Olhos Felinos escrita por Jodivise


Capítulo 49
Capítulo 48 Nas mãos de Circe


Notas iniciais do capítulo

Na reta final da busca por Mary e pelos mistérios que o Olho de Tigre guarda, Jack e companhia chegam ao templo de Mênfis finalmente, mas uma grande surpresa os aguarda...



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Capítulo 48: Nas mãos de Circe

Um barulho estranho fora seguido de algo a lhe fazer uma tremenda cócega na perna esquerda, cada vez mais subindo e lhe arrepiando o tecido, fazendo Hector Barbossa abrir os olhos azuis num rompante, percebendo algo brilhar na sua perna sob o fogo da tocha. – Arre! – levando o fogo próximo, quase pegando lume às próprias calças, o pirata afastara o escorpião preto que lhe mostrava as pinças, escapando por um triz do espigão venenoso.

O inseto repugnante se afastara pela acção do fogo, correndo para qualquer ponto da sala, mais rápido que as passadas do velho capitão. – Isso! Seu escaganifobético… corre pra tua toca, como um cobarde e… - num sopetão, a voz de Barbossa se findara, vendo o escorpião se enfiar numa brecha mínima num dos cantos daquela antecâmara. Apoiando um joelho ao chão, Barbossa aproximara a tocha, iluminando aquele buraquinho de forma triangular, feito por acção humana. Dois de seus dedos foram aquela reentrância, sentindo uma brisa se fazer.

No seu rosto cansado, um sorriso irónico se fizera, tratando de buscar a própria faca que trazia à cintura, afastando algumas teias de aranha que cobriam aquele espaço e inserindo o gume afiado do objecto no espaço mínimo entre a fissura que separava os blocos de pedra. Esta se revelara mais frágil que as restantes, esfarelando com a pressão feita, permitindo a Barbossa, com algum esforço, separar aquela pedra da parede, revelando uma passagem estreita. Tão estreita que a teria de passar de bruços. – Pra sair desse buraco... – Barbossa soara esbaforido, olhando em volta. – Eu viro até lagartixa.

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– Jack? – emparelhando o cavalo ao daquele que transportava o capitão, Lara erguera o sobrolho, vendo-o olhar fixamente o que tinha em mãos. – Eu não… eu não quero saber se esse tesouro existe.

– Porque diz isso, love? – sorrindo-lhe de canto, Jack guardara o Olho-de-Tigre num dos bolsos laterais da calça, suspirando em seguida. – Provavelmente, não haverá tesouro nenhum. Só uma deusa tresloucada querendo festa…

A pirata passara os olhos por todos que a rodeavam, parando-os em Teague, a poucos metros, liderando a caravana. – Você e seu pai… - no belo rosto da morena, uma sobrancelha se arqueara.

– Não existe eu e meu pai. Existe eu, Capitão Jack Sparrow, e ele Teague… - a resposta do pirata de rastas viera seca.

– São pai e filho. – ela resmungara. – Pelo amor… desde que estamos juntos que sempre evitas isso, Jack. Nunca… - e sentindo os olhos marejarem, Lara respirara fundo. – Mary Rose nunca conhecerá meus pais… ela nunca saberá o que é ter avós…

– Ora! – arregalando os orbes tão escuros, Jack se indignara. – Pra que serve a Grace, afinal? Não é como tua mãe, Lara? Ela tem avó… avô… - uma careta Jack fizera ao lembrar-se de Barbossa. – Tinha…

– Espero mesmo que ele não tenha morrido… será horrível para Grace e pra Mary.

– É… perdia-se menos se fosse ele. – num gesto de mãos, Sparrow indicara Teague.

– Um filho nunca deveria falar isso. – a voz suave que lhe soara um pouco atrás fizera Jack morder o próprio punho.

– O que o seu filho irá dizer de você, hum? – num sorriso debochado, Jack provocara. – O grego perdido… andou espalhando bastardos pelos quatro cantos do mundo… - e olhando sobre o ombro, Jack o fulminara. – Eu sempre soube que era um safado!

Impulsionando o cavalo castanho que montava, Darius se pusera na sua frente, revelando uma verdadeira perícia na montada. – Ao contrário de si, Sparrow… - a brisa assanhara os cabelos loiros e soltos de Darius, enquanto o dourado das areias se misturava ao azul de seus orbes. – Eu só tive duas mulheres na minha vida. Eu não me envergonho disso… de não ser qualquer conquistador.

– Você seduziu uma irlandesa!

