Dança Comigo? escrita por ninatozo


Capítulo 24
Direto para o Inferno


Notas iniciais do capítulo

desculpem se eu demorei, mas não é facil ter que dividir o pc com a minha irmã,hihi :B
Aproveitem um dos ultimos capitulos :)



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POV Bella

 

Mal cheguei em casa depois do ballet e já ouvi a campainha tocar, pensei que fosse Edward. Charlie estava no trabalho.

Abri a porta e levei um susto. A figura loiraparada na minha frente sorria.

“Oi Belinha.” Ela falou rindo. “Quanto tempo.”

Ela entrou na minha casa com seu jeito desajeitado de sempre, ela parecia estar sempre bêbada e chapada. E eu não duvido nada de que não estivesse.

“Ingrid o que você esta fazendo aqui?” Eu falei espantada, enquanto ela pegava uma cerveja da geladeira.

Ela bebeu um gole da latinha amarela.

“Nossa Bells, eu fico fora por dois anos e é assim que você me recebe?” Ela disse fazendo drama. “Quer?” Ela apontou para a latinha.

“Não.” Falei e então suspirei. Ingrid fazia parte do meu passado mais obscuro. Mas não vou negar que era divertido quando saíamos juntas.

“Bem, para a sua infelicidade, ou não, eu só vou ficar uns dois dias por aqui então quero aproveitar bastante ok? Vamos sair agora.” Ela falou enquanto virava a latinha.

“Ingrid, eu não sou mais assim, eu mudei ok?” Respirei um pouco.

“Ok, me conte mais sobre você.” Ela olhou as fotos que estavam na estante a abriu a boca espantada. “Não me diga que agora você é amiga da metidinha Alice Cullen? Fala sério!”

Segurei minha raiva e comecei a conversar com ela, falando de como a minha vida estava sendo agora.

Ela ficou espantada, é obvio.

“Você precisa de mais emoção Bells, você precisa de um dia rock ‘n roll, no nosso caso, uma noite.” Eu protestei.

“Nem pensar, tudo o que eu vou fazer hoje é ficar em casa dormindo, estou morta de cansaço!” Falei.

“Bella! Por favor! Eu só tenho hoje pra sair com você, amanhã eu vou embora, vamos fazer que nem nos velhos tempos, você é a Joan e eu a Cherie.” Era uma proposta tentadora. “É só por uma noite.”

“Só por uma noite...” Pensei comigo mesma.

Eu realmente estava precisando disse, uma bela dose de diversão louca e descontrolada.

Peguei minha bolsa, ela sorriu e tirou suas chaves do bolso.

“Quem foi o louco que te deixou tirar a carteira?” Falei rindo enquanto entravamos no seu land rover preto.

“Digamos que eu subornei o professor.” Ela piscou, eu ri. “Hoje eu escolho o lugar.”

Fomos até um pequeno barzinho em alta velocidade, passando de 100 km por hora.

“Não mudou nada nesses anos.” Ela falou entrando no barzinho, sentamos em dois bancos que tinham de frente para o balcão. “O que você vai querer?” Dei de ombros.

“Peça qualquer coisa.” Falei.

“Ok...” Ela pensou um pouco. “Vamos aquecer com um bom Whisky, depois pedimos algo mais forte.” Ela finalmente falou.

Um copo com um liquido cor de bronze foi colocado a minha frente. Dei um gole.

Quando eu terminei o meu primeiro copo, Ingrid já estava no quinto.

“Eu soube que eles tem um palco e um microfone aqui, olhe.” Ela apontou para o pequeno palco com três microfones e uma pequena caixa de som no canto do restaurante.

“Nem pensar!” Falei já prevendo o que ia acontecer.

“Você vai me negar esse momento de nostalgia? Vamos!” Ela me arrastou pela mão até o palco, eu virei meu terceiro copo. “A musica de sempre.” Ela pegou um microfone e eu peguei o outro.

Eu já não estava muito sóbria então não recusei novamente.

I'm a blond bombshell and I wear it well

(Eu sou uma granada explosiva loira e eu uso isso bem)

Ela começou a cantar, confiante.

You're momma says you go straight to hell

(Sua mãe diz que você vai direto para o inferno)

Eu cantei meio tremula, mas então o álcool percorreu minhas veias junto com a batida da musica e eu já me animei.

Quando chegamos ao refrão foi perfeito, e eu não queria mais parar de cantar, até as poucas pessoas que estavam no bar aplaudiam e cantavam junto.

