Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 2
Entre Loucas e Excêntricos!


Notas iniciais do capítulo

Não consegui esperar uma semana pra postar xD



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  Kiba estava na frente do portão da mansão.
  Ele estava ali, mas o que faria agora?
  Naquela hora todos ali deviam estar dormindo.
  Ele se perguntava por que tinha ido ali aquela hora. Não haveria o que fazer ali numa hora dessas.
  Ele se virou para ir embora, mas um som invadiu sua mente.
  Uma musica suave, linda.
  Ele parou.
  Quem estaria tocando aquela musica?
  Ele se virou novamente para o portão, e viu a garota que tocava aquela melodia.
  Elas estava no meio do jardim.
  Ele andou para mais perto do portão, e quando estava quase o tocando, alguém apareceu atrás dele.
  - O que você está fazendo aqui?- disse uma voz masculina atrás dele.

Capitulo dois: Entre Loucas e Excêntricos!

  Quem poderia ter visto Kiba ali? Ele tinha certeza que não havia ninguém ali. Alguém estaria vigiando a casa escondido?
  - Vou repetir a pergunta só mais uma vez – disse o homem atrás de Kiba – O que você está fazendo aqui?
  Kiba se virou para trás.
  - Eu... eu vim aqui... – falou o garoto, recuando um passo.
  - Você veio assaltar a mansão, não foi? Ou você é um dos garotos que jogou a pedra por cima do muro mais cedo? – disse o homem, impondo sua voz a dele.
  Kiba não falou nada. Então ninguém havia esquecido a história da pedra.
  - Eu... – ele disse, mas o homem o interrompeu.
  - Foi você, não foi? Pois fique sabendo, seu miserável, que a pedra quase atingiu a senhorita Hinata-sama, a herdeira do clã Hyuuga e de toda essa mansão! – disse ele, andando para a frente.
  - E eu to ai pra se a pedra atingiu ou deixou de atingir ela? – disse Kiba.
  - Seu miserável – disse o homem - Vai pagar por suas palavras.
  Neji deu um passo para frente, e logo estava atrás de Kiba.
  “Como esse cara faz isso? Ele é muito rápido, nem deu pra ver!” – pensou Kiba.
  Neji atingiu Kiba com um chute nas costas.
  - Isso é por quase atingir a senhorita Hinata! – gritou ele – E isso é por falar mal dela!
Ele continuou chutando Kiba, que já estava caído no chão.
  A música então parou. Hinata havia ouvido os gritos de Neji.
  Ela correu até o portão e tentou abri-lo, mas estava trancado.
  - Neji, o que houve? – perguntou ela assustada. Então ela viu Kiba caído no chão – Neji, o que você está fazendo?
  - Só estou dando uma lição nesse garoto. Foi ele que jogou a pedra que quase atingiu a senhorita.
  - Neji, pare por favor! Eu sei que o que ele fez foi errado, mas está tudo bem! Eu não me machuquei! Alem disso, você já o puniu o bastante! – ela gritou, segurando o portão.
  - Sabe que isso me irrita profundamente em você Hinata? Por que você se importa com esse garoto que você nem conhece? – ele disse, enfurecido.
  Aquilo pegou Hinata um pouco desprevenida. Neji sempre era amável com ela.
  - Por que eu não gosto de violência! Alem do mais ele não deve ter feito isso para tentar me machucar! Ele não tinha nem como saber se tinha alguém no jardim!
  - Então por que outro motivo alguém jogaria uma pedra por cima do muro da mansão?
  Hinata parou de falar. Uma lágrima escorreu de seu rosto.
  - Neji, por favor... Pare de machucar ele... Eu... Eu não quero discutir com você... Você... É o meu melhor amigo deis que eu era pequena!
  Neji olhou para Hinata.
  - Melhor amigo? – perguntou ele.
  - Sim, meu melhor amigo! – disse ela.
  - Somente seu melhor amigo?
  - Neji, você sempre foi e ainda é meu melhor amigo! – disse ela.
  Neji olhou para baixo e cerrou os punhos.
  Por um breve segundo, Hinata viu uma lágrima escorrendo pelo rosto dele, antes dele enxugá-la quase que imediatamente.
  Ele correu até o portão da mansão, o abriu e entrou correndo.

***

  - Onde será que aquele tapado tá? – disse o  loiro.
  Naruto estava andando em círculos dentro do seu quarto.
  - Ele foi mesmo pra aquela mansão? Se a Sakura souber, não quero nem ver o estrago que ela vai fazer na cara dele. Mas mesmo se ele for agora, não deve acontecer nada né?   Ai caramba ele só traz problema mesmo.

