Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 7
A Lua e o Mar


Notas iniciais do capítulo

Aí, gente, agora toda sexta eu vou postar um capítulo novo '. Espero que gostem deste



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Segunda Temporada. Local: América do Sul.

 

 

Capítulo 6: A Lua e o Mar

“Para um humano, viver é escrever sem borracha. Para um vampiro, viver é escrever com caneta...”

 

 

- E aí, já encontrou um nome? –Karin lia um livro e escrevia em outro.

 

- Não... Hum... –Tsuki folheava um livro, duvidosa. Aquele era um livro de nomes brasileiros e seus significados. –Nossa, quantos nomes estranhos... Esses brasileiros são mesmo estranhos... Por que a gente está indo ao Brasil?

 

- Porque nos mandaram. E não acha melhor ler primeiro os significados e depois os nomes?

 

- Não, eu não ligo para o significado... Que tal... “Luana”?

 

- Luana? Por que? O que significa?

 

- Eu não sei... Mas gostei desse som... Lua. –Fechou o livro, sorridente.

 

- Que bom que você gostou de algum nome, depois de duas horas... –Karin fecha os livros e guarda as coisas. –Aliás, estou surpresa por você ter levado “tudo numa boa”.

 

- É que... Estou confusa demais para pensar em complicações. Talvez quando eu recupere minhas memórias eu consiga cumprir a missão. Apesar de tudo esses monstros causam problemas para as pessoas, certo?

 

- Sim... Está cansada? Não quer descansar um pouco?

 

- Não, eu estou bem.

 

Karin cruza os braços.

 

- Sabe... A base é um pouco longe desta casa, então nós vamos andar um pouco.

 

- Tudo bem, eu não estou me sentindo mal.

 

- Então nesse caso...

 

Karin abre o armário e tira uma sacola cheia de coisas dentro. Tsuki fica curiosa e se aproxima para ver o que tinha ali dentro. Então Karin tira uma peruca e um vestido e põe nas mãos de Tsuki.

 

- Coloque isso.

 

- Colocar... - Pegou a peruca e a olhou por baixo -... Isso?

 

- É para não te reconheceram tão facilmente.

 

- Só um idiota mesmo para não me reconhecer... E tantos agentes andando juntos não é meio suspeito?

 

- Mas todos os outros já foram... Só faltamos nós três.

 

- Três?

- Eu, você e o Frank.

 

Entra o mesmo homem alto e moreno da semana anterior (já havia se passado uma semana depois do baile). Tinha olhos e cabelos negros.

 

- Já estão prontas? Vamos? –Frank falava olhando apenas para Karin, ficando de costas para Tsuki.

 

- Tsuki tem que pôr a peruca primeiro. –Karin sorria para ele.

 

- Hum... Ela realmente se atrasa, não é mesmo?

 

- Pois é. Tem que fazer a gente esperar.

 

- Não falem como se eu não estivesse aqui... –Tsuki já havia se arrumado.

 

- Por que não disse que você já estava arrumada? Vamos logo.. –Os dois responderam juntos.

 

- Vocês que ficam enrolando...

 

 

Os três começaram a andar pelas ruas de Santana do Livramento. As pessoas que vinham e iam não eram tão diferentes das pessoas do Japão. Elas sorriam, falavam, corriam... E algumas até brigavam, porém davam aquela sensação de que as brigas não seriam eternas.

 

- Nós parecemos uma família, não acham? –Frank falava apenas na direção de Karin.

 

- Família? –Ela põe a mão na cintura.

 

- Eu seria o pai, você a mãe e “Luana” nossa filha.

Karin segurou a bochecha de Frank, puxando-a para baixo.

 

- Atrevido como sempre, Frank. –Continuava com a mesma expressão no rosto.

 

- (Ai) Mas é (ai) verdade... –Sentia dor, mas sorria.

Tsuki parou de andar, fechou os olhos e encostou as mãos na cabeça.

