Os Filhos do Mar escrita por jujuli97


Capítulo 11
Capítulo 11




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Percy Pov

Depois daquele momento totalmente inusitado, até mesmo para os padrões de um semi-deus, Quíron chamou os campistas-seniores na Casa Grande. Todos estavam muito agitados e nervosos.

Fomos atacados, aparece ajuda de sabe-se lá onde, os deuses não parecem simpatizar muito com os "salvadores", e ainda por cima aparecem... mudados (na realidade só os três grandes, mas mesmo assim isso não algo que se vê todo o dia), e por fim eles marcam uma reunião para falarem sobre algo.

Nossa! Acho que esse foi o dia mais louco da minha vida, e acredite eu já tive muitos dias anormais!

-Campistas. Forças externas estão novamente agindo sobre o mundo olimpiano, ameaçando não só aos deuses, como também mortais, fui proibido de contar-lhes mais detalhes. Entretanto, fiquem sabendo que longos anos virão.

-Como se isso fosse novidade. - A representante do chalé de Demeter falou baixinho, mas todo mundo ouviu. E bem, ela acabou por receber uma olhada muito sinistra de Quiron, e elas dão medo.

-E os deuses querem todos vocês na reunião deles com os simpatizantes da nossa causa e os semideuses que os acompanham.

-Então aqueles três lá são semideuses? - eu perguntei surpreso. O que? Eles dão de 1'000 à 0 em qualquer campista daqui lutando.

-Sim, eles são semideuses. Não sabemos como eles ficaram tão proximos dos deuses, mas eles foram treinados por eles em diversos aspectos. Bem, reunião terminada. Nós vemos pela manhã. - Quíron repondeu a minha pergunta, e logo saiu. Provavelmente evitando mais perguntas.

Todos saimos após isso, deixando o Sr.D. dormindo no sofá da Casa Grande. Eu e Annabeth seguimos até o lago para que pudessemos conversar a sós. Ficamos olhando a Lua e as estrelas em silêncio por um tempo, Annie estava sentada no meio das minhas pernas, de modo que suas costas se encostassem no meu peito, eu a abraçava enquanto minha cabeça repousava na curva do seu pescoço.

-O que você acha de tudo que aconteceu hoje? Vamos por tópicos, por favor! - falei querendo compreender por tudo que haviamos passado.

-Nossos inimigos estão forte o suficiente para tentarem nos atacar...

-Mas, por que eles não atacaram o Olimpo de vez?

-Percy, lembre-se. Nós somos os instrumentos, os soldados do Olimpo. Somos nós que lutamos por eles.

-Faz sentido... Recebemos ajuda de sabe-se lá quem. - Annie ficou tensa quando eu falei isso, mas eu queria saber quem eles eram, ué...

-Você não sabe quem eles são? - eu acenei negativamente. Porque? Só porque eu sou filho de um deus, não quer dizer que eu tenho de saber tudo sobre os deuses. Na verdade eu não sei praticamente nada... - Você é mesmo um cabeça-de-alga! - ele ajeitou-se de modo que pudesse me olhar - 

"Caos foi o primeiro ser primordial do universo, ele se criou a partir do nada. Ele era um ser androgêno, tanto feminino como masculino, e a partir de si mesmo criou Nix, a mãe de todos os deuses, a personificação da noite, e Érebus, o criador das trevas, marido e protetor de Nix.

Esses tiveram diversos filhos, como Éris e Nêmesis, mas os primogênitos e mais poderosos são os gêmeos Hipnos e Tanâtos. Hipnos é o deus do sono, pai de Morfeu, Ícelo, Fântoso e Fantasia, os onírios, é conhecido por possuir um chifre contendo ópio, um talo de papoula, um ramo gotejando aguá do Lete e um tocha invertida. É um deus astucioso e muito inteligente, costuma ser gentil e bondoso, e parece conhecer todos os segredos do mundo.

