Harry Potter e o Amuleto de Merlin escrita por ana_christie


Capítulo 24
RAB


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal, Feliz Ano Novo para todos! Espero que gostem desse capítulo, bem, esse não tem tanta adrenalina quanto os demais, mas também está legal. Podem esperar que o próximo será de deixar ansioso!



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viagem de retorno à Inglaterra foi feita sem problema algum, pelo mesmo meio das anteriores, de avião. Ao porem os pés no aeroporto, não perderam tempo: encontraram logo um lugar calmo onde pudessem usar uma Chave de Portal sem problemas. Ainda não tinham um lugar para ir, pois tinham fechado a conta com o hotel onde vinham se hospedando. Por isso, antes de decidir o que fazer agora e um novo lugar onde ficarem, resolveram ir ao Largo Grimmauld, apesar da dificuldade em aparecer por lá. Tinham saudades dos familiares e amigos.    

Antes de aparecer por lá sem saber como as coisas estavam e as dificuldades que poderiam encontrar para entrar na casa, Hermione resolveu mandar um dos seus Patronos falantes. Ela mandou uma mensagem e esperava outra em troca. Era de noite, o movimento no aeroporto estava bem menor que durante o dia. Estavam num lugar vazio e depois de uma tensa espera, viram o lobo que era o Patrono de Tonks aparecer. Ele dizia:

Sejam bem vindos! Que alegria! Só tomem cuidado com a porta de entrada, acho melhor aparecerem dois de cada vez, cobertos com a Capa da Invisibilidade do Harry, pois como sabem, ainda estamos sendo vigiados.

Após a mensagem, o Patrono de Tonks se desvaneceu. Hermione fez duas Chaves de Portal, uma com alguns minutos de diferença da outra. Os primeiros a irem foram Ana e Harry. Enquanto atravessavam a distância entre o aeroporto de Hethrow e o Largo Grimmauld, já mentalizavam o endereço da casa, de modo que mal aterrissaram na frente da casa, ela já apareceu diante eles, que abriram a porta e entraram. Tiraram a Capa da Invisibilidade e fecharam rapidamente a porta atrás de si. Tonks, Lupin, e o Sr. e a Sra. Weasley já esperavam por eles ali no hall de entrada, e os abraçaram, muito contentes, principalmente Molly, que quase lhes quebrou os ossos. Poucos minutos depois, após se livrarem do Feitiço da Desilusão (se desilusionaram por não terem consigo a capa do Harry) entravam pela porta Rony e Hermione, que tiveram o mesmo tratamento — para a alegria de Harry e Ana, que já tinham receio de ter algumas costelas quebradas.

Mais tarde, enquanto saboreavam, saudosos, a deliciosa comida da Sra. Weasley, eles conversaram sobre suas aventuras, omitindo, logicamente, o motivo por trás delas, e sem contar os momentos de grandes perigos, como a perseguição dos dragões na Romênia e dos guardas na Índia. Molly e Arthur ficaram bastante satisfeitos de ter notícias de Carlinhos, pois fazia já um bom tempo que não tinham como se comunicar. Em contrapartida, eles receberam notícias sobre o mundo bruxo, os amigos e a Ordem da Fênix. Quanto ao mundo “voldemortiano”, não houvera mudanças significativas. Os Comensais da Morte, sob o nome do Ministério da Magia, vinham agindo de maneira pérfida, como sempre. Uma notícia deixou a todos tristes. Dawlish, o auror servindo como espião no Ministério da Magia, fora descoberto, torturado intensamente e morto pelos Comensais. O auror fora de grande valentia, pois em momento algum delatara seus colegas da Ordem ou os planos que a Ordem tinham feito. Conseguira resistir a tudo, preferira a dor e a morte à traição aos seus amigos, colegas e ideais. 

Durante alguns dias, Harry, Rony, Hermione e Ana descansaram um pouco dos dias atribulados que tiveram, mas sem deixar, contudo, de continuar pesquisando, estudando e treinando. Ana aproveitou as frequentes visitas de Tonks, Lupin e Moody para aprender novos feitiços, tanto usados no dia-a-dia quanto feitiços de ataque e defesa. Estudava, também, no tempo livre, os assuntos das disciplinas que Hogwarts ensinava, pois queria, algum dia, poder se formar em bruxaria e magia.

Certo dia, Rony, por incrível que pareça, teve uma ideia que podia ajudá-los num dos enigmas que mais os perturbava: a identidade de RAB. Ele sugeriu que procurassem em livros de registro bruxos e livros bruxos de genealogia pessoas que tivessem essas iniciais nos seus nomes. Tinham que procurar pessoas que tivessem com ao menos quinze anos na época da ascensão de Voldemort. Menos que essa idade não dava, pois teriam muita pouca idade para conseguir o feito incrível que fora passar pelas armadilhas na caverna onde a Horcrux estava escondida. Mesmo com essa limitação, o número de pessoas que constavam nas listas era muito grande, e tinham que passar horas em cima das listas, procurando pelos nomes com as inicias R, A e B.