***

  Hinata quis correr atrás dele, mas viu Kiba caído no chão.
  Ela correu até ele.
  - Você está bem? – perguntou ela, se ajoelhando ao lado dele.
  - Estou – disse ele.
  - O Neji é tão impulsivo as vezes... – disse Hinata, mais para ela mesma do que para Kiba.
  - Neji? Então é esse o nome dele? Bom saber – falou Kiba.
  - O que você pretende fazer? – perguntou Hinata – Você não quer voltar aqui para brigar com ele de novo, não é?
  Kiba viu as lágrimas escorrendo pelo rosto da garota.
  - Não – disse ele – Mas por que você me defendeu?
  - Eu não gosto de brigas – disse ela – Não importa quem seja, não gosto de ver ninguém sendo machucado.
  - Sabia que você é... – ele começou a dizer.
  - Estranha? – interrompeu ela.
  - Não, eu ia dizer incrível – ele sorriu – É difícil acreditar em alguém que se preocupe tanto com os outros quanto você, sabia?
  - É a primeira vez que não dizem que eu sou estranha – disse ela, sorrindo.
  - Eu não te acho estranha – ele disse.
  Uma gota de sangue escorreu do canto da boca de Kiba.
  Hinata enxugou o sangue com um dedo.
  Ela e Kiba ficaram vermelhos.
  - Você está bem mesmo? – perguntou ela.
  - Sim. – disse ele.
  O sangue voltou a escorrer da boca dele, e ela enxugou de novo.
  Ela ficou vermelha, e ajudou Kiba a se levantar.
  Ele se pôs de pé e olhou para ela. Hinata estava preocupada, mas feliz por ele estar bem.
  Ele chegou mais perto dela, seus rostos ficaram próximos.
  Hinata não sabia como reagir.
  Ele se aproximou mais, e quase não se podia ver a distancia de suas faces.
  Ele sabia que provavelmente se arrependeria muito disso depois, mas talvez não tivesse outra chance.
  Ele segurou o rosto da Hyuuga com uma das mãos, e então a beijou.
  Hinata ficou paralizada, sem saber o que fazer. Era seu primeiro beijo, com um garoto totalmente desconhecido... E que seu pai certamente não aprovaria. Mas... Era tão bom.  
  Ela nunca havia sentido algo como aquilo antes. Seus rostos haviam se aproximado, ela podia sentir a respiração dele.
   Sentiu o próprio rosto ficar vermelho enquanto via o rosto do rapaz, olhando-a como se pedisse permissão, talvez mais a si mesmo do que a ela.
   E então, o beijo. Seus lábios se tocaram, uma onde de calor tomou seu corpo. Seus lábios delicados em contato com os lábios ferozes do rapaz, os dela ainda tímidos, os dele ansiando por mais.
   Várias sensações e emoções diferentes corriam por ela. Então, o gosto de sangue veio em sua boca, o sangue que saia da boca machucada do rapaz. Isso deu a ela a oportunidade de recobrar a consciência.
  Ela se afastou o máximo que pode, mas os braços dele ainda estavam em volta dela.
  - Ah, eu não devia ter feito isso – disse ela, com a mão na boca.
  - Não gostou? – ele perguntou.
  - Não... É... Meu pai... – então ela saiu correndo, deixando Kiba parado do lado de fora da mansão.

***

  Era uma manhã calma.
  Uma única garota andava pelos corredores vazios da escola.
  Ela procurava uma sala, mas naquele corredor todas as portas pareciam iguais.
  Um pouco antes dos banheiros ela achou a sala que procurava.
  A placa dizia: Sala da diretora
  Ela abriu a porta. A sala tinha uma mesa, algumas cadeiras, e um enorme armário lotado de papéis.
  - Diretora? – perguntou ela.
  - Entre – disse a mulher.
  - É que eu cheguei atrasada e me mandaram pra cá... Disseram pra eu ficar aqui até a senhora me liberar – ela falou.
  - Hum, então sente em uma das cadeiras – disse a diretora, apontando para as pequenas cadeiras com rodinhas que estavam em frente a mesa.
  Na sua mesa havia outra placa, na qual se lia: Diretora Tsunade.
  - Você é a novata,Tenten, não é? – a mulher perguntou, em um tom displicente.
  - Sim - respondeu a morena.
  - Bom, então, já que esse é o seu primeiro atraso, você pode entrar na sala na próxima aula – ela falou, olhando para a pilha de papéis acumulados em sua mesa.
  - Certo... – falou a garota, observando a diretora.
 - Alguma coisa errada? – perguntou.
  - Err... a senhora é mesmo a diretora? – perguntou Tenten.
  - Sim, por que? – falou a outra, curiosa.
  - Bom, é que quando falaram sobre a senhora para mim, disseram que a senhora era um pouquinho... diferente – disse a mais nova.
  - Diferente como? – perguntou Tsunade.
  - É, bem... mais... mais... mais idosa – falou a outra.
  A mesa começou a tremer.
  - Diretora, tudo bem? – perguntou Tenten, se levantando.
  - Você... você me chamou de que?! – disse a loira.
  - De... desculpa! Eu devia ter notado que a senhora é nova e não faz plástica como os outros disseram... – falou Tenten.
  - Disseram o que?! – a loira disse se levantando e batendo as mãos na mesa.
  - Nada, nada, desculpe! – disse a morena.
  - Como ousam...
  Nesse momento o sino do colégio tocou, para alivio de Tenten.
  - É, já vou indo... – falou ela.
  Ela saiu da sala bem na hora que um grampeador de papel atingia a cadeira onde ela estava sentada.

