ensinei faz alguns dias? – Disse eu, já saindo do banho e me cobrindo com a toalha.

– Ela é bem difícil, mas já tá tudo pronto. – Disse ele enrolado na sua toalha, pegando suas roupas. – Espero que dê tudo certo.

Terminei de me arrumar junto com Guilherme. Quando saímos do banheiro Kage-senpai ainda estava se arrumando.  Acho que os dragões do clã Ryuu demoram um pouco mais que as pessoas.

Depois de uns quinze minutos todos já estavam no salão principal. A mesa de armas no jardim já estava vazia. Iriam conosco todos os shinobis presentes, os shinigamis do meu esquadrão e do décimo primeiro esquadrão. Abri um Senkaimon grande o suficiente para todos atravessarem. Partimos para Konoha.