Andando pela casa, Ana viu a porta de uma sala em que nunca tinha entrado. Era a sala onde Harry fizera Monstro pôr o quadro da mãe de Sirius. Ela sabia que, nele, tinha uma grande tapeçaria com a árvore genealógica dos Black. Ela gostaria de ver a tal tapeçaria e entrou na sala muito cuidadosamente, pois não queria “despertar” o quadro da mãe de Sirius, se bem que com seu sangue puro, era bem capaz da velha lhe render homenagens. A sala estava muito escura, pois as janelas estavam fechadas e cobertas com longas cortinas. Ana lançou o Feitiço de Iluminação e procurou a tapeçaria, que ocupava uma parede inteira da sala. Chegou perto dela e a luz de sua varinha fez brilhar o fio dourado com que os nomes eram tecidos.

Ana examinou os nomes, vendo as conexões que havia entre as famílias. Sabia que os nomes das pessoas que tinham agido contra os ideais da família Black tinham sido apagados, como o nome de Sirius e o de Tonks e sua mãe, Andrômeda, essa por ter se casado com um Nascido-trouxa. Estava passeando a luz da varinha pelos nomes, procurando o lugar onde o nome de Sirius fora apagado, quando viu um nome que lhe chamou a atenção. Ao lado do espaço queimado onde o nome de Sirius tinha sido apagado, estava um nome que só podia ser de um irmão. Ela não sabia que Sirius tinha tido um irmão. Régulo Arturo Black. O nome lhe chamava a atenção, e ela não sabia por quê. Era como se fosse algo que estivesse em seu subconsciente. Durante um bom tempo ela ficou lá, meditando sobre a sensação de deja vu que o nome lhe causava.

***

Hermione, Harry e Rony estavam no quarto que Harry dividia com Rony. Harry estava deitado de bruços na sua cama, Hermione sentada no chão com Rony deitado e a cabeça em seu colo. Os três tinham expressão de cansaço e abatimento. Eles estavam pesquisando os nomes de pessoas que poderiam ser RAB.

Já fazia muito tempo que estavam naquele quarto e suas vistas já ardiam com a leitura cansativa dos nomes pequenos dos livros de registro e genealogia. Iam sublinhando os nomes de pessoas que tinham as iniciais procuradas, e já tinham mais nomes sublinhados do que podiam imaginar no começo da tarefa.

— Estou achando que isso não vai nos levar a nada! — disse Rony. — Só podia ser mesmo ideia da besta aqui. Levaremos meses procurando cada uma dessas pessoas, e ainda faltam muitos livros para a gente procurar!

— Para de se xingar, Rony! — disse Mione. — Sua ideia foi boa, eu, o Harry e a Ana não conseguimos pensar em mais nada. A culpa não é sua de tanta gente ter essas iniciais. Nossa, veja o nome desse aqui, que loucura... Roendro Amelício Brownhouser. Como alguém pode pôr um nome desses num filho? Só se for promessa... Será que tem algum santo com esse nome?

Apesar desse nome realmente estar no seu livro, Hermione só chamara a atenção para ele com o intuito de acalmar os ânimos e suavizar um pouco o pesado ambiente. Realmente, não tinham mais nada o que fazer. Nenhuma ideia de onde poderia estar as demais Horcruxes, nenhuma ideia de onde estaria a última parte do Amuleto de Merlin, nenhuma ideia de quem poderia ser RAB. Isso os deixava ansiosos.

Em sua cama, de bruços, o rosto apoiado na curva de um cotovelo e o livro aberto à sua frente, Harry passava lentamente as páginas, os olhos sonolentos por trás dos óculos. Tão sonolento e entediado que quase deixou algo passar. Quando se deu conta, sentou-se na cama de supetão, o livro aberto sobre suas coxas e o olhar cravado numa das páginas.

Rony e Hermione, que estavam também sonolentos, tiveram um susto com o gesto brusco de Harry. Rony levantou com tanta rapidez que meteu a cabeça no queixo de Hermione. Os dois gemeram de dor e ficaram esfregando os lugares machucados.

— Quer matar a gente de susto, cara?! — disse Rony, o rosto franzido de dor.

Harry nem se deu conta do que acontecera com os amigos. Com um grande sorriso no rosto, ele disse:

— Acho que descobri quem é o nosso RAB.

***

Após meditar durante um tempo, olhando o nome do Régulo Arturo Black, Ana enfim percebeu o porquê do nome lhe causar aquela estranha sensação. As iniciais de seus nomes! RAB, o nome que procuravam! Seria apenas coincidência? Bem, mesmo que fosse, era melhor ir contar a Harry, Rony e Hermione. Saiu da sala e caminhou rapidamente pelo corredor. Não precisou procurá-los. Em sentido contrário Harry e os outros vinham em sua direção. Ana parou na frente deles.

