Meu Anjo Vampiro escrita por Lice Lutz


Capítulo 5
Capítulo 5 - Volta




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Por Bella Swan

Não me lembro como e nem quando vim parar aqui. Apenas senti que estava sendo carregada e escutava vozes. E só. Nada conseguia enxergar; as ultimas imagens de Edward continuavam nitidas em meus olhos, aliadas ao meu choro que parecia não ter fim.

- Levem- na para a casa dos Cullen, e os informem do ocorrido com Edward, mesmo que Alice provavelmente já lhes tenha dito o que houve. - não sei exatamente quem era o dono desta voz, mas julgo que seja de Aro, por seu tom eternamente cordial.
- Como quiser, mestre. - respondeu uma voz masculina.

Depois dessa curta converssa, não me lembro de mais nada. Meu topor voltara mais forte dessa vez. Agora, além de não escultar nitidamente, também já não enxergo com clareza - aquelas cenas cobrem parte da minha visão do presente, tornando-a turva - e minha memoria, armazena apenas o estritamente essencial.

A comissaria de bordo estava ao meu lado, oferecendo-me algo para comer. Mas eu não sentia fome, apenas acenei com a cabeça, dizendo-lhe que não queria nada. Aro, que estava no mesmo conjunto de cadeiras que eu - pela primeira vez, em não sei quantas horas de vôo, me virei para o lado, e vi que Aro ocupava o lugar a minha esquerda - pediu uma refeição completa á moça, eu sabia que seria destinada a mim - vampiros não se alimentam de nada que não seja sangue. Decidi finalmente saber quem eram os meus companheiros de vôo. Estavam presentes toda a familia real dos Volturi. Jane, Demetri, Marcus e Caius. E o unico motivo aparente para que todos estivessem ali, é que visitariam uma familia tão grande quanto a deles e confirmariam o que Alice já prevera, noticia que provavelmente não seria bem aceita por nenhum dos Cullen.
Precaução. Esse era o segundo nome de todos os Volturi.

- Coma, Bella. - Aro disse gentilmente, embora um tom autoritario estivesse presente em sua voz - Não quero que os Cullen pensem que eu não a tratei bem durante sua estada em minha cidade.

Como reposta, novamente, apenas acenei com a cabeça negativamente. Agora era assim que me comunicava com as pessoas. Quando as escutava falando comigo, apenas respondia com algum gesto. As palavras estavam presas em minha garganta, ninguem escutara minha voz desde o meu pedido suicida. Aro assentiu o meu gesto e virou para o lado. Eu fiz o mesmo, e fiquei observando as nuvens que passavam por meus olhos numa velocidade sobre-humana. Me lembrei imediatamente de quando ele corria comigo pendurada em suas costas. Lembrança essa, que não voltaria a se repetir mais. Fui inundada novamente pelas imagens dos ultimos momentos dele naquela sala obscura, as lágrimas voltaram a cair instantaneamente. Passei o resto da viagem assim,chorando compulsivamente, a medida em que as cenas se repetiam em minha cabeça.

Desembarcamos no aeroporto, e para minha surpresa não havia ninguem nos esperando por lá. Fomos até um balcão de informações. Aro pediu a atendente que providenciasse um carro para aluguel. Alugamos uma especie de mini- van, não lembro o nome do modelo escolhido. Após alguns minutos de espera, logo estavamos na estrada que levava a casa dos Cullen. Como de custume, estava chovendo em Forks.

Proximo a casa, logo avistei Emmett no jardim, que sorriu ao me ver. Demetri estacionou o carro. Aro desceu e disse a Emmett:

- Olá Emmett. Poderia chamar Carlisle para que possamos ter uma breve converssa?
- Olá, Aro. Creio que não será preciso chama-lo. - respondeu Emmett, olhando para a porta principal da enorme mansão branca. Na porta, estava Carlisle, com um sorriso amistoso nos labios.

- Aro, que surpresa ve-lo por aqui! Alice havia me dito algo sua visita, mas confesso que não acreditei que verdadeiramente teria a honra de recebe-lo em minha casa.
- Ora, não deveria substimar os poderes da pequenina Alice, querido Calisle.
- É claro que não! Vamos, entrem.
- Com licença.

Na sala de estar, Rosalie estava sentada no sofá, procurando furiosamente algo de bom para ver na tv. Esme, saia da cozinha, acompanhada por Jasper. Na ponta da escada, que dava para o segundo andar, se encontrava Alice, com uma expressão desapontada no rosto.

- Então é verdade...- disse num susurro, era evidente que ainda tinha a esperança de que suas visões estivessem erradas.