***

  - Hum... com licença? – disse ela, entrando na sala.
  - Atrasada? – perguntou o professor, sem tirar os olhos das anotações que fazia no quadro.
  - Sim... – ela disse.
  - Hum... A diretora não costuma liberar assim tão cedo... Ah, você falou alguma coisa sobre a idade ou a aparência dela? – perguntou ele, ainda sem tirar os olhos do quadro.
  - Sim... – apenas responde a menina novamente.
  - Isso esclarece muita coisa – disse o professor, aparentemente nada interessado – Você é novata? – perguntou ele, enquanto ela estava se sentando.
  - Sim – disse ela, desta vez não tão tímida.
  Os alunos ao redor dela estavam com expressões de pavor, horror, ou algo ainda pior que isso.
  Um sorriso ligeiro escapou do professor.
  - De novo não – Ino disse, com a testa apoiada na mão.
  Tenten não teve tempo para entender nada, o professor rapidamente se virou para a turma, pegou um balão que estava amarrado na sua mesa e uma agulha e rapidamente furou o balão, e o som foi irritantemente alto na sala fechada.
  - Esse foi um exemplo bem simplório, mas serve perfeitamente para o que eu vou dizer. A arte é algo que começa e termina rapidamente, algo único, que você só vê uma vez na vida! – disse ele, praticamente gritando.
  - Mas professor – disse Tenten – Um balão estourando é algo perfeitamente normal.
  Os outros alunos a fuzilaram com o olhar no mesmo instante.
  Ela logo descobriu o porque.
  - Um balão estourando é realmente algo normal aos olhos e ouvidos de alguém sem cultura que não sabe o significado da verdadeira arte – ele pegou outro balão, e o estourou do mesmo jeito que o anterior – Está vendo? Nenhum balão estoura do mesmo jeito que o outro, cada um tem seu som, cada um estoura em um determinado numero de pedaços, cada um deles tem sua beleza, apesar de ser algo que poucos apreciam, mais é uma das menores formas de arte.
  Pelas reações anteriores e atuais dos outros alunos, aquela história já devia ter sido repetida várias vezes. Mas não parava por ai.
  - Arte – disse o professor – Arte é som, movimento, cores... fogo. A verdadeira arte, na sua forma mais bela e pura, é uma explosão, seja um estouro de balão, a forma mais primitiva de arte, pois nem fogo tem, seja a explosão de uma bomba, são formas de arte, e merecem ser devidamente apreciadas e estudadas. A verdadeira arte é algo único, que você não verá novamente.
  - Mas professor – disse Tenten, mais uma vez fuzilada por vários pares de olhos furiosos – Se só acontece uma vez, então as pessoas se esquecem rapidamente, não?
  - De jeito nenhum! Por ser algo que acontece só uma vez, que só pode ser visto uma vez, as pessoas guardam isso na memória, nem que seja no sub-consciente, e tentam reproduzir, mas não conseguem, por que nenhuma explosão é igual a outra. E essa, meus caros alunos, é a única e verdadeira arte desse mundo.
  A essa altura, vários alunos já estavam dormindo.
  Tenten batia palmas baixo, e pelo olhar dos outros eles a tratavam como caso perdido.
  Quando Deidara percebeu que havia vários alunos dormindo, outro sorriso escapou de seus lábios.
  Ele pegou outro balão e estourou, dessa vez mais próximo dos alunos, fazendo todos acordarem com o susto.
  - Não durmam na minha aula, seres sem cultura que não sabem o que é a verdadeira arte.
  Do lado de fora da sala, dois professores estavam passando em frente a porta.
  - Parece que entrou um novato na aula do Deidara – disse um deles, rindo.

***

  Kiba estava voltando para casa. Já era de manhã.
  Ele caminhava lentamente pelas ruas, pensando nos acontecimentos da noite anterior.
  Quando ele avistou sua casa, viu também um garoto loiro na frente da porta.
  - Naruto, eu fui na casa daquela menina de novo e apareceu um cara crente que era o dono do mundo... – ele falou, mas parou quando viu que o loiro fazia gestos indicando para ele se calar.
  - Você tinha me prometido que não iria, não é? – a voz vinha de uma garota de cabelos rosados que estava parada atrás de Kiba, e que ele infelizmente não tinha visto.


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