Seis Meses escrita por ReLane_Cullen


Capítulo 3
Dois Meses


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olha só quem resolveu dar o ar de sua graça :D. Eu estava desde o ano passado para postar um capítulo dessa O/S que já não é mais OS, mas acabou que ano passado eu me atrasei e acabei meio que perdendo a data e desanimei, mas esse ano eu consegui! YAY! Espero que gostem de mais um natal desses dois. Ah, e já sabem: ignorem os erros porque eu revisei isso tão rápido que tenho certeza que algo me escapou. Beijos e até a próxima! Ah, eu devo postar mais uma OS de natal (uma que estou enrolando há séculos) então fiquem ligadas :P



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Dois Meses.

Eu puxava a minha mala, fazendo meu caminho naquele aeroporto lotado. Port Angeles não era exatamente uma especialista quando se tratava de infraestrutura e eu estava sofrendo isso na pele. Eu tinha passado mais de trinta minutos na fila de desembarque que se movia com uma lentidão digna de uma tartaruga. Era em horas como essa que você descobri a quantidade de pessoas que morava no interior de Washington.

Quando eu finalmente me livrei da fila, não tive muito trabalho para localizar a criatura gigante no meio do aeroporto, que ainda por cima segurava uma placa escrito "Srta. Isabella Swan". Revirei os olhos. Só ele mesmo para fazer isso.

"Emmett!" Sorri ao ser envolvida em seu abraço de urso. Era tão bom estar em casa.

"Senti saudades, maninha." Ele sussurrou, me apertando ainda mais. Se é que isso era possível. "Como você está?"

"Bem." Sorri. Aquela não era toda a verdade, mas naquele instante era como eu me sentia. "E você? Quais são as novidades?"

"Você está olhando para o mais novo advogado de Seattle." Ele sorriu, orgulhoso.

"Eu não acredito! Parabéns!"

"Hey, por que você não veio com o Edward anteontem?" Senti meu corpo gelar ao ouvir aquela pergunta. Eu sabia que uma hora ela ia aparecer, mas nada impedia a o nervosismo no meu estômago.

"Eu tive um pequeno contratempo na faculdade. Coisas de última hora." Menti. A verdade era que Edward e eu não éramos mais um casal, só que ninguém sabia disso.

Cerca de dois meses atrás Edward veio com uma conversa de que devíamos dar um tempo, para ver o que realmente queríamos e todas essas baboseiras que se diz quando se quer terminar com alguém. Até hoje eu não conseguia entender o porquê. Em mais de três anos de namoro nós tínhamos a relação quase que perfeita e do nada ele veio com a história de auto descoberta.

E agora, ali estava eu. De volta a Forks, e nem de longe pronta para o natal mais constrangedor da minha vida.

No caminho para casa, Emmett tagarelava sobre os últimos acontecimentos. Na maioria das vezes eu apenas assentia ou murmurava alguma coisa em resposta. O cansaço finalmente me venceu e eu fechei meus olhos. Quando os abri, já estava em frente à casa dos meus pais.

"Bella!" Minha mãe me abraçou assim que entrei em casa.

"Oi, mãe." Sorri.

"Saudades!" Ela me apertou mais uma vez antes de me soltar.

"Pai!" Disse ao avistá-lo atrás da minha mãe.

"Oi, criança." Ele disse antes de me abraçar e só então notei que tinha outra pessoa na sala.

"Rose? Você..." Eu olhava surpresa para a minha cunhada que exibia uma forma tanto quanto avantajada.

"O Emmett me proibiu de te contar. Ele disse que ia ser seu presente de Natal." Ela respondeu alisando a barriga.

"Ele é um idiota." Disse, dirigindo um olhar assassino ao meu irmão. Como ele me privava de uma notícia dessas? Se eu soubesse, com certeza teria comprado alguma coisa para meu futuro sobrinho ou sobrinha. "Você está de quantos meses?"

"Quatro prestes a fazer cinco."

"Eu fico tão feliz por vocês!" Abracei-a.

"Filha, Alice ligou mais cedo e pediu para você ligar para ela assim que chegasse." Desvencilhei-me de Rose assim que ouvi aquelas palavras.

"Depois eu faço isso mãe. Preciso descansar." Claro que minha mãe não precisava saber que aquela era uma ligação que eu nunca faria.

"Tudo bem. Descanse, mas esteja pronta às oito." Ela ordenou.

"Sim senhora." Bati continência e subi as escadas.

Dentro do meu quarto, eu podia deixar que a máscara caísse, junto com as lágrimas. Minha vida estava um verdadeiro inferno. Eu sempre tinha achado que aqueles seis meses que eu tinha passado longe do Edward tinham sido os piores da minha vida.