Logo, todos os Cullen estavam reunidos na sala, o que deu permissão para que Aro começasse seu discurso.

- Ao que me parece, todos aqui pressupõem os motivos para minha visita. Apenas vim dizer-lhes pessoalmente o que se passou dois dias atrás em minha gloriosa Volterra. Um dos membros dessa família,esteve tentanto revelar o nosso segredo milenar, obrigando-nos a tomar severas medidas. Edward, se expôs ao sol, diante dos humanos. E como todos vocês sabem, isto é intoleravél, já que nossa principal regra é: jamais nos expor. E infelismente não abrimos exeções. Imaginem, se de tempos em tempos, começassemos a perdoar os infratores? Nosso mundo tornaria-se um completo caus. E é por estes motivos que Edward fora morto.
Rugidos instintivos brotavam da garganta de todos. A dor era explicita em cada uma das faces angelicais.Calisle, permaneceu imóvel, Esme já estava aos soluços, assim como Alice e, por incrivel que pareça, Rosalie. Emmett permanecia ao lado de sua esposa, igualmente imóvel. E Jasper, era o resumo de todos as sentimentos ali presentes, por conta de sua habilidade. Os Volturi aguardaram pacientemente o choque inicial. Um silêncio incrivelmente sufocante pairou, sendo interrompido somente por Aro.

- É realmente uma lástima que um jovem tão abilidoso como Edward tenha sido perdido por um simples ato de desespero. Apenas quero dizer-lhes que gostariamos que a paz entre nossas familias permanecesse a mesma e que não voltaremos a lhes incomodar.A menos, é claro, se atos assim como o de Edward se repitirem novamente.

- É claro que não pretendemos que uma guerra seja instaurada, Aro. Agradeço-lhe por sua compreensão para com os membros restantes desta familia.

- Não a de que, caro Calisle. Bem, agora que já comunicamos nossa mensagem a vocês, lhes deixaremos a sós. Obrigado por sua educada recepção. Espero que nos vejamos em breve, mas que não tenhamos de tratar de situações tão infelises como essa.

- Estou de acordo. Foi uma honra vos ter aqui. Avisem-nos com mais antecendência da proxima vez, para prepararmos uma melhor recepção.

- É claro.Adeus.

- Adeus.
Em questão de segundos, os Volturi se foram. Em minha mente, restava apenas o eco da voz de Aro, repetindo incansavelmente 'Edward fora morto'. E a cada vez que essa frase era repetida, um novo golpe de dor me atingia, despedaçando agora o vazio. E parece que despedaçar o vazio, já não é mais suficiente. Aos poucos, senti minhas pernas perderem completamente o equilibrio. Pouco depois estava no chão, completamente inconciente.

Aquela fora a primeira vez que sentia os efeitos das noites mal durminadas e as horas sem comer. Minha cabeça latejava, e meus olhos estavam tão inchados, que dificultavam a minha visão.

- Bella? Você está bem? - Alice perguntava visivelmente aflita.

Desta vez, eu queria poder lhe responder, queria ao menos não lhe dar mais uma preocupação,tentar diminuir a sua dor - porque a minha, eu já havia desistido de tentar faze-la parar de crescer. Mas só o que pude fazer foi acenar possitivamente com a cabeça.

- Ela está muito palida, acho que esteve muito tempo sem comer. - observou Calisle - Esme, querida, prepare algo para ela.

- Claro. Bella, querida, iremos cuidar de você. - respondeu Esme, sempre infinitamente maternal, enquanto se dirigia a cozinha.

- Bella. - começou alice, num tom totalmente amavél - Sei que está tudo muito recente, e que talvez esta não seja a hora apropriada. Mas temos que conversar sobre o que houve com Edward, mais precisamente, o que vamos dizer sobre a sua morte.- disse, sua voz tornando-se apenas um susurro no final.
Balancei a cabeça, incentivando-a a seguir; as lagrimas tomando conta novamente do meu rosto - ouvir aquela palavra, seria sempre um choque pra mim.

- Carlisle deu a ideia de dizermos que Edward sofreu um acidente de carro na Italia. - algo totalmente impossivel para um vampiro, mas ninguém sabia o que eles eram na realidade - E que nós estavamos na mesma estrada que ele, só que na direção contraria, e vimos seu carro destroçado. Isso explicaria o porque de seu estado de choque.

