-JUSTIN BIEBER ESTA NA CIDADE?! -E o que  a Yes!Teen diz.        -Desde quando você le a Yes!Teen? Nem eu leio! -Desde quando eu arranjei uma namorada que tinha um ex famoso. Ignorei Rodrigo e continuei. - Mas, isso e impossível! O que ele faz aqui?! E-ele chegou quando? Por que ele não me ligou?- comecei a perguntar tremendo, e gesticulando com as mãos – Isso não pode estar acontecendo – coloquei minha mão na testa.        -Ei... ei. Calma- ele disse, mostrando ciúmes em seu olhar – Ele não passa de um idiota, Brenda. Você sabe o que ele fez em você. Sabe ate mais que eu. Ele não presta – Rodrigo cuspiu as palavras entre os dentes.        -Ro... você sabe o quanto ele significa pra mim.- Rodrigdo me olhou desconfiado – Não! Não, não! Ele significa como um amigo.        Ou não.        -Eu... so preciso de um tempo- falei, ja em pe.        -Um tempo pra você, ou um tempo da... gente?        -De tudo. E-eu... sinto muito.        -Tudo bem. – Rodrigo disse enquanto levantava da cama- Quando você estiver melhor me chame- e deu aquele sorriso.        Infeliz, imprestável, cachorro, nojento, canalha, fdp, cafajeste, playboizinho de quinta! Eu gritava mentalmente essa serie de xingamentos ( e outros, que não merecem ser ditos...)  para o cachorro daquele cantorzinho metido a besta! Justin Bieber... Ha! Justin Biba! Isso sim! Como ele tem coragem de aparecer aqui depois de tudo aquilo?! Digitei em meu Mac ‘Justin Bieber no Brazil’ . Milhares de resportagens apareceram, inclusive a reportagem da Yes!Teen – o que me lembrou seriamente de Rodrigo.

   -AH! Quem e a vadia que roubou o JUSTIN DE MIM?! Ok. Foco, Brendinha... retiro meus pensamentos.        Mesmo querendo não demosntrar aquelas palavras me machucaram mais do que deviam, sendo, também, antecessoras da afirmação de que um dia tivemos algo esta totalmente acabado. Passado no passado. Era como eu costumava dizer, mas hoje, admitir essa infeliz verdade era mais difícil do que simplesmente dize-la. Eu que antes insisti tanto no termino do namoro estava agora chorando rios e mergulhando em potes e mais potes de sorvetes.

  -Eu quero morrer! - confessei para Dani, que veio para cá depois que eu (“delicadamente”) expulsei Rodrigo da minha casa.

-Não fala isso! Eles não merecem suas lagrimas... - Opa, foi a única que ouvi um plural ali?! Melhor deixar quieto...

-Não! - resmunguei contrariada. - Eu quero que um raio caia na minha cabeça e me mate! - disse fazendo um draminha básico....

-Para de drama Brenda! - ela disse batendo de leve no meu braço. - como eu te ensinei...?

-Ele é um canalha imprestável! - repeti como um mantra para mim mesma.

Dani passou a tarde comigo e perto das seis horas teve que ir para casa. Depois de mais lagrimas, mais chocolates e mais sorvetes eu resolvi ver direito o que era aquilo tudo.

Entrei na internet (deus salve o inventor da dita cuja, revolucionou o mundo!) e bastou duas palavras no Google que eu logo vi uma reportagem que me fez congelar.

“ Depois da tão inesperada resposta de Justin Bieber para a repórter americana Ashley, do canal E!, Justin foi visto na entrada de seu hotel Copacabana Palace em frente praia de Copacabana No Rio de Janeiro abraçando carinhosamente uma garota misteriosa e murmurou algo que não pode ser ouvido pela mídia no ouvido da sortuda. Fontes revelaram que a mesma menina que o namorou durante alguns dias em Miami é uma grande amiga da garota que Justin abraça na sequencia de fotos abaixo.”

Abaixo da reportagem havia três fotos em sequência do Justin abraçando ninguém menos que Luiza. OMFG!

Respirei fundo e comecei a ver as fotos com mais cuidado, em um delas eu conseguia claramente ver Justin falando algo no ouvido dela enquanto a abraçava. QUE CANALHA FDP! Nojentos!

Tomei coragem e peguei o telefone lingando para a mesma.

POV JUSTIN

Luiza estava deitada na cama de casal que eu tinha em minha suíte do hotel, enquanto eu sentava logo ao seu lado.

-Eu não ou conseguir fazer isso- dizia, enquanto eu gesticulava com as mãos.

-Mas é tão simples, Justin!

-Explica de novo.

-Eu não vou explicar de novo.- ela disse decidida.

Me aproximei dela, e comecei a fazer cócegas em sua barriga.

