Avril no Pais das Maravilhas escrita por thisisnotkawaii
“É isso que dá o curiosismo!”, exclamou Avril para si mesma (sem reparar que estava errando a palavra), ao perceber que começara a aumentar de tamanho como as coisas que a gente olha através dum telescópio. “Adeus,adeus meus belos all stars, cuidem bem dos meus pés!” (disse assim porque, quando olhou para os pés, notou que estavam lá longe e tão pequeninos que quase se tornavam inivisíveis). “Meus pobres pezinhos! Quem poderá agora fazer os mais lindos e caros sapatos para mim? Terei que trocar meu grande e estiloso sapateiro que fábrica em peças únicas meus sapatos, tais como esse meu all star, por uma pulga sapateira, e afinal, como poderei pagar uma pulga sapateira?Dando lhe cachorros para morder?Não poderia, eu simplesmente amo cachorrinhos!Mas a distância entre minha cabeça e meus pés vai ficar tão grande que não vale a pena me preocupar.Que se arrumem como puderem.” Disse isso e logo se arrependeu. “Não, não!Tenho que ser gentil para com eles; do contrário também me abandonam e não me levarão mais para onde eu queira ir, e se forem rebeldes ainda por cima?Me derrubarão do palco em cima dos fãs?Dará chutes na minha pulga sapateira?Se fizessem isso poderia dá-los como pagamento para pulga...Não!Eu iria sentir mais dor, acho melhor ficar com o meu plano de tratá-los bem.” E para agradar os pés , que deviam estar muito zangados, gritou bem alto, de modo que lá de longe eles pudessem ouvir : “Quando chegar o Natal, mandarei a pulga sapateira dar a vocês um lindo par de All stars dourados e trabalhados a mão, todos vão invejar vocês queridos pezinhos, ouviram?”
E começou a pensar como havia de ser para entregar a seus pés, lá longe, o par de sapatos. Teria de mandá-los por um mensageiro, dentro de uma caixinha que mandaria algum animal pequenino fazer!E seria engraçado isso de mandar presentes aos pés distantes...Havia de fazer um pacote lindo e caprichado, ou pelo menos mandar os outros fazerem, com um endereço assim :
ilmos. Exmos. Srs.
Pé direito e Pé esquerdo,
Respeitáveis extremidades do corpo de Avril
(com muitas saudades da mesma.)
“Droga, como estou asneirenta hoje!”, exclamou em seguida, caindo em si.
Nesse instante bateu com a cabeça no teto da sala, pois fora crescendo,crescendo,crescendo e estava agora com mais de três metros de altura. Lembrou-se então do piano,tocou-o mesmo com um pouco de dificuldade e correu em direção da portinha.
Pobre Avril! Pode tocar o piano, mas, aumentada de tamanho como ficara, era-lhe impossível passar pela portinha. Sentou-se no chão novamente e rompeu a chorar como da primeira vez.
“Que vergonha”, disse em certo momento. “Tamanha moça a chorar que nem criança de peito!Pare com isso, pois você sabe que chorar nunca adiantou coisa nenhuma.”
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