Era uma vez uma cidade. A ultima das maravilhas, esperança de um mundo devastado. Ultimo patrimônio da humanidade. Era ela a anciã sem idade. Moradia de tudo que ainda vivia. Bastião de toda cultura e tecnologia. Era uma vez uma cidade. Ela todo o mundo, ainda útil, compreendia. Em seus mais de 5000 quilômetros toda a vida jazia. Uma cidade onde todos eram iguais, uma utopia Era uma vez uma cidade... Seus altos prédios e edifícios acolhiam a todos que lá moravam. Os cidadãos cada vez mais prosperavam. Ainda existia a chamada medicina, e todos podiam viver sem o risco de morrer, morrer antes da hora, de morte prematura. Sua tecnologia era de espantar, algo beirando a magia. Uma sociedade perfeita era o que se dizia. Mas, meus amigos, depois do apogeu a queda acaba por acontecer. Por isso nunca diga que está no seu ápice. A cidade acabou por decair, vitima de seu próprio fruto. Pois, junto com a tecnologia andava a fé e a religião. Para a cidade essa foi à perdição. Em um mundo destruído o que é melhor que acreditar na salvação? Acreditar que o planeta iria ser salvo? E foi assim, que a cidade acabou sendo o alvo. Alvo de uma igreja, que há muito influenciava os cidadãos. O tolo povo que foi manipulado e depois praticamente escravizado. Talvez 1000 anos se passaram depois dos gloriosos dias em que a cidade era só esplendor. E final, meus camaradas, vocês estão cansados de saber, afinal, basta olhar para qualquer lado para ver o que veio a acontecer. Doenças e fome, escravidão e exploração, torturas e assassinos. Uma gloria perdida e uma bela cidade quase que destruída. E assim continuará a cidade, que um dia há de se reerguer. Ou pelos menos, essa é a teoria. Era uma vez uma cidade. Era uma vez Lud. - Assim cantava Eevard, o menestrel caolho, na taverna das terras devastadas.