- Claro, sua bolsa é minha.

Segure-a e não deixe ninguém mais pega-lá, pois ela é sua.

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- Ai – senti suas mãos passarem lentamente por minhas costas, estava pressionado alguma coisa sobre ela... Aquele simples contato fazia uma dor forte surgir; Fogo. Estava queimando...

- Acalme moçinho - Jung dizia calmamente enquanto enfaixava as minhas costas – Esta quase pronto.

Ouvi um barulho de uma fita se partindo, e logo em seguida ganhei dos leves tapas.

- Ai – girei na cama, ficando de pé – Isso realmente dói Jung – fiz bico; ao ver ela sorrindo para mim.

  Jung tinha 26 anos, é alta; loira... Desde que eu me conheço por gente ela sempre havia trabalho no hospital da cidade. Para mim, hospital era como um enorme bicho de sete cabeças odiava. Quando pequeno; aquele lugar era sempre preenchido por meus choros nos corredores... E foi naqueles mesmos corredores que conheci Thunder.

Joon e eu tínhamos visto um filme; que na época era muito famoso. Nele os personagens tinham uma idiota casa na arvore, de primeira eu e Joon surtamos ao ver aquela casa da arvore linda, filme é filme... Não preciso dizer o que fizemos ne?

O pai de Joon construiu uma mostro casa da arvore; não era bem igual a do filme nada igual, mas, era uma casa da arvore e valeu o esforço.

Só tinha um pequeno problema no nosso grande plano, eu tinha sérios problemas com altura e a casinha tinha uma corda para a porta de entrada... Eu me desesperei ao olhar aquilo? Como é que eu vou subir? Na primeira tentativa de subida, eu já me encontrava em solo... Com um dos braços quebrados.

E lá estava eu chorando nos corredores do hospital, com minha mãe e o pai de Joon. Fui encaminhado para a sala do raio x. Eu não era o único menino que queria subir em uma casa da arvore não naquele sábado Thunder estava ao meu lado; com o braço quebrado. Dois meninos e um segredo ó.ó

- Porque esta chorando? – a voz do menino ao meu lado, saiu em um tom de preocupação e desconfiança.

- To com o braço quebrado... Não ta... Vendo... Mãeeeee – virei meu corpo para ao lado, a procura daquela mulher que tanto eu incomodava.

- Eu também... Olha – ele apontou o braço esquerdo – E não to chorando... Dói, mas meninos não choram.

- Eu choro – minha voz saiu fraca pela falta de ar, comecei a soluçar, meu peito subia e descia cada vez mais rápido.

- É uma menina então – ele sorriu.

- Não, eu sou menino... Meu nome é Bang – disse tentando acalmar minha respiração alterada.

- Meu nome é Thunder – ele esticou o braço que não estava quebrado, e eu fiz o mesmo... Só que quando apertamos as mãos uma dor subida me atingiu; fazendo que eu começasse a chorar novamente.

- O menininho mais comportado vai ganhar um mega pirulito – A enfermeira apareceu com um enorme pirulito em sua mão.

Bom preciso dizer quem ganhou? Se eu achasse aquela enfermeira hoje, diria poucas e boas a ela. Como uma pessoa faz isso com duas crianças? Era claro que Thunder iria ganhar ele é mutante por isso não chora. E eu não sabia se chorava pelo meu braço quebrado ou pelo pirulito que eu havia perdido.

Xx

- Mas que coisa de louco pessoal, O ordual perdeu de 3x1, que feio... Ótimo para escola de Klinuen, agora é esperar e ver o sortudo que vai levar a bolsa – a voz do radialista ecoava pelo vestiário.

- Cala essa boca – Siwon gritou para o radio a sua frente – O sortudo que vai levar a maldita bolsa isso sim.

- Acalma ao coração ai – Kyu estava ao lado de Siwon. – Pelo menos ganhamos.

- Vocês viram o que fizeram com o Miru? – Taemin se sentou ao lado do radio desligando este.

- Não, somos cegos – G.O disse – Claro que vimos, o que foi aquilo, isso sim que é brutalidade...

