O Menino que Sobreviveu escrita por gelmo


Capítulo 15
Férias




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Rufo Scrimgeour, andava de um lado para outro no gabinete do diretor, atrás de sua mesa, Alvo Dumbledore com rosto impassivel, observava o ministro da magia. Olho Tonto Moody também estava na sala, e até o momento não tinha dito nada, contentando-se em ouvir as reminicencias de Scrimgeour:

– Sem pistas de quem fez isso? Como assim sem pistas? Está Óbvio que Voce Sabe Quem é o responsável por tamanha atrocidade.

– Isso não se discute ministro - observou Dumbledore - Mas qual deles? O Riddle adulto ou o adolescente?

– Não me venha de novo com essa conversa fiada Alvo, como se um unico Lorde das Trevas não fosse o bastante para você, ainda vem com essa conversa sem pé nem cabeça que existem dois deles a solta. O que você pretende ganhar com isso? Pânico entre a comunidade bruxa? Se for isso, parabéns, você conseguiu. Esse pequeno incidente aconteceu a menos de duas horas, e até agora eu ja recebi pelo menos quinze corujas de pais indignados com a falta de segurança da escola. Feliz agora?

– Dificilmente eu chamaria de pequeno incidente ministro. Aquelas pessoas foram brutalmente assassinadas. O louco homicida responsável por tal atrocidade, não se limitou a usar um avada kedavra. Aquelas pessoas... Em sua maioria crianças, foram esquartejadas, tiveram suas visceras arrancadas, provavelmente ainda vivas. E usar o termo "pequeno incidente", é uma falta de respeito para com suas memórias. - O prof. Dumbledore não alterou uma unica vez seu tom de voz, mas a furia e a ira contidas em seus olhos eram tão tangíveis que quase machucaram o ministro, que não pela primeira vez deu graças por Dumbledore não estar ao lado das trevas.

– Bem, eu não quis dizer...

– Em segundo lugar Rufos, eu afirmo que existem dois Voldemorts, por EXISTEM dois Voldemorts, e quanto mais cedo você admitir isso, mais cedo poderá tomar providências para dete-los, e quanto aos pais de alunos, pode assegurar-lhes, que Hogwarts ainda é um lugar seguro para seus filhos. Infelizmente, o Trem do Colégio lusitano, foi atacado fora dos terrenos de nossa escola, caso contrario nenhum deles seria ferido. Agora se voce me der licença, devo me reunir com o Prof. Koperskki e a Profa. Maxime, para decidirmos oque fazer a seguir. Infelizmente receio que o torneio Tri bruxo deverá ser cancelado.





Os animos na escola nunca estiveram tão baixo quanto naquele principio de dezembro, os corpos dos alunos Portuguêses foram translatados em segurança para seu país de origem. E apesar do torneio ter sido cancelado, como previsto, os alunos bulgaros e franceses, ainda não tinham partido. Pelo menos não todos, por motivos de segurança, estavam indo embora em pares ou trios, sempre fortemente escoltados por aurores. Quase todos ja tinham partido na semana do natal, e os poucos que ainda restavam, iriam junto com os alunos de Hogwarts, que sairiam de férias:

– Você vem passar o natal conosco, como combinamos, não é Mione?

– Não sei Harry, meus pais estão pensando em viajarmos para Italia.

– Deixa disso Mione, - tornou Rony - O Sirius vai dar uma ceia de natal fabulosa, iremos todos ao largo Grimmald, você não vai querer perder essa festa, seus pais também foram convidados.

– Você não está entendendo Rony, eu acho que iremos para Italia. - uma lágrima grossa escorreu por seu rosto - Mas não sei se vamos voltar...

– Mas... mas... por que...? - Foi tudo que o garoto conseguiu balbuciar, antes da amiga se jogar em seu pescoço, finalmente vencida pela emoção, Hermione chorou copiosamente no ombro de Rony. Com as faces coradas, e meio desajeitado, Rony a abraçou e sussurrava-lhe palavras de carinho e encorajamento.

– Shhhhhh... Calma, calma, vai dar tudo certo Mione, calma..

Constrangido pela cena, Harry se afastou um pouco dos amigos, para dar-lhes mais privacidade, indo sentar-se num banco próximo, enquanto aguardavam o trem que os levaria para Londres. Cabisbaixo pela noticia mortificante de que talvez não visse mais a amiga no próximo período letivo, o garoto sequer notou quando alguém sentou-se ao seu lado.

– Tem sido mais duro pra ela do que pra gente.

– Como? Ahh, oi Gina. Oque você disse?

– Disse que tem sido mais duro pra ela do que pra gente. Seus pais não conhecem nem nunca ouviram falar de Voce Sabe Quem. só sabem que tem bruxos aparecendo mortos brutalmente por todo país; ja faz algumas semanas que lhe enviam corujas todos os dias pedindo que ela volte para casa, querem sair da Inglaterra o mais rápido possível.

– Mas será que eles não percebem que Dumbledore está aqui, fazendo de Hogwarts o lugar mais seguro para se estar?

– Esse é outro do qual nunca ouviram falar, automaticamente, não tem porque confiar nele. Eles tem medo Harry, Hermione é sua única filha.

– Mas... mas... Porque ela não nos contou nada?

– Ja foi bastante ruim ter de aguentar essa barra sozinha, sem ter que olhar para a cara de tristeza e piedade que veria estampada no seu rosto e no de meu irmão. Mas a Mione é inteligente, eu apostaria meu último galeão que ela consegue arranjar um jeito de convencer seus pais.

