Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 8
Escuridão do fundo do mar, lado sem luz da Lua


Notas iniciais do capítulo

hum... bem, aqui está outro capítulo quentinho pra vcs! Espero que gostem



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Capítulo 7: Escuridão do fundo do mar, lado sem luz da Lua

“Juntos, somos perfeitos. Ou quase.”

 

 

Juntos. O que imaginamos quando andamos junto com um desconhecido? Silêncio, dúvidas e às vezes até medo. Porém, com Umi e Tsuki, que não reconheciam um ao outro, não era bem assim. Conversavam sobre coisas comuns, como gostos, manias, escola, música... Mentiam, mas era aquilo que os dois desejavam: uma vida normal. Umi sorria para Tsuki, Tsuki sorria para Umi. Era como se conhecessem em alguma outra geração, como se as músicas de suas vidas tocassem nas mesmas melodias. Tsuki começou a andar mais devagar e tropeçou.

 

- Você está bem? –Umi a segurou e olhou preocupado em seus olhos.

 

- Sim... –Ficou corada e deu um pequeno sorriso. -... Estou melhor agora.

 

Os dois sorriram e o estômago de Tsuki roncou bem alto, deixando-a mais corada que antes.

 

- D- Desculpe...

 

- Tudo bem... –Umi começou a rir. –Espera aí que eu já volto.

 

Entrou em uma loja e voltou com um sorvete.

 

- Para você, só tinha isso para comprar então...

 

Tsuki pega o sorvete e fica olhando para ele.

 

- Oh, desculpe, você não deve gostar do sabor chocolate, não é? Peguei sem pensar...

 

Ela deu uma lambida no sorvete e sorriu como se fosse uma boneca.

 

- Não errou não, este é o meu favorito.

 

Foi a vez de Umi ficar corado.

 

- Eu preciso ir... Desculpe-me, mas vou te deixar aqui.

 

- Não se desculpe, você foi muito gentil.

 

- Você também. Tchau.

 

Umi começou a andar, porém parou e virou a cabeça.

 

- Ah, sim. Você deveria sorrir mais vezes... –Sorriu muito perfeitamente. -... Você sorri de um jeito muito encantador.

 

Começou a andar, deixando Tsuki paralisada e super corada. Ela sorria muito alegremente. “Que pena que a gente não pode conversar mais... Espera aí...”. Olhou para o chão e viu um papel com o endereço que Umi mostrara antes.

 

 

 

 

Frank e Karin chegam a uma fábrica que parecia abandonada. Porém, quando entraram, era mais como uma mansão, cheia de belos lustres e quadros nas paredes. Iam passando pelas salas, cada uma com o nome em cima: farmácia, testes, banheiro, oficina... Era como uma mansão meio médica, meio policial. Adentraram na sala do “diretor”.

 

- Com licença. –Os dois falaram juntos.

 

- O que estão fazendo aqui? Sabem que só eu posso entrar aqui. –Alex estava bravo.

 

- Perdoe-nos, mas o caso é sério. –Karin olhou para os lados. –Podemos nos sentar?

 

Alex puxa duas poltronas.

 

- Claro, sentem-se e expliquem.

 

Karin retirou alguns papéis da bolsa.

 

- Bem, um dos motivos de eu ter ficado do lado de “Tsuki”, é porque, ao contrário de “Umi”, ela não necessita de sangue todo dia.

 

- Sim, essa é uma das principais diferenças que eles têm. –Alex cruzou os braços.

 

-... Sim, mas mesmo assim, ela tem um período em que necessita de sangue. E normalmente ela fica muito pior nessa época... E vimos que o momento logo irá chegar.

 

-... Então temos que ter cuidado...

 

- Você não parece muito preocupado.

 

- Bem... Não muito.

 

- Por que não? Não se lembra o que aconteceu da última vez?

Alex e Frank abaixaram a cabeça.

 

- Sim... Lembro-me muito bem...

