Nosso Amor não Foi Feito para Acabar escrita por BeLiza


Capítulo 23
Não vou te deixar


Notas iniciais do capítulo

Mais um piquinho...



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Lena

 

 

Depois da conversa que tive com Sam, fui a procura de Seth. Fiquei esse tempo todo pensando nele. Não sabia o que tinha acontecido com ele. Leah tinha acabado de contar que ele estava em casa. Sam tentou me fazer não ir, dizendo para dar um tempo a ele, mas não consegui, precisava vê-lo. Fui até a casa de Seth, o estranho é que me lembrei da primeira vez que fui até lá sozinha, quando ele tinha prometido que iria comigo ao colégio. Era engraçado como tudo estava diferente do que eu achei que iria acontecer ao vir para La Pus.

 

- Lena! - Sue exclamou abrindo a porta de casa assim que bati. - Você está bem? - ela parecia preocupada. - Os rapazes me contaram o que aconteceu. - ela me puxou para dentro de casa.

 

- Não se preocupe, eu estou bem, foi apenas um acidente. - disse assim que entrei.

 

- Ah, Seth tá tão preocupado. - ela disse tristemente, segurando minha mão. Meu coração apertou, eu sabia que ele estava se culpando.

 

- Onde ele está?

 

- No quarto, Quil está com ele. - ela disse. Quil?

 

- Posso ir até lá?

 

- Claro. - ela disse. Me virei para ir, mas senti a mão de Sue me segurar. - Traz o Seth de volta. - ela pediu ainda triste.

 

- Vou trazer. - prometi antes de ir em direção ao quarto. Bati na porta assim que me aproximei. - Seth, sou eu, Lena. Posso entrar? - perguntei. Ouvi uma voz do lado de dentro do quarto, mas não era a do Seth e sim a do Quil, e foi justamente ele que abriu a porta para mim.

 

- Oi Lena. - ele saiu do quarto cabisbaixo. - Como você tá? - ele perguntou serio. Era estranho vê-lo assim.

 

- Estou bem, não tive nada de serio. E o Seth, cadê ele?

 

- Arranjou um emprego temporário de tapete. - ele respondeu, talvez tentando fazer uma piada, mas logo parou. - Lena, o cara pirou, nunca vimos ele assim antes. Sam teve que voltar para ajudar a controla-lo, foi difícil. Se não fosse Sam e Jake talvez você não o encontraria aqui. - ele disse. Isso não me fez nada bem.

 

- Deixa eu entrar. - pedi, ele estava na frente da porta. Quil fez careta.

 

- Ele... não quer te vê. - ele disse nada seguro. Me espantei com o que ele disse.

 

- Como ele não quer me vê?

 

- Ele tá com medo de te machucar de novo. - Quil respondeu. - Volta mais tarde.

 

- Não, eu quero vê-lo agora. - disse tentando tira-lo da frente da porta, mas ele nem se mexeu. - Quil, eu preciso vê-lo. - falei. ele me olhou por um momento.

 

- Ah, quer saber? Também acho que vocês precisam se falar antes de você ir. - ele disse saindo da frente da porta. - Vai lá, só não chegue muito perto. - ele pediu.

 

Abri a porta do quarto me assustando com a bagunça. Estava tudo fora do lugar, como se um furacão tivesse passado por lá, até o pequeno armário estava quebrado. Mas isso não era nada comparado com o Seth que encontrei sentado no chão perto do que sobrou da cama. Ele estava sem camisa, com uma bermuda velha e seus olhos estavam vermelhos. Esse não era o meu Seth.

 

- Não era para você esta aqui. - ele disse serio, sem me olhar. Encostei a porta.

 

- E nem você. Que bagunça é essa? - perguntei pegando algumas roupas do chão.

 

- Deixa isso aí. - ele pediu baixo. Coloquei as roupas no canto, e tentei me aproximar mais. - Não chegue perto. - ele disse se encolhendo.

 

- Seth, você não teve...

 

- Não tente tirar minha culpa. Eu devia ter me controlado. Devia ter te tirado dali antes de atacar. Não podia ter te atacado assim. - ele falou fechando os olhos e colocando a mão na cabeça. Aproveitei para me aproximar mais. - Por favor, fique longe.

 

- Não. Não posso. - disse.

 

- Ia ser mais fácil se você apenas fosse embora, sem a gente se vê. - ele disse baixo.

 

- Eu não vou a lugar algum. - avisei. Ele me olhou espantado, mas logo desviou o olhar.

 

- Sam disse que você iria.