– Assim espero Gina. Assim espero.

– Sabe Harry, com tudo isso acontecendo, essa guerra toda, gente aparecendo morta, outros simplesmente desaparecendo... Faz a gente pensar não é?

– Hããã? Em que?

– Ahh sei lá! Em tudo. Oque é realmente importante pra você?

– Acho que a segurança e a felicidade das pessoas que amo.

– Exato Harry. A felicidade e a segurança das pessoas que amamos se torna muito mais valiosa em tempos dificeis como esse.

O garoto não estava entendendo onde Gina queria chegar com aquela conversa, mas sua presença tão próxima, fez com que o dia se tornasse mais claro para Harry, o perfume de sua pele, fez com que se lembrasse instantâneamente do sonho induzido pela bala de Jorge, sem conseguir se controlar, seu rosto enrubesceu, e um calor gostoso invadiu seu peito. Gina olhava bem dentro de seus olhos, e calmamente pegou a mão de Harry e a aninhou entre as suas, levou-as até o rosto e as cheirou carinhosamente:

– Me diz uma coisa Harry?

– Hãããã, oque?

– Com quem você sonhou naquele domingo em que Fred te deu aquela bala?– por estar justamente lembrando-se disso, o rosto do menino assumiu um feio tom púrpura, e tudo que ele fez foi gaguejar incoerências:

– Eu... digo... quero dizer... foi... foi...era... aaahhh... Oque foi que você perguntou mesmo?

– Nada Harry, nada. - Harry viu uma profunda tristeza atravessar os olhos da garota, e teve certeza de que ela estava segurando o choro com muita dificuldade. Sua vontade era de abraça-la e contar tudo que lhe passava pela cabeça e pelo coração, mas o medo o paralizou e foi com impotência que ele a viu retirar suas mãos e levantar-se:

– Você pensava na Cho não é? na Cho Chang... Eu ja percebi como você a olha, quando acha que ninguem esta vendo. Ela é uma menina de sorte.- dizendo isso se afastou, levando consigo todo o brilho do dia; para Harry era como se uma nuvem se interpusesse ao sol.

Um apito de trem tirou Harry de sua divagação. Um arrepio subiu-lhe pela coluna, lembrando-se de que a última vez que ouviu um apito semelhante, foi o prenúncio de muitas mortes. Na curva próxima a estação de Hogsmeade, uma conhecida locomotiva vermelha surgiu, e veio parando lentamente, até estacionar em frente a plataforma de embarque. E pela primeira vez em dias, Harry teve um momento de mais pura felicidade, ninguém menos que o próprio Hagrid desmbarcava, ainda com curativos e apoiado em uma imensa muleta, mas bem o suficiente para um tapinha carinhoso no ombro do menino, que dobrou ligeiramente os joelhos:

– Harry, meu garoto. Vai passar o natal em casa? Mande um abraço para Lilian e pro Tiago.

– Hagrid, que alegria em ver voce andando. Oque aconteceu? Quem te feriu?

– Hoho! Isso é uma longa história, que fica pra outro dia, os curandeiros me recomendaram muito repouso, então eu vou dar uma passadinha no Cabeça de Javali, tomar um... hãã, tônico, depois vou pra casa, quando você voltar conversamos.

Harry adoraria ficar a tarde toda na compainha do amigo, mas ja podia ver os poucos alunos da estação acabando de embarcar, sem outro jeito, deu um abraço em Hagrid, e pulo para dentro do vagão também, e foi procurar Rony e Hermione. Os encontrou em uma das últimas cabines, Hermione tinha os olhos vermelhos, de quem havia chorado muito, mas agora não demonstrava qualquer tristeza, ao contrario, ria animadamente de uma história que Jorge contava. Harry pensou por um momento se deveria contar a Rony sobre o episódio com Gina, mas achou mais prudente manter-se de boca fechada.

A viagem transcorreu calma, e ja no começo da noite, chegaram em Londres, onde Tiago e Arthur Weasley os esperavam. Hermione viu seus pais que acabavam de chegar, se despediu dos amigos com um beijo estalado na bochecha de cada um, e correu em direção aos pais.

Ao voltar sua atenção ao pai, Harry percebeu que tanto ele quanto o sr. Weasley estavam nervosos e apreensivos:

– Mamãe esta nos esperando no estacionamento?

– Não filho, hoje o ministério abriu uma exceção, e ligou a estação a rede de flu, é mais seguro assim, venha, vamos. - virando-se para os Weasley disse - Té mais Arthur, mande lembranças a Molly, nos vemos na casa do Sirius dia 24?

– Com certeza, mande um abraço pra Lilian.

Após os Weasley se afastarem, Harry notou pelo menos vinte aurores andando entre as pessoas, alguns traziam imensos cães espectrais, especialmente treinados para farejar magia das trevas. um pouco apreensivo, o garoto interrogou o pai:

– Que houve pai? Porque todo esse esquema de segurança?

Tiago mirou o filho demoradamente, como se avaliasse sua capacidade de lidar com alguma informação particularmente perigosa, por fim, deu de ombros e disse:

– Bem, mais cedo ou mais tarde você vai saber mesmo. Voldemort enviou um últimato ao ministério. A meia noite do dia 31 de dezembro, ele vai iniciar hostilidade aberta contra o ministério e contra a comunidade trouxa, se não entregarmos a ele o poder.



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Notas finais do capítulo

Peço desculpas aos leitores pela demora de novos capítulos, agora devo prosseguir postando até o fim da Fic.



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