Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 12
Bons Ares - Parte Três


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por ter demorado pra postar esse capítulo. Desculpa mesmo ^^' A propósito, sobre o carinha cego e surdo q aparece na primeira parte... Esqueci de explicar q ele não é totalmente cego nem surdo. Ele pode ver as formas de algumas coisas, e assim, consegue ver o movimento dos lábios e le-los. :)



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Parte 3: “Amor Mudo”

No avião, os dois sentaram-se um do lado do outro. Estavam tímidos, mas confortáveis.

A aeromoça foi até os dois e perguntou o que eles queriam.

- Um saquinho de amendoins e uma barra de chocolate, por favor. –Disse Umi rapidamente.

Ela anotou em um papel e saiu. Tsuki franze a testa e diz:

- Nem deu tempo para pedir o que eu quero.

- Mas eu pedi para você... A barra de chocolate.

- Como... Como você sabe que eu ia pedir isso?

- Eu... Não sei.

A mulher trouxe o pedido e foi embora, mas, por um momento, olhou para trás e deu uma piscadinha para Umi. Tsuki não gostou muito do gesto e decidiu puxar assunto.

- Você... Você tem suas memórias, certo?

- Bem... Não.

- Não? –Tsuki pegou a barra de chocolate e começou a abrir a embalagem. –Então como você é tão forte?

Umi dá uma risadinha.

- Ora, o que você acha quando um homem descobre que é mais forte, rápido e poderoso que outros?

- Hum... Sei lá.

- Nós tentamos ficar ainda mais fortes. Ambição é natural do ser humano, né? –Ele começou a abrir o pacotinho de amendoim.

- Mas... Nós não somos humanos...

Ele começa a pensar.

- É verdade...

Tsuki mordeu um pedaço de chocolate. Com certeza era uma de suas comidas favoritas. O chocolate era tão doce, suave e atrativo... Sem perceber, a lembrança dos olhos de Gabriel veio em sua mente. Será porque ele dava a mesma sensação? Tsuki ficou corada ao pensar nisso.

- O que houve? –Perguntou Umi.

- Hum... Nada não... Por que será que...?

Fez uma breve pausa.

- Por que Gabriel nos ajudou?

Umi olhou para baixo um pouco triste.

- Acho que... Ele não quer que você morra...

Tsuki continua corada.

- Por que ele não quer que eu morra?

Umi franziu a testa. Não gostava muito de falar do Gabriel.

- Eu não entendo uma coisa. –Tsuki mudou de assunto.

- O que?

- Se um de nós morrermos... Os outros vampiros vão todos morrer. Então por que eles nos ajudam?

Umi se entristece novamente.

- Talvez seja porque... Ser um vampiro é doloroso.

Ela arregalou os olhos.

- Bem... Vampiros precisam beber sangue humano, ou seja, matar pessoas. Eles não envelhecem nunca e sua aparência normalmente muda. É triste viver assim. –Umi explicou.

Os dois ficaram calados (de novo  ._.). A aeromoça virou novamente para olhar Umi (de novo também ._.).

- Ela não é muito velha para você? –Tsuki, apesar de estar com ciúmes, se divertiu com aquilo.

- Pelas minhas contas, eu devo ser uns 400 ou 300 anos mais velho que ela. Mas acho que é uma diferença de idade saudável.

Os dois riram por alguns segundos.

- Não tem como... Um vampiro voltar a ser um humano? –Tsuki voltou ao assunto.

- Tem sim, mas... Quando um vampiro volta a ser humano, ele não pode ir à luz do sol, comer coisas com alho e não suporta ficar perto de algo que contenha uma cruz ou de água benta.

- Só de viver sem o sol já é terrível...

- Sentiu o drama?

Naquela hora, o avião começou a se mexer de forma estranha.

- “Prezados passageiros, por favor, coloquem seus cintos de segurança para que não haja problemas. Não se preocupem, estamos apenas passando por uma simples tempestade.” – Anunciou uma voz para todos no avião.

