Diário de Semideusa escrita por Giulietta


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

mil desculpas pela demora, mas agora nas férias eu pretendo agilizar as coisas nessa fanfic, pra depois acabar ASQOOV!
AAAH! e muito obrigada juliana_black ,DuarteFeer_, rose_cat74, isahpotter, Catherine, milightorres, PloveH e Leticismar por comentarem, vocês me ajudaram muito!



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Tudo bem, eu provavelmente iria virar fumaça por ter chamado um DEUS de pai, principalmente o deus dos deuses. Mas Zeus apenas sorriu melancolicamente e se sentou ao meu lado na areia. Fiquei chocada, confesso. Eu fechei meu diário, e fiquei olhando as ondas no mar. Meu pai suspirou ao meu lado.

- Sei que deve estar com raiva de mim, mas entenda deuses não podem falar com seus filhos. Não podem ter nenhum contato com eles.

Eu bufei raivosa.

- Nem mesmo dizer: “Oi, eu existo, sou um deus e seu pai, tá?”, você não faz idéia do número de vezes que peguei minha mãe chorando com o coração quebrado por sua causa. Eu cresci a ouvindo dizer que você era um homem ótimo. Mas como pode ser tudo o que ela dizia se nem mesmo um sinal manda? Se nem querer saber como estávamos? – eu mandei tudo de uma vez, com lágrimas rolando. Estava triste. Triste com Zeus, meu pai. Triste pela minha mãe. Triste por causa de minha mãe. Triste com o mundo.

Eu fiquei de pé enquanto falava, olhando para os olhos de Zeus. Ele se levantou e olhou tristemente para mim. Colocou uma mão em meu ombro, eu tentei desviar, mas ele me segurou e me forçou a olhar para ele.

- Sei o que está sentindo agora. Acabou de me descobrir como seu pai, vai demorar a entender. Mas mesmo assim, saiba que eu te amo filha. E queria lhe dar isto. – ele mexeu no bolso da calça e tirou algo de lá. Estendeu um corrente que tinha um pingente preto, em formato de raio. – Seu nome é Zorah. É uma antiga arma, com uma longa história, mas seu nome pode sugerir muitas coisas.

- A poderosa. – a tradução da palavra me veio naturalmente.

Zeus assentiu.

- Sim. Além de longa, é uma história trágica, que não vou contar agora. Se precisar usá-la, é só pensar: “Zorah, eu preciso te usar.” Tente. – ele me entregou o colar com o pingente.

Eu coloquei o colar em meu pescoço e segurei o pingente em minhas mãos. Fechei os olhos e me concentrei com toda a força. Zorah, eu preciso te usar.

Assim que acabei de pensar, senti o pingente sumir, e abri os olhos, surpresa. Em minhas mãos havia duas lindas sais, com vários símbolos gravados nelas. Elas se encaixavam perfeitamente em minhas mãos, e pareciam leves. Sorri animada, rodando-as em minhas mãos. Olhei para Zeus, e por um momento me esqueci da raiva e tristeza que sentia por ele.

- Obrigada. Elas são lindas.

Zeus riu.

- Todos que vêem elas dizem isso. Mas saiba que ainda assim você tem que fazer o treinamento do Acampamento. Ah, e para elas voltarem a ser um pingente, pense: “Obrigada Zorah”. – ele se aproximou de mim e beijou minha testa, me deixando surpresa. – Fique bem, Victoria.

E ele virou uma neblina, que foi se dissipando aos poucos. Comecei a observar Zorah. Ela tinha vários símbolos gravados, sendo que nem mesmo um eu reconhecia. “Obrigada Zorah” eu pensei, e as sais voltaram a ser o pingente preto em forma de raio, que eu pendurei no pescoço. Virei-me para o mar, pensando em como minha vida havia mudado em 24 horas.

Pensando nisso, lembrei de Missy, minha melhor amiga, que estava babando quando saí do ginásio. Fitei tristemente o mar, lembrando que a colocaria em perigo se andasse com ela.

- VICTORIA! ONDE VOCÊ ESTAVA? – berrou alguém. Olhei para trás, vendo Nico com uma cara que eu imaginei como tentando ser bravo, o que foi falhado, já que ele estava com os olhos felizes.

