Diário de Semideusa escrita por Giulietta


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

OOOOLÁ 22ks e 22kos mais uma fic minha, espero que gostem! AAH, não se descabelem, não surtem, não vão procurar o google tradutor, expressões de outras línguas vai ter a tradução no final do capítulo ;b



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/84513/chapter/1

Estava escuro, eu não enxergava um centímetro a frente dos meus olhos, mas mesmo assim eu continuei andando. Não fazia a mínima idéia de onde estava. Depois de andar um bom tempo, eu ouvi. Parecia abafado, como se estivesse atrás de uma porta bem na frente dos meus olhos. Eram gritos aterrorizantes, como se alguém estivesse sendo torturado. Com uma coragem que eu não tenho, dei um passo a frente no escuro e estendi a mão, encontrando uma maçaneta. A girei e empurrei, olhando a cena a minha frente. Olhei para o outro lado, e gritei.

Acordei com meu próprio grito, caída no chão e toda suada. Devia ter caído enquanto sonhava. Me levantei e sentei na cama, colocando as mãos no rosto.

Era o mesmo sonho. Toda noite eu sonhava a mesma coisa desde semana passada.

Escutei passos apressados no corredor e depois minha mãe quase arrancando a porta do meu quarto. Ela correu para o meu lado, levantando meu rosto e olhando meus olhos.

- Mon amour, escutei você gritando. Aconteceu algo? – ela perguntou preocupada. Dei um sorriso amarelo.

- Non, apenas um pesadelo. Ne vous inquiétez pas.

Mamãe me olhou desconfiada e depois sorriu, me abraçando. Me soltou e se levantou, se dirigindo para a porta.

- Trés bien! Agora se troque, é seu último dia de aula, não vai querer se atrasar – ela foi falando e saindo do quarto.

Bufei e me levantei escolhendo minha roupinha básica (n/a: http://www.fotonomy.com/Runway/ ) e indo para o banheiro.

Me troquei e me olhei no espelho. VOCÊ É GATA HEIN, VIC? HAHAHA! Revirei os olhos comigo mesma, e arrumei meus cabelos loiros – que estavam parecendo a juba do Rei Leão – deixando os cachos soltos. Meus olhos azuis estavam com olheiras horríveis, me senti uma panda. Passei algumas coisinhas para escondê-las e depois fiz minha maquiagem – delineador, sombra e lápis todos pretos.

Peguei minha mochila e desci animada para o café. Entrei na cozinha pulando.

- BONNE JOURNÉE! – berrei, assustando minha mãe que derrubou café na mesa. – Desculpa. – falei com uma risada abafada. Ela fez cara feia para mim.

- Algum plano para as férias? – perguntou-me.

Coloquei uma mão fechada na testa virando para o lado direito e estiquei a outra mão para o outro lado, fazendo pose de indiana. Escutei minha mãe rir.

- Não, nenhum. Missy me convidou para passar as férias com ela, mas não sei se vou. – falei enquanto socava bolo na goela. Abafa a parte que parecia que eu tava com farofa na boca.

- Entendo. Você vai achar coisas divertidas para fazer, tenho certeza. – mamãe sorriu para mim e se levantou, batendo as mãos nas coxas. – Tenho que ir trabalhar. Bom, fique bem.

Mamãe trabalha em uma revista de moda, ironicamente, na parte de moda européia. Charllote Delacour é francesa mais famosa dos EUA. Eu nunca fui para a França, já que nasci nos aqui mesmo, especificamente, em Nova York.

Peguei minha mochila e saí correndo, já estava atrasada, Missy ia me matar. Aliás, Missy é minha melhor amiga, e, um caso a parte, ricassa!

Fechei a porta de casa e me virei. Missy já estava me esperando em sua limusine, afê.

- Bom dia, fofa. – ela gritou abrindo a porta para mim.

- Bonne Journée, chaton. – falei me sentando de frente para ela.

- UAAAAAL, AMEEEEEI! – berrou ela. Olhei com uma cara de ‘WTF?’ – Eu adoro quando você fala francês é tão... francês! – disse ela piscando os olhos e quicando no banco.