Tânatos, é a personificação da morte. Dizem que possue um coração de ferro e entranhas de bronze. Sempre foi solitario, tendo como compania apenas seus pais e seu irmão. Seu maior símbolo é uma foice negra, a foice de Cronos foi criada com inspiração nela, mas o poder da foice de Tânatos é imaginavelmente maior. Apesar da foice, é conhecido por possuir grandissimas asas negras, em contrapartida do irmão que possue asas brancas, mas essas só aparecem quando desejadas, um facho em queda, uma urna e uma borboleta. É sarcastico e rude, dentre os deuses os únicos que tem apreciação por ele são Hades e Ares."

 -Nossa! Mas, por que os deuses não pareciam felizes com a aparição deles?

-Esses deuses, com exceção de Nix, jamais prestaram ajuda ao Olimpo. Os deuses temem que se trate de uma armadilha. Mas, Nix deve tê-los convocados para nos ajudar. - Annie parecia acreditar nessa opção. E provavelmente era a opção certa. - Já esta tarde, meu peixinho. Vamos dormir, antes que viremos jantar de Harpia.

Levantamos e seguimos abraçados até a área dos cháles. Deixei-a na porta do seu chále, mas não sem antes dar-lhe um beijo de boa-noite, e segui para o meu.

(...)

Acordei suado e assustado. Ofegante, tentei me recordar do sonho da moite passada, e apenas vislumbres vieram. Mas de algo eu tinha certeza, eu precisava ver a minha mãe agora.

Tomei um banho e coloquei uma calça, uma blusa branca, um tênis e por cima da blusa um casaco da NYU (New York University), eu ainda não havia falado para ninguém que havia sido aceito no curso de Biologia Marinha que começaria no próximo semestre.

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Corri para a Casa Grande, ainda era cedo e somente alguns filhos de Apolo e Eos estavam acordados para verem o amanhecer, enquanto sátiros e ninfas perambulavam pela floresta e pelo campo de morangos.

Entrei sem nem sequer bater, não por falta de educação, mas por pressa mesmo. Fui em direção do quarto/estábulo onde Quíron dormia. E por sinal, era o que ele fazia naquele momento.

Quíron. - sussurei enquanto o cutucava cuidadosamente - Quíron! QUÍRON! - eu não acredito que ter gritado para que ele acordasse foi a melhor ideia. Por que? Ele acordou assustado e, bem, eu acabei levando um coice no olho.

-Oh céus! Desculpe-me Percy! Eu sinto muito pelo seu olho. - Quíron falou depois de ter se acalmado. E eu não estava muito certo se ele estava realmente arrependido, ou se estava querendo me dar outro coice em um lugar mais abaixo por tê-lo acordado.

-Tá certo! Mas Quíron eu quero pedir permissão para ir ver minha mãe agora! - Eu murmurei, acredite mesmo depois te ter mergulhado no Styx um coice desses é dolorido. Era muito importante para mim ir ao seu apartamento logo. Ele me olhou com o seu típico olhar, do tipo eu-sei-de-algo-que-você-não-sabe-e-não-quer-saber e assentiu para algo.

-É claro! Mas esteja no Olimpo às 18:00. Os deuses anteciparam a reunião para hoje às 19:00. - Ele falou e eu percebi que era melhor estar lá, se não quisesse ser exterminado por um raio.

 -Sim senhor! - eu falei batendo continência, com isso Quíron deu um sorriso de canto - Mas por que tenho de estar lá uma hora antes?

-Para que não haja atrasos de nossa parte! E agora vá. Peça a Blackjack para levá-lo o mais rápido possivel. - assenti e sai correndo em direção aos estábulos. Só agora percebi que nem sequer falei bom-dia para Quíron,...

-E aí chefinho? Passou a moite acordado, é? Oh, toma cuidado... A sogrinha pode não gostar disso! - Blackjack falou assim que eu apareci no estábulo. Esse pegaso não dorme não? Ignorei ele e logo perguntei se ele poderia me levar até NY!