— Acho que já sei quem é RAB! — disseram ela e Harry ao mesmo tempo.

Os dois se entreolharam e caíram na risada.

— Régulo Arturo Black? — tornaram a falar ao mesmo tempo.

Os dois riram, afirmando com um movimento de cabeça. Todos se encaminharam para o quarto de Harry. Sentaram-se comodamente e começaram a explicar-se.

— Como você descobriu que RAB é Régulo Arturo Black, Ana? — perguntou Harry.

— De uma maneira tão simples que não sei como você não descobriu antes, Harry. Na tapeçaria da árvore genealógica dos Black! Queria dar uma olhada, já que nunca a tinha visto e você falou dela, do fato do Sirius não estar mais presente e tal. E aí o nome chamou minha atenção e só depois eu percebi que as iniciais eram as mesmas. E como você descobriu?

— Num desses livros de genealogia. Um que mostra também a árvore genealógica dos Black. Pelas barbas de Merlin, isso estava na minha cara o tempo todo, e eu não percebi! Como pode?

— Mas, Harry, há tantas pessoas com as mesmas iniciais... — disse Hermione, meio cética. — Como é que você pode ter tanta certeza assim?

— Bem, não é certeza absoluta, mas muita coisa me leva a achar isso. Além das iniciais, lembrei de uma conversa que tive com Sirius naquela sala da tapeçaria há uns dois anos. Ele me disse que o irmão dele, o tal Régulo, tinha se tornado Comensal da Morte, mas depois desistira, e por isso Voldemort o matara. Ora, pense bem. Ninguém, além de Dumbledore, e talvez Slughorn, sabia sobre as Horcruxes de Voldemort. Ele não contara para ninguém, pelo que a gente sabe. Então a única maneira de alguém saber das Horcruxes naquela época é se o próprio Voldemort tivesse contado, por algum motivo que não tenho a mínima ideia de qual seja. Talvez Régulo tenha querido deixar os Comensais por tomar conhecimento do nível de maldade a que Voldemort chegara, com a confecção de Horcruxes. Régulo morreu há exatos dezenove anos, bem na época em que Voldemort estava confeccionando suas últimas Horcruxes. Pode ser que tudo isso seja coincidência, mas eu não acho. Vou seguir essa pista, é melhor que começar a ir atrás de dezenas e mais dezenas de bruxos que têm como iniciais RAB.

— Apoiado, apoiado! — disse Rony. — Muito bom saber que enfim uma ideia minha deu para alguma coisa útil!

A cara que Rony fazia era tão cômica que nenhum deles aguentou: todos começaram a rir, e logo, de pura alegria com a descoberta, fizeram uma grande algazarra usando os travesseiros. Quando alguns estouraram e penas caíram por todos os lados, ainda rindo, voltaram-se para a porta e viram uma zangada Sra. Weasley com as mãos apoiadas nos amplos quadris.

— Bonito, para vocês... Quatro adultos fazendo bagunça como crianças! Arrumem logo tudo isso, tem visita lá em baixo — logo seu rosto ficou sorridente. — Mesmo sabendo do perigo de se expor, Harry, não deu para segurar o Sirius. Se ele não visse o afilhado logo estouraria, por isso o Aberforth o trouxe. E por sinal, Ana, o Abe está doido para te ver, também.

Essas últimas palavras serviram muito mais para apressá-los a arrumar os estragos feitos no quarto que a zanga da Sra. Weasley, assim em pouco tempo todos desciam ao primeiro andar mais rápido que quando a Sra. Weasley os chamava para comer.

Foi uma alegria muito grande para Harry encontrar Sirius, em quem deu um forte abraço. Sirius mudara bastante desde que Harry o vira pela última vez. Aberforth, pelo visto, estava tratando muito bem dele. Sirius engordara e sua pele não estava mais macilenta. Seus cabelos estavam limpos e bem-tratados, parecia rejuvenescido uns vinte anos. Os outros também se alegraram ao ver o amigo velho de guerra tão disposto e alegre, sem o olhar taciturno e neurótico que às vezes ele tinha há uns anos, antes de ir para a outra dimensão. Aberforth e Ana também se alegraram muito de verem um ao outro, pois entre eles se criou uma relação que era quase de pai e filha.

Depois de matadas as saudades, Harry chamou Sirius para um canto para conversarem. Precisava que ele lhe dissesse o que pudesse sobre Régulo, seu irmão. Numa sala vazia, o rapaz disse a Sirius:

— Por razões que não posso te contar, Sirius, preciso que me diga tudo o que se lembre sobre Régulo. Saber sobre ele vai me ajudar muito a descobrir algo muito importante para minha missão, que é secreta, por isso não posso te contar nada.