– Escocesa… - Lara olhara os cantos, parando ela própria.

– Que seja! Emprenhou ela e a abandonou pelo que eu percebi… - Jack apontara um dedo.

– Desculpe-me, capitão… – Darius lambera os lábios, respirando pesadamente. – Mas que certeza absoluta você tem de que não terá outros filhos por aí? Eu não o sabia… eu não abandonei, pois eu não poderia imaginar que…

Saltando do cavalo, Jack enfurecera-se. – Vai dizer que é eunuco igual ao Turner, ali? – desajeitadamente, Jack apontara ao outro que lhe rolara os olhos, caminhando até Darius e percebendo o atlante descer da montada também. – Não passa de um aliciador de mulheres!

– A minha vida não lhe diz respeito, Sparrow. – Darius falava pausadamente, afagando o focinho do equídeo.

– Jack… - imitando os dois homens, Lara descera, segurando Jack por um braço. – Endoideceu?

Virando-se à própria esposa, Jack arregalara os olhos, segurando-lhe os braços. – Esse homem… quase… te tirou de mim!

– O Darius não tirou ninguém de ninguém, Jack. – Lara se separara. – E neste momento eu quero encontrar minha filha!

– Sério… - em cima de um dromedário, Elizabeth abanara a cabeça. – Baixem essa masculinidade, por favor. Mary está desaparecida. Lembram que temos uma missão? Não podemos perder tempo e…

A voz da pirata loira fora completamente cortada quando um relinchar aflitivo enchera o ambiente. O bando de cinco homens e duas mulheres se virara horrorizado, vendo o caval malhado que outrora Lara montava, relinchar sem parar, virando os olhos num pânico desgraçado. – Meu Deus…

Darius percebera algo se enroscar numa das patas do cavalo, puxando-o para a areia. – Saiam… daqui… AGORA!

O que Jack vira, ou lembrara-se de ter visto ao perceber o monte de areia que se elevara, fora brevemente interrompido quando sentira uma mão pesada em seu ombro. – Sobe!

– Com… com você? – Jack olhara Teague. – Eu só vou com… - e sua fala morrera no instante que vira o cavalo de Lara desaparecer sob as areias e o monte que se elevara explodir literalmente, revelando a figura de uma naja muito maior que eles, de escamas douradas, ameaçadora com sua cabeça triangular, mostrando os dentes pontiagudos e a língua bifurcada, emitindo um silvo horrendo. – DEIXA-ME SUBIR!

Lara não tivera muito tempo para pensar, subindo ao cavalo de Darius, agarrando-se na cintura do grego, num instinto de sobrevivência ao perceber a naja investir nestes. – Tem… uma cobra enorme nos perseguindo, Darius! – ela exclamara em pânico quando este dera partida, uma corrida desenfreada de três cavalos e um dromedário.

– IÁ! – Darius movimentara as rédeas, puxando pelo animal, percebendo pelo canto do olho a cobra de cor dourada e olhos vermelhos alcançar o outro cavalo solto, pregando os dentes neste e devorando-o. – Circe… ela não vai desistir.

– Ela tem poder pra se transformar nisso? – Will perguntara em alto e bom som, olhando o gigante réptil afundar-se nas areias, percebendo sua silhueta mover-se rápida, provocando pequenas ondulações pelo solo.

– Tecnicamente… ela é uma deusa. – Darius alcançara o cavalo do capitão do Holandês Voador, emparelhando lado a lado. – Circe tem poder de se transformar e de transformar também. Ela não vai desistir enquanto não botar as mãos no Olho.

– Jack…? – Lara chamara o marido, vendo-o um pouco mais à frente, à garupa de Teague, sentindo os cabelos revoltos se colarem à cara. – Temos de a atrasar… temos de… cumprir com o plano…

Jack olhara a morena, virando-se depois ao pai. – Porque você nunca me contou?

– Contei o quê? – a voz rouca de Teague se fizera, enquanto ouviam qualquer tiro ecoado. Elizabeth e Norrington, montados num dromedário mais lento que os cavalos, à retaguarda, decidiram agir, talvez pela própria situação, talvez para dar a vantagem necessária aos da frente.

Jack mirara as rastas do homem tão próximo de si, engolindo o que lhe formigava à garganta e viera em momento tão inoportuno. – Nada…

– JAMES! – Lara berrara ao antigo comodoro, vendo Elizabeth dar a volta na montada, colando as costas a este. – QUE MERDA ESTÃO FAZENDO?

