Vozes do Medo escrita por Nian


Capítulo 1
Primeiro contato


Notas iniciais do capítulo

como eu sou anormal, gosto de coisas anormais ( nossa, sério? )
então se voce for anormal, ou pelo menos gosta de coisas anormais, pode ler esse capitulo sem medo. eu acho que ele nao da medo nenhum..

taaaa bom, eu nao sou anormal. eu vo na escola como qualquer pessoa, tenho amigos, dou risada, vou no banheiro, durmo, como, bebo.. E outras coisas normais.



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Abri os olhos e tive que desligar aquele despertador chato e irritante. Era fim de semana, e eu havia esquecido de desligá-lo um dia atrás. Também sabia que não ia conseguir dormir mais, então me levantei, mesmo ainda sendo muito cedo. Ninguém acordara ainda, lógico. Sem fazer barulho, fui até a sala de meu apartamento. Estava louca pra ligar a televisão, mesmo sem assistir. Eu tinha pavor de silêncio. É um medo bobo, mas que eu nunca derrotei.

Sem saber direito o que fazer, fiquei parada na sala. Não tinha fome, não podia fazer barulho, e mesmo que tentasse voltar a dormir, não ia dar certo...

Sentei no sofá e peguei um livro que meus pais me deram a pouco tempo, mas que eu nunca li; “A Cabana”. Comecei a ler, parecia ótimo.

Passou um tempo e eu não aguentava mais, minha vista estava cansada demais pra continuar. Deitei no sofá e dormi.

 

Sinto uma mão gelada e pequena em meu ombro, devia ser de alguma criança, que me fez levantar assustada. Olhei para os lados. Não tinha ninguém na sala a não ser eu mesma. Meu ombro estava congelando. Estava mais pálida do que nunca.

Fui correndo pro quarto do meu irmão de sete anos, devia ser ele, tentando me assustar. Mas ele estava dormindo.

Chequei o quarto dos meus pais, eles dormiam também.

Mas se não foi meu irmão tentando me assustar, quem poderia ser?

 

Voltei pra sala, dessa vez não ia dormir, e nem ler, tinha descobrir o que ou quem me assustara tanto. Se estava com medo? Estava, não podia fazer nada, só esperar ouvir ou sentir alguma coisa.

Passaram-se minutos. Horas. E eu não mexia um músculo sequer. Estava faminta, mas não podia parar agora. Esperei mais um pouco, e nada. A casa estava em um silêncio gigante, e ninguém acordara ainda.

Mas o que estava fazendo? Esperando que alguém aparecesse na minha casa? Era idiotice. Desisti daquela loucura, mas logo me arrependi.

Não deu nem tempo de eu chegar à cozinha e ouço uma voz.

“Vai desistir?” perguntou uma voz de criança, só podia ser o meu irmão Eduardo.

- Dudu? - esse era o apelido da peste. - Eu sei que é você!

“Seu irmão está dormindo. Nunca vai te ouvir.”

Era a voz de uma criança, mas não era meu irmão, disso eu tinha certeza, se fosse ele, daqui a pouco ele aparecia dizendo “Como sabia que era eu?”. Além disso, meu irmão tinha uma voz de pirralho bagunceiro. Mas a voz que eu ouvi era fina e muito inocente.

E agora? Tinha que ignorar a voz. Queria acreditar que estava louca.

Voltei para a cozinha e tomei meu café normalmente. Mas o que é bom dura pouco. A voz não ia me esquecer tão fácil.

“Vai me ignorar? Ah, é impossível, acredite. Estou na sua cabeça!” disse a voz, que não parecia mais inocente.

-Quem é você? - era uma pergunta que mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer.

“Meu nome é Marcos. Isso é o que eu posso dizer”



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Notas finais do capítulo

tcham tcham tcham tchaaaaaam! se vc leu oq custa comentar?