Sirius esfregou seu queixo pensativamente.

— Não passei tanto tempo assim com meu irmão. Você sabe que aos dezesseis anos eu saí de casa para ir morar com seu pai, pois não aguentava mais a minha família adorada — o tom de ironia típico de Sirius fez Harry sorrir. — Só o que sei mesmo é o que te falei, há muito tempo atrás, que Voldemort ou algum comparsa o matou, quando ele quis deixar os Comensais da Morte. Pelo menos é isso o que dizem, minha família ficou muito desgostosa quando Régulo quis deixar o grupo de comparsas de Voldemort, pois achava que ele estava certo em querer acabar com os Nascidos-Trouxas, mas não ficaram felizes com sua morte; sempre o amaram, por ele ser o tipo de filho que sempre quiseram. Diferente de mim... — ele disse com uma careta divertida. — Se quer saber alguma coisa sobre ele, por que não procura o seu quarto? Creio que ele não foi mexido. De qualquer modo, Monstro não deixaria, não é?

Harry riu, e ficou chateado consigo mesmo, por não ter tido essa ideia tão simples. Quando Sirius e Aberforth foram embora, ele chamou Rony, Hermione e Ana e lhes contou sobre a curta conversa que tivera com Sirius sobre seu irmão e a ideia que ele lhe dera. Os três também sentiram sua mesma chateação por não terem lembrado de algo tão bobo.

Mais tarde, começaram a procurar pelo quarto de Régulo. Era engraçado, mas não tinham tido nunca interesse algum por esse quarto, e ninguém jamais o havia ocupado, nem mesmo estado dentro dele, desde que frequentavam a Casa dos Black. O quarto ficava num amplo corredor onde só havia mais um quarto, a suíte máster da casa, certamente a que fora ocupada pelo casal Black em todas as gerações da antiga família. Com certeza, no corredor só havia o quarto de Régulo, e não de Sirius, porque aquele fora o orgulho da família, enquanto esse, a ovelha negra. A porta era larga, de madeira-de-lei escura e lustrosa, e tinha uma plaquinha de prata com as iniciais RAB em jade. Ao ver a plaquinha, todos eles ficaram doentes de irritação. A identidade de RAB estivera diante seus narizes durante todo aquele tempo.

— Isso é uma... — Rony deixou escapar um palavrão que fez Hermione abrir a boca e ralhar com ele.

— Fale isso perto da Sra. Weasley e ela lavará a sua boca com sabão!

— Bem, calma, vamos entrar... — disse Ana, estendendo a mão para girar a maçaneta. Entretanto, a porta não se abriu, nem mesmo quando a garota lançou um feitiço. Não tinha enigmas a serem decifrados nem nada que indicasse como a porta poderia ser aberta.

Harry franziu as sobrancelhas, mas logo seus olhos verdes brilharam espertos por trás dos óculos.

— Já sei quem deve ter fechado o quarto... E quem pode abri-lo! Monstro!

No entanto, seu grito, como das outras vezes, não surtiu resultado. O elfo não apareceu. Ele ficou pensativo, especulando no porquê do fato, quando Hermione disse:

— Eu aposto que ele não aparece, Harry, porque você não é mais seu dono, agora que Sirius voltou da outra Dimensão. Ele agora deve ser seu novo “dono” — a garota fez uma cara irritada que todos já sabiam ser a cara-de-Mione-ao-falar-das-injustiças-contra-os-elfos. — Coitados dos elfos, têm que passar de um “dono” para outro sem ter a mínima vontade, como verdadeiros escravos! Se as pessoas quisessem lutar pelos seus direitos...

— Epa, vamos parando, Mione, deixa outra hora para falar dos seus queridos elfos, a gente tem coisa importante para fazer agora, RAB, se esqueceu? — falou Rony.

A garota fez cara de quem ia reclamar, mas pensou melhor e maneou a cabeça afirmativamente.

— Tenho que ir até Monstro... poderia pedir ao Sirius que o ordenasse, mas ele não está mais aqui, e estou com pressa! Devo arranjar uma maneira de convencer Monstro a nos deixar entrar... Só não sei o que usar como barganha...

— Por que não cola os pedaços da taça de Hufflepuff e dá para ele, Harry? — disse Ana. — Os pedaços não servirão para reconstruir a taça para um museu, mas com certeza Monstro adoraria ter um objeto que pertenceu a uma bruxa puro-sangue tão famosa como Helga Hufflepuff.

— Boa ideia, Ana! — disse Harry, correndo ao seu quarto buscar os pedaços da taça, que uniu com uma poderosa poção colante que a Sra. Weasley mantinha na casa, para colar coisas que não podiam ser restauradas com feitiços.