– É uma boa ideia… - Will percebera o pensamento de Elizabeth. – As ruínas… - ele apontara ao templo que se desenhava no horizonte turvo. – Vão na frente, nós a distraímos.

– É suicida, Will! – Lara choramingara, percebendo a gigantesca cobra emergir em certos momentos.

– Eu sou imortal, lembra? - Will sorrira, deixando o cavalo de Darius ganhar vantagem, buscando os dois atrasados.

– Elizabeth… - Norrington instigava o dromedário, enquanto percebi o corpo quente da jovem apoiar-se nas suas costas, apontando as duas pistolas à serpente que emergia, com as abas da cabeça aberta, mostrando as belas circunferências negras em meio ao dourado das restantes escamas.

– Confia em mim, James. – mesmo em pânico, Elizabeth não se deixara abater, disparando em direcção ao monstro, descarregando as munições que tinha. – Preciso da sua.

– O quê… - James empalidecera. Se o momento não fosse tão crítico, ele se encabularia muito mais, mas não deixara de sentir as faces arderem quando os dedos longos de Elizabeth lhe tactearam a coxa, subindo até sua cintura a buscar a pistola. – Isso é deveras constrangedor.

– Esqueceu… que eu já fui uma mulher casada, James? - ao seu ouvido, ela soara, rindo nervosa.

– Devo aceitar isso como uma provocação ou… um elogio? – no seu sotaque perfeitamente britânico, ele lhe inquirira.

– Como quiser, James Norrington… como quiser… - Elizabeth dissera, antes de mirar atentamente a serpente. Quando esta se erguera mais uma vez, tentando morder o dromedário, ela apenas fechara um olho, apertando o gatilho e atingido a deusa metamorfoseada numa das abas que se abriam na cabeça do réptil.

Lara vira Will ficar para trás, juntando-se aos outros dois, fazendo-a sentir o coração apertado. – Darius…

Sentindo a morena enroscar os dedos em sua camisa, o atlante apenas prestara atenção ao caminho, correndo ao lado do cavalo de Teague, percebendo o templo de Ptah cada vez mais próximo. – Eles ficam bem… não é a eles que Circe quer…

– Mas ela não hesitará em matá-los, pois? – Lara lhe indagara. Seus orbes castanhos procuraram os de Jack, no cavalo ao lado, encontrando-o. – Eu só quero que este pesadelo acabe… - olhando uma última vez para trás, Lara engolira o choro, ficando séria. Não podia. Não podia ceder às emoções. Estavam tão próximos agora que sentia que se não fosse objectiva, acabaria perdendo sua filha pra sempre. – Essa vaca venenosa não vai levar a melhor. NÃO VAI!

– Essa é a minha mulher… - Jack sorrira. – Mas afrouxa essa mão aí…

Teague e Darius deram o seu melhor na montada, fazendo os cavalos cavalgar no seu máximo, percebendo o rasto de areia flutuante que os cascos faziam, só desacelerando quando haviam chegado próximo às palmeiras que iniciavam o templo em ruínas da cidade de Mênfis. Lara fora a primeira a saltar, pousando firmemente as botas nas pedras daquele caminho, correndo até Jack. – É esse o templo de Ptah?

– É… - Jack arregalara os olhos, percebendo o dromedário que transportava Norrington e Elizabeth vir mais atrás. – Onde foi parar o Sr. Polvo?

– Não podemos perder tempo! – Darius exclamara, dando uma palmada nos quadris dos cavalos, fazendo-os correr para outro local fora do alcance da naja. – A entrada… - e de repente, o rosto do belo atlante empalidecera ao olhar as duas esfinges que guardavam o templo. – Eu me lembro disto…

– Então não é hora para lembranças, rapaz! – Teague correra na frente ao perceber uma das palmeiras ser arrancada com a força da cobra, que enroscara metade do seu corpo nesta.

– Não podemos deixá-los! – Lara se desesperara, percebendo o iminente colapsar do animal do deserto.

– Quem fica para trás, fica. – Teague trocara um olhar esgazeado com Jack.

– A entrada, vamos! – Darius correra, mas Jack o interceptara.

– Essa não é a entrada que aquela mulher nos indicou. – o pirata passara na frente, mirando a serpente que se aproximara. – Ah… - ele berrara, saltando de pedra em pedra numa elegância que os outros três simplesmente ignoraram. – A entrada pro templo onde essa vaca escorregadia está é ali! – ele apontara ao amontoado de pedras que se faziam ao chão e indicavam uma entrada. – Foi por ali que entrei e por ali que saí!...