 

- Acho que Sam esqueceu como sou teimosa. - disse tentando acabar com a tenção.

 

- Você precisa ir, é perigoso você ficar. - ele falou.

 

- Único perigo que corro é ficar longe de você. - disse. Ele me olhou nos olhos. Pensei que ele fosse se render e me abraçar forte, mas não, ele balançou a cabeça como se o que eu tivesse acabado de falar fosse bobagem.

 

- Não, Lena. Eu te amo e não posso deixar você se machucar novamente.

 

- Então não deixe, eu preciso da sua proteção, seu abraço forte para me sentir segura. Só você consegue fazer isso. Não apóie Sam nessa maluquice, não você.

 

- Sabe o que vai acontecer se eu te machucar mais uma vez? - seus olhos estavam marejados.

 

- Você vai cuidar de mim como tem cuidado.

 

- Isso não é brincadeira, Helena! - ele gritou, Seth nunca tinha gritado comigo. - Isso não é brincadeira. - ele repetiu, baixo. - Eu vou morrer, vou morrer se te machucar. Não consigo imaginar... - ele hesitou colocando a mão na cabeça novamente. Me abaixei perto dele.

 

- Então não imagine. - disse tocando em seu braço. Ele não voltou a falar. - Era mentira quando você falou que não conseguia mais viver sem mim? - perguntei. Ele me olhou espantado. - Pois para mim não era, eu te amo e não vou embora! - disse convicta.

 

Seth me olhou com carinho e levantou sua mão para tocar em meu rosto, mas não o fez, ele recolheu a mão antes de me tocar.

 

- Eu não tenho medo de você, Seth. - eu avisei. - E nunca vou ter. - disse segurando a mão que ele tinha levantado. Ele fechou os olhos e fez cara de dor.

 

- Eu não consigo mas me olhar pelo que eu fiz com você. - ele declarou.

 

- Então fecha os olhos. Eu vou ser seus olhos a partir de hoje, em troca você cuida de mim. - eu disse abraçando-o. Ele não me abraçou. - Seth, por favor, eu preciso de você.

 

Ele passou a mão pela minha cintura, talvez vendo um lugar para me abraçar. Só então senti seus braços me envolverem. Me senti a pessoa mais protegida do mundo nos braços do Seth.

 

- Me desculpa, Lena. Por favor, me desculpa. - ele pediu com a voz embargada. - Não sei o que faria se eu tivesse...

 

- Não, não pense nisso. Eu to bem. - o interrompi abraçando Seth mais forte.

 

- Queria tanto ter forças para te deixar ir. Mas não posso. - ele sussurrou. Eu o olhei.

 

- Ainda bem que não pode. Também não... - me calei sentindo os dedos dele em meus lábios. Seth estava me olhando intensamente.

 

- Você não pode imaginar o quanto eu te amo, Lena. - ele disse levando sua mão para minha nuca. - Eu queria muito poder apoiar Sam em te mandar de volta para Palm Springs. Queria poder dizer que te amo tanto que te deixaria ir só para saber que estava segura, mas não posso, não consigo. Foi só ouvir sua voz do lado de fora do quarto que meu coração te chamou. - ele disse olhando nos meus olhos. Senti meu rosto molhar, era uma lágrima fujona. - Eu devo ser a pessoa mais egoísta do mundo. - ele disse abaixando a cabeça. Eu segurei seu queixo.

 

- Não, você é a pessoa mais doce do mundo. - disse olhando para ele. Seth deu um leve sorriso.

 

- Desculpa por não ter ficado com você no hospital, eu não consegui... - foi minha vez de cala-lo com meus dedos.

 

- Seth, me beija! - pedi fechando os olhos. Senti sua mão em minha nuca me puxando mais para ele em um beijo. Seus lábios estavam quente e delicados, provavelmente ele ainda estava com medo de me machucar. Segurei em seu cabelo.

 

- Definitivamente não ia consegui viver longe de você. - ele disse separando, brevemente, nossos lábios. Eu voltei a beija-lo conseguindo fazer com que ele se soltasse mais.

 

- Já vi que tá melhor. - ouvi a voz do Quil na porta. - Tá até agarrando a coitada. - ele brincou. Eu ri. - Viu, eu disse para você não quebrar a cama, agora não tem como comemorar. - ele continuou a brincadeira. Seth revirou os olhos.

 

 

No dia seguinte...

 

 

- Não, Juan! - gritei sentindo ele me afastar de perto deles, sem ao menos me tocar.

 

- Fica longe, Lena. Isso é entre eu e ele. - Juan disse seriamente enquanto encarava Seth.

