Barulhento Silêncio escrita por Dark_Hina


Capítulo 9
Final (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Ficou muito grande o final por isso resolvi fazer de duas parte.
(Lety obrigada por tudo!)



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O carro estaria no mais absurdo silêncio caso não fosse os pingos de chuva batendo contra o para-brisa. Isso estava irritando o supervisor. Brass já tinha percebido a impaciência do amigo mesmo assim não pronunciava uma palavra, aqueles gritos calados que o silêncio proporcionava seria todo o seu sermão.

-Sua garganta está coçando e mesmo assim não vai dizer?
-Vai adiantar? - Silêncio. -O que o médico tem que eu não tenho?
-Ele é mais bonito... -Os dois se olharam desconfiados e começaram a rir.
-As palavras deles fizeram efeito?
-Elas me fizeram pensar. - Grissom suspira olhando para o nada. -Chega a um certo ponto aonde nem largar tudo resolve... O que eu estou esperando Jim?
-O medo passar. O sentimento se acalmar. O Ecklie morrer. Sobre essa última você sabe que vaso ruim não quebra, não é?
-Eu sei... - Dois ficaram calados. Grissom, como nos últimos dias, estava tão distraído nem havia percebido a mudança no trajeto feita pelo policial.
-Gil você sabe, eu sei, nós dois temos certeza: ela vai continuar bebendo, se destruindo aos poucos e nada que eu diga surtirá efeito. Felizmente esse não é um daqueles casos 'nada nem ninguém pode interferir', até porque você é esse alguém. Ela deu o primeiro passo você negou, ela insistiu a primeira vez você não deu nem cabimento, na segunda você a repreendeu e houve a primeira suspensão dela. E única chance que você deu a tratou como uma qualquer um tempo depois. Você não acerta uma! E o mais revoltante disso tudo é que você baba mais por ela do que ela por você, mesmo assim é tão cabeça dura que não admiti. Se a opinião de um cara que conheceu a pouco tempo surte mais efeito do que às do seu velho amigo não me importa contanto que ajude a você a tomar a decisão correta.

Quando Brass termina de falar ele para o carro, não no laboratório mais sim em um apartamento conhecido dos dois. Grissom fica sem reação.

-Agora pela primeira vez em sua vida faça o certo. - O perito olha para o policial com olhos incrédulos, depois de escutar as palavras sai do carro em passos rápidos se protegendo da chuva e sobe escada acima.

Ele respira fundo e toca a campainha, espera alguns minutos... Toca novamente... Eram quase 2 horas da manhã, na cabeça de Grissom ele tentava martelar alguma justificativa plausível para persistir em acabar com seu sono e com o dela, ele... Espera aí, Sara tem um sono leve, na primeira tocada ela teria acordado, sempre no primeiro toque de celular ela acorda, por que não aconteceria o mesmo com a campainha? Ele girou a maçaneta da porta, estava aberta. Talvez ela saísse de casa com tanta pressa que se esquecesse de fechar a porta?

Quando Grissom entrou na residência percebeu que ela não havia estado sozinha ou ela estava a muito desleixada com a casa, coisa que não seria possível levando em consideração a organização habitual de Sara. Realmente um homem esteve lá, uma mulher não levaria flores... As dele estavam em um jarro em cima da mesa e quanto a planta que ele lhe mandara apodrecia em cima da estante, ok estava apenas em cima da estante. Isso lhe servia de lição para aprender a mandar jóias.

Grissom começou a andar pelo apartamento, a cozinha tinham um embrulho rasgado de comida chinesa, pratos sujos tanto na pia quanto na mesa, uma bacia de pipocas pela metade, viu uma mancha de molhado no sofá preferiu pensar que fosse apenas refrigerante ou água, seria decepsionante depois de tudo que estava fazendo acreditar que aquilo era uma mancha do fluido corpóreo normalmente encontrado pela luz UV em seu trabalho.

 

Ele teve certeza de que ela não estava lá, de que ela esteve acompanhada e não fazia ideia se essa pessoa ainda lhe acompanhava. Ele olhou novamente para as flores sentiu raiva, verdadeiramente estava enciumado. Fechou a porta do apartamento e desceu se aventurando na chuva até o carro.

-Ela não estava lá – Grissom falava escorado a janela de Brass em tom alto, a chuva estava forte e barulhenta.
-Onde ela foi? - Os dois homens quase que chegavam a gritar com o volume de voz usado para se comunicar, a chuva aumentava ainda mais e Grissom já havia tomado um banho.
-Eu não sei! Ela recebeu uma visita antes de sair.
-Será que aconteceu alguma coisa com ela?
-Não dá para saber simplesmente... - Grissom continuaria caso uma mão grande, grossa e fechada em um soco não lhe atingisse no rosto fazendo sua boca sangrar. O rapaz já era conhecido de ambos os homens e sua feição não era das melhores, como poderia ser? Foi trocado por um homem mais velhos e que nunca daria a merecida importância a mulher. Ele carregara fardo da rejeição, fardo dado por Sara que tinha recebido de Grissom. Que poderia estar iniciando um corrente sem fim, infelizmente naquela hora aquilo pouco importava. -O que pensa que está fazendo?

A essa altura Brass saia do carro segurando sua arma e se posicionando em frente a Grissom caído do asfalto molhado.

-Nós três estamos tomando banho de água fria vamos nos acalmar! - Hank encarou Brass por um tempo, não fez nada apenas se virou e começou a andar.
-Espera! - O supervisor gritou com todo o ar dos pulmões se levantou enquanto o rapaz lhe encarava com desdém. -Sara não está em casa, você sabe para onde ela foi?
-Eu pensava que ela tinha ido lhe procurar.
-Como assim?
-Você é um velho maldito mesmo!
-Onde ela está?! - Grissom estava começando a se alterar

 

-EU NÃO SEI AONDE DIABO ELA FOI SE ENFIAR! - O perito lhe encarou e exalou com força, respirou fundo, Hank não possuía cheiro de álcool nem tinha manchas visíveis de sangue, se tivesse acontecido o pior infelizmente naquele momento nada lhe apontava para ser o culpado. -Ela deve ter ido atrás de você.
-Ido atrás de mim?
-Tá surdo é?
-Para minha casa, o laboratório, AONDE? - Grissom estava se aproximando de Hank.
-EU NÃO SEI. - Hank correspondia com o ato de Grissom.
-Ok, ok – Brass se ponhe no meio dos dois novamente. - Grissom pega meu carro e vai trás da Sara e Hank pegamos um taxi e vamos para qualquer lugar.
-Está certo Brass, obrigado. - Grissom se apossou do volantes molhando todo o banco, coisa que doeu no coração de Brass, que se sentava com Hank na calçada do prédio e começavam a discutir sobre asneiras.

CONTINUA!!!!!


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Notas finais do capítulo

Esperem pelo final!!!