 

- E o pior é que ela recupera as memórias na hora.

 

- Então... Ela tem que matar o garoto antes disso.

 

- Sim.

 

- Onde ela está agora?

 

Karin e Frank se olharam.

 

-.... –Os dois ficaram quietos.

 

-.... Onde ela está?

 

-......

 

- Vocês se esqueceram dela totalmente, não é?

 

-....

 

-....

 

- Não foi culpa nossa, nós pedimos para ela esperar em um banco enquanto íamos comprar algo para comer e quando voltamos... Ela sumiu. –Tentavam se justificar.

 

- Droga... Vão atrás dela, e levem algumas pessoas com vocês. Tem idéia de quanto é perigoso eles andarem sozinhos?

 

- Nos desculpe.

 

- Tudo bem... Vão... Ah, e levem um pouco de sangue com vocês.

 

 

- Por que demorou tanto?

 

- Bem... Eu me perdi no caminho.

 

- Haha, você é estranho, mesmo tendo uma memória fotográfica perfeita você se perde fácil.

 

- Mas o senhor também se perdeu... E chegou depois do Marco. –Falou um homem, com a mão levantada.

 

-.... É mesmo né? Haha... –Gabriel ria.

 

-.... ’

 

- Então, Marco... Nós já temos um plano, mas dessa vez você tem que fazer direitinho.

 

- E o que eu tenho que fazer?

 

- Bem, a vampira está vindo até aqui.

 

- Sério? Por que?

 

Gabriel percebeu que ele não havia reconhecido Tsuki.

 

- Bem... Não importa. A questão, é que ela está vindo sozinha, mas há gente atrás dela, trazendo sangue com eles.

 

-....

 

- Então, o plano é o seguinte...

 

 

 

Tsuki entra em uma grande escola abandonada que se escondia no subterrâneo de uma farmácia. A sala, vazia e escura, parecia um auditório sem cadeiras. Pela janela, entrava uma faixa de luz que iluminava principalmente o mini palco que havia em frente. Andou até lá, tímida e desconfiada de que estava no lugar errado. Quando tocou os seus pés no palco, várias mariposas voaram até a janela, passando por Tsuki e fazendo-a cair. Então, alguém passa por trás, prende suas mãos com algemas e segura em sua cabeça. Tsuki se assusta e as luzes se acendem.

 

- Olá novamente, Luana... –Gabriel retira a peruca de Tsuki -... Ou deveria dizer Tsuki?

 

Ela tenta se livrar das algemas, afastando os braços, mas não consegue.

 

- Ora, se acalme, não vamos te machucar... Não agora. Gostaria de ver um espetáculo?

 

- Hã?

Um homem, de olhos cor de mel e aparência comum, sai das cortinas atrás deles.

 

- Aqui está ela, John.

 

Ele sorri.

 

- É ela que eu vou fritar no óleo viva?

 

- O que??! –Tsuki se afasta com os pés.

 

- Hahaha, só estou brincando...

 

Ele se aproxima de Tsuki, põe a mão em seu rosto e olha bem para ela.

 

- A estesia que sua aparência me dá é inexplicável... –Tsuki fica corada e ele toca com o dedo em sua testa. -... Posso ser belo assim também?

 

Ela se assusta, sente como se John estivesse sugando algo com aquele dedo. Quando ele se afasta dela, Tsuki desmaia. Gabriel a levanta e segura em seus braços.

 

- Bem, eu vou estar aqui atrás, caso algo dê errado...

 

- Haha, comigo lindinho, nada dá errado...

 

Ouviram um barulho de portões se abrindo.

 

- Boa sorte.

 

E Gabriel sai.

 

 

 

Fim do capítulo 7

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Se gostou, mande um review. Se não gostou, mande um review tbm. Afinal, sejam críticas, elogios ou perguntas, eu gosto de saber o que vocês acharam ^--^ E irei responder alegremente