 

- Lena, sai daqui. - Seth estava se controlando para não se transformar.

 

- Seth, não. Parem com isso. - pedi desesperada.

 

Por algum motivo eu não estava conseguindo me aproximar deles, a mão do Juan estava esticada em minha direção, enquanto ele encarava Seth sem piscar. Olhei para o lado para procurar por ajuda, e percebi que estávamos na floresta.

 

- Lena, não vou me transformar enquanto você estiver aqui. Preciso que você saia. - Seth disse. Era impressionante como eles não se mexiam.

 

- Eu não vou embora. E você vão parar já como isso. - mandei como se eles fossem dois garotinhos mimados.

 

- Eu avisei que não deixaria vocês machucarem ela. - Juan rugiu não se importando com o que eu tinha acabado de falar.

 

- Você não vai leva-la, verme. - Seth fechou ainda mais as mãos. Me levar?

 

- Espero que você seja tão bom lutando quanto é tentando me ameaçar – Juan zombou. Seth rosnou. Juan sorriu de leve e moveu a mão.

 

- Não, Juan! Eu vou com você. - gritei tentando alcança-los.. - Eu vou com você!

 

Juan se virou para mim e tentou falar alguma coisa, mas a única som que saiu foi um som de bip. O que é isso? O som voltou a soar e eu abri os olhos. Meus céus, isso foi um pesadelo? O som soou pela terceira vez, era meu celular avisando que tinha uma mensagem. Peguei o celular.

 

AMOR,

VC TÁ MELHOR?

POR FAVOR, PEDE AOS RAPAZES

P/ ME CHAMEREM SE VC PRECISAR

DE ALGUMA COISA, OU MANDE UMA MSG.

TE AMO, MINHA LINDA. ATÉ DAQUI A POUCO.

 

SEU PRA SEMPRE...

SETH!

 

Sorri ao ler a mensagem, ele se preocupava até quando estava longe. Seth estava no colégio. Eu queria ir também, mas Sam não deixou, ele disse que eu ainda estava muito machucada. Exagero dele, eu estava bem. Seth tentou ficar para cuidar de mim, mas nem Sam e nem Sue deixaram então ele não teve muita escolha.

Voltei a deitar na cama, ainda estava cansada. Fechei os olhos para tentar dormi, mas logo a lembrança do pesadelo veio me atormentar. Foi horrível ver Seth e Juan se ameaçando. Ele estavam tão sérios e rancorosos. Eu realmente pensei que Juan iria atacar Seth. Mas como ele fazia isso? Será que ele é algum tipo de mistico? Me levantei e fui para sala falar com Sam, ele devia saber o que o Juan era.

Cheguei na sala e percebi que não tinha ninguém. Para onde eles fora? Fui até a cozinha ver se pelo menos a Emy estava em casa, mas nada, ela também não estava, mas tinha um bilhete na porta da geladeira.

 

Lena

Precisei sair para comprar mais comida, não vou demorar.

Sam está fazendo a ronda com Paul.

Beijos

 

Por que ele nunca me chamam quando vão sair? Deixei o bilhete na cozinha e voltei para o quarto. Como vou saber sobre Juan? Abracei meu travesseiro voltando a me deitar, e dei de cara com o meu celular. Claro! Por que não pensei nisso antes? É muito mais fácil falar com ele. Peguei meu celular e procurei o número dele na agenda.

 

- Lena? - ele atendeu assim que disquei seu número. - Aconteceu alguma coisa?

 

- Não, não. Eu tô bem. - respondi tranquilizando-o. - Você está ocupado?

 

- Não para você.

 

- A gente pode conversar?

 

- Claro. Mas aconteceu alguma coisa?

 

- Não, só quero tirar uma duvida. - respondi. Ele ficou calado alguns minutos antes de voltar a falar.

 

- Quer ir a algum lugar?

 

- Pode ser na sua casa? Queria conversar a sós.

 

- Por mim tudo bem. Nos encontramos na entrada de La Pus daqui a uma hora?

 

- Tá, a gente se vê. - disse antes de desligar.

 

Não sei se estava fazendo a coisa certa, mas precisava saber, não ia sossegar enquanto não tivesse minhas respostas. Fui direto para o banheiro tomar um banho, foi difícil me banhar com o machucado, mas deu tudo certo. Me arrumei e fui até a cozinha deixar um bilhete já que eles não haviam chegado.

 

Emy, Sam

Precisei sair, mas não se descabelem, estou bem.

Não pretendo demorar. Qualquer coisa eu ligo.

