Another Case escrita por LittleFish
Notas iniciais do capítulo
Desculpem pela demora, mas é que o tempo está cada vez mais curto. Além que fiquei doente...
Enfim, ninguém quer saber disso, então vamos ao capítulo de hoje!
Boa leitura.
O detetive mostrou o papel que recebera do garçom. Não confiava totalmente em Onigiri, mas era preferível mantê-lo por perto do que observá-lo de longe. As coisas finalmente estavam tomando um rumo.
Era o que pensava enquanto caminhava junto com o novo parceiro rumo aos outros suspeitos.
– Com quem vamos falar agora ? – Onigiri perguntou curioso.
– Escolha você.
– Que tal esse Bruce Wayne ? - Sugeriu.
L não respondeu, mas avistou o homem que carregava este nome. Acenou para que Onigiri o seguisse e ambos pararam diante a mesa do homem corpulento que mais parecia um Leão marinho do que o Batman.
– Com licença, o senhor é Bruce Wayne ?
Os olhos dele saltaram das órbitas ao ouvir seu próprio nome ser chamado.
–Quem são vocês?! – Perguntou surpreso.
– Somos os cobradores de Namikawa Shinto.
O senhor soltou um suspiro de alívio.
– Por um instante pensei que fossem policiais.
– Qual o seu problema com policiais? – Onigiri perguntou ofendido.
Ele levantou uma sobrancelha desconfiado.
– É que eles sempre trazem surpresas desagradáveis. Mas sentem-se aqui. Falem do motivo de terem visitado a minha mesa.
– É simples, Wayne-san...
– Ah, não me chame com esses sufixos japoneses. Já não suporto mais ficar neste país! – Ele exclamou.
– Então... Mr. Wayne ? – L perguntou.
– Ah bem melhor – E tomou um gole generoso de um líquido transparente em cima da mesa – Pode falar.
– Namikawa-san gostaria de pagar as dívidas para com o senhor – O detetive mentiu.
– O que?! O que o velho Namikawa estava pensando?
– Por que diz isso, Mr. ? – Onigiri perguntou.
– Well, você deve sabe muito bem. Esse homem nunca pagaria ninguém em vida.
“Isso eu já cansei de ouvir” – L pensou.
– Mas então ele lhe devia também?
– Devia ? – O homem soltou uma sonora risada – Por causa daquele salafrário a minha empresa faliu!
– Faliu ? Como ? – Onigiri apressou-se a perguntar.
“Esse cara é muito descuidado... Wayne poderia desconfiar a qualquer momento e tudo estaria perdido” – Pensou o detetive.
Mas Wayne estava se embebedando com tanta facilidade que provavelmente não notaria que estava sendo interrogado com tamanha indiscrição.
– Ele pedia empréstimos altíssimos a minha empresa. Dizia que ia compensar comprando ações, mas não foi bem isso o que aconteceu. Com o tempo a minha empresa não valia mais nada e acabou falindo.
– E o que você fez a respeito disso ? – O acompanhante de L perguntou.
– Ora! Eu fui à casa dele. O ameacei de morte.
L levantou as sobrancelhas. Seria tão óbvio?
– Isso é muito comprometedor sabia?
– Mas foi suicídio.
– Mas o senhor poderia tê-lo matado dando um jeito para que parecesse um suicídio – Onigiri continuou com sua indiscrição.
– Ah eu ameaço, mas não cumpro! – Falou perdendo toda a moral.
– O senhor claramente é alcoólatra e num momento de fúria poderia ter matado Namikawa – L respondeu calmamente.
– Mas eu não matei aquele desgraçado! Na verdade sou um frouxo. Não tenho coragem de matar uma mosca! Sempre me passam a perna. Acho que minha empresa faliu por que sou um incompetente – Começou a chorar se apoiando em L.
– Hã... Bom saber disso. Vamos indo Mr. Wayne – Ele tentou se desvencilhar do abraço do bêbado.
– Eu não agüento mais essa vida...
– Foi muito bom falar com o senhor também – Onigiri disse com desdém.
Ambos saíram, deixando para trás um bêbado chorão que outrora fora um respeitável empresário.
– Ok, me lembre de nunca mais interrogar um cara que bebe – Onigiri disse à L.
– É... Vale o mesmo para mim.