Todos começaram a entrar em pânico. “É segura mesmo com uma tempestade?”, “O que vai acontecer se eu retirar meu cinto de segurança?” e “É normal o avião se mexer desse jeito?” eram as perguntas mais freqüentes entre as pessoas. Até Tsuki começou a tremer de medo. Umi a abraçou. O avião começou a se mexer mais bruscamente e todos sentiam a pressão caindo (ou aumentando? ._.). Tsuki agarrou os braços de Umi, que apesar de ser um vampiro, eram quentes.

- Não se preocupe, mesmo que o avião caia, nós iremos sobreviver. –Disse Umi, bem baixinho para que ninguém ali ouvisse.

As palavras não eram assim tão confortáveis, mas o abraço de Umi era tão... Aconchegante, pensava Tsuki. O avião começou realmente a cair e todos entraram em muito desespero.

- É muito estranho... Um acidente... Ocorrer logo quando... Nós estamos aqui... –Umi começou a sentir uma dificuldade em respirar.

Ele olhou para os passageiros, e todos estavam desmaiados. Apenas Tsuki e Umi agüentavam aquilo.

- Quer dizer que... Isso foi um plano para nos matar?

As palavras de Tsuki foram diretas, mas óbvias. Tudo se ligava... “Mas Gabriel teria dado as passagens sem saber que iríamos morrer” pensava Umi. Porque, apesar de tudo, Gabriel de certa forma gostava de Tsuki e não ia querer que ela morresse. Umi e Tsuki desmaiaram.

Gabriel estava, muito, muito bravo. Abriu a porta, ou melhor, arrombou a porta, e se dirigiu até a mesa de Murrey. Murrey é o chefe da organização Carueba, que trabalha para exterminar Tsuki.

- Você sabia que isso ia acontecer?! –Gritou.

O homem não parecia muito velho, na verdade era bem jovem. Possuía cabelos longos e negros e continha um par de olhos castanhos. Ele, sentado em uma bela cadeira negra, começou a rir e respondeu.

- Você realmente me faz rir. Acha mesmo que eu ia deixar os dois sem ninguém por perto?

Ele se irrita com a resposta.

- Mas se algum deles morrer, nós morreremos também! –Gritou.

Murrey levantou-se e deu um soco em Gabriel, que caiu no chão. Segurou-o pelo pescoço.

- Você, vampirozinho sem poder nenhum com certeza vai morrer. Mas eu sou muito melhor e mais inteligente que você, eu não irei morrer.

Ele deu um pequeno sorriso maléfico.

- Quer saber o que eu tenho que você não tem?

Ele apertou mais ainda o pescoço de Gabriel. Este começou a sentir algo sendo sugado de si. Olhou para a própria mão e se assustou.

- Percebe? Mesmo que eu vire um humano, eu viverei para sempre. É só “sugar” a juventude dos outros!

Enquanto o homem ria, Gabriel segurou a mão que segurava o pescoço dele. Seus olhos ficaram vermelhos.

- Dor. –Sussurrou.

Estranhamente, o homem retirou sua mão e começou a segurar-la de modo muito forte. Começou a gritar de dor e tentou avançar em Gabriel.

- Tendão esquerdo cortado. –Dessa vez disse mais alto.

O homem sentiu algo e logo caiu de joelhos no chão. Gabriel sorri.

- Me desculpa, mas eu vou ter que fugir. Se você vir atrás de mim, você passará a ter apenas três dedos em cada mão.

O homem não fez mais nada. Então Gabriel pegou alguns papéis na mesa e saiu.

Fim do capítulo 9


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Notas finais do capítulo

Mande reviews, por favor!Acredito q só tenha uma pessoa q anda lendo minha fic, mas ficarei muuuuuito feliz se souber q tem mais gente lendo! ;)