Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 10
Preparem seus peões, os reis já estão no lugar




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  A tarde estava apenas no começo. Uma leve brisa soprava, típico da primavera.
  Em um café, um homem estava sentado em uma simples mesa vermelha.
  Uma xícara já vazia estava ao seu lado.
  Outro homem se aproximou e se sentou ao lado de Shikaku.
  - Eu descobri o que Danzou está escondendo – murmurou o Nara.
  - Foi rápido – disse Yamato, sorrindo – Vamos, me diga, e eu lhe direi se está certo ou não.
  - Eu sei que estou certo – disse o homem com o cabelo preso, e acendeu um cigarro – Orochimaru está na cidade.
  - No alvo – disse o outro.
  - Então, quem diria que depois de tantos anos, ele voltaria, não é?
  - Sim. Mas nós sempre soubemos disso, vamos admitir. Enquanto aquele homem estiver vivo, ele não vai parar.
  - É verdade – falou Shikaku, pensativo – Mas acho que nenhum de nós queria se preocupar mais com aquilo, não é? Quero dizer, admitir que um homem como aquele poderia voltar... Ele nem parece um ser humano.
  - Talvez, meu amigo – disse Yamato – Ele realmente pareça um humano. Por que os humanos são os únicos animais que tem a capacidade de destruir a própria espécie sem motivos.
  - De fato...
  - Bom, mas agora temos que voltar ao trabalho, não é? – ele disse – Não quero receber um carão do Danzou...

  Uma garota estava sentada em um banco branco, no meio do grande jardim.
  Olhava para cima, para as nuvens que se arrastavam acima dela, procurando aquelas que, aos seus olhos, formariam as mais diversas formas.
  Mal ouviu os passos leves que se aproximavam, e só notou a presença de alguém quando o garoto moreno sentou ao seu lado.
  Ele imitou seu gesto e olhou para cima, observando o céu.
  - O que você vê? – perguntou ele.
  - Você vê alguma coisa? – ele ignorou a pergunta dele.
  Neji olhou atentamente para as manchas brancas, sem encontrar nenhuma forma aparente.
  - Não – ele disse – Não vejo graça nisso...
  - Olhar as nuvens... Igual a musica...
  - Hum? – perguntou ele.
  - Sabe, cada um vê uma coisa. Tem significados diferentes para cada um, e para alguns não tem a menor importância.
  - Interessante – ele disse, voltando a olhar para o céu.
  O silêncio reinou ali por alguns instantes.
  - Então... – ele disse – Você sabe que agora eu vou assumir a empresa... Não tem importância para você?
  - Claro que não – disse Hinata – Não tenho o menor interesse.
  Ele ficou olhando para ela, para aquele pálida, aqueles olhos acinzentados...
  - Bom, tenho que ir – falou Hinata, se levantando – Aula de violino. Até mais tarde.
  E assim ela desapareceu dentro da mansão, andando lenta e graciosamente.

  A garota loira desceu as escadas sem fazer barulho, com seus passos leves.
  Na enorme sala de estar, avistou um homem loiro sentado em uma das elegantes poltronas.
  - Pai! – ela disse, correndo até o homem e o abraçando.
  - Ino! – ele disse – Não sabia que estava em casa!
  - E eu não sabia que o senhor já voltava de viagem hoje! – ela disse, sorridente – Onde está a mamãe, ela voltou também?
  - Não – ele disse – Ela ainda está fora... Mas ela deve voltar no final do mês.
  - Ah... – a garota murmurou – Exatamente quando você vai viajar, não é? Nós nunca conseguimos ficar os três juntos...
  - Filha, você sabe que nós fazemos isso para sustentar a família...
  - Eu sei – ela disse, de cabeça baixa – Mas seria bom se nós pudéssemos ficar os três juntos... Pelo menos um pouco...

  As batidas na porta não cessavam.
  - Sasuke, abra, por favor – dizia seu avô.
  O garoto permanecia calado, sentado na cama, abraçando as pernas.
  Aquilo não poderia estar acontecendo. Por que Itachi havia voltado logo agora?
  Do lado de fora do quarto, Itachi se aproximou do avô, segurando a mão dele.
  - Tudo bem, ele não vai sair agora, não podemos fazer nada – disse o moreno.
  O senhor assentiu, um pouco contrariado, mas voltou para a sala com o neto.
  Com o fim do barulho irritante, Sasuke se deitou na cama, os braços atrás da cabeça, olhando para o teto.
  Sempre lhe havia intrigado o motivo de seu irmão ter abandonado a família. Sempre ele odiou o mais velho por esse motivo.
  Mas havia esquecido daquilo com o tempo, certo de que jamais veria Itachi.
  E agora, ele apareceu, destruindo seus planos para o futuro.
  Ele se virou, deitando-se de lado, e viu o computador.
  Por um instante, ponderou. Poderia não resultar em nada, deixá-lo ainda mais irritado. Mas, por outro lado...
  Se levantou e sentou na cadeira de estofado vermelho, ligando o computador.
 