Harry preferiu não deixar Hermione entrar com eles na Sala da Genealogia Black, onde era provável que Monstro estivesse. Apesar de não a estar tratando mais mal por causa do acordo que tinha feito com Harry, Monstro podia não querer ajudá-los por ela ser uma Sangue-ruim, além de o quadro da Sra. Black estar descoberto.

Na sala escura, o elfo espanava com bastante afeto a tapeçaria da árvore genealógica. Harry se aproximou dele e disse, baixinho para não “incomodar” o quadro da mãe de Sirius (e não incomodar a ele e seus amigos com seus gritos!):

— Olá, Monstro... Preciso de sua ajuda... Em troca te darei algo digno da família Black.

O elfo parou o que fazia e o olhou com descaramento e desconfiança.

— Harry Potter não é mais o mestre e amo de Monstro, Monstro não precisa mais seguir as suas ordens...

— Entenda, Monstro, não estou te ordenando, estou te propondo um acordo. Não foi bom o acordo que fizemos, de você se mudar para cá com sua senhora e as cabeças dos seus familiares?

Os olhos remelentos do elfo brilharam e ele olhou com veneração para o quadro da Sra. Black que, nesse momento, dormia roncando bastante alto.

— Sim, Harry Potter, foi um acordo maravilhoso para Monstro... O que Harry Potter poderia oferecer agora para Monstro? — seus olhos brilharam especulativos.

Harry tirou de trás de si a taça de Hufflepuff remendada e a apresentou aos olhos enormes e fascinados do elfo. Ele estendeu as mãozinhas ávidas, querendo apanhá-la, reconhecendo o famoso objeto mágico, mas Harry o pôs longe de seu alcance.

— Nãh... Só te dou depois que fizer uma coisa para mim...

— O quê? — Monstro perguntou, a voz excitada.

— Quero que você abra a porta do quarto de Régulo Black para nós.

O elfo se assustou.

— O quarto de mestre Régulo?! Não, não e não! Monstro mesmo a fechou, para que ninguém conspurque o sagrado dormitório de mestre Régulo!

— Não queremos ocupar o quarto, quando a gente sair você pode fechá-lo de novo. A gente só quer entrar para descobrir uma coisa muito importante. Bem, mas já que você não quer abri-lo... — Harry fez menção de sair da sala levando consigo a taça, e Rony e Ana se viraram para acompanhá-lo, mas logo sacando qual era a dele.

— Não, não, espere, Harry Potter!  Harry Potter se compromete a não deixar ninguém ocupar o quarto, nem bagunçar nada do que está lá dentro?

Harry se voltou, um falso ar incerto no rosto.

— Bem... Mas você não quer que a gente entre... Pode ser...

— Sim, sim, dê a taça para Monstro e Monstro abre a porta para Harry Potter e os amigos dele!

Harry sorriu, vitorioso.

— Sim, mas só a darei para você depois que a gente sair do quarto e você o fechar de novo!

Monstro novamente teve que pensar um tempo, pesando prós e contras, mas enfim aceitou a exigência de Harry. Só pensava em enfeitar o “lar” da sua Sra. com um objeto tão valoroso e pertencente a uma bruxa tão importante e de sangue tão puro como Helga Hufflepuff.

Monstro, com sua magia élfica, abriu a porta que era impossível ser aberta por bruxos. Harry a empurrou devagarzinho, e ela se abriu com um rangido de porta que fazia anos que não era aberta.

O ambiente era claramente pertencente a alguém que fora sonserino: variados tons de verde e prata se espalhavam pelas paredes, no chão, objetos e tecidos que havia no quarto. Móveis de madeira-de-lei negra contrastavam com objetos de arte verdes e prateados. O incrível era que não havia pó nem teias de aranha pelo quarto, parecia que o mesmo tinha acabado de passar por uma faxina. E tudo que havia no quarto parecia novo, como se anos não tivessem se passado. Harry comentou isso em voz alta e Hermione disse:

— Magia élfica, Harry. Uma espécie de magia capaz de deter a ação do tempo, não o tempo em si, mas o poder que o tempo tem de transformar um ambiente. Bruxo algum é capaz de fazer isso ou forçar seu elfo a fazer, mesmo que mande nele. Os bruxos não têm muita capacidade de lidar com o tempo, a não ser na fabricação de vira-tempos e no feitiço Arestum Momentum.

— E aí, Harry, acha que o Medalhão de Slytherin está aqui? — perguntou Rony. Acha que a gente vai encontrar?

— Bem, não sei, mas não custa nada tentar... Na verdade, é a única coisa que a gente pode fazer no momento, já que a gente não tem mais nenhuma pista.