- Désolé. Eu vim aqui pensar um pouco e acabei encontrando o meu... pai. – fiquei vermelha. Nico sentou ao meu lado, parecendo chocado.

- Zeus veio falar com você?

Assenti e lhe mostrei o pingente.

- Ele me deu isso.

Nico observou o pingente por um tempo, e assentiu para si mesmo. Depois olhou para os meus olhos, como que buscando algo. Ele ficou um tempo me encarando e depois voltou o olhar para o mar.

- Sabe, eu estava pensando... – Nico parou de falar e me olhou.

- Sim?

- Te conheço há pouco tempo, mas me sinto ligado a você de alguma forma. Não sei explicar. - disse ele frustrado. Dei um risinho.

- Me explique no momento certo. Ele sempre aparece... no momento certo. - nós rimos.

Mesmo eu tentando amenizar a situação para ele, me senti esquisita. Eu também sentia uma ligação com Nico, mas não sabia explicar o que era.

Nico se levantou, limpou a areia e me estendeu a mão, sorrindo.

- Sei que você poderia ficar aí o dia inteiro, mas agora você tem uma rotina no Acampamento. E neste momento, temos treinos para você se tornar uma boa espadachim.

Bufei, mas aceitei sua mão. Nós nos levantamos e fomos conversando até a arena, segundo o Nico disse. Um pouco antes de entrarmos na arena, meu queixo caiu.

Na nossa direção vinha um garoto lindo, com um sorriso de tirar o fôlego e doer o olho de tão branco. Seus cabelos eram dourados, formando um topete, e com lindos olhos azuis, mas ainda assim, diferentes dos meus e dos filhos de Hermes.

Ele se aproximou de mim, e senti Nico se retesar ao meu lado.

 - Prazer, sou Zach. - falou o menino bonito beijando minha mão.

- Mon plaisir, Victoria. - sorri encantada. Nico bufou ao meu lado. Olhei reprovadoramente para ele. Zach seguiu meu olhar, e seus olhos ficaram duros.

- Ah, o filinho de Hades. Quanto tempo Nico. – Zach sorriu ironicamente.

- Não sei se posso dizer o mesmo, Brandon. E já disse para me chamar de di Ângelo. – Nico respondeu furioso, se aproximando de Zach.

Eles se fuzilaram com os olhos, até que o “Zach Brandon” estendeu a mão.

- Uma luta de espadas, quem vence é o melhor?

- Fechado. – Nico apertou sua mão. Olhei desesperada para os dois.

- NON! ESPEREM. Nico, você tem que me treinar lembra? – disse quase chorando para Nico. Eles tinham que desistir disso.

Nico sorriu amavelmente.

- Não se preocupe, Vic. É só uma aposta boba. – dizendo isso, piscou e se afastou em direção á arena. Zach me olhava divertido.

- Acho que vai repensar em quem vai te treinar agora, gatinha. – ele deu um sorriso malicioso, e se afastou junto com Nico.

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas de raiva. Mas quer saber, FODA-SE esses dois, eles que se matem sozinhos.

MAS, contrariando totalmente meus pensamentos, me dirigi para as arquibancadas da arena, olhando ansiosamente para Nico e Zach, que se encontravam procurando espadas em uma pilha de armas.

- Isso hoje vai pegarr fogon. – uma voz feminina falou atrás de mim. Me virei assustada, nem vi a menina ali. Reconheci a Megan que eu trombei ontem. Ela me olhou divertida. – Mal chegou no Acampamento e já tenn várrrios fans.

Corei intensamente.

- Eles só fizeram uma aposta boba.

- Taon boba, que eston quase se matando na arrena. – Megan falou, olhando para a direção dos dois.

Olhei imediatamente para lá e pensei apenas uma coisa: “SOCORRO, PELO AMOR DE DEUS!” Quer dizer, deuses.


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Notas finais do capítulo

ta aí mais um capitulo. Confesso que não gostei muito desse, achei chatíssimo, mas para o próximo esse é fundamental *-* AH! queria já avisar que essa fanfic não é apenas pelo ponto de vista da Vic, ok? Tanto que no próximo capítulo, um novo POV vai aparecer :D beeijos leitores!