O Menino que Sobreviveu escrita por gelmo


Capítulo 8
O Homem Cinza




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Harry e Rony, escondidos atrás de alguns destroços, viram quando ainda no ar, a luz tornou-se rubra e transformou-se em correntes que envolveram o líder deles. Os outros dois largaram seu prisioneiro e tentaram sacar suas varinhas. O homem cinzento foi mais rápido no entanto, a varinha simplesmente surgindo em sua mão. Num floreio rápido e complicado surgiram chamas negras de sua varinha e algemaram as mãos e pés de seus adversários.

Em questão de minutos, o combate havia terminado. O estranho ainda ficou parado alguns instantes no mesmo lugar, observando os inimigos vencidos, mas então a balburdia tomou conta do lugar, gritos desesperados surgiam de todos os lugares, choro de crianças e apelos de mães procurando os filhos. Entre esses últimos, Harry distinguiu a voz da mãe e da Sra. Weasley. O homem cinzento pareceu sair de seu transe e virou-se em direção aos garotos; o capuz cobria-lhe a face até a altura do nariz, tudo que podiam ver de seu rosto, era os lábios finos envoltos em um negro cavanhaque, puderam ver seus lábios se moverem, sem emitir som algum, mas formando nitidamente o nome:

- Harry Potter.

E então aparatou.

Molly e Lilian os alcançaram nesse momento, ambas desesperadas para verem se os filhos estavam bem, apalpavam e verificavam cada parte deles, enquanto jorravam uma torrente de perguntas sem esperarem respostas:

- O que houve? Vocês estão bem? Quem era aquele homem? Foram atingidos? Estão machucados?

- Calma mãe, - disse Rony impaciente. – Estamos bem, aquele homem esquisito deu um jeito nesses caras.

- E quais feitiços exatamente ele usou para fazer isso?

Os quatro se viraram surpresos para o lado. Uma mulher magra de óculos quadrados e cabelos bem penteados estava junto a eles, uma pena escrevia furiosamente num pergaminho flutuando ao seu lado:

- Rita Skeeter, Profeta Diário, - se apresentou – Você dizia meu querido, que temia pela própria vida, quando foi inexplicavelmente salvo de maneira fantástica, por um bruxo desconhecido, com poderes extraordinários? Foi isso?

- Não Srta. Skeeter, ele dizia que está muito abalado com a experiência, para dar entrevistas no momento. – a repórter levou um susto, e ao virar deparou-se com ninguém menos que Olho Tonto Moddy e mais dois homens – E se nos fizer a gentileza, gostaríamos que a Srta. morresse, de forma lenta e dolorosa.

- Alastor!!!!! - disse indignado Shacklebolt.

- O que? É verdade, não é? – defendeu-se Moddy

Harry via, pela primeira vez na vida, Aurores uniformizados. Suas vestes lembravam os trajes de quadribol. Capas negras, com detalhes vermelhos, botas de cano alto até os joelhos, e luvas protetoras. No lado direito do peito, uma insígnia prateada, que consistia em duas varinhas cruzadas contra uma caveira.

- Então os senhores ameaçam essa repórter? – disse Rita Skeeter, deliciando-se com a perspectiva de processar o ministério, sua expressão era de uma criança cujo aniversário fora adiantado – Devo presumir...

Mas ninguém nunca soube o que ela presumia, pois a frase morreu em sua garganta. Harry achou que apenas ele e a repórter tinham escutado o sussurro:

- Continue a fazer perguntas Skeeter, e da próxima vez eu virei atrás de você, e a esmagarei com a sola de minha bota quando estiver em sua forma de besouro.

Ao virar-se para Rony no entanto, viu que o amigo encontrava-se boquiaberto, procurando alguém invisível. Além dele, Harry podia jurar que olho tonto buscava alguém com seu olho mágico, azul elétrico.

- Bem, acho que ninguém, digo, tenho material suficiente para a reportagem. Obrigada senhores. – e com mais pressa que dignidade, sumiu por entre a multidão que começava a aglomerar-se.

Depois desse incidente, as compras foram realizadas o mais breve possível, e retornaram todos para a Toca.

