Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 9
Rio de Prata, Rio de Corpúsculos


Notas iniciais do capítulo

Bem, demorei um tempão para postar, mas ta aí. A verdade é q com tanta pouca gente lendo essa fic me desanima um pouco ._.'. Mas mesmo assim, eu vou continuar escrevendo ^^



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Capítulo 8: Rio de Prata, Rio de Corpúsculos

“Eu te amo”

 

 

Karin e Frank entraram na grande sala em que Tsuki estava antes. Novamente, estava tudo escuro e não se ouvia nem um pio. O silêncio foi interrompido pela voz dos passos de alguém, que parecia chegar mais perto deles. As luzes se acenderam.

 

- Tsuki! Você está bem? –Karin se alegrou ao ver que era a garota a dona dos passos.

 

- Espere... –Frank estendeu o braço, impedindo Karin de se aproximar.

 

- O que?

 

- Olhe bem para ela...

 

Os dois a olharam e realmente Tsuki estava estranha. Sua franja tapava seu rosto, estava mais pálida, silenciosa, com um ar assustador e tinha algo em sua mão.

 

- Saiam daqui... –Falou baixo.

 

- Não vamos sair daqui sem você.

 

- Eu disse... –Tsuki mostra uma faca e avança sobre Karin. -... Para irem embora!

 

Frank deu um soco no rosto de Tsuki, que caiu nos chão, sentindo dor.

 

- Não permitirei que você bata em uma dama.

 

- Mas você não acabou de bater em uma? –Karin correu até Tsuki.

 

- Não chegue perto disso... Esse não é a Tsuki.

 

Karin parou e olhou bem para ela. Tsuki levanta seu rosto e pega o braço de Karin.

 

- Tarde demais.

 

Ela torce o braço de Karin, a gira e dá um chute. Frank fica nervoso e avança, mas é pego pelos dois braços e atirado na parede.

 

- Haha, vocês, humanos, jamais conseguiram nos derrotar!

 

- Isso quer dizer que você...

 

- Isso mesmo, eu sou um priest vampire (vampiro sacerdote, na tradução literal).

 

Começa a mudar de aparência, até que se mostra ser John. Karin, ainda deitada, pega um comunicador com a mão esquerda (afinal o braço direito dela estava machucado).

 

- Conseguimos, podem entrar.

 

Entram várias pessoas armadas, apontando em John.

 

- Desista, eu já disse que sou um vampiro. Isso não irá funcionar comigo.

 

- Será?... Seth, ele é todo seu.

 

Eis que aparece um jovem, muito bonito, tanto de rosto quanto de corpo. Era meio moreno, tinha cabelos ruivos, olhos verdes e várias tatuagens espalhadas pelo corpo e rosto.

 

- É esse cara aí? –Tinha o mesmo rosto temperamental que Alex.

- Hum... Que garoto bonito...

 

- ....’

 

- Vou cortar você todinho...

 

Ele dá um passo, mas é interrompido por Gabriel.

 

- Pare John, ele também é um vampiro.

 

John olha para Seth.

 

- É mesmo?

 

Ele recua os passos e anda até Gabriel, que segurava Tsuki por uma corda que prendia suas mãos. Tsuki estava sentada de joelhos no chão, com a cabeça baixa.

 

- Tsuki! –Karin não conseguia se levantar.

 

- Vocês planejaram bem, mas já é tarde. Já temos o nosso inimigo.

 

- Como nós dissemos antes, não sairemos daqui sem ela!

 

Gabriel dá um sorriso sádico, se abaixa perto de Tsuki e a segura pela cintura. Umi, de dentro da cortina observava tudo.

 

- O que vai fazer com ela? –Frank ajudava Karin a se levantar.

 

Gabriel sorri ainda mais e segura o rosto de Tsuki.

 

- Droga, é melhor eu ir para lá antes que... –John joga uma faca em Seth antes que ele pudesse terminar a frase, mas Seth não é acertado.

 

Gabriel, bem próximo ao rosto de Tsuki pergunta:

 

- Me desculpe fazer isso, mas... –Fez um corte em sua própria mão e pôs na boca.

 

“Droga, ele vai despertar-lá e depois matar-la” pensava Karin.

 

 Mas, para a surpresa de todos, Gabriel se aproxima ainda mais de Tsuki e a beija. Um beijo profundo, de longos segundos. Tsuki fica corada e todos surpresos (inclusive John). Foram interrompidos, porém, por uma faixa de poder que fez Gabriel recuar, Tsuki cair do palco e um dos agentes deixar uma bolsa de sangue cair. O dono do poder era Umi.

 

- Mas o que... –Tsuki continuava vermelha.

 

Frank chega perto de Tsuki, que o abraça, como se tentasse se proteger. Os dois se levantam e ficam perto da porta de saída (ou melhor, de entrada). Gabriel também se levanta e olha sério para Umi. Todos apontam as armas para o mesmo, que segurava a mão esquerda e olhava para baixo com uma expressão triste.

 

- Vejamos se a nova bala que fizemos realmente funciona contra vampiros.