Harry e os demais começaram a procurar pelo Medalhão de Slytherin em todos os lugares possíveis do quarto. Era incrível, a impressão que tinham era de que a qualquer momento o dono do quarto entraria pela porta. Suas roupas todas estavam lavadas, passadas e guardadas no guarda-roupa e na cômoda. Nas estantes, seus livros, tantos os que usara em Hogwarts quanto livros que devia ter lido na época que fora Comensal da Morte, pois eram livros de magia negra avançada, todos como se fossem novos. Até os produtos de higiene pessoal de Régulo estavam intactos. Inclusive, na sua mesinha-de-cabeceira, tinha um copo com água, um saco de sapo de chocolate aberto, com o chocolate comido pela metade, um livro com um marca-página e um pedaço de papel com um recado (“comprar o livro A Magia das Trevas na Atualidade”)!

Entretanto, por mais que procurassem o medalhão, não o encontraram. Não estava lá! A única coisa importante que encontraram foi o diário de Régulo, que revelava como ele pegara o medalhão e o verdadeiro motivo por trás de sua morte: Régulo seguira seu Lord até a caverna onde ele guardara a Horcrux, sem que o bruxo, miraculosamente, percebesse, e vira como Voldemort forçava, com a Maldição Imperius, um simples trouxa a beber a poção para pôr o medalhão dentro da bacia de runas. Então, levara à caverna um bruxo das trevas que era um assassino e, da mesma maneira de Voldemort, o fizera beber a poção para de lá retirar a Horcrux. O bruxo das trevas morrera. As últimas palavras no diário revelavam certo medo por parte de Régulo, pois num momento de relaxamento Voldemort, através de sua Legilimência, descobrira, antes de Régulo fechar sua mente, que ele sabia da existência das Horcruxes. Por isso Voldemort o matara, para que ele não contasse a ninguém! O Lord das Trevas devia ter visto apenas isso na mente de Régulo antes do bruxo fechar sua mente, senão teria percebido que sua Horcrux não estava na caverna. O ruim é que Régulo devia ter posto o medalhão em outro lugar, mas nem mesmo uma pista de onde poderia estar ele deixara.

Harry foi até a porta do quarto, onde Monstro estava.

— Monstro, queria saber algo. Você já viu, por acaso, um medalhão junto com seu mestre Régulo, como este aqui?

Tirou do seu bolso a falsa Horcrux e a mostrou a Monstro. Na mesma hora, o elfo o reconheceu.

— Mas... mas esse... esse é o medalhão de mestre Régulo! O que ele pediu a Monstro para guardar, pouco antes de morrer! O medalhão que sumiu! — olhou desconfiado para Harry. — Monstro pensava que o medalhão de mestre Régulo tinha sido roubado por outra pessoa vil, mas nunca ia imaginar que tinha sido Harry Potter que tinha roubado o medalhão!

— Não, não, Monstro, esse não é o medalhão de Régulo! Esse é apenas uma cópia muito parecida! Eu quero descobrir onde está o outro medalhão, o de verdade!

Monstro baixou a cabeça até quase encostar seu enorme nariz bulboso e sujo no chão. Sua voz veio com laivos de ódio.

— O medalhão sumiu... Tanto que Monstro tentou proteger as coisas da casa da sua Senhora, quando Harry Potter e seus amigos começaram a limpar a casa... Monstro achava que as coisas que guardaria dentro dos armários da sala lá de baixo não poderiam ser tocadas, mas foram abertos e muitas coisas sumiram, antes de Monstro poder guardar!

Nesse momento, Harry, Rony e Hermione se lembraram da vez que tinham ajudado a Sra. Weasley a limpar a casa dos Black. Havia vários objetos interessantes, como um instrumento prateado de formato desagradável, como um par de pinças com muitas pernas que tentou picar Harry, uma caixinha de música amaldiçoada que emitia um fraco e sinistro toque quando se dava corda, e que deixara todos fracos e sonolentos, uma Ordem de Merlin, Primeira Classe, ganhada pelo avô de Sirius e... um pesado medalhão que nenhum deles conseguiu abrir!

Harry bateu a mão na testa.

— Idiota, idiota, idiota!

— Pare, Harry, não tinha como você saber! — disse Hermione. — Naquela época você nem sabia sobre as Horcruxes!

Sem dar ouvidos a Hermione, ele andava em círculos, a cabeça baixa, tentando imaginar onde poderia estar o medalhão.

— Pensa, Harry, pensa! Tem algo que você está se esquecendo!

Então lhe veio a luz. A imagem que lhe veio à mente foi a de um bruxo magricela, baixo, não barbeado, de costas curtas e curvadas, longos cabelos desalinhados cor de gengibre, com olhos inchados e injetados que lhe davam a triste aparência de um basset.

— Mundungo Fletcher! — rosnou, irritado.

— Mas é claro! — disse Rony. — Deve ter sido mesmo o Dunga quem o roubou! Lembra da quantidade de coisas que ele levou do Largo Grimmauld?

Monstro, uma expressão furiosa, falou:

— Aquele Mundungo deixou Monstro muito irritado! Ele roubou várias coisas da casa da Sra. de Monstro, ah, ele roubou! Monstro conseguiu pegar de volta muitas coisas que ele roubou, mas muitas coisas estão perdidas, ah, como Monstro sofre!