-É claro, chefinho! Pode subir! E por acaso, você trouxe açucar?

E assim passamos 1h46min e 27seg, sim eu contei o tempo, a melhor parte foi quando sobrevoamos a Times Square e a 5th Avenue (Quinta Avenida). Logo estavamos parados na frente da pequena mansão da minha mãe, mesmo sendo um pouco mais do que sete horas, estava tudo calmo e silencioso.

Dispensei Blackjack e fui entrando sem anunciar. Era uma mansão pequena, se comparada as demais do bairro, com o lançamento do tão sonhado livro da mamãe ele ganhou muito dinheiro e passou a investir também em ações, o que resultou numa pequena/grande fortuna. Com isso ela comprou uma casa, alegando que queria finalmente um jardim (o que me lembrou de Calipso).

A "casa" possuia dois andares. No piso superior possuia cinco quartos, o da mãe, o meu, o (agora) da Mar e dois de hospedes, uma sala para dança e música, parecia um atelier de balé com um violão, uma guitarra, um baixo, uma harpa (não me pergunte o porque desse), e um belo piano de calda preto. A música sempre foi um hobbie e um talento da família, mas por motivos óbvios foi deixado de lado há oito anos. Uma sala de jogos, um escritório, um atelier de artes (também não sei o porque desse). E no terreo uma sala,  uma copa, um salão de jogos incrível, uma especie de aquario gigantesco de água salgada, do tamanho de uma sala de aula, onde eu costumava entrar e ficar conversando com os peixes e uma cozinha imensa.

Foi decorado pela renomada decoradora Esme, e era bem o estilo da minha mãe. O sonho que ela realizou. Minha mãe e Paul começaram a brigar muito no ínicio do noivado e resolveram se separar, o que significa que agora eu tenho de ficar de olho. Minha mãe mesmo com seus quase 35 anos deixa muita menininha no chinelo, até mesmo algumas filhas de Afrodite, e solteira. Marmanjo em cima dela é o que não falta.

Passei pela sala, e fui em direção a cozinha. Peguei um copo com água e fui em direção aos quartos, percebi que uma suave melodia se fazia pelo restante da casa e mudei minha rota para a sala de música. Abri a porta que estava apenas encostada.

-Eu não acredito! - falei e dois pares de olhos, agora virados em minha direção foram a ultima coisa que vi antes de apagar. Um par de olhos multicolores, que agora estava verde-azulado e outro par de olhos tão verdes como o mais belo dos mares.

Pov Annabeth

Perguntas rondavam minha cabeça! Porque a reunião foi antecipada? Por que a nossa presença nela? Por que? Por que?

E a mais irritante: Por que o Percy não está aqui?

Assim que acordei, fui em direção do pavilhão procurando por Percy em meio os campistas. Por não tê-lo visto procurei por Quíron para perguntar-lhe sobre meu peixinho. E que resposta eu ganho?

"Ele foi à Nova York, ver a mãe. Ele parecia muito ansioso, Annie."

Como ele pode ter saido sem nem sequer me avisar? Que ódio daquele pamonha, cabeça-de-alga, cérebro de camarão, lindo, gostoso, maravilhoso, ....

 Passei a manhã treinando, depois fui almoçar com meus irmãos e aproveitei para que discutissemos sobre assuntos interressantes, como: tremores na superfície do planeta, energia nuclear, alguns projetos de Dedalo e quem era mais idiota: Apolo, Ares ou Poseidon? Tudo pelo bem da sabedoria!

Um momento bem familia. Depois aproveitei para ver alguns projetos de Dedalo, só percebi que horas eram quando Malcolm me mandou ir me arrumar, para que não me atrasasse. Estava mais ansiosa do que o comum, queria saber o que aconteceria na reunião e o por que de Percy ter ido na casa da Sally.

