Parte Dois: Descoberta?

Tsuki’s POV

- Tsuki...

- Sim?

Pensei que ele iria me perguntar algo ou comentar sobre a minha pergunta... Mas rapidamente se aproximou de mim, envolveu suas mãos em minha cintura e... e... Me beijou.

Foi muito inesperado. Não deu tempo de eu dizer nada, seus lábios já encostavam com os meus. Fechei meus olhos lentamente, enquanto as mãos dele iam para as minhas costas... Cerquei seu pescoço com meus braços... E ficamos um tempo daquele jeito.

Quando paramos de nos beijar, nos afastamos um pouco e ficamos olhando um para a cara do outro. Nós dois coramos e nos separamos. Ficamos praticamente de costas.

- Tsuki...

Eu estava muito envergonhada para responder.

- Desculpe, eu...

- T-Tudo bem...

Sim... Estava tudo bem... Aquilo foi incrível. Era como... Como se fossemos perfeitos um para o outro... Ai, é melhor não pensar desse jeito... Caramba, eu devo estar apaixonada mesmo... Mas...

- É melhor continuarmos andando...

- Sim...

Andamos por algumas horas. Não estava acostumada a idéia de ser uma “vampira”, mas parecia que meu corpo já sabia disso há muito tempo (dar, é claro, né?), pois eu não me cansava.

Nós vimos uma luz em frente e estávamos nos aproximando cada vez mais dela...

Umi’s POV

Nossa... Não acredito que a beijei mesmo! Foi tão bom... Estamos faz uns quarenta minutos andando e eu ainda estou pensando nisso... Se bem que, depois daquilo, nós não falamos mais nada... Droga.

Eu estou andando na frente e Tsuki atrás. É estranho... Parece que eu já passei por aqui. Mesmo que seja só impressão, eu sinto algo familiar. Talvez os cheiros, ou as plantas, ou a terra...

Parece que mais pra frente está outra praia... Afinal, dá pra ver uma luz forte daqui... Será que andamos tudo isso para nada?

Aproximamos-nos cada vez mais da luz... E... Espera... Isso...

POV’s Off

Eles saíram de baixo das árvores do bosque e pararam. Abaixo a eles, não era terra, muito menos areia. Era cimento. Ele dava caminho a uma grande construção, que parecia mais uma fábrica. Ela estava na parte mais alta do penhasco que dava para o mar. Era um prédio largo, cinza e muito, muito grande. Possuía alguns portões e janelas apenas no alto. Não tinha telhado nem nada. Porém, apesar do cimento, havia algumas orquídeas pelo campo todo.

Ao lado direito dela estava uma casa, ou melhor, uma mansão; e ao lado esquerdo estava um grande moinho, que girava lentamente.

- Mas... O que é isso? –Tsuki surpreendeu-se.

- Não pode ser...

- O que foi?

- Venha!

Ele a puxou para uma moita.

- Umi-kun! O que está fazendo? Duas vezes só hoj...

- Não vou fazer nada com você. Só estamos nos escondendo.

- Nos escondendo? Por que?

- Porque eles não podem nos ver...

- Eles... Quem?

Karin olhava para um mapa encostado na parede, com o rosto aflito. A viagem ainda iria demorar, mas não havia tempo a perder. Tinha que encontrar Tsuki logo, custe o que custar.

- Hã... Karin-dono...

- Sim Frank?

- Eu ainda não entendi o porquê de você estar tão aflita...

- Bem...

Ela pegou o mapa e o pôs em uma mesa. Fez um sinal para ele se aproximar.

- Olhe bem...

Ela apontou para uma parte do oceano perto da Inglaterra.

- Não há nada aí... Só oceano...

- Não exatamente. Aqui há uma pequena ilha escondida. Nenhum mapa no mundo a contém.

- Mas como pode existir uma ilha que ninguém conhece?

- Bem... Certas pessoas até sabem, mas foram pagas para não falarem nada.

- Pagas? Por que?

- Porque... É lá... Que fica a sede principal dos nossos inimigos. A outra parte da agência Cattleya Labiata: Carueba.

- Quer dizer que...

- Sim... Se eles virem a Tsuki... Será o fim.

Fim do Capítulo 15