Mais atrás, Elizabeth percebia que já nada podia fazer a não ser fugir do animal diabólico. – Aqueles quatro filhos da mãe! - Elizabeth bradara ao perceber a figura de Jack e restantes sumirem por um buraco do chão a umas centenas de metros.

– Eles têm de ir na frente. Onde está o Turner? – James não olhava para trás, sentindo os braços firmes de Elizabeth em sua cintura.

– Eu… eu não sei… - percebendo o coração apertar, Swann sufocara. – Ele interceptou a cobra, ainda a conseguiu distrair para nos dar avanço, mas nunca mais o vi.

Chegando ao corredor enfileirado por esfinges que dava acesso ao templo, Norrington percebera um silvo mais agudo da cobra, parando o dromedário e percebendo esta se virar à própria cauda. – Ele não pode morrer, Elizabeth…

Os dois conseguiram perceber claramente quando o capitão do Holandês conseguira alcançar uma parte do corpo da serpente, cravando certeiro sua espada, fazendo-a retrair-se e silvar com o ferimento. – Não… não… NÃO! - Elizabeth se esgazeara quando vira a naja voltar-se a Will, derrubando-o do cavalo num golpe certeiro de sua cauda.

– FU…JAM! - Will lhes berrara ao chão, percebendo o corpo ser circundado e preso pelo corpo da serpente.

– Não podemos deixá-lo! - Elizabeth se debatera, tentando se desenvencilhar dos braços de Norrington que a arrastava dali. – É O WILL!

– Por isso mesmo, Elizabeth! – James a virara para si, cravando seus olhos hazel nos da jovem. – Turner sabe o que faz. Ele está nos dando uma chance. Temos de fugir.

– Eu… - percebendo a cobra se enroscar no corpo do outrora seu marido, Swann se deixara ser puxada por James, conduzindo-a para dentro do templo, passando as esfinges que Circe fazia questão de derrubar ao tornar a persegui-los. – Eles foram por ali… - e engolira em seco quando a cauda da naja derrubara as pedras que outrora jaziam afastadas, bloqueando de vez a entrada por onde os outros quatro haviam sumido.

– Não podemos ir por aí… - seu coração ia a mil, sua mão suava, mas nem por um segundo largara a de Elizabeth, conduzindo-a para dentro do templo, perdendo-se no mar de colunas que se apresentavam à sua frente. Colocando-se atrás de uma destas, repleta de hieróglifos, eles sentiram a pedra tremer, olhando com o canto dos olhos a gigantesca serpente forçar a entrada estreita, provocando fissuras na pedra antiga. – Ouça…

– Temos de sair daqui…

– Temos de nos separar. – James lhe comunicara, fazendo Elizabeth o olhar bem próxima.

– Não! – baixando a voz, ela deformara o rosto numa careta. – Eu não vou fazer isso, James.

Levando as mãos ao rosto da pirata, James a olhara firmemente. – É preciso…

– Eu já perdi o Thomas… o Will, nem sei onde está. Eu não vou permitir que…

– Eu a amo, Elizabeth. – de perto, ele a calara. Os orbes castanhos de Elizabeth Swann se firmaram nos seus, marejando de pronto. – Eu quero que viva, quero que seja feliz. Foi sempre o que quis. Me perdoe se… se nunca o consegui fazer… hum…

Calando-o, Elizabeth colara seus lábios secos aos igualmente secos de James. Respirara de encontro ao rosto do ex-comodoro, percebendo qualquer umidade, pouca, mas suficiente para lhe sentir o gosto quando James Norrington entreabrira os seus, encaixando melhor as bocas, prolongando os dedos pelos cabelos claros de Elizabeth, colando-a a si. – Ah… se… se é para ficar nas mãos dessa cabra… - em seus lábios, Elizabeth falara, percebendo-se descoberta pela forma animal da deusa. Imediatamente, a naja enrolara-se à volta daquela coluna, apertando-os no seu meio. – Que seja junto a você… eu não o deixo, James Norrington.

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Lara percebera bem o momento em que, segundos depois de entrarem naquele corredor escuro, a entrada se bloqueara, deixando-os no total breu. – Jack?...

– 'Tou aqui, love. – a mão quente de seu amado lhe tomara as suas às cegas. – Eu sei que deixei uma tocha por aqui…

– Abra o Olho. – Darius falara.