Foi uma longa viagem até o Empire State, Clarisse e Drew, a conselheira do calé de Afrodite depois da morte de Silena, ficaram o tempo todo se alfinetando, os irmãos Stoll fazendo piadas sem graça. Isso para começar.

Logo chegamos no Olimpo e ouvi os costumeiros elogios sobre tudo, e não pude deixar de me sentir orgulhosa por isso.

 Vi Quíron olhar para os lados, provavelmente a procura de álguem. Eu fiz o mesmo a procura de Percy.

Vomos diretamente ao salão dos tronos que estava vazio, cada um de nós se sentou ao pé do trono de seu pai e ficamos em silêncio. Vários olhavam para o trono de Poseidon estranhando a falta de Percy, seguidamente olhavam para a porta. Eu mesma fiz isso diversas vezes. Estava cada vez mais ansiosa e preocupada.

...

Eram 18:40 varios deuses já haviam chegado, inclusive as "visitas". Eles pareciam calmos, a menina de cabelos castanhos e o rapaz estavam com eles. Ele parecia querer protege-la de algo, e foi impossivel não perceber o olhar de ciumes que Nico tinha ao olhar aquilo.

Estranhei não ver a menina de capuz, nem a criança.

Ouvi o barulho de uma moto ao longe, mas logo ignorei. Não havia motos no Olimpo.

Fechei os olhos rezando para que o Percy chegasse a tempo. Foi nesse instante que ouvi o barulo de uma moto freiando, abri os olhos. E com que me dei?

Com um Perseu ao lado de uma moto de corrida, e com um sorriso de vitoria no rosto. Ele correu em minha direção sem nem sequer olhar para os demais e me deu um beijo.

Nesse momento todos os deuses apareceram. E vi minha mãe esbugalhandos os olhos e abrindo a boca, enquanto os demais apenas nos olhavam surpresos ou nem sequer olhavam.

PDV Percy

Cheguei correndo no Olimpo com a moto que peguei emprestada de um vizinho nosso. Foi realmente emprestada. Vi todos, mas não vi ninguém!

A única coisa que me chamava atenção eram aqueles olhos cinzas como o mar a noite, me encarando supresos. Fui em sua direção e a beijei sem ligar para mais nada, queria compartilhar toda minha alegria com ela.

-Argh! Isso é nojento! Vão fazer isso em outro lugar. - uma baixinha de cabelos pretos e olhos verdes falou ao surgir de uma sombra perto de nós, de mãos dadas com uma mais baixinha ainda de cabelos pretos e olhos prateados que sorria para mim, com um inocente rostinho de criança de 4 anos, com que eu retribui com uma piscadela.

-Quem é você? - Annie perguntou. E essa pergunta estava estampada nos rostos de todos, com exceção de poucos (as visitas, Artemis, Hera, Zeus e meu pai) que sorriram ao vê-la.

-Eu sou Marina Jackson!

Todos se silenciaram depois daquilo e olharam atentamente para a menina/mulher de pele branca, como a neve, olhos verdes como mar, que denunciavam sua sabedoria, e labios carnudos, vermelhos como o azevinho. Ela era delicada nos movimentos e possuia um rosto que demonstrva sua gentileza, bondade e o amor que ela nutria por tudo e por todos. Entretanto havia algo nela que demonstrava que apesar de tudo, ninguem iria querer entrar em uma briga contra ele.

Aproximou-se junto com a pequena criança dos demais...


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Notas finais do capítulo

Hello Peoples!!
Desculpem pela demora!
Eu sei que vocês devem estar querendo me estrangular por causa disso, mas entenda eu acabei de entrar no ens. médio e o caso tá feio.

Mas eu nunca me esqueci de vocês amores da minha vida
Obrigada pelos comentarios e a mel_mendes pela recomendação
Prometo que de agora em diante irei postar mais rapido

Beijos

Ps: vou começar a falar sobre a fanfic no meu twitter @jujuli97, follow me!

Essa historia é movida pela autora, e autora por comentarios! ;*