 

 

 

O Herdeiro de Slytherin havia reunidos seus tenentes na mansão dos Malfoy, para planejar qual seria o próximo passo a dar:

- Muito bem Lucio; e você saberia me dizer com precisão, o local onde se esconde Lorde Voldemort?

- Em Londres senhor.

- Muito sagaz de sua parte. Afinal, Londres tem apenas duas ruas. – o sarcasmo e a ira se confundindo em sua voz fria - Um endereço Lucio; eu quero um endereço onde possa encontrá-lo. Nada me daria mais prazer no momento que matar aquele que se intitula Voldemort, mas posso me distrair do tédio matando um incapaz feito você antes disso.

Lucio Malfoy, tremia involuntariamente, enquanto buscava palavras que acalmassem o adolescente, pois conhecia a extensão de sua ira e poder.

- Sabe Tom, para um pirralho de dezesseis anos, você tem causado um bocado de dor de cabeça ultimamente. – Disse uma voz vinda das sombras do aposento.

- Quem ousa?

Um homem vestindo um manto cinza com capuz, dirigiu-se lentamente para a luz, e continuou dizendo:

- Quieto Tom, seus acessos de fúria infantil não me assustam. Eu já enfrentei o verdadeiro Lord Voldemort, e não vai ser uma copia de segunda categoria dele quem vai me amedrontar.

Mais rápido que os olhos pudessem acompanhar, Riddle sacou sua varinha e desferiu um feitiço no recém chegado:

- Crucio.

O estranho voou longe, chocando-se com a parede; os Vassalos da serpente, sacaram suas varinhas e começaram a cercar o vulto caído no chão.

- Como eu disse, eu já enfrentei o VERDADEIRO Lorde das trevas, e ele não se esconde atrás de lacaios, - o desprezo e escárnio em sua voz fizeram Riddle estremecer de fúria.

- Afastem-se, ele é meu.

Ao se levantar, o Herdeiro empurrou a pesada mesa de reuniões, onde ocupava a cabeceira. A mesa, tremeluziu e tornou-se fluida como se fosse feita de papel, ele então soprou e ela voou rápida e enrolou-se no homem cinza, tornando-se madeira rígida novamente. Este, no entanto, apenas abriu os braços e a madeira transmutou-se em água.

- Isso é o melhor que pode fazer Tom? – a água a seus pés congelou e dezenas de punhais de gelo voaram em direção ao rosto de seu oponente.

Riddle foi rápido, levantando um escudo, desviou assim o perigo, mas se distraiu por um instante, e quando voltou sua atenção ao inimigo, esse já não se encontrava mais em sua frente.

- Sectusempra. – veio o feitiço atrás dele.

Riddle deu um ganido de dor, e viu seu dedo anelar voar pra longe de si. A luz refletiu na imensa pedra do anel que ainda estava no dedo decepado. Com agilidade, o Homem de cinza apanhou o funesto troféu ainda no ar.

- Apenas um souvenir. Você não se incomoda, não é mesmo?

- Peguem-no. Matem-no.

- Hoje não Tom, mas eu voltarei em breve, e não serei tão piedoso. – Com um estalo característico, aparatou deixando atrás de si, todos confusos e um Riddle furioso.

Esses fatos ocorreram há quinze dias atrás, mas a ira e o ódio de Tom Riddle só haviam aumentado:

- Meu senhor, os jornais noticiam a morte de Belby, mas ninguém diz nada sobre o ministro dos trouxas. Milorde acha que eles ainda não descobriram?

- Não seja inepta Carrow, claro que sabem.

Nenhum de seus servos se atrevia a olhar diretamente para a mão mutilada.

- Eu quero saber quem é esse homem. Primeiro ele me enfrenta, e devo dizer, com um poder que raramente vi igual. Depois frustra meus planos quanto ao Olivaras. Quero saber se ele trabalha para Dumbledore ou para Voldemort, e principalmente... Quero sua cabeça numa bandeja de prata. Espalhem a noticia de que o Herdeiro de Slytherin, oferece um premio a quem me responder a essas perguntas, e ofereço poder sem limites para quem me trouxer a cabeça dele.

 


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