Amo vocês.

Lena.

 

Escrevi e deixei na porta da geladeira no lugar do bilhete de Emy. Voltei para o quarto, terminei de me arrumar e peguei minhas coisas para sair. Pensei em avisar para Kim ou Rachel que eu estava saindo de La Push,mas achei melhor não aviar, não pretendi demorar muito. Subi na minha moto e saí. Cheguei na entrada de La Push alguns minutos depois, Juan já estava por lá em cima de sua moto. Ele sorriu ao me ver.

 

- Demorei? - perguntei tirando o capacete.

 

- Não. - seu sorriso ainda estava por ali. - Quer vir comigo?

 

- Acho melhor eu ir com a minha moto, eu te sigo. - disse. Percebi que ele não gostou muito da ideia, mas não disse nada para me contrariar.

 

- Tá, então vamos. - ele colocou o capacete e ligou sua moto.

 

Segui Juan para fora de La Push. Ele me olhava a todo o momento. Pensei que ele morasse em alguma casinha em Forks, mas me enganei, ele morava a alguns quilômetros fora de Forks, nada muito longe. Mas uma casa, durante o caminho, me chamou atenção. Ela era grande, de vidro e linda. Só não sabia quem morava ali, a casa estava vazia. Continuamos o caminho até fazer uma curva que dava em uma pequena estrada. Continuamos o caminho pela pequena estrada até chegarmos em uma linda casa, um pouco escondida, mas era encantadora.

 

 

- Chegamos! - ele disse sorrindo ao desligar a moto. - Gostou? - ele perguntou me olhando. Tirei o capacete.

 

- Ela é linda. - disse olhando para casa.

 

- É, achei que gostaria. - ele disse descendo da moto. Quê? - Vamos, você vai gostar ainda mais dela por dentro. Ele disse me tirando da moto antes de me puxar para dentro da casa. E ele estava certo, a casa era ainda mais bonita por dentro. Havia dois grande quartos, uma suite. Banheiro, cozinha ampla e uma enorme sala.

 

- Por que essa casa tão grande, Juan? - perguntei quando voltamos para sala. Ele me olhou nos olhos.

 

- Nunca se sabe. - ele sorriu. Coloquei alguns fios de cabelo atrás da orelha. Isso era estranho, essa meu subto constrangimento quando ele me olhava. - E então, o que você queria falar. - ele me levou até o sofá macio. Eu o olhei por alguns segundo. - Pode falar, somos amigos, certo? - ele perguntou, balancei a cabeça para confirmar.

 

- Juan, o que você é? - perguntei de uma vez. Pensei que ele ia fazer cara de surpreso, mas não, ele estava do mesmo jeito que antes.

 

- Eles ainda não te contaram? - Juan se levantou.

 

- Não. Mas quero saber, saber de você. - disse. Ele se virou de costas para mim.

 

- Eu sou um vampiro. - ele disse se virando para mim. Cheguei para trás.

 

- Como?! - estava espantada.

 

- Isso mesmo que você ouviu, sou um vampiro. - ele disse serio.

 

- Os iguais aos de filmes, que chupam sangue? - senti minha voz estranha, eu estava ficando com medo.

 

- Sim. Lembra quando você me perguntou o por que eu nunca comia? Tá aí sua resposta, eu me alimento de sangue. - ele disse se aproximando. Me encolhi. Ele parou de andar. - Por favor, não vou te machucar.

 

- Você... você mata as pessoas para se alimentar? - gaguejei. Ele abaixou a cabeça.

 

- Não mais, mas já fiz isso. - ele disse ainda longe de mim.

 

- Não entendo.

 

- Me alimento de animas. - ele disse.

 

- Lobos? - meu coração acelerou. Ele fez careta.

 

- Não se preocupe, esses... lobos não chegam perto do meu cardápio. Não como porcaria.

 

- Mas você consegue se alimentar com animais?

 

- Não é a mesma coisa que um humano, mas não quero me transformar nas criaturas que me mataram. - senti um pouco de raiva ao ouvi ele falar.

 

- Como você se transformou? - perguntei. Essa história esta mais louca que eu pensava que seria. Juan suspirou.

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Dedico o momento: "love" entre Seth e Lena, para a Lena da vida real. Bejão, linda!!

Galera, talvez eu demore um pouco para postar o próximo cap. Meu pc está temperamental. Mas quero pedir que não me abandonem, preciso de vocês... até dos Gasparzinhos que não mandam os reviews que eu tanto amo. =P rs
Valeu, galera. Seth, Lena e eu agradecemos... rsrs
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