Assenti novamente, enquanto chorava desesperadamente no colo de Alice, que continuou a falar:

- Diremos também, que o carro dele explodiu, deixando seu corpo completamente carbonizado. Quanto ao seu enterro, faremos uma cerimonia breve, apenas para os mais intimos. E para que não nenhum humano suspeite de nada, falaremos que o corpo de Edward, por estar em um estado deploravel, fora cremado.

Em cada palavra dita por Alice, era notável o sofrimento que queimava em seu coração morto. Ouvir as palavras morte e enterro colocadas junto ao nome dele, seria sempre um choque pra mim. Seria sempre como voltar no tempo e ver novamente sua morte.

Minutos depois, Esme trouxe minha comida, mas nem pude me mover para pega-la. Carlisle interveio:

- Bella, por favor, coma. Pense em Charlie, no quão dificil para ele será vê-la assim de novo...

Charlie. Mais uma pessoa que sempre é afetada pelas minhas estupidas escolhas, pelo simples fato deu existir. Havia me esquecido dele, do quão dificil para ele é me ver sofrendo, porque ele sofre comigo, sofre pelo meu sofrimento. Mas desta vez, isso acabaria logo, ele não teria de conviver de novo com uma filha- zumbi. Eu me encarregaria de por de uma vez por todas um ponto final, na minha morte em vida. Por mim, e principalmente por todos em minha volta.
Carlisle continuava na minha frente, ainda com uma expressão interrogativa e ao mesmo tempo persuasiva. Resolvi pegar a bandeija que estava nas mãos de Esme e comi um pouco, o suficiente para deixa-los menos preocupados comigo. Enquanto isso, Calisle estava ao telefone.

- Charlie? Aqui é Carlisle.

Meu pai deveria estar muito desesperado,eu conseguia escultar sua voz do outro lado da linha.

- Carlisle. O que Alice fez com minha filha? Onde ela está? Já faz cinco dias que ela saiu de casa, e eu não recebi nem sequer um telefonema!

- Charlie, por favor se acalme. Bella está aqui, conosco.

- Estou indo busca-la.- o tom de sua voz abaixara um pouco, mas a preocupação era eminente

- Sim, mas tenho que lhe dizer algo antes. Bella e todos nós estamos muito fragilizados. Edward morreu em um acidente de carro na Italia, e por isso que a viagem durou mais do que o previsto.

- Edwrad morreu?? Meu Deus, como minha filha está?

- Muito mal, Charlie. Ela e Alice passavam na mesma estrada que Edward no momento do acidente e viram os destroços do seu carro, então tiveram de ficar por lá para o reconhecimento do corpo e todos os procedimentos de praxe.

- Bella... Em poucos minutos estarei ai.

- Estamos te esperando. - Carlisle finalizou a ligação, fechando seu celular em seguida.

Me afundei nos braços de Alice, voltando a chorar compulsivamente. Permaneci assim, durante alguns minutos, até que escutei o ronco do motor da viatura de Charlie. Carlisle já o esperava prontamente.

- Entre, Charlie.
Na porta, estava a figura de um homem cansado, com olheiras profundas- Charlie provavelmente não durmira nem sequer uma noite desde minha repentina viagem - que vinha correndo em minha direção.

- Bella, filha... O que fizeram com você?

Nada, infelizmente nada. Me deixaram aqui, neste corpo sem alma. Charlie me abraçou e sussurou em seguida:

- Vamos embora, querida. Você precisa descansar.

Com grande dificuldade, Charlie tentava me pegar no colo, coisa que até mesmo Alice faria com maior traquilidade. Carlisle pareceu perceber a mesma coisa, e mandou que Emmett me carregasse até o carro, que me deitou no banco de trás.

- Se cuide, Bellinha. - disse fechando a porta.

Charlie andou para o lado do motorista, buzinou para todos em forma de despedida e pouco tempo depois já estavamos na estrada que nos lelevava a nossa casa. Minhas lagrimas, fizeram questão de me fazer companinha durante todo o percurso.
Assim que o carro parou na frente da minha casa, me levantei e fui andando até a porta. Charlie a abriu em seguida.

- Descanse Bella.

Apenas assenti, encarando a escada, que me levaria até o meu quarto, onde passaria mais uma noite sem ter Edward ali, embalando o meu sono. Mas com apenas uma diferença. Desta vez eu tinha a certeza - e até mesmo provas- de que ele não voltaria mais.

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Notas finais do capítulo

Meusa anjinhos, desculpem a demora. É que agora, ta uma correria na escola - sabe como é fim de ano né?! E claro, de novo, eu esqueci de postar aqui :S Me desculpem, de verdade.

Espero que tenham gostado e, por favor, comentem.

Um grande beijo e um abraço de Emmett, Lice!



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