-Saí!- ela disse entre risadas.- Brenda! Oi, cara, não consegui falar com você hoje! Onde se meteu?- ela fez um sinal de silêncio para mim e coloquei meu ouvido perto do telefone

  - Cara lu, preciso falar serio com você! Pode vir aqui em casa? Terminei com o Ro e preciso de uma amiga... - pude ouvir a voz de Brenda. Mesmo não entendendo NADA, continuei a ouvir.

-Ok! Já estou aí.- e ela desligou o telefone.

Preciso urgente de aulas de português.

-O que ela disse?- perguntei.

-Eu tenho que encontrá-la. Ela terminou com o namorado – Luiza deu ombros.

-Você disse que ela NÃO tinha namorado!

-Agora não...- ela disse, me deu um beijo na bochecha e saiu correndo rindo.

POV BRENDA

 - Olha Brenda, eu... Eu queria explicar. Só que... Ai, eu prometi que iria guardar segredo! Não posso contar! - ela disse triste... que bela atriz...

- B-Brenda... Eu... Er... Cara, olha eu posso explicar. - ela disse visivelmente nervosa.

- Claro que pode... Serio Luiza você devia ser atriz, encena tão bem que se eu não tivesse visto com os meus olhos teria acreditado. - disse com ódio.

- Brenda, olha... eu juro que posso explicar tudo! - ela exclamou.

• • - Ninguém está te impedindo de explicar. Só espero que aja uma boa desculpa, sabe como é, desculpas esfarrapadas nunca dão muito certo. - sorri com ódio.

  - Brenda! Ta tudo bem? Você parecia mal no telefone... - ela disse me abraçando de leve e depois me olhou.

  - To indo... sabe como é. - disse sem olha-la, caso assim fizesse com certeza mandaria ela lá para a PQP.

  - Mas o que ouve? Ate ontem vocês estão super bem... claro com o ciumes sufocador dele, mas mesmo assim... O que aconteceu? - Como se ela não soubesse... Sua vaca!

  - Sabe o que é Lu? E que quando o Rodrigo em disse que meu ex namorado estava na cidade eu TIVE que ir atras de noticias, claro que quando vi que minha melhor amiga me traia com ele.... bom digamos que perdi a linha de raciocínio e terminei tudo... Sabe como é... - sorri ironicamente.

-Ah... Er... Não...

-Me liga quando nascer o primeiro filho – disse enquanto abria a porta.

-Brenda... Olha... Por favor!

-Aprende a mentir antes, e depois me procura. Mas liga mesmo tá? Além do que vocês se merecem. Um cafajeste e uma traidora. Dupla dinâmica.

Luiza saiu pela porta, e pude ver que uma lágrima escorreu em seu rosto. FILHA, O MEU JÁ TINHA SE FORMADO UM MAREMOTO, E NELA UMA LÁGRIMA?! AH VSF!

  Otimo. Agora estou eu, novamente, desabando nas lágrimas que caiam
desperadamente de meus olhos. Por que um garoto faz isso? Como ele
consegue destruiu o coracao de uma menina? Como? E isso que eu me
questionava, agora, lendo mais reportagens sobre ele e a Luiza. Arght.
       Peguei meu pote de nutella- ra! Nutella serve para mais alguma coisa
sem ser engordar – e desabei em mais lágrimas.
       Acabei adormecendo ali mesmo onde estava, no sofá da sala assistindo
Cartas para Julieta. Acordei em minha cama, no meu quarto, SEM MEU
POTE DE NUTELLA. SEM! COMO?! QUEM FOI O INGRATO QUE TIROU O MEU POTE
DE NUTELLA?! Sai correndo pela a minha casa e gritando:
       -QUEM ME TIROU SOFA COM O MEU POTE DE NUTELLA? PODE IR SE
MANIFESTANDO- disse enquanto descia as escadas da minha casa.- VOCE
NAO SABE ONDE ESTA SE METENDO E...
       E me dou com Rodrigo. Ah, delicia. Que roupa decente a minha.
       -Ah... Brenda... eu não quis incomodar- ele falava- eu guardei a
Nutella na geladeira.
       -Arght. Brigada- disse mal humorada, ja com o meu pote na mão.
       Acho que deviam colocar no dicionário. Nutella: companheiro
inseparável; o único que não te trai.
       -O que você quer?- perguntei mal humoradissima enquanto colocava uma
colher de nutella imensa na minha boca.- Quando eu falei um tempo, eu
quis dizer... você sabe... mais de um dia.
       -Eu queria saber se estava tudo bem em relacao ao...
       -Pshiu. Não mencione. Esta otimo, melhor impossível- eu juro que um
dia meu nariz cresce.
       -Ok, então... ate- ele disse, enquanto saia.
       Eu fiquei com pena dele por sair dali com aquele rosto e pensei em
chama-lo de volta. Mas eu realmente precisava de um tempo. E que ele
seja mais que um dia, por favor.
       Resolvi sair de casa, respirar ar fresco, e – graças a nutella –
emagracer uns quilinhos. Pus um short, biquíni por baixo, um ténis,
meu Ipod – essa vai pró dicionário – e meu celular Blackberry.
       OBVIO que eu sai e corri para o lado de Copacabana – curiosidade da
nisso ne. Pus meu Ipod no máximo, e comecei a ouvir ‘ Could it be
you”.
       Comecei a cantarolar o ritmo, e sai correndo do apartamento. Entrei
na ciclovia e fui correndo, sendo interrompida por dois pivete de rua
ja perto do Copacabana Palace.
       -Ei... gatinha.... chega mais...- o garoto de uns 17 anos BEBADO
falava enquanto tentava colocar sua mão boba em algumas partes de meu
corpo.
       -Ah... er...
       -Passa tudo, gata- ele falou me puxando pra si, e pude a arma
escostada em minha barriga – você não sabe o que tem em baixo da minha
blusa, ou será que sabe?
       -Ah... er...
       Eu sou muito burra.
       Ele arrancou o Ipod, telefone, dinheiro, meu relógio, meu óculos, meu
colar, meu brinco – mentira, mas se eu estivesse usando ele pegaria.
       Depois ele me deixou no meu da ciclovia, em pânico, e tremendo que
nem uma gata com fome.
       -Ah.... Meu... Deus...
       Certamente se eu pedisse ajuda para qualquer outro da rua, as pessoas
ririam da minha cara e falariam ‘ Não tenho, desculpe’ MAS E OBVIO QUE
ELA TEM.  Suando, eu recorri a minha ultima opcao. Copacabana Palace.
•••