 

Quando iam atirar, Tsuki fica na frente de todos, com os braços abertos.

 

- Não atirem!

 

Todos se surpreendem, mas continuavam na mesma posição.

 

- Eu pensei que você tinha concordado em matar-lo. –Um dos homens fala.

Tsuki começa a tremer.

 

- Sim, eu concordei em matar o outro vampiro... –Respira fundo. -... Mas Umi não é um vampiro agora!

 

- Como assim, não é um vampiro? Todo dia ele se alimenta de sangue, saiu até na TV o caso em que ele atacou uma pessoa! Ele é um perigo para nós!

 

- Sim, mas... Ele deve ter sentido o cheiro do sangue que caiu e não fez nada, não é? Ele praticamente me salvou, não é verdade? E ele...

 

Olha para Umi, quase chorando.

 

-... Ele foi tão gentil comigo...... –Começou a chorar.

 

Todos se olham e guardam as armas. Seth pega Tsuki no colo.

 

- Não se preocupe, não o mataremos agora...

 

Tsuki encostou a cabeça, ainda chorando.

 

- Me desculpem, mas eu ainda não consigo...

 

- Não chore, por favor... –Disse Seth. Mas Tsuki sentiu que ouviu a mesma frase nos pensamentos de Umi.

 

Foram embora, deixando apenas o sangue para trás. Umi se aproximou dele, passou o dedo e pôs na boca.

 

- A garota estava certa então... Você queria beber isso mesmo. –John desceu do palco.

 

Umi fica calado e olha para o lado.

 

- Por que fez aquilo? –Gabriel continuava sério.

 

- Não sei... Fiquei com raiva...

 

- Raiva?

Umi olha novamente para o lado oposto.

 

- Estava com ciúmes?

 

- Não é o que você está pensando! É que como Tsuki bebeu um pouco do seu sangue ela poderia se transformar novamente em... –Tsuki estava corado e não sabia mentir.

 

- E quem disse que eu fiz aquilo só para despertá-la?

Umi paralisa.

 

- Então você...?

 

- Isso não importa.

 

-... ? –John não entendia nada.

 

- Importa sim.

 

Gabriel passa a mão no cabelo.

 

- Sério? Você não vai ficar irritado se eu disser que eu me interesso por ela?

 

-........

 

- Sabia que você estava com ciúmes.

 

- Espera um pouco... Se ele e você gostam da garota... Vocês irão realmente matar-la? Estão mentindo para chefe?

 

- Eu não disse diretamente que gosto dela.

 

- Eu também não.

 

Os dois se olham e olham para John.

 

- Me- Mentira! Vocês ficam enrolando, falando que vão matar-la, mas no final não querem exterminá-la!

 

- Parece que... –Gabriel anda em direção a John.

 

-... Há alguém aqui que não confia em nós. –Umi pega a última gota de sangue e se levanta.

 

- Espera pessoal... Não precisamos exagerar, verdade? Eu só estava brincando.... –Foi cortado ao meio por Umi.

 

-... Parece que ele mentiu para nós... Ele não é um priest... –Disse Gabriel, saindo do salão com Umi, que olha, pela fresta da porta, John morto no chão.

 

-... Sim.

 

 

 

- Aonde nós vamos agora? –Karin olha para Tsuki dormindo ao seu lado no carro em que estavam.

 

- Decidimos não... Hã... Decidir aonde vamos. –Não havia como identificar o rosto do motorista.

 

- E o que fazemos?

 

- Esperamos que Tsuki fale.

 

- Por que?

 

- Bem, até agora, todos que nos seguem sabem exatamente o nosso destino, como se lessem nossas mentes. Mas a mente de Tsuki é poderosa e com ela eles não nos seguirão.

 

- Hum... É verdade.

 

- Espera aí... Isso quer dizer que eles podem estar lendo meus pensamentos agora mesmo? –Frank se preocupou.

 

- Não é comprovado, mas talvez estejam sim. Por que? –Karin fazia carinho na cabeça de Tsuki lentamente.

 

- Bem, é que agora mesmo estou pensando em você, em como eu gostaria de estar no lugar de Tsuki e...

 

Karin dá um soco na cara de Frank.

 

- Não tenha pensamentos poluídos sobre mim!

 

- Mas... Eu não disse isso... –Desmaia.

 

- Puxa, mesmo você sendo mulher, tem um soco bem forte. –Diz o homem ao lado do motorista.

 

- Qual é o problema de eu ser mulher?! –Karin ficou mais furiosa.

 

- Nada não, nada não. O que eu falo não tem sentido! –Ficou com medo.

 

- Hahaha –O motorista riu.

 

- Do que está rindo? –Karin fez uma cara assustadora.

 

- Nada... O que eu faço não faz sentido. –Ficou com medo também.

 

Tsuki, ainda dormindo, segura a mão de Karin e fala.

- Cho... Chocolate... Quente...

 

- Chocolate quente?

 

O motorista sorri.

 

- Parece que já sabemos aonde vamos.

 

 

 

 

Fim do capítulo 8

 



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Notas finais do capítulo

Reviews :3