Nos velhos tempos todos adoravam nos ver cantando, eu e Ingrid sempre formamos uma bela dupla, até o dia em que tudo mudou.

“Meche esse corpinho garota!” Alguém gritou da platéia, Ingrid piscou pra mim.

E então eu dancei, no ritmo da musica, passos quentes, a platéia foi ao delírio, mesmo que pequena.

E chegamos ao nosso grand finale.

Joan, I'm down, my ankle!

Ela interpretou Cherie perfeitamente, sua cara dramática foi perfeita.

I can't go on, but I can't leave you

What do I do?

 

Fui Joan com a mesma intensidade.

Save yourself, you know what you gotta do!

Quase acreditei que Cherie Currie estava ali cantando comigo, mas era só Ingrid e seu incrível talento de arrasar em qualquer coisa que ela tente fazer.

Oh my god!

 

Sai daquele palco cheia de empolgação, nem notei os caras passando a mão em mim.

 

“Não foi super demais?” Ingrid perguntou.

 

“Claro.” Falei empolgada.

 

Fizemos duas rodadas de 1, 2, 3 Tequila e então eu já estava muito doida. Um cara bonitão se aproximou de minha e começou a passar a mão em mim.

“Você parece deliciosa.” Ele falou sexy.

“Porque não comprova isso?” Eu falei provocante.

Ele me beijou fervorosamente e eu o correspondi, o nome Edward nem passou pela minha cabeça.

O que eu estava fazendo era errado, mas depois de toda a tequila que eu tomei, eu não conseguia mais diferenciar o certo e o errado.

Foi então que seus lábios se separaram dos meus bruscamente e eu escutei um barulho de soco. Quando me dei conta do que havia acontecido fiquei assustada.

Edward (que havia aparecido ali de repente sei la eu como) tinha socado o cara que eu estava beijando.

Estou ferrada.

Para o meu azar, o cara revidou e eles começaram uma briga bem no meio do bar, quebrando tudo.

“Edward para!” Eu gritava, mas ele não me escutava, Ingrid ria.

E foi então que meu pai entrou no bar, bem ele era policial, estava fazendo seu trabalho, mas ele realmente não devia me ver nesse estado.

“O que esta acontecendo aqui?” Ele me perguntou depois de apartar a briga e então olhou para Ingrid. “Você voltou para acabar com a nossa vida?”

“Calma tio.” Ela disse rindo. “Eu já vou embora amanhã, só vim visitar.”

Fomos para casa na viatura de Charlie, Ingrid foi com seu carro com a promessa de nunca mais me procurar novamente.

Edward estava na sala e meu pai estava conversando comigo no meu quarto.

“Bella, me prometa que aquilo não vai acontecer de novo.” Ele quase chorava. “Aqueles foram tempos difíceis filha, se tudo aquilo voltar, eu não sei se eu aguento de novo.” Ele parecia em pânico.

“Eu te prometo que não vão voltar pai. Eu não quero aquilo tudo de novo.” Falei.

Ele me abraçou, e ficou assim por um tempo. Quando ele saiu do quarto, Edward entrou, eu não consegui olhar para ele, estava totalmente envergonhada.

“Desculpe...” Falei. “Eu não estava sóbria.”

Ele acariciou minha testa.

“Tudo bem.” Ele falou com sua voz suave e doce. “Só me explique porque o seu pai pirou daquele jeito com a Ingrid, ele não pode ter ficado tão irritado só porque você bebeu demais.”

“É uma longa historia.” Falei.

“E eu tenho tempo.” Ele disse me abraçando.

“há uns três anos, eu costumava ser a melhor amiga de Ingrid, saímos juntas todo dia, e você já deve ter percebido o que fazíamos, ela adora uma farra. Mas então ela começou a se meter com as drogas, e ficou estranha, e o pior de tudo, quase me arrastou para o mesmo buraco, mas meu pai percebeu e falou com os pais dela. Ela foi levada para uma clinica de reabilitação em Nevada e eu fiquei sem amigas, mas pelo menos não fui para as drogas. Um tempinho depois voltei a ser amiga de Alice e Rosalie, eu tinha me afastado delas porque Ingrid dizia que elas eram patricinhas sem futuro.” Eu suspirei.

“A historia não vai se repetir Bells.” Ele fez carinho nos meus cabelos.

Eu sorri para ele e então nos beijamos, Edward era a pessoa perfeita, com ele a historia nunca iria se repetir.

Se eu tentasse, ele estaria ali para me impedir.


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Notas finais do capítulo

mandem reviews e recomendem!
bjs



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