Mas eu estava completamente enganada.

O que eu sentia agora era mil vezes pior. Daquela vez, eu tinha perdido meu melhor amigo e tinha que viver com meu recém descoberto amor e tudo o que nós nunca viveríamos juntos. Agora, eu tinha perdido meu melhor amigo, o amor da minha vida e ainda tinha que conviver com as lembranças de momentos que nunca voltariam a se repetir.

A todo instante, eu ficava revivendo aquelas lembranças, perguntando onde eu tinha errado. O que eu tinha feito para que tudo aquilo acabasse?

Nós decidimos não contar nada as nossas famílias para não estragar a noite de ninguém. Eu só esperava conseguir ser sociável e manter um sorriso no rosto durante toda a noite. Eu devia isso à minha família.

"Você está pronta?" Emmett parou, encostando-se no batente da minha porta.

"Emmett, você poderia dizer a mamãe que eu vou depois?" Mordi meu lábio, já prevendo a reação que ele teria ao meu pedido.

"O quê?"Ele levantou uma sobrancelha.

"Eu preciso resolver algumas coisas e vou me atrasar um pouco." Respondi. A verdade era que eu precisava de uma grande dose de coragem antes de aparecer por lá.

"Ela vai ficar furiosa." Ele apontou o óbvio e depois me analisou por um momento. "O que o Edward fez dessa vez?"

"O que te leva a crer que ele fez alguma coisa?" Tentei soar bem humorada.

"Vocês vieram em vôos separados, coisa que nunca aconteceu desde que vocês foram estudar em Chicago. Você deixou para viajar na véspera do Natal, você passou todo o caminho me dando resposta monossilábicas e além do momento que você sorriu ao saber do meu emprego e da gravidez da Rose, você não deu um sorriso sincero desde que chegou. E agora você quer chegar atrasada à festa dos Cullens, como se estivesse querendo fugir de alguma coisa. " A cada razão enumerada por ele, Emmett se aproximava cada vez mais de mim. Droga! Por que ele tinha que me conhecer tão bem?

"Nós não brigamos, terminamos." Respondi. Não tinha mais razão de continuar escondendo isso dele.

"Duvido. Deve ter sido só uma briguinha de nada" Ele passou o braço pelos meus ombros, tentando me confortar.

"Faz dois meses." Disse num fio de voz.

"O quê? Como?" Ele parecia confuso.

"Ele decidiu que devíamos tentar coisas diferentes, eu sei lá, eu não estou com paciência para tentar entendê-lo. " Dei de ombros, como se aquilo não importasse.

"Vocês conversaram depois disso?"

"Raramente."

"Bella, se esconder não vai adiantar muita coisa e você sabe disso." Emmett olhou sério para mim. Sim, eu sabia que aquela era uma atitude covarde, mas era tão mais fácil.

"Eu sei, mas eu preciso de um tempinho." Pedi. Ele não precisava saber que esse tempinho iria durar até a hora da ceia e que chegando lá, eu não demoraria mais do que duas horas na casa dos Cullens.

"Certo. Eu vou enfrentar a fera por você."

"Meu herói." Zombei. "Obrigada."

"Hey, é pra isso que eu sirvo." Ele sorriu o sorriso que sempre me fazia sorrir de volta. "Agora eu vou indo. Sinto que vou ter que disputar a Torta de Abóbora com a Rose." Ele piscou para mim e foi embora.

Voltei minha atenção para a imagem refletida no espelho. Alice ficaria orgulhosa de mim. Maquiagem, vestido, saltos. Com o sorriso certo estampado no rosto, eu conseguiria enganar qualquer pessoa de que estava animada para aquela festa, mas uma olhada nos meus olhos e qualquer um conseguiria notar que tudo aquilo era uma farsa.

O meu celular tocou e eu atendi sem nem olhar o visor.

"Alô?"

"Feliz Natal!" Uma voz pouco conhecida saudou. Por que Peter estava me ligando?

"Para você também."

"Quando é que você vai aparecer?" Ele perguntou ansioso.

"Como assim?" Franzi o cenho.

"Eu estou aqui na casa dos Cullens." Ele respondeu como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

"Anh?"

"Pois é, eu vim passar o Natal com a família dos meus primos e para a minha surpresa eu venho parar na casa do seu namorado."

"Ex." Corrigi.

"Dessa eu não sabia." Ele comentou. "Então, a que horas você chega?"

"Daqui a pouco." Respondi e desliguei o telefone.

