Chegando a Konoha, entreguei o relatório da missão a Tsunade. Ela lamentou o ocorrido. Precisaríamos de uma enorme tropa para invadir a Akatsuki. O objetivo agora não seria apenas recolher as bijuus, mas também aniquilar todos os membros vivos da organização. Ela pegou um livro em sua mesa. Percebi que nele tinha todos os membros da Akatsuki fichados. Ela marcou um enorme “X” por cima da foto de Kisame. Era uma forma de anotar que ele já havia sido morto. Após alguns lembretes finais saímos da sala. Chamei todos pra ir para o décimo quarto esquadrão, na Soul Society. Abri o portão da verdade usando o ryuugan e todos nós entramos nele. Em pouco tempo já estávamos descansando nos sofás do salão principal do meu esquadrão. Esperei um pouco, pedi licença a todos, botei uma roupa de capitão mais nova e fui andando até o décimo segundo esquadrão.

O dia ainda estava claro, as cerejeiras floridas cobriam os portões do sexto esquadrão, pelo qual passei pela frente no caminho da minha caminhada. Vi alguns shinigamis andando de um lado para o outro carregando papeladas, como sempre. Demorei um pouco, acho que andei lento demais, ele estava na porta do esquadrão, Kurotsuchi Mayuri.

– Previu que eu vinha, Kurotsuchi-taichou?

– Meus informantes te viram a caminho daqui. Era óbvio que eu sabia que você vinha.

– Invenções novas?

– Na verdade estou pesquisando um poucos suas habilidades. Será que pode me ajudar? Tem uma parte que não consigo compreender.

– Claro...

Entrei no esquadrão, em direção a sala de pesquisas do capitão Kurotsuchi Mayuri. Na sua mesa de pesquisar estava um pedaço de metal no microscópio. Reconheci aquele metal logo que vi: Kageton. Ele me perguntou aonde eu conseguia aquele tipo de metal, que não estava nem mesmo posto na tabela periódica. E como ele aparecia do nada em minhas mãos. Tirei o metal do microscópio e botei a ponta do dedo lá e mandei ele olhar com atenção no aparelho. Quando ele começou a olhar produzi uma pequena bola de metal a partir do Kageton. Quando ele terminou de analisar me olhou com uma cara de quem descobriu o mundo.

– Incrível! Incrível esta sua técnica, Yonnin-taichou!

– Então, o que descobriu dela? – Perguntei como quem não queria nada.

Ele começou a responder mexendo as mãos no mais puro êxtase de sua descoberta.

– Isso é fusão nuclear sem qualquer tipo de calor! Nunca vi nada igual antes. Você está manipulando e fundindo os átomos presentes no ar até formar o metal que você deseja. Técnica incrível!

Passei mais um tempo naquela sala de experiências analisando as antigas invenções de Mayuri. Achei alguns frascos de veneno e outras substâncias. Consegui autorização para pegar algumas amostras daqueles frascos para analisar no meu próprio esquadrão. Saí em direção ao meu esquadrão.

– Conseguiu todas as entidades para as zanpakutous? – Perguntou ele quando eu estava saindo.

– Apenas uma. Mas depois eu consigo as outras. Até.

– Até. – Disse ele, adentrando no seu esquadrão e trancando as portas.

O Sol já havia se posto. Não percebi o tempo passar enquanto estava analisando cada frasco, cada veneno, cada bactéria presente naquela sala. Quando cheguei ao meu esquadrão todos já estavam dormindo. Guardei todas as amostras na minha sala. Quando voltei, na sala, uma pessoa estava sentada no sofá. Reconheci assim que a vi.

– Olá, nee-chan. – Era Annays, aquela minha irmã de consideração que tinha a terceira zanpakutou do clã Ryuu, a Sanryuu.

Começamos a conversar sobre o que tinha acontecido com nós dois desde que não a vi mais. A chamei para ficar aqui, no meu esquadrão, seria de grande ajuda nas novas missões que viriam a acontecer. Conversamos por mais meia hora até que nós dois fomos dormir, cada um em seu quarto. Olhei para o relógio, eram duas horas da manhã.

No dia seguinte, quando acordei, a Soul Society estava invadida por barulho de sirenes. Consegui ouvir que os Hollows que estavam confinados para pesquisas se soltaram, e um deles era um Adjuchas, um dos níveis mais forte de Hollow existente. Peguei minha zanpakutou e fui correndo para o local onde estava tendo o ataque. Quando cheguei, vi shinigamis caídos no chão cobertos de sangue e vários Hollows amontoados avançando para outros lugares. Saquei minha espada.

– Mostre sua verdadeira face, Kageryuu. – com um golpe destruí cinco deles de uma vez só. Com mais alguns acabei com a invasão. Não sei porque os outros shinigamis não conseguiram impedir aqueles monstros. Até mesmo o Adjuchas estava bem enfraquecido. Levei os shinigamis feridos para o quarto esquadrão, onde seriam bem tratados e em pouco tempo teriam suas feridas curadas. A capitã daquele esquadrão, Unohana Retsu prometeu agilidade no tratamento dos feridos. Agradeci a ela e voltei para o meu esquadrão. Emcima da minha mesa havia uma carta. Endereçada de Konoha.