  Tokyo

  Na capital do Japão, até mesmo as ruas mais movimentadas são silenciosas. Os carros elétricos não fazem nenhum barulho, as pessoas apressadas apenas cochicham nos celulares.
  Era apenas o início de mais um dia comum na vida da maioria das pessoas.
  Um homem, porém, andava calmamente no meio da multidão. Após algum tempo, chegou a uma casa enorme, ricamente decorada.
  Não precisou tocar a campainha para anunciar que havia chegado, pois as câmeras de segurança se encarregaram desse trabalho.
  Com um zumbido quase inaudível, a porta foi destrancada, e ele entrou no jardim pequeno, porém bem cuidado.
  A casa, por outro lado, tinha enormes proporções, e poderia abrigar várias pessoas ali, embora de fato, fossem poucos os moradores dali.
  A porta para a sala principal foi aberta por uma mulher vestida em um elegante vestido preto, com uma flor azul atrás da orelha.
  - Pontual, como sempre – ela disse, dando um sorriso, que o homem retribuiu.
  Ele passou a mão pelo curto cabelo ruivo.
  - Então, já posso ir falar com ele?
  - Se não for agora, ele irá se irritar – ela disse, de modo simpático, acompanhando até uma porta negra, com um símbolo em vermelho pintado no centro.
  Abriu a porta e entrou junto ao homem, fechando-a logo em seguida.
  Uma fraca luz iluminava o ambiente, mas era o suficiente para ver o homem também ruivo sentado em uma cadeira atrás de uma mesa imponente.
  - Oh, Sasori, sabia que chegaria na hora – ele disse.
  - Que tarefa o senhor tem para mim? – falou ele.
  O homem cheio de piercings se levantou, esticando a mão.
  Sasori rapidamente a apertou, se distanciando depois, como de costume.
  - Onde está seu parceiro? – disse o homem de olhos castanhos, um pouco avermelhados.
  - Sinto dizer, mas ele está atrasado. Espero que o perdoe, não irá se repetir.
  O homem ficou em silencio por um instante, antes de responder.
  - Bom, não acho que seja um problema – ele então se sentou novamente – Tenho algo para tratar com ele, mas acho que pode transmitir a mensagem.
  - Como o senhor desejar – disse Sasori.
  - Como sabe, nossa organização está com membros a menos. Então, seu parceiro abriu a boca, e deve ter deixado isso escapar. O fato é que, a poucos dias,  um homem veio nos procurar, querendo entrar para nosso seleto grupo. Diz ele que veio indicado por Deidara. Não nego que, apesar de tudo, achei que ele pode, sim, ser de alguma utilidade para nós. Konan, por favor – ele disse, se dirigindo a mulher.
  Ela saiu da sala, e em poucos instantes, retornou, acompanhada.
  O homem que estava agora com ela tinha cabelos negros curtos, e trajava uma roupa completamente negra, como os demais, porém sem o conhecido símbolo vermelho, que estava nos trajes de todos os outros.
  Obviamente, em nenhum deles o símbolo era visível, e estava escondido em algum lugar discreto de seus trajes. Na mulher de cabelos azuis, estava na parte interna do vestido, na altura da cocha.
  Em Sasori, estava na parte interna da manga.
  E ninguém sabia onde ficava o símbolo do líder.
  Mesmo sem poder ver o símbolo vermelho, Sasori sabia que ele não estava em nenhuma parte dos trajes daquele novo homem, pois ele só era para o uso daqueles que pertencessem, de fato, à organização.

  O mais notável era, porém, a mascara laranja que ele usava, cobrindo-lhe o rosto inteiro.
  - Como foi seu parceiro que indicou a organização a ele – o ruivo apontou para o homem – Ele será responsável pro treiná-lo, e ver se ele é realmente digno de entrar para a organização.
  Sasori se espantou com a noticia.
  - Mas, com todo o respeito senhor, os anéis que faltam não estão sob nosso poder.
  O ruivo sorriu.
  - Isso, meu amigo, nós vamos providenciar logo. Por que acha que espalhei os membros por diversas cidades?
  - Quer dizer que o senhor tem uma pista dos anéis?
   - Uma pista não, caro amigo. Eu sei exatamente onde eles estão.



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Notas finais do capítulo

Oii gente! Espero que tenham gostado do cap! Eu gostei muito dele, principalmente da parte que se passa em Tokyo!

Ah, certo, PARA TUDO! Eu fiquei realmente curioso.
Por que tanta gente acha que a Karin é irmã do Naruto nessa fic? '-'
Certo, ela quer se reencontrar com alguém, mas vejam, 90% do elenco de Naruto é masculino, existem várias hipóteses.

MAS, gostei muito dessa teoria, e vejo que terei que ser esperto para esconder os mistérios da fic de vocês. Então, vamos brincar de detetive? -q



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