— Aquele salafrário... — murmurou Harry. — Depois de tanto tempo, ele já deve ter vendido o medalhão, ele deve ser irrecuperável! Sabe Deus lá por quantas mãos o medalhão já deve ter passado!

— Mas a única coisa que a gente pode fazer é procurar esse Mundungo, Harry — falou Ana. — A gente tem que seguir a pista do medalhão até onde puder, mesmo que nos leve para onde o vento faz a curva. Você sabe o quanto isso é preciso. Mesmo que o medalhão tenha passado por várias mãos, temos que verificar.

Mione olhou em torno do quarto, lembrando de Régulo. Ele desafiara Voldemort, em sua opinião se redimira com aquele último ato que fizera, tentando boicotar o Lord das Trevas.

— Sim, temos que fazer tudo para encontrar a Horcrux e destruí-la. Mesmo que isso não fosse necessário para derrotar Voldemort, seria uma injustiça com Régulo. Seria deixar a sua morte e seu ato heróico serem em vão.

Todos concordaram com ela.

***

Harry e os outros queriam saber o paradeiro de Mundungo Fletcher, mas o bruxo há muito tempo deixara de participar das reuniões da Ordem da Fênix. O covarde, desde a tomada do poder no Ministério por Voldemort, se desligara dos antigos amigos, e só não entregara Harry e os outros para o Ministério por medo de represálias. Ele temia intensamente Moody e Shacklebolt. Ninguém sabia onde ele se enfiara.

Após algum tempo pensando, Harry desconfiou que o bruxo devia estar no antro que mais gostava em toda Londres: a Travessa do Tranco. Lá era o lugar onde ele mais fazia seus negócios escusos, pois Mundungo era mestre em se utilizar do mercado negro para vender e comprar coisas. Harry decidiu, então, ir com os outros até o Beco Diagonal.

No dia marcado para a excursão ao Beco, disfarçaram-se novamente da maneira costumeira: o feitiço metamorfológico da Hermione. E foram até lá pelo método usual: a Chave de Portal. O Beco estava ainda mais desestruturado do que da última vez. E nas paredes, havia panfletos espalhados com o nome de “procura-se”. O Ministério procurava pelo bruxo lobisomem que eles tinham enfrentado e matado tempos atrás.

A Travessa do Tranco encontrava-se mais escura e sombria do que nunca. Mais e mais bruxos vendiam seus produtos sem a mínima preocupação com a legalidade deles. Os garotos perguntaram por Mundungo a todos os bruxos que encontravam. Logo souberam que ele estava trabalhando num pardieiro, uma loja caindo aos pedaços que vendia os piores tipos de insetos e seres usados em poções proibidas. A loja ficava quase no fim da Travessa, que ia se afunilando à medida que terminava, e por isso a rua ficava tão estreita que eles não cabiam, a não ser que fossem dois a dois. As lojas nesse lugar não mereciam ter essa denominação, pois não eram mais que míseros barracos caindo aos pedaços, de tal forma que lembrou a Ana as piores partes das favelas do Rio de Janeiro.

Harry e Rony entraram na frente, na barraca em que souberam que Mundungo agora trabalhava. Ela era apinhada de sujas barricas cheias de insetos e animais viscosos, de cheiro e aparência repelentes, alguns que chamaram a atenção de Hermione, pelo fato de estarem sendo comercializados, dada sua raridade ou perigo. Um bruxo de aparência macilenta, de dentes podres e hálito pestilento, aproximou-se deles. Era o dono da barraca.

— O que desejam, meus filhos? — enfiou a mão dentro de uma barrica cheia de crisóbitos de asas prateadas, uns vermes extremamente raros usados na fabricação da mais forte — e proibida — Poção da Carne-Viva conhecida. Essa poção, quando ingerida, fazia a pele de quem a bebesse começar a arder até que se derretesse inteiramente e deixasse o corpo todos em carne-viva, os músculos e tendões todos expostos.

Ana se nauseou ao vê-lo tirar a mão toda viscosa e segurar seu próprio queixo com ela, perto da boca.

— Estamos procurando por Mundungo Fletcher — disse Harry. — Nos disseram que ele está aqui.

O rosto do homem se crispou.

— Sim, aquele inútil está aqui, sim. Me pediu um trabalho, mas passa quase todo o tempo fingindo que está doente, deitado na enxerga que fica por trás daquelas cortinas — e indicou com a mão umas cortinas de contas que devia levar a outro cômodo.

— Nós podemos entrar e falar com ele?

— Entrem, e aproveitem para dizer àquele inútil que está despedido e quero que saia das minhas “dependências” ainda hoje.