-Por favor, pelo amor de Deus! E-eu preciso usar o telefone mesmo!
E-eu acabei de ser assaltada, e-eu preciso falar com alguém, e-eu AH!
       -Desculpe, apenas os hospedes podem usar o telefone.
       -MAS EU ESTOU EM UMA QUESTAO DE NECESSIDADE! JA OUVIU FALAR EM
CARIDADE?!?!?!?! EU AJUDEI TA?! EU QUERIA UMA AJUDA!
       Dois guardas me seguraram pelo braço e começaram a me tirar dali.
       -NAO! BRENDA! SOLTE ELA!- Belezura! Não pode melhorar!
       -Ah.
       Meu ex namorado, Justin Bieber, cachorro, canalha, fdp, nojento, fdm,
cafajeste, IMPRESTAVEL falava enquanto corria mais próximo a mim.
       -Pode me levar, seu segurança- falei olhando para cima para o armário
que me segurava.
       -NAO! POR FAVOR, BRENDA ME OUVE!- ele dizia nervoso.
       Chegou ate a mim, e pediu para que o segurança me soltasse. E soltou.
Por que ninguém atende aos meus pedidos, apenas do JUSTIN?! Arght,
povinho interesseiro.
       -Eu preciso falar com você.
       -Ah, você ainda quer falar? Jura? Depois de me usar em uma aposta, me
ligar pedindo para voltar, ficar com a minha amiga, e agora você quer
conversar como amigos? Ah, claro Justin. O que você quer?- dizia
enquanto me contia para não soltar aqueles 97345676543243546574546745
palavroes brasileiros que tinham em minha boca.
       -Me desculpa, Brenda. Eu e Luiza não temos, e nunca tivemos nada. Eu
so tenho uma garota na minha vida. E ela esta na minha frente. – ele
se aproximou para me dar um beijo e eu desviei afastando.
       Me aproximei dele novamente e falei:
       -Justin Bieber, você e um canalha imprestável filho da...
       Bati em seu rosto, e sai dali antes que eu me jogasse nele e
começasse a bater como eu bato em meus primos.
       Sai tão descordenada do hotel, que nem olhei para o que tinha a minha
volta, e onde eu ia. Atravessei a rua, entre lágrimas. Seria estúpido
dizer que cheguei na calcada e chamei um táxi voltando para a casa
como seria o comum, mas tidos ja conseguiram perceber que eu não sou
bem o comum. Ao menos consegui chegar ao outro lado da rua. Uma
lamborghini preta blindada buzinava alucinadamente enquanto os faróis
pouco usados para o  dia piscavam no meu olhar, ela freou, mas não
rápido o suficiente para evitar o impacto com o meu corpo. As coisa
comearam a ficar em camera lenta, tudo parecia escurer, eu no
principio, fazia forca para manter os olhos abertos, mas nada me fazia
querer mante-los assim... aos poucos me entreguei a escuridão deixei
com que minha mente vagasse em sonhos onde nada disso existia.