– Desculpe, mas aqui… ele não vai abrir. – Jack berrara ao nada. – Além do mais, o túnel está bloqueado mais à frente.

– Se conseguiu chegar até aqui… - o hálito quente do atlante se fizera bem próximo. – É porque sabe como abrir o Olho. Das lendas que eu ouvi durante todo este tempo, eu sei que ele emitia uma luz de fogo… pode ajudar a iluminar o caminho.

Jack sentira as mãos de Lara apoiarem-se em seu ombro. – Por favor, Jack… o tempo urge.

Incomodado com as ordens que parecia receber do atlante, Jack trincara os dentes. – Água. Preciso de água.

– Eu tenho aqui. – Teague soara-lhes um pouco longe, como se, enquanto a conversa alheia se fazia, ele caminhasse pelo túnel.

– Me dá… Ai! – sentindo algo lhe atingir o rosto, Sparrow praguejara, percebendo Lara apanhar o objecto e tentar abri-lo. – Que violência desnecessária.

– Como se faz isso? - Lara lhe interrogara.

– Calma, love… lembra que pra certas coisas é preciso ter calma, savvy? – mesmo no bréu, ele sorrira dengoso, tirando o ovo do bolso. – Primeiro, coloca-se o olho e… coloca-se água pra correr.

Se pudesse ser vista, o rosto da pirata se arqueara numa expressão interrogatória, mas fizera o que Jack falara, deixando um pouco da água do cantil correr. No mesmo instante, um clique fora ouvido e uma luz alaranjada enchera o ambiente, permitindo ver a cara dos três e mais à frente de Teague, que recuara até estes. – É… lindo… - Lara engolira a saliva.

– E tem nos dado muita dor de cabeça… - Jack se calara quando percebera o objecto tremer em suas mãos. O núcleo incandescente que se fazia visto na esfera suspensa no interior do ovo, parecera ganhar qualquer instabilidade. Do nada, um raio, igual àquele que se fizera quando mostrara o caminho até àquela entrada, se fizera de novo, incidindo nas pedras que obstruíam o caminho do túnel.

Os quatro atónitos perceberam aquele raio de luz laranja e forte derreter a própria pedra, abrindo caminho aos piratas. – O Barbossa! – Lara exclamara, tomando a dianteira, começando a retirar as restantes pedras com a ajuda de Darius. – Ele ainda poderá estar vivo, Jack.

– O que você me queria perguntar à bocado, Jackie? – Teague se virara a Jack.

– Queria perguntar se vai ficar aqui muito tempo. – os orbes escuros do mais novo o fulminaram. – Esse tesouro é meu e da minha tripulação. Nem devia estar aqui…

– Você não quer salvar sua filha? Ótimo… você a salva, eu fico com metade do tesouro. - Teague lhe sorrira, o rosto enrugado pelo tempo.

– Arre!

– Ele não está aqui. – Darius confirmara ao passar para o outro lado, percebendo o caminho livre. – Só pode ter sobrevivido.

– Ou foi comido pela naja. – Jack engolira em seco, seguindo pelo mesmo sítio, sempre com o olho apontando ao fundo do túnel. – Eu sabia que algum de nós ia acabar nas mãos dessa doida.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Olá leitoras e leitores! Me desculpem este grande sumiço. =( Eu já havia falado que estava em mestrado, pois com o último ano eu estive em estágio e com o tempo todo dedicado à tese, eu não tenho nem tempo nem imaginação para continuar a Olhos Felinos como deve ser.

No entanto, eu não a abandonei, nem nunca abandonaria. Recebi várias reviews e pms me pedindo pra postar a sua continuação e eu peço imensas desculpas pela demora, mas realmente eu não encontrei tempo ou imaginação suficiente.

Já andava pra retomar ela e agora que acabei meu estágio, embora fazendo o trabalho, eu tive um espaço e não resisti ao último pedido que recebi.

Assim sendo: AQUI VAI NOVO CAPÍTULO DA OLHOS FELINOS! :D

Eu espero sinceramente que gostem, espero que me perdoem qualquer erro ou menor qualidade, uma vez que estive imenso tempo parada, mas sobretudo, espero que comentem pra saber o que acharam.

Obrigada a todos que me apoiaram, sobretudo a Olg'Austen, tão fã desta saga e a todas as leitoras que me seguiram até aqui. É pra vocês que eu dedico este capítulo.

Espero que gostem!

Saudações Piratas! :D

JODIVISE



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