Eles entraram no cômodo e viram, numa suja enxerga de palha, um bruxo baixo deitado. Estava todo despojado, um joelho dobrado, um braço largado sobre os olhos, de tal maneira roncando que não parecia nem um pouco doente. Rony chegou perto dele e o cutucou com seu pé.

— Ei, vamos, acorda!

Mundungo tirou o braço de sobre o rosto e disse, sem abrir os olhos:

— Ora, já não disse que estou doente? Não posso trabalhar, ora bolas!

— Deixa de conversa fiada, a gente sabe que não está doente coisa nenhuma, e não queremos que você trabalhe, apenas que nos diga algo.

Mundungo abriu os olhos inchados e injetados e se assustou ao ver quatro bruxos de pé com as varinhas apontadas para ele. Tremendo, levantou-se. Usava roupas velhas e um longo sobretudo esfarrapado, e dele se despregava um nauseante cheiro de bebida e tabaco típico dos alcoólatras e viciados em fumo.

— O... o que vocês querem? Se é... sobre o Potter, eu juro que não sei onde ele “tá”, se soubesse, te diria, mas já disse mil vezes para os Comensais que não tenho nada haver com ele...

— Bem, “Dunga”, é bom saber que não anda me traindo e à Ordem por aí...

O bruxo ficou pálido e assustado.

— Como? Mas você não pode ser o... “tá” brincando?

— Não, Fletcher, não estou brincando, mas vou ficar muito, muito zangado se não me contar umas coisinhas que quero saber.

Os quatro o ameaçaram com suas varinhas. Ele tremia tanto, covarde como era, que acabou não se sustentando nas próprias pernas e caiu de joelhos.

— P-pode p-perguntar... o q-que quiser... — gaguejou ele. — N-não... t-tenho nada pra esconder dos... v-velhos amigos! 

Os quatro quase riram das maneiras covardes do bruxo. Ele era tão amigo deles quanto eles eram amigos de Belatriz Lestrange. Se fosse amigo, não teria abandonado a Ordem de maneira tão covarde. Mundungo Fletcher tinha apenas um amigo: ele próprio.

— Você roubou muitas coisas lá da casa do Largo Grimmauld. Quero que nos diga se se lembra de um medalhão grande, prateado, com o símbolo de uma cobra em auto-relevo na frente, impossível de abrir.

— Ah, mas eu peguei coisas demais do Largo Grimmauld! Como querem que eu me lembre de uma peça em particular?

— Bem, faça um esforço! Se não tem mais a peça, quero que se lembre de para quem a vendeu — disse Rony, encostando sua varinha bem no cocuruto da cabeça cor-de-gengibre do bruxo. — Ou necessita de um incentivo?

— Não, não, espere! Eu... eu posso tentar me lembrar... Deixa eu ver... Peguei de lá umas taças velhas... uma caixa de música amaldiçoada, que vendi à Borgin & Burkes... umas estatuetas e livros raros... louça fina... Sim, acho que me lembro do tal medalhão... Foi difícil de vender, sabe, porque não abria, e as pessoas queriam poder abri-lo para pôr suas fotografias dentro... Lembro que o bruxo que o comprou ficou fascinado com a imagem da serpente no medalhão... Creio que imaginava ser uma perfeita réplica do medalhão de um bruxo famoso... Ai, não me digam que o medalhão não era uma réplica e sim o original! Droga, podia ter conseguido um preço bem melhor...

Os quatro bruxos, agora, encostaram suas varinhas em Mundungo, irritados com sua desfaçatez. Ouviram claramente o momento em que o bruxo covarde, assustado, engoliu em seco com a ameaça quádrupla.

— Para quem você vendeu? Vamos, diga logo!

— Foi... foi para um gringo... Um turista egípcio que veio passar férias aqui... Creio que era um professor bruxo da Escola de Magia do Cairo... Prof. Tarek Hassan al Rachid... Lembrei do nome por ele ser tão diferente... Sabe, estrangeiro...

Os quatro se olharam desanimados. Cairo? Egito? Tinham que novamente viajar ao estrangeiro? E um lugar tão distante?! Olharam para Mundungo, que ainda tremia de medo ajoelhado no chão. Harry falou:

— Bem, “Dunga”, já sabe, nenhum “pio” sobre o que se passou aqui na Travessa do Tranco. Ou já sabe o que pode te acontecer.

— Ah, Harry, por que confiar em alguém como esse covarde? — disse Hermione. — Vão na frente, vou fazer um bom servicinho de limpeza na memória dele. A gente tem que se precaver com ratos como Fletcher.

Após saírem do Beco Diagonal, voltaram à casa do Largo Grimmauld. Tinham uma viagem internacional para preparar.

Após saírem do Beco Diagonal, voltaram à casa do Largo Grimmauld. Tinham uma viagem internacional para preparar.


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Notas finais do capítulo

Aeh, pessoal, espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo, e comentem , por favor!

Beijos da Ana



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