 

- Luana, você está bem? –Soltou a mão da bochecha.

 

- Eu... Acho... Que vou...

 

E desmaiou.

 

 

 

 

- Por que eu tenho que usar toda hora uma peruca? –Umi coçava a cabeça, com um rosto zangado.

 

- Para ninguém te reconhecer tão facilmente. E assim loiro você fica parecido comigo. –Gabriel bebia vinho em uma taça pequena. –Hum... O vinho daqui é bom... E aí, pensou em um nome?

 

- Que tal... Marco?

 

- Marco? É legal, mesmo não combinando com você... Que tal algo como... Cleido?

 

- Eu vou me chamar Marco. Cara, quem na face da Terra se chama Cleido (sem ofensas para quem se chama assim, ok?)?

 

- Tem certeza? Não quer um nome como Piros, ou Aris, ou...?

 

- Meu nome agora é Marco. E esses nomes são o que, gregos? Aliás, isso são nomes?

 

- Bem, eu vou indo... Quando terminar de se arrumar você vem com a gente. Você já decorou o caminho, certo?

 

- Sim.

 

Gabriel fez um sinal com a mão para os outros homens. Todos saíram da sala com passos silenciosos. Umi olha para o espelho, e principalmente para aquele cabelo loiro que cobria sua cabeça. Começou, porém, a olhar para seus próprios olhos. Aquele azul profundo que tinham era inconfundível e não comum.

 

- Eu não entendo... Porque eles nunca escondem a cor dos meus olhos, ao invés do meu cabelo? Só um idiota não me reconheceria assim.

 

 

 

Karin e Frank falavam com Tsuki, desesperados. Eles sabiam que ela não podia ouvir-los, porém não sabiam o que fazer.

 

- Hum... Eu sinto... Sede. –Tsuki tentava abrir os olhos com dificuldade.

 

- Tsu... Luana, você está bem? –Karin sorriu.

 

- Sim, eu... Só senti cansaço e desmaiei e aí... –Tsuki tampava a boca.

 

- Não se preocupe. –Frank a carregou até um banco, “sentou-a” e disse sério. –Você nos espera aqui por um tempo... Já voltaremos.

 

Olhou com seus olhos negros para Karin, que fez um sim com a cabeça.

 

- Nós já voltamos. –Os dois começaram a andar.

 

 

 

Tsuki esperava sentada, tirando as pétalas de uma flor, dizendo mentalmente “Eu vou morrer, Umi vai morrer, ninguém vai morrer. Eu vou morrer, Umi vai...” a cada pétala tirada. É interrompida pela voz de um garoto loiro que senta ao seu lado.

 

- Com licença, você parece triste. Posso ajudar? –Era Umi, disfarçado com seus cabelos amarelos.

 

- Não se preocupe comigo... Ham...

 

- Marco, meu nome é Marco. – Umi a cumprimentou com a cabeça.

 

- Prazer em conhecê-lo, meu nome é Luana. – “Hum... Esse garoto tem os olhos iguaiszinhos aos do Umi... Mas não pode ser ele, porque esse aí é loiro e me cumprimentou sem a mão”

 

- Que belo nome, Luana. – “Nossa, ela é igual à Tsuki. Mas não pode ser, essa aí é loira...”

 

- E o que você está fazendo por aqui Marco?

 

- Ah, eu me perdi.... Eu precisava ir a um lugar perto desta loja aqui... –Mostrou um papel.

 

Tsuki olha para uma placa com o nome da rua.

 

- Você está na rua certa.

 

Umi olha para os lados e reconhece o lugar.

 

- Ah, lembrei onde fica...

 

- Quer que eu te acompanhe? Era para eu esperar aqui, mas acho que vão demorar...

 

- Bem, eu não posso levar ninguém comigo... Mas você pode vir comigo até a loja que fica por perto.

 

- Ok, vamos. –Tsuki sorriu delicadamente.

 

 

Fim do capítulo 6


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