Eu ri e nós fomos conversando até a escola. Quando paramos em frente à escola, Missy desceu toda pomposa com os olhares que recebia. Eu desci de cabeça baixa, tentando me esconder atrás dela, o que era fácil com os meus 1,53m de altura.

- Argh, Missy, você não sabe o quanto eu ADORO esses olhares – revirei os olhos, sarcástica.

Missy bufou.

- Cruzes, Vic. Olhar não mata. – disse ela ainda bufando.

“Pode ter certeza que mata” escutei uma voz fina falar em minha cabeça. Bati a mão nela, como que para tirar.

Murmurei alguma coisa que não entendi e o sinal bateu. Missy e eu nos dirigimos ao ginásio, já que a primeira aula era educação física, com o Sr. treinador-esquisitão-eu-me-acho Hedgar, que anda esquisito e está sempre de boné.

Nós entramos, quer dizer, Missy entrou, eu soquei a porta para frente, e já havia várias pessoas - aliens – da nossa sala esperando o treinador Hegar. Falando no demônio, me aparece o capeta.

- Vamos lá turma. Todos alongando para jogar queim... – a frase do treinador foi interrompida por um barulho no telhado. Todos olharam para cima. Eu não vi nada, mas o treinador olhou diretamente para mim e murmurou algo que não identifiquei. Olhei assustada para ele, será que ele estava fazendo macumba? Vodu? Ah, meu Deus, me ajude.

Meus pensamentos macumbeiros do treinador Hedgar foram interrompidos pelo barulho de vidro quebrando, especificamente, o vidro das janelas do ginásio e todos gritando e correndo para a porta. Eu não conseguia me mover, olhando horrorizada o bicho feio na minha frente, parecendo a menina do Exorcista com a pele enrugada, asas e garras de morcego e a boca repleta de presas amareladas.

O bicho olhou as pessoas da minha classe e depois seus olhos carvão pousaram em mim, dando um sorriso tipo “comida fresquinha, MA OÊ!”. A dublê da menina do Exorcista veio voando até mim, com as garras prontas para me despedaçar.

- Morra, meu bem! – berrou com uma voz estridente.

Mas aí uma coisa estranha aconteceu. Escutei um estalar de dedos e juro que senti um vento entrando no ginásio. Os gritos cessaram, e dez centímetros antes de o monstro acertar minha cara, ele virou pó. Atrás estava o treinador Hedgar, segurando uma adaga, como e fosse a coisa mais normal do mundo.

- O QUE ERA AQUILO? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM UMA ADAGA NA MÃO? – berrei, nem um pouco escandalosa.

Hedgar suspirou e guardou a adaga no bolso, olhando diretamente meus olhos. Lentamente, ele levantou a mão e tirou o boné. Eu arfei.

-  Mon Dieu! – exclamei com a mão na boca.

 - Mons Dieus, a partir de agora. – corrigiu ele.

- VOCÊ É CORNO? – gritei, apontando para os seus chifres na cabeça. Ele bufou e franziu o cenho.

- Já fui chamado de muitas coisas, mas essa é a pior, com toda certeza. Não, Victoria, eu sou um sátiro.

Eu arfei e me virei para a porta do ginásio. Todos os alunos estavam dormindo no chão – entre eles, identifiquei Missy babando. Corri para a porta.

- ESPERE! Não pode... – eu não escutei o que Hegdar terminou de falar. Peguei minha mochila e corri para fora da escola, parando em uma praça e sentando no banco. Abri minha mochila e peguei o meu fofinho-gostosinho-gatinho-lindinho diário-desabafo.

“ Querido Diário,

Como tudo é esquisito hoje! E ontem tudo era como de costume. Será que fui eu que mudei á noite?

Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei hoje de manhã? Estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas não sou a mesma, não depois de hoje, de agora á pouco.

Vickie.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

TRADUÇÕES:
Mon amour - meu amor
Non - não
Ne vous inquiétez pas - não fique nervosa
Trés bien - certo, tudo bem
Bonne Journée - bom dia
Chaton - gatinha/gata
Mon Dieu - Meu Deus
Mons Dieus - Meus Deuses

É ISSO AÍ! mandem reviews, necessito da opinião de vocês para continuar
bgs leitores :* PS: muitas vezes, a parte do diário da Vic não vai ser de minha autoria! no caso, nesse capítulo, é de Alice