- Que raiva do Joon cara – Sungmin dizia enquanto socava o ar – A culpa foi toda dele.

- A culpa não foi dele – G.O disse serio – Ele é o capitão e se Bang não estava colaborando não é culpa do Joon...

- Não preciso que me defendam; eu sei fazer isso sozinho G.O- Joon estava ao lado de G.O, fitando cada um dos meninos a sua frente.

- Então me explica o que foi aquilo? – Seungho disse serio – Porque no meu ver, se chama falsidade.

- Não fiz nada demais – Joon o encarou – Tinha que pegar a camisa... E eu estava nervoso... Você viu quantas pessoas estavam lá fora nos olhando Seung?

- Vi, e nem por isso soltei as patas nos meus amigos. Sabe quantos anos o Bang vem querendo essa maldita bolsa? Você sabe muito bem que ele não tem dinheiro para paga-lá – Seung falava calmamente, mantendo seu semblante serio. Seu olhar foi na direção das mãos de Joon – Pelo visto, você ganhou a bolsa.

- Ganhei – Joon disse alevantando um envelope – Sei que Mir queria isso aqui – ele sacudia o envelope cinza com força – Mas ele estava jogando muito mal... Não merecia...

- Me diz uma coisa, quem disse que é você que decide quem merece ou não? – murmurou Seungho.

- Não quero brigar – Joon disse calmamente – Eu ainda tenho que resolver a bosta que eu fiz.

- Ate parece que Mir vai te desculpar – Taemin sorriu ironicamente – Se eu fosse você, não perdia seu precioso tempo.

- E eu perguntei alguma coisa para você? – Joon fuzilou o menor sentando ao seu lado – Não, então fica quietinho.

Taemin iria abrir a boca para falar alguma coisa, mas quando viu o pai de Mir atrás de Joon se calou.

- Poucos me orgulharam hoje – o treinador tinha uma voz agonizante – Mas à taça é nossa. Terça quero vocês todos aqui, para a premiação.

- O senhor, sabe onde Bang esta? Digo... – Sungmin dizia, enquanto passava as mãos pelo rosto.

- Não. E nem quero saber – o treinador o olhou atordoado...

- Pobre Bang, em ter um pai assim – Thunder alevantou a voz, fazendo que todos se virassem para ele.

Xx

- Você vai ficar bem... Prometa-me que não vai cosar as costas, nem ficar de empurrão – Jung falava manhosamente, enquanto abotoava a camisa do menino à frente – E vai passar direitinho a pomada que eu indiquei, e se doer muito tome algum remédio... Ah e durma de bruços essa semana.

- Ta, ta Jung – fiz um enorme bico – Ah eu não posso cosar? É bom... – me chacoalhei todo, fazendo a mulher a minha frente rir.

- Não baby Mir – ela sorriu.

- Não me chame assim – tapei meu rosto com as mãos – Me lembro de quando era pequeno e as enfermeiras me chamavam assim também.

- É sua mãe me contou que elas te chamavam assim – ela sorriu – Onde esta sua mãe? Só vi a JiYoon, o pai dela... E o seu tio; na sala de espera.

- Ah... Eles... Estão... No jogo – sorri.

- Pensei que eles viriam – ela falou tristonha. Passou seus dedos pela gola da camisa e deu leves tapas nos meus ombros – Prontinho, vê se não faz nada de errado Baby Mir.

- AAAAAAAAAAAH O JUNG PARA – eu gritei, fazendo ecoar pelo quarto. Vi Jung fazer um sinal de silencio; e sorrir.

- Ta bom – ela cochichou – Eu paro.

- Beleza – eu a imitei.

- E de os parabéns ao Joon – ela alevantou a voz, fazendo que ficasse num timbre normal... Mas porque os parabéns?

- Por? – eu alevantei as sobrancelhas e fui seguindo ela pelos corredores.

- Pela bolsa – ela sorriu – Que bom ne? Ele ganhou... Dizem que ele foi o melhor jogador...

- Claro, sua bolsa é minha.

É você fez valer sua palavra...