Ouvir a voz de Peter tinha me animado um pouco, eu precisava admitir. Eu e ele havíamos nos conhecido durante o último verão quando eu tinha começado a estagiar na empresa do pai dele. Eu trabalhava como revisora de texto dos processos que eram redigidos pelos advogados e seus associados. Eu tinha descoberto o emprego dos meus sonhos, onde eu podia usar meus dotes linguísticos e gramáticos ao mesmo tempo que eu vivia cercada de processos e de toda aquela rotina jurídica. Aquilo era uma coisa que eu tinha aprendido a gostar, graças ao Emmett.

Entrei no carro da minha mãe e comecei a dirigir em direção à casa dos Cullens. Sinceramente, eu não sabia como eu estava conseguindo realizar tal proeza, já que minhas mãos tremiam e minhas pernas estavam bambas. Isso para não mencionar o enjôo que eu estava sentindo.

Eu precisava urgentemente de uma nova tradição de Natal, porque eu não aguentaria mais um ano passando por isso.

Toquei a campainha e aguardei até que alguém me atendesse.

"Bella, Feliz natal!" Esme exclamou ao abrir a porta. "Saudades." Ela me abraçou.

"É bom estar de volta." Sussurrei. E de certa forma era. "Carlisle." Sorri e ele logo me abraçou.

"Entra, todos estão te esperando." Ele me levou até a sala, com o braço em volta de mim.

"Bella!" A píxel exclamou ao me ver e logo correu para me abraçar.

"Alice." Como eu sentia falta dela!

"Por que você não me ligou? Como você está?" Ela disparou as perguntas.

"Uma coisa de cada vez." Pedi, enquanto tentava arranjar alguma desculpa.

"E o meu abraço?" Alguém sussurrou atrás de mim. Salva pelo gongo!

"Jazz!" Exclamei ao abraçá-lo. "Cadê o Peter?"

"Bem atrás de você." Ele respondeu.

"Hey!" Sorri ao olhar para ele. Vendo Jasper e Peter lado a lado, era possível ver algumas semelhanças como o cabelo no mesmo tom de mel e o nariz afinalado que ambos possuíam.

"Como vocês se conheceram?" Ele finalmente perguntou.

"Eu estagiei na empresa do pai dele no verão passado. Como você nunca me disse que tinha um primo que morava em Chicago?"

"Sei lá. Isso não me passou pela cabeça." Ele encolheu os ombros. Eu ia perguntar por quê Peter não tinha ido ao casamento da Rose no ano passado, mas a entrada de Edward na sala fez com que eu esquecesse de tudo. Senti meu coração falhar uma batida ao vê-lo, para depois acelerar drasticamente.

"Mãe, onde que tem mais farinha para..." A voz dele morreu assim que ele me viu na sala. "Bella."

"Oi, Edward. Feliz Natal." Sorri para ele.

"Feliz Natal." Ele retribuiu e voltou para a cozinha, dessa vez acompanhado pela Esme.

A essa altura, todos os olhares estavam voltado para nós e qualquer um já tinha percebido que as coisas não estavam como antes. Eu percebi o olhar questionar de Jasper e ele estava prestes a perguntar alguma coisa, quando Alice o puxou ali.

"Então, você pensou na minha proposta?" Peter perguntou, quando estávamos sozinhos na sala.

"A minha resposta é a mesma de dois meses atrás." Disse firmemente. "Eu agradeço a oportunidade, mas eu não posso me mudar para a Florida. Eu não posso me distanciar disso aqui, sabe?" Mesmo sendo esse meu desejo atual, eu sabia que não poderia morar do outro lado do país de maneira permanente.

"Uma proposta como essa não aparece todo dia." Peter insistiu.

"Mas do que adiantaria ter o emprego dos sonhos, ficar milhas de distância da minha família e ser infeliz?" Encolhi os ombros. "Acho que não compensa."

"E que tal Chicago?"

"Peter, eu ainda tenho seis meses até terminar a faculdade." Apontei.

"Isso quer dizer que você pode mudar de ideia?" Um sorriso começava a brotar no rosto dele.

"Isso quer dizer que eu ainda tenho tempo de receber muitas propostas antes de me precipitar por uma que parece vantajosa." Expliquei. Eu amava trabalhar com ele e na empresa, mas eu não pensava em fixar residência em qualquer lugar que não fosse Seattle. Emmett, Rose, Alice e Jasper moravam ali, e aquele era o meu lugar. Claro, que também tinha o fator de que Edward iria fazer residência no Hospital Geral de Seattle, mas aquela era um motivo com o qual eu não podia mais contar.

"Essa doeu. " Ele fez uma careta. "Mas já que a proposta de trabalho deu certo, será que você aceitaria jantar comigo?"