– Mas por que você disse que o Namikawa iria pagar as dívidas com o Wayne se você nem sabia se ele estava devendo para ele?
– Namikawa deve a TODOS desse lugar, pelo que me parece. E todos aqui têm um ótimo motivo para matá-lo.
– Mas esse pobre alcoólatra não deve tê-lo matado...
– Não tire conclusões precipitadas assim. Ainda não falamos com o último da lista.
– E quem é?
– Suwabe Yuichi – L respondeu.
– E quem deve ser?
O detetive olhou para o mapa e identificou o ser que possuía aquele nome.
– Siga-me.
– Oe, por que eu sempre tenho que te seguir?! Por que você não pode me seguir?
– Deixe de complexos de inferioridade e vamos – L revirou os olhos.
O movimento dos dois havia chamado a atenção dos membros do clube. Todos os olhavam com uma face reprovadora. Não tinham muito tempo até serem expulsos dali.
– Com licença.
Uma mulher de meia idade, mas estando em total estado de conservação. Era magra, com os cabelos presos num coque alto, a expressão severa, porém delicada. Era alguém que se podia chamar de muito atraente. Então se virou para observar quem a havia chamado.
– Sim?
– A senhora é Suwabe Yuichi?
– Sou sim – Deu um sorriso bondoso – Em que posso ajudá-los?
– Gostaria de conversar sobre Namikawa Shinto.
A mulher arregalou os olhos. Será se todos faziam aquela mesma expressão?
– Esse é um assunto muito sério, meninos. O que jovens como vocês querem com um assunto tão obscuro?
– Obscuro? – Onigiri perguntou.
– Sim... Namikawa Shinto não era um homem que se possa julgar como Benfeitor.
– E como a senhora sabe de tudo isso? – L perguntou persuasivo.
Ela hesitou.
– Por que estão perguntando isso?
O detetive pareceu entender algo.
– Somos da polícia.
A mulher assentiu com a cabeça.
– Já imaginava que vocês viriam me procurar. Afinal, eu sei de mais e provavelmente seria a próxima a ser morta.
Finalmente eles estavam fazendo algum progresso. Finalmente poderia descobrir algo além de “ele deve à Deus e o mundo”.
– É um assunto muito delicado para ser tratado aqui – Ela mordeu o lábio inferior – Por favor, compareçam nesse endereço amanhã às 14 horas, assim poderei explicar tudo.
A mulher tirou uma caneta e um papel da bolsa e começou a escrever algumas palavras com uma caligrafia fina e delicada.
– Por que está nos contando isso, senhora? – Onigiri perguntou com sincera curiosidade.
– Apenas para manter minha consciência limpa... E para provar que não estive envolvida neste crime bárbaro.
Então ela entregou o papel para L.
– Estaremos lá amanhã. Obrigado.
Ele acenou com a cabeça e puxou Onigiri pela manga, já que este parecia estar visivelmente interessado na mulher.
– Será que não poderíamos...?
– Não. Temos muito o que investigar – L o cortou.
– O que eu mais odeio nessa vida de policial é não poder me divertir.
O detetive levantou uma sobrancelha.
– Realmente não entendo.
– O que?
O mesmo balançou a cabeça.
– Deixe para lá. Vamos sair daqui – L avistou dois seguranças vindo na direção da dupla – Já descobriram nossa farsa.
– E para onde vamos?
– Venha comigo.
– Lá vai essa história de te seguir de novo...
Ambos conseguem despistar os seguranças e sair pelos fundos, se deparando com o carro de Watari.
– Como foi, senhor ? – Ele perguntou assim que viu as duas figuras entrarem no carro.
– Satisfatório... Mas creio que amanhã poderei tirar conclusões melhores.
– Hã... Tem certeza que é um ex-policial, Daisuke-san? – Onigiri perguntou surpreso com o aparato e tecnologia do carro.
– Amanhã eu esclareço tudo, Onigiri. Agora eu só quero ir para casa e comer uma pilha de doces. Watari, pise fundo.
– Mas as multas, senhor...
– Deixe para lá. Já está fazendo horas que não ponho nenhum açúcar na boca.
– Sim – Disse Watari pisando fundo no acelerador, indo rumo à base de L.
-------------- Continua --------------------
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E aí? Gostaram? Já que todos os suspeitos foram apresentados, alguém arrisca uma sujestão?
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