Mentes do Paraíso escrita por Freeze


Capítulo 10
Capítulo 9: O Sangue dos Inocentes




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Capítulo IX: O Sangue Inocente†

O ferreiro Nadjem voltava para casa, passava pela rua principal, sempre bem iluminada, várias lamparinas ao longo da larga rua, que hoje, estranhamente não havia ninguém, Nadjem gostava disso preferia uma noite calma, além do mais odiava ter que cumprimentar mais uma vez, novamente , de novo aquela mesma pessoa que você cumprimentou de manhã, na hora do almoço e no meio da tarde e novamente a noite, isso quando um viajante chato chegava no meio da madrugada pedindo para ele trocar as ferraduras do seu cavalo.

Nadjem ouviu um barulho vindo de uma das casas da cidade olhou ao redor viu uma porta meio aberta, depois ouviu um outro barulho dessas vez um estrondo mais forte.

Nadjem correu até a porta , colocou a mão sobre ela e lentamente fazendo parecer que o vento movia a porta abriu-a .

Um homem que usava um longo capuz, largou uma mulher desfalecida ao chão, virou-separa Nadjem.

Nadjem congelou, o homem que viu possuia rosto muito belo, cabelos dourados e cumpridos, pele branca, em sua mão pendia uma espada manchada de sangue.

O homem deu um passo a frente, Nadjem recuou alguns passos, o homem continuou a avançar, um sorriso malévolo apareceu em sua face.

Nadjem correu gritando:

-Ajudem-me um louco está atrás de mim ajudem-me.

A rua continuava deserta , nem um sinal de vida dos moradores da pequena vila.

-Ajudem-me por favor!

Nadjem entrou numa pequena casa, onde encontrou cadáveres estirados ao chão com a garganta cortada.

-Não adianta gritar por socorro. Matei todos nessa vila.

-Não pode ser.

-Vocês humanos, todos imbecis deliberados, meros mortais.

-Como assim humanos?! Você também não é um humano?

O sorriso desapareceu do rosto do homem:

-Não me compare a sua raça de porcos nojentos. Você quer realmente saber quem eu sou?

Tirou o capuz. Nadjem viu que no homem não havia pernas comuns no lugar havia pernas deformadas, que se aparentavam mais com a de uma besta que a de um homem.

-Monstro.

-Não bicho burro! Um anjo! Um anjo caído! Os seus companheiros eu matei sem dó. Você eu vou torturar antas de te matar!

O anjo avançou com uma faca em punho.

Nadjem fez uma última prece, que sua avó disse-lhe na sua infância:

-Santo anjo do senhor,

Meu zeloso guardador

Se a mim confia

Piedade Divina

Me rege, me guarda

governa e Ilumina,

Amém!

Um brilho de luz atravessou o cômodo, um anjo se materializou entre Nadjem e o Anjo.

Nadjem pensou, graças aos céus estou salvo, seu rosto se encheu de esperança e alegria ao ver seu anjo da guarda. Este que, em todas as noites antes de dormir chamara para proteger do mau, e das armadilhas malignas:

-Obrigado, Senhor! Disse Nadjem chorando de tão aliviado que se encontrara. Obrigado.

O anjo da guarda gritou ao anjo das trevas:

-Afaste-se de meu protegido, antes que eu acabe com você e seus semelhantes ser ignóbil!

-Hahahaha! Obrigado por contribuir com meus planos Nadjem! Sabia que havia alguém nessa vila com essas superstições tolas! Obrigado por chamar seu anjo aqui!

Tirando da capa um lampião sujo de sangue seco, pronunciou:

-O caminho dos guardiões da verdade de cada ser, não pertence aos protegidos, mas aos algozes da mentira que, com sua boca amaldiçoaram os filhos do Senhor.

O anjo da guarda se transformou em luz, que aos poucos foi sugada ao lampião. Após terminar o processo o anjo disse:

-Adeus, Nadjem, o sem guardião.

O anjo transformou-se em fumaça que desmanchou-se ao vento.


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