"Peter..."

"Encare isso como o presente de Natal que você não me deu." Ele adicionou com um sorriso conquistador.

"Eu não posso." Respondi. Eu simplesmente não estava pronta para novos encontros.

"Por causa dele?" Ele perguntou com desdém, meneando a cabeça em direção à cozinha.

"E se for?" Disparei. "Dá licença, eu preciso..." A frase ficou no ar e eu saí da sala deixando Peter sozinho.

Caminhei em direção ao único lugar onde eu sabia que podia ficar sozinha. Talvez eu estava sendo masoquista em ir para um lugar que estava repleto de lembranças de nós dois, mas a paz que eu encontrava naquele jardim era tão grande que quase compensava a dor das memórias.

O jardim estava lindo como sempre. As luzinhas enfeitando as árvores, iluminavam a paisagem coberta de neve. eu não conseguia decidir se preferia o jardim durante a primavera ou o inverno. Ele era lindo em ambas estações.

"Eu sabia que te acharia aqui." A voz de Alice me acordou dos meus pensamentos.

"Certos hábitos nunca mudam." Disse me virando para ela.

"Só para constar, meu irmão é um idiota." Ela sorriu afável.

"Concordo plenamente."

"Se eu pudesse eu dava um soco nele e no Peter." Ela disse de raivosa, o que chegou a ser cômico.

"O que o Peter tem a ver com essa história?" Perguntei.

"Vai dizer que você não sabe?" Ela cruzou os braços.

"Não."

"Depois de você ter recusado a proposta do Peter, ele foi procurar o Edward para ver se ele te convencia a aceitar o emprego. Ele mostrou todos os benefícios e convenceu ao Edward de que era o melhor para você. Aí..."

"Aí o seu irmão terminou comigo para não ser um estorvo no meu caminho. " Concluí a frase dela. Eu simplesmente não podia acreditar naquilo.

"Mais ou menos isso."

"Eu quero matar o seu irmão. Argh! Como ele pôde?Argh!" Cerrei meus punhos. Eu precisava desesperadamente dar um soco em alguma coisa. Ou em alguém. "Onde que ele está?"

"Na cozinha, fazendo os cupcakes." Alice respondeu.

"Vamos lá" Peguei a baixinha pela mão e fui até a cozinha. "Haja o que houver, cuide para que ninguém passe por essa porta." Ordenei. "Eu vou matar o seu irmão e eu não quero que ninguém me interrompa."

"Pode deixar. Precisando de ajuda é só chamar." Ela se ofereceu.

Abri a porta da cozinha e imediatamente Edward olhou na minha direção.

"Bella?" Ele parecia confuso ao me ver ali. Por precaução, mesmo com Alice de guarda, decidi trancar a porta.

"Seu idiota!" Disparei, enquanto voava para cima dele. "Como você pôde fazer isso comigo?" Perguntava, enquanto socava o peito dele."Eu tô com tanta raiva que te matar agora me faria muito feliz."

"Do que você está falando?" Ele perguntou, segurando os meus pulsos.

"Que você terminou comigo por causa de uma estúpida vaga de emprego e nem me perguntou se era isso que eu queria!" Gritei e soltei as minhas mãos da dele.

"Bella, aquele era o emprego dos seus sonhos. Eu não queria ficar no caminho." Ele explicou.

"E quem te deu o direito de decidir as cosias por mim, hein? Droga!"

"Desculpa..." Ele tentou se desculpar.

"Você me magoou e muito." Disse com lágrimas nos olhos.

"Eu sei que parece idiota, mas eu achava que estava prendendo você de alguma forma e se eu te contasse as minhas razões você ia me chamar de idiota, assim como há três minutos atrás. E eu não ia conseguir viver a minha vida sabendo que você tinha perdido uma oportunidade dessas por minha causa." Ele confessou e pela primeira vez eu pude notar a dor nos olhos dele.

"Mas você conseguiria viver a sua vida sabendo que me perdeu?"

"Se fosse para você ser feliz..." Ele encolheu os ombros.

"Como você espera que eu seja feliz sem você? Eu vivi um verdadeiro inferno..." Sem que eu esperasse, Edward colou seus lábios nos meus. Como eu sentia falta disso! Ele segurou meu rosto, alternando os beijos entre meu lábio inferior e superior, antes de invadir minha boca com sua língua. Meus braços, que até aquele momento, pendiam do lado do meu corpo, voaram até a nuca dele, puxando-o para mais perto de mim. Eu precisava dele mais do que do ar para viver. Uma pena que meus pulmões não pensavam assim e eu tive que me separar dele para poder respirar. As mãos dele que estavam no meu rosto, escorregaram para a minha cintura, me mantendo no lugar. Como se eu fosse sair dali por algum motivo.

