Avril estava fazendo um show para idosos, cantava seus melhores hits e de nada adiantava, já que os idosos não se interessavam por pop rock, olhava com cara de enjoo para aqueles idosos, afinal fazia um show para anima-los e eles nem agradecem, hum, pelo menos nos shows jovens as meninas lhe admiravam, murmurou então para um companheiro de banda :

-Que coisa sem graça,show sem gritos e admiração!Alugamos uns dos palcos mais caros e demos os ingressos de graça para esses ingratos!

Da platéia seu olhar foi a ter nas cochias, e ela pensou, lá dentro da sua cabecinha, se valeria a pena abandonar aquele show e fugir para seu empresário naquela cochia, implorando uma vitamina ou um jantar chique.Pensou só, porque lembrou-se que ele lhe havia feito prometer que ficaria no show até o fim.Nisto avistou na outra cochia, o Dh do cine, mais logo se tocou que era na verdade o Alex, vocalista do All Time Low, banda que tanto admirava, pensou nisso como uma forma de fugir daquele troço e ainda pedir um autografo de uma pessoa que tanto admirava.

Avril não estranhou aquilo, como também achou muito natural que ele cantarolasse consigo mesmo : - I'm steel, painting flowers, for you....

Em seguida Alex puxou do casaco da GAP um blackberry e falava com o empresário.Isto sim, Avril estranhava, já que seu empresário sempre mandava ela chegar atrasada para deixar a platéia ansiosa, de qualquer forma continuou seguindo seu astro.Sua estrela meteu-se em um buraco no palco.Avril também,sem refletir que é muito fácil entrar em buracos, mas muito difícil sair.

Era um túnel estreito e comprido, que em certo ponto virava um buracão de não acabar mais.Ela escorregou e caiu no buraco.Caiu e foi caindo que não acabava mais de cair.Ou então foi caindo tão devagar que o buraco parecia mais fundo do que realmente era. Avril nunca pode

esclarecer este ponto.

Enquanto ia caindo, ia olhando para baixo, a ver se enxergava alguma coisa.Nada enxergou; o fundo era escuro como a noite.Olhou então para os lados e viu vários discos de platina e instrumentos.Em cima de um piano havia algumas barrinhas de cereais de chocolate diet.pegou todas e abriu os pacotinhos,lambendo os lábios e com água na boca, ia jogar os pacotinhos no fundo do buraco; mas lembrou-se de que poderia cair na cabeça de alguém e botou-os de novo no lugar.E continuou a cair.

“Sim,senhor!”, pensou com os seus botões. “Depois duma queda desta fico mestra em tombos.Poderei cair do maior palco sem me machucar.”

Avril caiu,caiu,caiu.Não chegava nunca ao fim do buraco.Pensou em algo para passar o tempo, tentou pegar o celular, mais não havia sinal,muito menos wi-fi.Para matar o tempo, começou a pensar no apoio das fãs pelo twitter e no seu namorado, já ia pegar seu celular para twitar, mais lembrou-se que nem ao menos conseguiria ligar para alguém.

Nisto, záz! Tropeçou num monte de paus e folhas secas.Tinha chegado ao fundo do buracão.

Avril não se machucou. Ergueu-se de um pulo e olhou para cima. Nada pode ver; tudo escuro como a noite.Olhou para a frente; havia um corredor por onde, naquele momento, ia passando o Alex.Seguiu-o e pode vê-lo murmurar para si mesmo numa esquina: - Droga, chegarei atrasado de novo,hum, fazer o que? I wanna see your face and know i made in home, is nothing to show... -Avril também dobrou a esquina, mas não viu mais o cantor. Em vez do vocalista deu com uma grande sala iluminada de numerosas lâmpadas pendentes do teto.

Nas paredes havia portas com várias fotos autografadas de artistas famosos,tais como Jonh Lennon e Elvis, mas todas fechadas.Tentou abri-las; não pode, invés disso pegou as fotos do artista e colocou na sua bolsinha da Victor Hugo.Ficou então no meio da sala, a olhar para todos os lados, convencida de que seria muito difícil sair dali.