"Eu sujei você." Ele sorriu e lambeu o ponto na minha bochecha onde ele tinha sujado, provavelmente de cobertura de chocolate. "Você está tão linda." Ele sussurrou, distribuindo beijos pelo meu rosto. "Eu tive vontade de quebrar a cara do Peter mais cedo, a maneira que ele olhava para você... e eu não podia fazer nada, porque eu não tinha nenhum direito sobre você." Eu podia ouvir a dor na voz dele e eu sabia que aqueles dois meses também tinham sido um verdadeiro inferno para ele também.

Com minhas mãos ainda em sua nuca, abaixei o rosto de Edward para que pudesse voltar a beijá-lo. Sem perder tempo com provocações, lambi seu lábio inferior e ele logo abriu os lábios, permitindo que nossas línguas se encontrassem. Edward me apertou ainda mais contra o seu corpo. Ele gemeu entre o beijo, quando arranhei de leve a sua nuca e me imprensou contra a bancada atrás de mim. Eu podia sentir cada parte do corpo dele ligada ao meu.

"Eu queria que tivéssemos em Chicago nesse momento." Sussurrei roucamente, enquanto ele beijava o meu pescoço. Um gemido escapou quando ele apertou um dos meus seios.

"Se você quiser eu posso pedir ao Charlie para você dormir aqui." Ele olhou para mim e sorriu o seu sorriso torto.

"Foi bom te conhecer." Suspirei dramaticamente e ele mordiscou meu lábio, antes de me beijar rapidamente.

"Então nós estamos juntos novamente?" Ele perguntou com um sorriso bobo.

"Aparentemente." Encolhi os ombros. Eu tinha certeza que eu tinha o mesmo sorriso no rosto.

"Eu preciso fazer uma coisa." Ele avisou e saiu da cozinha.

"E então?" Alice entrou logo em seguida.

"Tudo certo." Sorri

"Tem alguma coisa para comer nessa cozinha?" Emmett apareceu, e eu agradeci mentalmente por ele não ter aparecido minutos antes.

"Emmett, você tem que esperar a hora da ceia." Briguei com ele.

"Mas é para a Rose. Eu juro." Ele nos olhou com a maior cara de inocente, mas eu permaneci irredutível.

"Bella?" Edward reapareceu na cozinha, minutos depois.

"O que foi?" Perguntei curiosa enquanto ele me pegava pela mão e me levava até o jardim.

"Foi aqui nesse lugar que há quatro anos você me transformou no garoto mais feliz do mundo. E hoje, nesse mesmo lugar, eu peço para você me tornar o homem mais feliz do mundo." Eu estava prestes a perguntar como, mas Edward se ajoelhou diante de mim. Ele retirou uma caixinha do bolso e abriu-a, revelando o anel mais lindo que eu já tinha visto. Meu coração disparou e eu senti um nó na minha garganta. "Casa comigo, Isabella Marie Swan?"

"Sim." Respondi com lágimas nos olhos, e me ajoelhei para ficar na mesma altura que ele. Edward deslizou o anel pelo meu dedo e me beijou docemente."Mas como?" Perguntei, indicando o anel.

"Eu comprei no último verão e deixei aqui, porque eu queria te pedir no natal. Claro que eu planejava uma coisa melhor que essa, mas devido aos últimos acontecimentos..." Ele explicou.

"Foi maravilhoso." Garanti-o."Mas eu quero que você me prometa uma coisa."

"O quê?"

"Que você nunca mais vai tomar nenhuma decisão por mim sem antes me consultar."

"Eu prometo." Ele disse sério.

"Eu te amo." Declarei.

"Eu também te amo, Sra. Cullen." Ele sussurrou antes de me beijar. Sra Cullen. Definitivamente eu gostava de como isso soava.

No fim das contas, acho que eu manteria minhas tradições de natal. Sorri com o pensamento e Edward aproveitou para deslizar sua língua para dentro da minha boca. Suspirei, afundando minha mão nos seus cabelos. A dor que eu sentia horas atrás, agora não passava de uma lembrança. A felicidade era tudo o que eu teria dali para frente.

"Pai! Edward e Bella acabaram de ficar noivos." Emmett gritou, estourando completamente a bolha que eu e Edward estávamos. Afastei meu rosto do Edward , apenas para assassinar meu irmão com um olhar. "Que foi? Você me negou comida." Ele deu de ombros.

"Espero que você seja a prova de balas." Sussurrei apavorada para Edward, que riu.


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